quarta-feira, 31 de agosto de 2016

31 de Agosto.

No meu braço esperam. 
Isaías 51.5

Em tempos de aflições severas, o crente não tem nada neste mundo em que possa confiar; por isso, ele é impulsionado a refugiar-se exclusivamente em seu Deus. Quando seu navio está afundando e nenhum livramento humano pode ajudar, o crente tem de se entregar de modo singelo e completo à providência e ao cuidado de Deus. Feliz tempestade a que faz um homem naufragar numa rocha como estai Ó, abençoado furacão que conduz a alma a Deus somente! Às vezes não há comunicação com nosso Deus, por causa da multidão de nossos amigos. Mas quando um crente se encontra tão incapacitado, sem amigos e sem auxílio, que não tem onde encontrar socorro, ele corre aos braços de seu Pai, sendo ali envolvido com alegria e felicidade. Quando está carregado de problemas tão urgentes e tão singulares que ele não pode contar a mais ninguém, exceto a Deus, deve ser grato por eles. Nesse tempo o crente aprenderá mais de seu Pai do que em qualquer outra época.
Ó crente fustigado por tempestades, uma aflição bendita está impulsionando-o aos braços de seu Pai! Agora, ao poder confiar somente em seu Deus, ponha nEle toda a sua fé. Não desonre o seu Mestre e Senhor, por dúvidas e temores indignos; pelo contrário, seja firme na fé, dando glória a Deus. Mostre aos ricos quão rico você é em sua pobreza, quando o Senhor Deus é Aquele que o ajuda. Mostre aos fortes quão forte você é em sua fraqueza, quando os braços eternos são o seu amparo (ver Deuteronômio 33.27). Agora é o tempo das proezas da fé. Você deve ser forte e bastante corajoso. Assim como temos certeza de que Deus criou os céus e a terra, assim também podemos estar certos de que Ele glorificará a Si mesmo na fraqueza do crente e magnificará o seu poder em meio à aflição deste. A majestade da abóbada celeste seria arruinada, se o céu fosse amparado por uma simples coluna visível, e a fé do salvo perderia a sua glória se descansasse em qualquer coisa perceptível aos olhos carnais. Que o Espírito Santo lhe dê descanso em Jesus neste último dia do mês.

C.H. Spurgeon

terça-feira, 30 de agosto de 2016

30 de Agosto.

Espera pelo SENHOR. 
Salmos 27.14

Parece ser fácil esperar, mas às vezes, muitos anos têm de se passar, antes de aprendermos a esperar. É mais fácil avançarmos gradual e constantemente do que permanecermos quietos. Existem horas de perplexidade, em que o espírito mais disposto, que deseja com ansiedade servir ao Senhor, não sabe que direção tomar. Então, o que fazer? Se atormentará pelo desespero? Retornará por covardia, correrá para a direita, em temor, ou avançará apressadamente, em presunção? Não, deve simplesmente esperar.
Espere em oração. Invoque a Deus, apresentando o seu caso diante dele. Conte-Lhe sua dificuldade e clame pelo cumprimento da promessa de ajuda. Estando em dilema entre um dever e outro, é mais agradável ser humilde como uma criança, esperando no Senhor com simplicidade de alma. Com certeza, as coisas sucedem bem para nós quando sentimos e conhecemos nossa própria loucura e quando estamos sinceramente dispostos a ser guiados pela vontade de Deus. Espere em fé. Expresse ao Senhor a sua inabalável confiança nEle. Esperar sem fé e confiança é um insulto ao Senhor. Creia que, mesmo se Ele lhe mantiver esperando por longo tempo, virá no tempo certo. A visão se cumprirá e não tardará. Espere em calma paciente, não se rebelando por estar passando por aflição; antes, bendizendo a Deus pela aflição. Jamais murmure como o fizeram os filhos de Israel contra Moisés. Nunca deseje voltar ao mundo, mas aceite a situação como ela é, colocando-a, de todo o seu coração, sem qualquer vontade pessoal, nas mãos de seu Deus da aliança, confessando-Lhe: “Senhor, faça-se a tua vontade e não a minha. Eu não sei o que fazer. Cheguei ao extremo. Mas, esperarei até que Tu dividas o mar ou faças retroceder os meus inimigos. Aguardarei mesmo que me mantenhas esperando por muitos dias, porque o meu coração está firmado tão-somente em Ti, Ó Deus. Meu espírito espera em Ti, na plena convicção de que serás minha alegria e salvação, meu refúgio e torre forte”.

C.H. Spurgeon

segunda-feira, 29 de agosto de 2016

29 de Agosto.

Compadece-te de mim, ó Deus. 
Salmos 51.1

Quando William Carey estava sofrendo de uma doença grave, perguntaram-lhe: “Se esta doença for mortal, que passagem da Bíblia o senhor deseja escolher como texto do sermão de seu culto fúnebre?” Ele respondeu: “Sinto que uma criatura tão insignificante e miserável como eu não é digna de ter algo declarado a seu respeito. Mas, se um sermão fúnebre tem de ser pregado, que seja a respeito das palavras: ‘Compadece-te de mim, ó Deus, segundo a tua benignidade; e, segundo a multidão das tuas misericórdias, apaga as minhas transgressões”‘ (Salmos 51.1). Neste mesmo espírito de humildade, William Carey ordenou, em seu testamento, que a seguinte inscrição, e nada mais, fosse gravada na lápide de seu túmulo:
WILLIAM CAREY nascido em 17 de agosto de 1761 – falecido em… Um verme, indigno, desamparado e pecador, Em teus braços amáveis, eu me atiro.
Somente no fundamento da graça, o mais experiente e o mais honrado dos santos pode se aproximar de seu Deus. Os mais excelentes dentre os homens estão cônscios de que, em seu melhor, são apenas homens. Barcos vazios flutuam rápidos, mas navios carregados são lentos na água; meros professos de fé podem se vangloriar, mas os verdadeiros filhos de Deus clamam por misericórdia, reconhecendo sua indignidade. Precisamos da compaixão do Senhor para as nossas boas obras, orações, pregação, contribuição e coisas mais puras. O sangue não foi aspergido apenas nas ombreiras das casas dos israelitas, mas também no santuário, no propiciatório e no altar. Visto que o pecado se introduz em todas as nossas coisas mais santas, o sangue de Cristo precisa ser aspergido sobre elas, a fim de purificá-las da corrupção. Se é necessário que a misericórdia seja exercida em nossas obras, o que dizer de nossos pecados? Como é doce lembrar que a misericórdia inesgotável espera, a fim de ser graciosa para nós, a fim de restaurar nossas apostasias e fazer se alegrarem nossos ossos quebrados!

C.H. Spurgeon.

domingo, 28 de agosto de 2016

QUE RAIO ACONTECE NA COZINHA #137 COMO FAZER PIZZA DOCE DE BANANA

28 de Agosto.

"Azeite para a luz". 
Êxodo 25.6

“O minha alma, quanto precisas deste azeite! A tua lâmpada não brilhará continuamente sem ele. Se a luz se apagar e o azeite tiver acabado, o pavio queimado fumegará e isto será uma transgressão. Você não possui nenhuma fonte de óleo brotando em sua natureza humana. Portanto, tem de ir aos que vendem e, então, comprar, ou, como as virgens néscias, você terá de clamar: “Nossas lâmpadas estão-se apagando” (Mateus 25.8). Nem mesmo as lâmpadas consagradas podem dar luz sem azeite. Apesar de brilharem no tabernáculo, elas precisavam ser abastecidas. Embora não lhes sobreviessem ventos fortes, elas tinham de ser colocadas em ordem, e a sua necessidade é igualmente grande. Até nas melhores circunstâncias, você não pode dar luz, por mais uma hora, se não lhe for dado o azeite fresco da graça.
Nem todo óleo pode ser usado no serviço do Senhor. Nem o petróleo, que flui tão abundantemente do solo, nem o óleo de peixes, nem o óleo extraído de nozes seriam aceitos. Apenas o excelente azeite de oliveira foi escolhido. A graça fingida da bondade natural ou a graça imaginária das mãos de sacerdotes ou das cerimônias religiosas nunca serão proveitosas ao verdadeiro santo de Deus. Ele sabe que o Senhor não se agradaria de rios de tais azeites. O verdadeiro filho de Deus corre até ao Getsêmani, a prensa de azeite, e recebe o seu suprimento dAquele que ali foi oprimido. O azeite da graça do evangelho é puro. Por conseguinte, a luz que esse óleo alimenta é clara e resplandecente. Nossas igrejas são o candelabro de ouro do Senhor Jesus. Se elas têm de ser luz neste mundo de trevas, precisam ter abundância deste azeite santo.
Oremos por nós mesmos, pelos ministros do evangelho e por nossas igrejas, a fim de que nunca falte azeite para a sua luz. Verdade, santidade, alegria, conhecimento e amor são todos raios desta luz sagrada. Mas não podemos refleti-los em público, se não recebermos pessoalmente o azeite de Deus, o Espírito Santo.

C.H. Spurgeon

sábado, 27 de agosto de 2016

27 de Agosto.

"Até quando não crerá em mim"? Números 14.11

Empenhe-se, com todo o cuidado, para manter-se longe do monstro da incredulidade. Ela desonra a Cristo. Se O insultarmos, tolerando a incredulidade, Ele afastará sua presença visível. É verdade que a incredulidade é uma erva daninha cujas sementes nunca podemos tirar inteiramente do solo, mas devemos tirar a raiz com zelo e perseverança. Entre as coisas detestáveis, a incredulidade é a que mais devemos odiar. A sua natureza injuriosa é extremamente maligna: aqueles em quem ela se manifesta e os que a praticam são todos prejudicados por ela. Em seu caso, ó crente, a incredulidade é a coisa mais ímpia, visto que as misericórdias de seu Senhor, no passado, aumentam a sua culpa ao duvidar dele no presente. Quando você desconfia do Senhor Jesus, Ele pode clamar: “Eis que farei oscilar a terra debaixo de vós, como oscila um carro carregado de feixes” (Amós 2.13). Duvidar do Senhor Jesus é o mesmo que colocar em sua cabeça uma coroa de espinhos muitíssimo agudos. É bastante cruel da parte de uma esposa desconfiar de seu esposo fiel e amável.
O pecado de incredulidade é desnecessário, tolo e sem justificativa. O Senhor Jesus nunca nos deu o menor motivo para suspeitas e sente-se triste quando duvidam dele aqueles aos quais demonstra afeição e veracidade. Jesus é o Filho do Altíssimo e tem riquezas ilimitadas. É vergonhoso duvidar do Onipotente e desconfiar do Todo-Suficiente.
Os celeiros do céu não se esgotarão pelo saciar de nossa fome. Se Cristo fosse apenas um depósito de água, logo acabaríamos com a plenitude dele. Mas quem pode secar uma fonte? Ele tem suprido as necessidades de miríades de espíritos; e nenhum deles tem se queixado de escassez de recursos nEle. Lance fora esse traidor chamado incredulidade, pois seu único alvo é destruir os laços de comunhão e fazer-nos lamentar um Salvador ausente. Morte ao traidor chamado incredulidade! Meu coração o abomina!

C.H. Spurgeon.

sexta-feira, 26 de agosto de 2016

26 de Agosto.

"Estabeleceu para sempre a sua aliança". 
Salmos 111.9

O povo do Senhor se deleita na aliança. A aliança é uma fonte inesgotável de consolação para eles, enquanto o Espírito Santo os leva à sala do banquete e tremula a sua bandeira sobre eles. O povo do Senhor se deleita em contemplar a antiguidade da aliança, lembrando que, antes de o sol conhecer seu lugar ou os planetas percorrerem suas órbitas, os interesses dos santos foram assegurados em Cristo Jesus. Eles têm prazer singular em lembrar a segurança da aliança enquanto meditam nas “fiéis misericórdias prometidas a Davi” (Isaías 55.3). Deleitam-se em celebrá-la como assinada, selada e ratificada em todas as coisas. A aliança sempre faz com que o coração do povo de Deus se dilate em regozijo, ao pensarem sobre a imutabilidade dela – uma aliança que nem o tempo, nem a eternidade, nem a vida, nem a morte jamais serão capazes de anular; uma aliança tão antiga quanto a eternidade e tão firme como a Rocha dos Séculos.
O povo de Deus se regozija em festejar a plenitude da aliança, pois têm nela a provisão de todas as coisas. Deus é o quinhão deles; Cristo é o companheiro deles; o Espírito Santo é o consolador deles; a terra é a hospedaria deles; e o céu, o lar deles. O povo de Deus vê na aliança uma herança reservada para toda alma que possui a salvação. Seus olhos reluziram quando viram-na na Bíblia como uma mina de ouro; mas, oh, como a alma deles se alegrou quando perceberam que, no testamento de seu divino Parente, a aliança lhes foi deixada como herança! E, de modo especial, o povo de Deus encontra prazer em contemplar a graciosidade da aliança. Eles percebem que a lei se tornou nula porque era uma aliança de obras, dependente de méritos. Mas entendem que esta aliança é permanente, devido ao fato que o seu fundamento é a graça; graça, a condição; graça, a força; graça, o baluarte; graça, o alicerce; graça, a pedra angular. A aliança é um tesouro de riquezas, um armazém de alimentos, uma fonte de vida, um depósito de salvação, um título de paz e um abrigo de regozijo.

C.H. Spurgeon

quinta-feira, 25 de agosto de 2016

25 de Agosto.

"O seu fruto é doce ao meu paladar". 
Cântico dos Cânticos 2.3


Nas Escrituras, a fé é referida como uma virtude que envolve todos os sensos. É visão: “Olhai para mim e sede salvos” (Isaías 45.22). É ouvir: “Ouvi, e a vossa alma viverá” (Isaías 55.3). É olfato: “Todas as tuas vestes recendem a mirra, aloés e cássia” (Salmos 45.8); “Suave é o aroma dos teus unguentos, como unguento derramado é o teu nome” (Cântico dos Cânticos 1.3). É um toque espiritual. Por esta fé a mulher veio por trás e tocou a orla da veste de Cristo, e por esta fé apalpamos a boa palavra da vida. A fé, igualmente, é o paladar do espírito: “Quão doces são as tuas palavras ao meu paladar! Mais que o mel à minha boca” (Salmos 119.103). Jesus disse: “Se não comerdes a carne do Filho do Homem e não beberdes o seu sangue, não tendes vida em vós mesmos” (João 6.53). Este saborear é a fé em uma de suas mais sublimes operações. Ouvir é uma das primeiras realizações da fé. Ouvimos a voz de Deus não somente com o ouvido físico, mas também com o ouvido espiritual. Nós a ouvimos como a Palavra de Deus, crendo que ela é realmente a Palavra de Deus. Este é o ouvir da fé. Em seguida, nossa mente considera a verdade que nos foi apresentada; isto significa que entendemos a verdade ouvida, percebemos o seu significado. Isto é o ver da fé. Depois, descobrimos a preciosidade dela; nós a admiramos e percebemos quão agradável é a sua fragrância. Isto é o cheirar da fé. Então, nos apropriamos das misericórdias preparadas para nós em Cristo. Isto é a fé em seu tocar. Em consequência, seguem as alegrias – paz, deleite e comunhão – é a fé em seu paladar. Qualquer um destes atos de fé é salvador. Escutar, na alma, a voz de Cristo como a própria voz de Deus nos salvará. O que nos proporciona verdadeira alegria é o aspecto da fé segundo o qual Cristo é recebido por nós e tornado o alimento de nossa alma, por entendimento interno e espiritual de sua doçura e preciosidade. Quando estamos no exercício deste aspecto da fé, assentamo-nos com grande deleite à sombra de Cristo e descobrimos que o seu fruto é doce ao nosso paladar.

 C.H. Spurgeon

quarta-feira, 24 de agosto de 2016

24 de Agosto.

"Subirá diante deles o que abre caminho". 
Miquéias 2.13



Visto que o Senhor Jesus foi adiante de nós, as coisas são muito diferentes do que seriam se Ele nunca o houvesse feito. Ele venceu todo inimigo que obstruía o caminho. Anime-se agora, tímido guerreiro. Cristo não somente andou pelo caminho, mas também aniquilou os seus inimigos. Você teme o pecado? Cristo o pregou em sua cruz. Você teme a morte? Ele foi a morte da morte. Você tem medo do inferno? Cristo o fechou para a entrada de qualquer de seus filhos. Eles nunca hão de ver o abismo de perdição. Sejam quais forem os inimigos diante do crente, todos já foram vencidos.
Existem leões, mas os seus dentes estão quebrados. Existem serpentes, mas as suas presas foram arrancadas. Existem rios, mas eles têm pontes e são transponíveis. Há chamas, mas usamos roupas incomparáveis, que nos fazem invulneráveis ao fogo. A espada forjada contra nós está embotada. Os instrumentos de guerra que o inimigo está preparando contra nós já perderam sua mira. Deus removeu, na pessoa de Cristo, todo o poder que alguma coisa poderia ter contra nós.
Crente, você pode seguir alegremente a sua jornada, pois todos os seus inimigos foram vencidos de antemão. O que você fará a não ser marchar a fim de capturar as vítimas? Eles estão derrotados; estão dominados. Tudo que você tem a fazer é dividir o despojo. É verdade que você estará constantemente engajado em um combate, mas a sua luta será contra um inimigo derrotado. Você está pisoteando-o. Ele pode tentar ferir você, todavia, a força dele não será suficiente para realizar seus desígnios perniciosos. A sua vitória é certa, e seu tesouro será sem medida. Proclame afama do Salvador, em alto som Ele leva o nome maravilhoso e bom; Um doce nome, que lhe é adequado, Que destrói o inimigo, a morte, o inferno e o pecado.

C.H. Spurgeon

terça-feira, 23 de agosto de 2016

23 de Agosto.

"Nunca mais se ouvirá nela voz de choro". 
Isaías 65.19

Os glorificados não choram mais, porque desapareceram todas as causas de lamento. No céu, não existe amizade interrompida nem perspectivas frustradas. Pobreza, zombaria, perseguição, fome, perigo são desconhecidos no céu. Nenhuma dor aflige; nenhum pensamento de morte ou privação entristece. Os glorificados nunca mais choram, porque estão completamente santificados. Nenhum coração de incredulidade os impulsiona a se afastarem do Deus vivo (ver Hebreus 3.12). Eles se encontram sem culpa diante do trono de Deus, plenamente conformados à imagem de Cristo. Com razão eles param de chorar, pois não mais pecam. Os glorificados não lamentam mais, porque se lhes findou todo o temor de mudanças. Eles sabem que estão seguros por toda a eternidade. O pecado está do lado de fora; e eles, no próprio céu. Habitam em uma cidade que nunca será abalada. Os glorificados se aquecem na luz de um sol que nunca se põe. Bebem de um rio que jamais secará e colhem frutos de uma árvore que nunca murcha. Enquanto durar a eternidade, juntamente com ela existirão a imortalidade e a felicidade dos glorificados. Eles estão para sempre com o Senhor. Não choram mais, porque todos os seus desejos se cumpriram. Não é possível que desejem algo que já não tenham. Olhos, ouvidos, coração e mão; julgamento, imaginação, esperança, desejo, e todas as faculdades estão completamente satisfeitas. Embora sejam imperfeitas as nossas ideias a respeito do que Deus tem preparado para os que O amam, sabemos o suficiente, por meio da revelação do Espírito Santo, para reconhecer que os santos na glória são supremamente benditos. O gozo de Cristo, que é uma infinita plenitude de deleite, está neles. Eles se banham no mar da bem-aventurança, o qual não tem fundo, nem porto. Esse mesmo descanso repleto de gozo está preparado para nós, e pode não estar distante. Em breve, as lágrimas de tristeza serão transformadas em pérolas de bem-aventurança eterna. “Consolai-vos, pois, uns aos outros com estas palavras” (1 Tessalonicenses 4.18).

C.H. Spurgeon

segunda-feira, 22 de agosto de 2016

22 de Agosto.

"Conjuro-vos, ó filhas de Jerusalém, se encontrardes o meu amado, que lhe direis? Que desfaleço de amor". 
Cântico dos Cânticos 5.8



Esta é a linguagem do crente almejando companheirismo com Jesus: ele desfalece de amor por seu Senhor. As almas cheias da graça divina jamais estão completamente tranquilas, exceto quando se encontram bem próximas de Cristo. Quando estão distantes dele, tais almas perdem a sua paz. Quanto mais perto estiverem de Cristo, tanto mais desfrutarão da perfeita calma celestial. Quanto mais próximo o coração estiver dele, tanto mais repleto estará não somente da paz, mas também da vida, fortaleza e alegria, visto que todas estas coisas dependem da comunhão permanente com o Senhor Jesus.
O que o sol significa para o dia; a lua, para a noite, e o orvalho, para a flor – tudo isso é Cristo para nossa alma. O que é o pão para o faminto; a roupa, para o despido; a sombra de uma grande rocha, para o viajante em uma terra fatigante – tudo isso é Cristo para nossa alma. Portanto, se conscientemente, não somos um com Ele, não é de admirar que nosso espírito clame com as palavras do cântico: “Conjuro-vos, ó filhas de Jerusalém, se encontrardes o meu amado, que lhe direis? Que desfaleço de amor”. Este sério anelo por Jesus tem uma bênção que o atende: “Bem-aventurados os que têm fome e sede e justiça” (Mateus 5.6). Supremamente benditos são aqueles que têm sede do Justo. Bendita, é esta sede pois vem de Deus. Se eu não tiver a desabrochada bem-aventurança de ser saciado, a buscarei no doce momento em que brota, momento de vazio e avidez, até ser satisfeito com Cristo. Se eu não me alimentar de Jesus, a próxima porta ao céu será ter fome e sede dele. Existe santidade nessa sede, porque é uma sede que resplandece entre as bem-aventuranças de nosso Senhor. Mas a bênção envolve uma promessa. Pessoas que têm essa fome serão fartas com o que desejam. Se Cristo nos leva a anelarmos por Ele, com certeza Ele mesmo satisfará esses anelos. Quando Cristo vier realmente a nós, quão agradável será esse encontro!

C.H. Spurgeon

domingo, 21 de agosto de 2016

21 de Agosto.

"Quem dá a beber será dessedentado". 
Provérbios 11.25


Este versículo nos ensina a importante lição de que, se desejamos ter, precisamos dar; para acumularmos, temos de espalhar; para nos tornarmos felizes, precisamos fazer os outros felizes; e, para nos mantermos espiritualmente fortes, temos de procurar o bem espiritual de outrem. Enquanto damos de beber a outros, somos nós mesmos dessedentados. Como? Os esforços para sermos úteis trazem à luz as nossas capacidades para a utilidade. Temos capacidades latentes, que são trazidas à luz por meio do exercício. Nossa força para trabalhar está escondida até para nós mesmos, até que nos aventuramos a batalhar nas guerras do Senhor ou a escalar as montanhas da dificuldade. Não sabemos que amável cordialidade possuímos, até que tentamos enxugar as lágrimas da viúva ou consolar a tristeza do órfão. Sempre descobrimos que, em nosso esforço de ensinar os outros, obtemos instrução para nós mesmos. Que preciosas lições alguns de nós temos aprendido, enquanto tentamos ajudar outros. Saímos a ensinar as Escrituras e voltamos envergonhados, reconhecendo que as conhecemos tão pouco. Em nossas interações com santos pobres, aprendemos o caminho do Senhor mais perfeitamente e recebemos um discernimento mais profundo da verdade divina. Dar água aos outros nos torna humildes. Descobrimos quanta graça há onde não tínhamos procurado, e quanto estes santos podem nos ultrapassar em conhecimento. Nossa própria consolação aumenta por trabalharmos em favor de outras pessoas. Esforçamo-nos para animá-los, e a consolação resplandece em nosso próprio coração. À semelhança dos dois homens na neve – um teve seus membros friccionados pelo outro que queria mantê-lo vivo, e ao fazer isto, o que massageava salvou sua própria vida. A viúva pobre de Sarepta ofereceu seu escasso suprimento para satisfazer à necessidade do profeta, e desde aquele dia ela não soube mais o que era passar necessidade. “Dai, e dar-se-vos-á; boa medida, recalcada, sacudida, transbordante” (Lucas 6.38).

C.H. Spurgeon.

sábado, 20 de agosto de 2016

QUE RAIO ACONTECE NA COZINHA #136 Panqueca de Sanduicheira

MÚSICA DO DIA

20 de Agosto.

"O mavioso salmista de Israel". 
2 Samuel 23.1

Entre todos os santos cujas vidas são relatadas nas Escrituras, Davi possui o mais admirável, variado e instrutivo caráter. Na história de Davi, encontramos provações e tentações que não encontraremos, como um todo, na história de outros santos de Deus, de épocas passadas. Além disso, Davi é uma figura muito sugestiva da pessoa de nosso Senhor. Davi conheceu todos os tipos de provações. Os reis têm seus problemas; e Davi usava uma coroa. Os camponeses têm suas inquietações; e Davi manejava o seu bordão de pastor. Os viajantes tinham muitas dificuldades; e Davi habitou nas cavernas de En-Gedi. O capitão tem suas dificuldades, e os filhos de Zeruia eram mais fortes que Davi. O salmista também foi provado em suas amizades. O seu conselheiro, Aitofel, o abandonou. “Até o meu amigo íntimo, em quem eu confiava, que comia do meu pão, levantou contra mim o calcanhar” (Salmos 41.9). Os piores inimigos de Davi eram de sua própria casa; e os filhos foram a sua maior aflição. As tentações de riqueza e pobreza, de honra e humilhação, de saúde e fraqueza, todas elas provaram o seu poder em Davi. Ele tinha tentações externas que incomodavam sua paz, e internas que arruinavam sua alegria. Logo que escapava de uma provação, Davi caía em outra; nem saía de um período de desespero e sobressalto, e era trazido às maiores profundezas, e todos vagalhões de Deus rolavam sobre ele. Talvez, por esta razão, os salmos de Davi são, em todos os lugares do mundo, o deleite dos crentes maduros. Não importa qual seja a nossa condição interior -exultação ou abatimento, Davi retratou com exatidão os nossos sentimentos. Ele foi um mestre hábil do coração humano, porque havia sido ensinado na melhor de todas as escolas -a escola da experiência pessoal sincera. Visto que estamos sendo ensinados nesta mesma escola, enquanto amadurecemos na graça e na idade, apreciamos os salmos de Davi e os consideramos “pastos verdejantes” (Salmos 23.2). Ó minha alma, permite que a experiência de Davi te aconselhe e te fortaleça neste dia.

C.H. Spurgeon.

sexta-feira, 19 de agosto de 2016

19 de Agosto.

"Ele se manterá firme e apascentará o povo na força do SENHOR". 
Miquéias 5.4


O reino de Cristo na sua igreja é o de um Pastor-Rei. Ele tem supremacia, mas esta se assemelha à superioridade de um Pastor sábio e gentil sobre o seu rebanho necessitado e amável. Cristo ordena e é obedecido espontaneamente pelas bem cuidadas ovelhas, as quais obedecem o amado Pastor com alegria e reconhecem bem a sua voz. Ele governa pela força do amor e pelo poder da bondade. Seu reinado é prático em caráter. É dito: “Ele se manterá firme e apascentará.” O grande Cabeça da igreja está engajado ativamente em prover as necessidades de seu povo. Ele não permanece assentado no trono, em um estado de quietude, nem segura o cetro sem utilizá-lo no exercício de seu governo. Não, o Senhor se levanta e apascenta as suas ovelhas. O vocábulo apascentar significa, no original, pastorear, ou seja, fazer tudo o que se espera de um pastor: guiar, vigiar, restaurar, preservar, tomar conta e alimentar. O versículo nos diz: “Ele se manterá firme e apascentará”. O profeta não disse: “Ele apascentará de vez em quando e deixará a sua posição”, nem: “Num dia Ele nos dará um avivamento e no dia seguinte deixará sua igreja entregue à esterilidade”. Os olhos de Cristo nunca cochilam, e suas mãos jamais descansam. Seu coração nunca cessa de bater com amor, e seus ombros jamais se cansam de levar os fardos de seu povo. Seu reinado é completamente poderoso em ação. Ele se alimenta da força de Jeová. Onde quer que Cristo esteja, ali está Deus. E tudo o que Cristo faz é um ato do Altíssimo. Esta é uma verdade repleta de alegria: Aquele que permanece hoje representando os interesses de seu povo é o Deus perante quem todo joelho se dobrará. Somos felizes por pertencermos a este Pastor cuja humanidade se comunica conosco, e cuja divindade nos protege. Adoremo-Lo e prostremo-nos diante dele, como “povo do seu pasto” (Salmos 95.7).

C.H. Spurgeon.

quinta-feira, 18 de agosto de 2016

18 de Agosto.

"Vieram estrangeiros e entraram nos santuários da Casa do SENHOR". 
Jeremias 51.51

Neste relato, o rosto do povo de Deus ficou coberto de vergonha, visto que era algo terrível estrangeiros se introduzirem no Lugar Sagrado, reservado apenas aos sacerdotes. Em todos os lugares ao nosso redor, vemos causas semelhantes de tristeza. Quantos homens ímpios estão sendo instruídos a fim de entrarem no ministério! Quão temível é o fato de que as mãos estão sendo impostas sobre homens não-convertidos e que entre as mais esclarecidas igrejas evangélicas há frouxidão no que se refere à disciplina. Se todos aqueles que lerem estas palavras, neste dia, colocarem este assunto diante do Senhor, Ele intervirá e afastará o mal que está por vir à sua igreja. Adulterar a igreja equivale a contaminar um poço de água, a derramar água sobre o fogo, a semear pedras em uma terra fértil. Oh! que todos nós tenhamos graça para manter, em nosso próprio viver, a pureza da igreja como uma assembléia de pessoas crentes e não uma comunidade de pessoas não-salvas e não-convertidas! Entretanto, o nosso zelo tem de começar no lar. Examinemos a nós mesmos quanto ao direito de participarmos da ceia do Senhor. Asseguremo-nos de que estamos vestidos com os trajes nupciais, para que nós mesmos não sejamos estrangeiros nos santuários do Senhor. “Muitos são chamados, mas poucos, escolhidos” (Mateus 22.14). “Estreita é a porta, e apertado, o caminho que conduz para a vida” (Mateus 7.14). Oh! que tenhamos graça para vir a Jesus corretamente, com a fé dos eleitos de Deus! Aquele que matou a Uzá (ver 2 Samuel 6.3-7) por ter tocado a arca é muito zeloso das ordenanças. Como um crente verdadeiro, posso aproximar-me dos santuários livremente; como um estranho, não devo tocá-los para que não morra. Examinar o próprio coração é o dever de todos os crentes que vêm à mesa do Senhor. “Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração, prova-me e conhece os meus pensamentos” (Salmos 139.23).

C.H. Spurgeon

quarta-feira, 17 de agosto de 2016

17 de Agosto.

"A misericórdia de Deus". 
Salmos 52.8

Medite, por um momento, na misericórdia de Deus. Ela é terna. Com um toque gentil e amável, o Senhor cura os corações enfermos e cicatriza suas feridas. Ele é tão gracioso na questão da misericórdia em si, quanto na prática dela. Esta se trata de uma grande misericórdia. Não existe nada pequeno em Deus. A misericórdia dele corresponde ao seu caráter -é infinita. Não é possível medi-la. Ela é tão grande que para grandes pecadores, perdoa pecados grandes, após grande espaço de tempo, e depois, concede grandes favores e privilégios, e nos ergue para grandes alegrias no grande céu do grande Deus. Esta misericórdia é imerecída , assim como deve ser toda verdadeira misericórdia; pois misericórdia merecida é apenas uma designação incorreta do termo justiça. O pecador não tinha qualquer direito à graciosa consideração do Altíssimo. Se o pecador houvesse sido entregue à condenação por causa da ira, somente o amor soberano teria encontrado um motivo para livrá-lo, pois no próprio pecador não havia qualquer motivo. Esta misericórdia é riquíssima. Algumas coisas são grandes mas têm pouca eficácia em si mesmas. A misericórdia de Deus é um encorajamento para espíritos abatidos; uma unção de ouro para feridas que sangram; uma atadura celeste para ossos quebrados; uma carruagem real para pés cansados; e, um abraço de amor para corações trêmulos. A misericórdia de Deus é abundante. Milhões já a receberam. Contudo, em vez de se esgotar, ela continua tão nova, tão repleta e tão espontânea como sempre o foi. Esta misericórdia é infalível, nunca abandonará você. Se ela é sua amiga, estará com você na tentação, para impedi-lo de ceder; também estará com você nas provações, para que você não desfaleça; A misericórdia de Deus estará com você durante toda a sua vida, para ser a luz e a vida de seu rosto. Ainda, esta misericórdia será a alegria de sua alma nos dias em que você estiver às portas da morte, quando todo o conforto terreno estiver se esgotando rapidamente.

C.H. Spurgeon.

terça-feira, 16 de agosto de 2016

16 de Agosto.

"Tributai ao SENHOR a glória devida ao seu nome". 
Salmos 29.2

A glória de Deus é o resultado de sua natureza e de suas realizações. Ele é glorioso em seu caráter, porque existe nele um estoque inesgotável de tudo o que é santo, puro, bom e amável. As realizações que fluem do seu caráter também são gloriosas. Deus tenciona que estas realizações manifestem às suas criaturas a sua bondade, a sua misericórdia e a sua justiça. Deus também está interessado em que a glória associada a tais realizações seja atribuída apenas a Ele.
Em nós mesmos, não existe nada do que podemos nos gloriar pois, quem nos faz diferentes de outros? O que temos que não tenhamos recebido do Deus de toda graça? Portanto, quão cuidadosos devemos ser em andar humildemente diante do Senhor! Visto que no universo há lugar somente para uma glória, no momento em que glorificamos a nós mesmos, nos colocamos em rivalidade para com o Altíssimo! O inseto que só existe há uma hora se glorificará diante do sol, que o esquentou para que nascesse? Se exaltará o vaso de barro, acima do que o moldou sobre a roda? A poeira do deserto contenderá com o redemoinho? As gotas do oceano lutarão contra a tempestade? Todos os retos, “tributai ao SENHOR a glória devida ao seu nome”. Talvez, uma das mais difíceis lutas da vida cristã é aprender esta sentença: “Não a nós, SENHOR, não a nós, mas ao teu nome dá glória” (Salmos 115.1). Esta é uma lição que Deus está sempre nos ensinando e, às vezes, por meio da mais dura disciplina. Se o crente começa a gloriar-se: “Posso todas as coisas”, sem acrescentar: “Naquele que me fortalece” (Filipenses 4.13 ARC), logo terá de lamentar: “Eu não sou nada” e afligir-se até ao pó. Quando fazemos algo para o Senhor, e Ele se agrada em aceitar nossas realizações, devemos lançar nossa coroa aos pés dele e confessar: “Não eu, mas a graça de Deus comigo” (1 Coríntios 15.10)!

C.H. Spurgeon.

segunda-feira, 15 de agosto de 2016

15 de Agosto.

"Saíra Isaque a meditar no campo, ao cair da tarde". 
Gênesis 24.63

Isaque gastava tempo numa busca admirável. Se aqueles que gastam várias horas na companhia de pessoas ociosas, em leituras frívolas e passatempos inúteis, aprendessem sabedoria, descobririam que envolver-se na meditação é mais interessante do que envolver-se nas vaidades que agora se mostram tão atraentes para eles. Todos nós saberíamos mais, viveríamos mais próximos de Deus e cresceríamos mais profundamente na graça, se passássemos mais tempo a sós. A meditação extrai o verdadeiro alimento das informações que nossa mente obteve de outras fontes. Quando Jesus é o tema, a meditação se torna realmente agradável. Isaque encontrou Rebeca quando estava envolvido em meditações particulares. Muitos têm encontrado o seu mais Amado num momento assim.A escolha de Isaque por um lugar foi bastante admirável. No campo, temos inumeráveis assuntos sobre os quais podemos meditar. Desde o cedro ao hissopo, desde a águia que voa nas alturas ao gafanhoto chilreador, desde a expansão azul do céu à gota de orvalho, tudo está repleto de instrução. Quando os olhos da alma são abertos por Deus, tal ensino resplandece na mente com mais nitidez do que em livros impressos. Nossos quartos não se mostram tão sugestivos nem tão inspiradores como o campo. Não consideremos nada comum ou imundo, mas percebamos que todas as coisas criadas apontam Àquele que as fez; assim, o campo nos revela bastante o Senhor. A escolha de Isaque quanto à hora também foi sábia. O momento do pôr do sol, quando ele arrasta um véu sobre o dia, convém àquele repouso da alma, quando os cuidados terrenos entregam-se às alegrias da comunhão celeste. A glória do sol no poente nos causa admiração, e a solenidade da aproximação da noite desperta nosso temor. Se as atividades deste dia permitirem, será bom, querido leitor, você separar tempo para sair ao campo, à tardinha. Mas, se não for possível, o Senhor também está na cidade; Ele o encontrará em seu quarto ou na rua cheia de pessoas. Seu coração deve sair ao encontro dele.

C.H. Spurgeon.

domingo, 14 de agosto de 2016

14 de Agosto.

"Me alegraste, SENHOR, com os teus feitos". 
Salmos 92.4

Você crê que seus pecados foram perdoados e que Cristo realizou uma completa expiação por eles? Então, que crente alegre você deveria ser! Deveria viver acima das aflições e provações comuns do mundo! Visto que o pecado foi perdoado, importa o que acontece com você agora? Lutero disse: “Quebranta, Senhor, quebranta, pois o meu pecado foi perdoado. Se Tu me perdoaste, quebranta com tanto vigor quanto desejares”.
Semelhantemente, você pode dizer: “Mande doença, pobreza, perdas, cruzes, perseguição; mande o que quiser, pois tem me perdoado, e minha alma está alegre. Crente, se você está salvo, enquanto se alegra, seja agradecido e amável. Apegue-se àquela cruz que removeu o seu pecado. Sirva Aquele que lhe serviu. O apóstolo Paulo escreveu: “Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional” (Romanos 12.1). Não permita que o seu zelo evapore em alguma exuberante explosão musical. Demonstre o seu amor de maneiras expressivas. Ame os irmãos dAquele que o amou. Se, em algum lugar, existe um Mefibosete, que é aleijado, ajude-o por amor a Jônatas. Se você conhece um crente pobre, que está sendo afligido, chore com ele e leve a cruz dele, por amor Àquele que chorou por você e levou os seus pecados sobre si mesmo.
Visto que você está generosamente perdoado, vá e conte aos outros as boas-novas de misericórdia perdoadora, por amor a Cristo. Não se contente em possuir esta bênção apenas para si mesmo, mas divulgue amplamente a história da Cruz. Alegria e ousadia santa o tornarão um bom pregador, e todo o mundo será o púlpito no qual você pregará. Santidade transbordante de alegria é o mais poderoso dos sermões, mas somente o Senhor pode lhe dar esse sermão. Peça-o agora, antes que você saia para suas atividades no mundo. Quando nos alegramos nos feitos do Senhor, não precisamos ter medo de viver com intensa alegria.

C.H. Spurgeon.

Amigo Velho. (Dia dos Pais).

sábado, 13 de agosto de 2016

MÚSICA DO DIA.

QUE RAIO ACONTECE NA COZINHA #135 COMO FAZER O MELHOR SANDUÍCHE DE PERNIL DO MUNDO

13 de Agosto.

"Os cedros do Líbano que ele plantou". 
Salmos 104.16

Os cedros do Líbano constituem um símbolo do crente no fato de que eles devem sua plantação inteiramente ao próprio Senhor. Isto também é verdade no que concerne a todo filho de Deus. Ele não foi plantado por si mesmo, nem pelo homem, e sim por Deus. A misteriosa mão do Espírito de Deus introduziu a semente viva em um coração que Ele mesmo preparou para recebê-la. Todo verdadeiro herdeiro do céu tem o grande Agricultor como Aquele que o plantou. Além disso, os cedros do Líbano não dependem dos homens para serem regados. Eles permanecem firmes sobre a sublime rocha, não regados pela habilidade humana; apesar disso, nosso Pai celestial supre a necessidade deles. Isto é o que acontece com o crente que aprendeu a viver pela fé. Ele não depende dos homens, nem mesmo das coisas temporais; pelo contrário, olha tão-somente para o Senhor, seu Deus, à espera do suprimento contínuo. O orvalho do céu é a sua porção, e o Deus do céu é a sua fonte. Os cedros nada devem ao homem pela sua preservação do vento tempestuoso e do temporal. São árvores de Deus, protegidas e preservadas apenas por Ele. Acontece o mesmo com o crente; ele não é uma planta de estufa, abrigada da tentação, mas permanece firme mesmo na posição mais exposta. Ele não tem qualquer abrigo ou proteção, exceto as imensas asas do Deus eterno, que sempre cobre os cedros que Ele mesmo plantou.
Assim como os cedros, os crentes estão cheios de seiva, possuindo vitalidade suficiente para se manterem sempre verdes, inclusive durante a neve do inverno. Finalmente, a condição majestosa e florescente dos cedros se manifesta tão somente para o louvor da glória de Deus. O próprio Senhor tem sido tudo para os cedros. Por isso, Davi apresenta, de modo encantador, esta verdade em um dos salmos: “Louvai ao SENHOR … árvores frutíferas e todos os cedros” (Salmos 148.7,9). No crente, nada existe que possa magnificar o homem. O crente é plantado, nutrido e protegido pelas mãos do próprio Senhor. A Ele seja dada toda a glória.

C.H. Spurgeon

sexta-feira, 12 de agosto de 2016

12 de Agosto.

"Reina o SENHOR. Regozije-se a terra". 
Salmos 97.1

Visto que cremos nesta bendita verdade, não existe qualquer motivo para andarmos em temor. Na terra, o poder do Senhor controla tão prontamente a ira dos ímpios quanto controla a fúria do mar. O seu amor refrigera o pobre com misericórdia, assim como refrigera a terra com chuvas. A glória do Senhor é vista em sua grandeza na queda de impérios e na ruína dos tronos. Em todos os nossos conflitos e tribulações, podemos ver a mão do Rei divino. Deus é Deus; Ele vê e ouve todos os nossos problemas, todas as nossas lágrimas. Alma, não te esqueças, entre as tuas dores. Para sempre, Deus reina sobre tudo.
No inferno, os espíritos ímpios reconhecem com pesar a inquestionável supremacia de nosso Deus. Quando têm permissão de rugir, eles o fazem com algemas em seus tornozelos. O freio está na boca do beemote, e o anzol na mandíbula do leviatã. Os dardos da morte estão sob a obstrução do Senhor. E as prisões dos sepulcros têm o poder divino como seu administrador. A terrível vingança do Juiz de toda a terra faz os inimigos esconderem-se e tremerem, assim como os cachorros no canil temem o chicote do caçador.Não temas a morte, nem os ataques de Satanás, Deus defende a quem nEle confia; Alma, não te esqueças, entre as tuas dores. Para sempre, Deus reina sobre tudo.
No céu, ninguém duvida da soberania do Rei eterno, mas todos prostram o seu rosto para Lhe prestar honra. Os anjos são a corte de Deus; os redimidos são os favoritos dele; e todos se deleitam em servi-Lo, noite e dia. Oh! que logo cheguemos à cidade do grande Rei! Pela longa noite de tristeza desta vida Ele nos dará paz e alegria. Alma, não te esqueças, entre as tuas dores. Para sempre, Deus reina sobre tudo.

C.H. Spurgeon

quinta-feira, 11 de agosto de 2016

11 de Agosto.

"Ah! Quem me dera ser como fui nos meses passados". 
Jó 29.2


Alguns crentes olham o passado com prazer e vêem o presente com insatisfação. Olham para os dias em que passaram em intimidade com o Senhor, como se fossem os mais doces e melhores que já conheceram, mas o presente está vestido num traje escuro de melancolia e monotonia. Antes, eles viviam mais perto do Senhor, agora, porém, sentem que se afastaram dele. Esses crentes dizem: “Ah! Quem me dera ser como fui nos meses passados!” Lamentam terem perdido sua segurança, não ter paz na mente, ou não encontrar gozo nos meios da graça. Lamentam que sua consciência não seja bastante sensível, ou que não possuam tanto zelo pela glória de Deus.
Muitas são as causas deste estado de lamentação. Pode ser fruto de negligência na oração, visto que negligenciar a oração em secreto é o começo de todo declínio espiritual. Ou pode ser resultado de idolatria. O coração tem se ocupado mais com outras coisas do que com Deus. As afeições têm sido colocadas nas coisas da terra, em vez de nas coisas do céu. Um Deus zeloso não se contentará com um coração dividido. Ele tem de ser amado em primeiro lugar e com o que é melhor em nós. Deus não permitirá que o fulgor de sua presença resplandeça sobre um coração frio e hesitante. A causa deste estado pode se encontrar em autoconfiança e justiça própria. O orgulho está sempre ocupado no coração, e o ego é exaltado, em vez de humilhar-se aos pés da cruz.
Crente, se agora você não é aquilo que era “nos meses passados” , não descanse satisfeito com o desejo de retornar à felicidade anterior; busque imediatamente o seu Senhor e conte-Lhe a sua triste condição. Peça-Lhe graça e força para ajudá-lo a andar mais perto dele. Humilhe-se diante do Senhor Jesus, pois Ele o exaltará, e volte a desfrutar da luz de sua face. Não se assente a queixar-se e a lamentar. Enquanto o Médico Amado viver, existirá esperança e certeza de recuperação para os piores casos.

C.H. Spurgeon

quarta-feira, 10 de agosto de 2016

10 de Agosto.

"Cristo, que é a nossa vida". 
Colossenses 3.4

Esta expressão maravilhosamente rica do apóstolo Paulo indica que Cristo é a fonte de nossa vida. “Ele vos deu vida” (Efésios 2.1). Aquela mesma voz que trouxe Lázaro para fora do sepulcro nos ressuscitou, para andarmos em “novidade de vida” (Romanos 6.4). Agora, Ele é a essência de nossa vida espiritual. É por intermédio da vida dele que nós vivemos. Cristo está em nós, a esperança da glória, a causa de nossas ações, o pensamento central que direciona os demais pensamentos.
Jesus é o alimento de nossa vida. De que mais o crente pode se alimentar além da carne e sangue de Jesus? “Este é o pão que desce do céu, para que todo o que dele comer não pereça” (João 6.50). Ó cansados peregrinos neste deserto de pecado, vocês nunca conseguirão um bocado que sacie a fome de seus espíritos, a menos que o encontre em Jesus! Ele é a consolação de nossa vida. Todas as nossas verdadeiras alegrias procedem de Cristo. Em tempos de provação, Ele é a nossa consolação. Não existe qualquer outro ser pelo qual valha a pena vivermos, exceto o Senhor Jesus. E a graça dele “é melhor do que a vida” (Salmos 63.3). Cristo é o objetivo de nossa vida. Como o navio se apressa rumo ao porto, assim o crente se apressa rumo ao ancoradouro do coração de seu Salvador. Como a flecha voa até seu alvo, assim o crente voa até o aperfeiçoamento de sua comunhão com Cristo Jesus. Assim como o soldado luta por seu capitão, sendo recompensado quando seu capitão conquista a vitória, assim também o crente luta por Cristo, obtendo o seu triunfo nos triunfos de seu Senhor. “Para mim, o viver é Cristo” (Filipenses 1.21). Cristo é o exemplo de nossa vida. Onde existe a mesma vida no interior, haverá, em grande medida, os mesmos resultados no exterior. Se vivemos em comunhão íntima com o Senhor Jesus, amadureceremos como Ele. Devemos colocá-Lo diante de nós, como nosso modelo divino, pois assim nos esforçaremos para andar nos passos dele, até que Ele se torne a coroa de nossa vida, na glória. Oh, quão seguro, quão honrável, quão alegre é o crente cuja vida é Cristo!

C.H. Spurgeon

terça-feira, 9 de agosto de 2016

09 de Agosto.

"A cidade não precisa nem do sol, nem da lua, para lhe darem claridade". 
Apocalipse 21.23

No mundo por vir, os habitantes não dependem dos confortos das outras criaturas. Eles não necessitam de outro vestuário. As suas vestes brancas não se desgastam e nunca ficarão manchadas. Eles não precisam de qualquer remédio para curar doenças, pois nunca terão de dizer: “Estou doente”. Não têm necessidade de sono para se revigorarem. Não descansam nem de dia nem de noite, mas louvam incansavelmente a Deus, em seu templo. Não precisam de relacionamento social para lhes ministrar consolação. Qualquer felicidade que possam extrair da comunhão com seus companheiros ali não é essencial à bemaventurança deles, pois a comunhão com o Senhor é suficiente para satisfazer aos desejos mais profundos deles.
Os habitantes do céu não precisam de professores. Sem dúvida, eles têm comunhão uns com os outros a respeito das coisas de Deus; mas, não requerem isto como forma de instrução; todos “serão ensinados do SENHOR” (Isaías 54.13). Temos recebido esmolas às portas do Rei; mas os crentes no céu se banqueteiam da própria mesa do Rei. Neste mundo, dependemos do braço de amigos; no céu, os crentes dependem apenas de seu Amado. Lá eles encontram tudo que precisam em Cristo Jesus. Aqui contemplamos o alimento que perece e as roupas que podem ser destruídas por traças, mas, lá eles encontram tudo em Deus. Usamos um balde para retirar água do poço, mas lá eles bebem do Manancial e colocam os lábios na água viva. Neste mundo, os anjos nos trazem bênçãos; no porvir, não precisaremos de mensageiros do céu. Não precisaremos de nenhum Gabriel, para nos trazer boas-novas da parte de Deus, pois ali O veremos face a face. Oh, que tempo abençoado será quando descansarmos nos braços de Deus! Que dia glorioso, quando Deus, e não suas criaturas -quando o Senhor Jesus, e não suas obras -será o nosso gozo permanente! Naquele tempo, a nossa alma terá atingido a plenitude da bem-aventurança.

C.H. Spurgeon. 

segunda-feira, 8 de agosto de 2016

08 de Agosto.

"Tecem teias de aranha". 
Isaías 59.5

Contemple uma teia de aranha e veja ali a figura mais sugestiva do hipócrita religioso. A teia é feita com o propósito de apanhar uma presa: a aranha engorda comendo moscas. As pessoas tolas são facilmente enganadas pela confissão altissonante de embusteiros, e mesmo aqueles que são mais criteriosos nem sempre podem escapar. Filipe batizou Simão, o mágico, cuja declaração de fé maliciosa logo foi reprovada pela severa repreensão de Pedro. Costume, reputação, elogio, progresso e outras moscas menores são a pequena caça que os hipócritas apanham em suas redes. Uma teia de aranha é uma maravilha de habilidade. Observe a teia e admire os astuciosos ardis do predador. A religião de um enganador não é igualmente admirável? De que modo o enganador faz com que uma mentira descarada tenha aparência de verdade? Como consegue fazer sua bugiganga corresponder tão bem à finalidade do ouro? A teia sai das entranhas da própria aranha. A abelha extrai das flores a sua cera. A aranha não suga flores, e sim estica a sua teia em qualquer extensão. De modo semelhante, os hipócritas encontram sua consolação e esperança dentro de si mesmos; sua âncora é forjada em sua própria bigorna e seu cabo é torcido pelas suas próprias mãos. Lançam seus próprios alicerces e constroem os pilares de sua própria casa, recusando-se a serem devedores à soberana graça de Deus. Entretanto, uma teia de aranha é bastante frágil. É feita de forma curiosa, com esmero, mas não duradoura. Não pode medir forças com a vassoura de limpeza. O hipócrita não precisa de uma bateria de alta tensão para fazer em pedaços as suas esperanças; uma simples baforada de vento o fará. As teias de aranha dos hipócritas logo ruirão, quando a vassoura de destruição começar sua obra purificadora. Isto nos traz à mente mais uma consideração: essas teias não serão toleradas na casa do Senhor. Ele cuidará para que elas, juntamente com aqueles que as teceram, sejam destruídas para sempre. Ó minha alma, descansa em algo melhor do que uma teia de aranha. Permite que o Senhor Jesus seja o teu eterno lugar de refúgio.

C.H. Spurgeon

sábado, 6 de agosto de 2016

07 de Agosto.

"Os retos te amam". 
Cântico dos Cânticos 1:4.



Os crentes amam a Jesus com uma afeição mais profunda do que a que ousam tributar a qualquer outro ser. Eles prefeririam perder o pai e a mãe a separarem-se de Cristo. Eles seguram todas as consolações deste mundo com pouca firmeza; mas levam a Jesus trancado no coração deles. Os crentes negam voluntariamente a si mesmos por amor a Jesus; então, eles não poderão ser impelidos a negá-Lo. É somente o amor raso que o fogo da perseguição pode esgotar. O amor do crente verdadeiro é uma fonte mais profunda do que isto.
Os homens têm se esforçado para separar o crente do seu Senhor, mas suas tentativas têm se mostrado infrutíferas em todas as épocas. Nem coroas de honra, nem carrancas de ira têm desfeito este nó górdio. Este amor não é uma atração diária que o mundo é capaz de dissolver. Nem homens, nem demônios têm encontrado uma chave que abre esta fechadura.
A esperteza de Satanás nunca se mostrou tão ineficiente quanto em suas investidas para romper esta união de dois corações fundidos por Deus. Está escrito: “Os retos te amam”; e nada pode anular esta afirmação. No entanto, a intensidade do amor dos crentes não deve ser julgada pelo que aparenta, e sim por aquilo que o crente anela. Nosso lamento diário é não podermos amar o suficiente. Se tão-somente nosso coração fosse capaz de reter mais e alcançar mais do amor de Cristo. Como Samuel Rutherford, suspiramos e exclamamos: “Oh, se tivéssemos uma quantia de amor que fosse suficiente para rodear a terra, e cobrir o céu – sim, o céu dos céus e dez mil mundos– para que pudéssemos derramar tudo sobre o formoso Cristo”. É uma pena que o máximo que conseguimos amar seja como a medida de um palmo, e que nossa afeição seja apenas uma gota num balde, em comparação com o que Ele merece. Oh! se pudéssemos dar todo o amor de nosso coração, em grande medida, Àquele que é “totalmente desejável” (Cântico dos Cânticos 5.16).

C.H.Spurgeon.

06 de Agosto.

"Guarda, a que hora estamos da noite"?
Isaías 21.11

Que inimigos estão do lado de fora? Numerosos erros afluem, e outros novos surgem a cada hora. Contra quais heresias devemos nos guardar? Os pecados rastejam a partir de suas emboscadas, quando as trevas reinam. Tenho de subir à torre e vigiar em oração. Nosso Protetor celestial vê antecipadamente todos os ataques que estão prestes a serem lançados contra nós. Quando Satanás deseja o mal para nós, o Senhor Jesus suplica por nós, a fim de que a nossa fé não desfaleça, quando somos peneirados como o trigo (ver Lucas 22.31). Continue, Ó gracioso Guarda, a nos avisar sobre nossos inimigos, e para o bem de Sião não retenha sua paz. “Guarda, a que hora estamos da noite?” Que tempos aguardam a igreja? As nuvens estão se aproximando, ou está tudo claro e bonito? Temos de cuidar da igreja com amor inquietante; e agora que a infidelidade ameaça, observemos os sinais dos tempos e nos preparemos para o conflito. “Guarda, a que hora estamos da noite?” Que estrelas podem ser vistas? Que promessas preciosas são adequadas ao nosso caso, neste momento? Tu soas o alarme, mas também ofereces a consolação. Cristo, a Estrela Polar, está sempre em seu lugar, e todas as estrelas estão seguras na mão direita de seu Senhor.

Guarda, quando chegará a manhã? O Noivo se demora. Não existe qualquer sinal do aparecimento do Sol da Justiça? A estrela da manhã não tem surgido como o penhor do dia? Em que momento o dia raiará e as trevas desaparecerão? Ó Jesus, se hoje não vens, pessoalmente, para tua igreja que Te aguarda, então vem em Espírito ao meu coração saudoso e faze-o cantar de alegria.
Agora, toda a terra está radiante e feliz com a nova manhã; Mas todo o meu coração está frio, e escuro e triste: Sol da alma, deixa-me contemplar tua alvorada! Vem, Jesus, Senhor, Oh, rápido vem, de acordo com tua palavra.

C.H. Spurgeon.

sexta-feira, 5 de agosto de 2016

05 de Agosto.

"Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus". 
Romanos 8.28



Em alguns assuntos, o crente está absolutamente certo. Por exemplo, o crente sabe que Deus está assentado junto aos passageiros na popa do barco, quando este balança muito. Ele crê que uma mão invisível está sempre no leme do mundo e que, não importando para onde a providência leve o barco, Jeová é quem o dirige. Este conhecimento tranquilizador prepara o crente para todas as coisas. O crente olha por cima das ondas furiosas; vê o Espírito de Jesus andando por sobre as águas e ouve a sua voz, dizendo: “Sou eu. Não temais!” (Marcos 6.50). O crente também reconhece que Deus é sábio. E, reconhecendo isso, permanece confiante de que em sua vida não pode haver acidentes nem erros. Nada que não deveria acontecer acontecerá. O crente pode dizer: “Se eu tiver de perder tudo o que tenho, será melhor perder do que possuir, se esta for a vontade de Deus. A pior calamidade é a coisa mais sábia e mais bondosa que poderia me acontecer, se Deus assim o ordenasse”.
“Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus.” O crente sabe que estas palavras constituem a realidade. Todas as coisas têm cooperado para o bem dele. Drogas nocivas misturadas em proporções apropriadas produzem cura; os afiados cortes do bisturi limpam o corpo ulceroso e facilitam o restabelecimento. Por conseguinte, crendo que Deus governa todas as coisas, com sabedoria, e que produz o bem a partir do mal, o coração do crente sente-se em segurança. É capaz de enfrentar com tranquilidade cada provação, à medida que surgem. Em espírito de verdadeira resignação, é capaz de orar: “Envia-me o que desejares, meu Deus, contanto que sejas Tu quem o envias. De tua mesa, nunca deste um manjar desagradável a qualquer de teus filhos”.
Não digas, alma minha: Como pode Deus aliviar meus pesares? Lembra-te que a Onipotência tem servos em todos os lugares. Seu método é sublime; seu coração é um fiel aliado. Deus nunca está adiante de seu tempo e nunca está atrasado.

C.H. Spurgeon.

quarta-feira, 3 de agosto de 2016

03 de Agosto.

"O Cordeiro é a sua lâmpada". 
Apocalipse 21.23

Com muita quietude, contemple o Cordeiro como a luz do céu. Nas Escrituras, a luz é um símbolo da alegria. A alegria dos santos no céu se resume nos seguintes fatos: Jesus nos escolheu, nos amou, nos comprou, nos purificou, nos vestiu, nos preservou e nos glorificou. Estamos aqui tão-somente devido à pessoa do Senhor Jesus. Cada um destes pensamentos é como um cacho de uvas de Escol. A luz também é a causa da beleza. Nada de belo fica, quando a luz acaba. Sem luz, nenhum brilho resplandece da safira, e a pérola não reflete nenhum raio de esplendor. Portanto, toda a glória dos santos no céu procede do Senhor Jesus. À semelhança dos planetas, os santos no céu refletem a luz do Sol da Justiça. Eles vivem como raios que procedem da esfera central. Se o Senhor se retrair, eles morrem. Se a glória de Cristo for ocultada, a glória deles se acabará. A luz também é um símbolo do conhecimento. No céu nosso conhecimento será perfeito, mas a fonte dele será o próprio Senhor Jesus. Na luz do Cordeiro, as providências ocultas, que nunca entendemos, se nos tornarão evidentes; e simples, tudo o que agora nos confunde. Oh! Que revelações haverá e como glorificaremos o Deus de amor!
A luz também significa manifestação. A luz manifesta. Neste mundo “ainda não se manifestou o que haveremos de ser” (1João 3.2). O povo de Deus é um povo encoberto, mas quando Cristo os receber no céu, os tocará com o cetro de seu próprio amor e os mudará à imagem de sua glória manifesta. Eles eram pobres e infelizes mas, que transformação! Foram contaminados pelo pecado; porém, com um toque da mão de Cristo, serão tão resplandecentes como o sol e tão límpidos como o cristal. Oh! que manifestação! Tudo isto procede do Cordeiro exaltado. De tudo o que tiver radiante esplendor Jesus será o centro e a alma. Oh! que estejamos presentes ali, para vê-Lo em sua própria luz, o Rei dos reis e Senhor dos senhores!

C.H. Spurgeon

terça-feira, 2 de agosto de 2016

02 de Agosto.

"Aquele que faz todas as coisas conforme o conselho da sua vontade". 
Efésios 1.11

Nossa crença na soberania de Deus pressupõe que Ele tem um plano e propósito determinado de salvação. O que seria a criação sem o planejamento de Deus? Há um peixe no mar ou uma ave no céu que tenha sido formado por acaso? Não. Em todo osso, músculo, junta, tendão, glândula e vaso sanguíneo, podemos ver a mão de um Deus que realiza todas as coisas de conformidade com o propósito de sua sabedoria infinita. E o Deus que se mostra presente na criação, regendo todas as coisas, não se mostrará presente na graça? Se o conselho divino governa a velha criação, a nova criação não terá a presidi-la o gênio habilidoso da vontade soberana? Contemple a providência! Quem não sabe que nem mesmo um pardal cai em terra sem o consentimento do Pai? Até os cabelos de sua cabeça estão todos contados. Deus avalia em escalas as montanhas de nossa aflição e pesa em balanças os montes de nossas tribulações. Haverá um Deus na providência e não na graça? Seria a casca determinada por sabedoria e o caroço abandonado a uma perspectiva cega? De modo nenhum!
Deus conhece o fim desde o começo. Ele vê, no seu devido lugar, não somente a pedra angular que estabeleceu em cores lindas, no sangue de seu Filho amado, mas também contempla, em sua devida posição, cada uma das pedras eleitas removidas da pedreira da natureza e polidas pela graça dele. Ele vê o todo, da cantoneira à cornija, do alicerce ao teto, do início ao auge. Em sua mente, Deus tem um conhecimento límpido de cada pedra que será colocada no lugar preparado, de quão ampla será a represa e de quando será trazida a última pedra, com gritos de: “Graças, graças a Ti!” Por fim, todos verão com clareza que, em todos os vasos eleitos de misericórdia, Jeová fez com o seu povo o que Ele mesmo quis. Em todos os aspectos da obra da graça, Ele realizou o seu propósito e glorificou o seu próprio nome.

C.H. Spurgeon

segunda-feira, 1 de agosto de 2016

01 de Agosto.

“Deixa-me ir ao campo, e apanharei espigas". 
Rute 2.2

Crente abatido e atribulado, venha e colha hoje no imenso campo de promessas. Neste campo existem promessas abundantes que satisfarão adequadamente às suas necessidades. Colha esta: “Não esmagará a cana quebrada, nem apagará a torcida que fumega” (Mateus 12.20). Esta promessa é adequada ao seu caso? Talvez você seja uma cana quebrada da qual não pode sair música; uma cana desamparada e mais fraca que a própria fraqueza; uma cana insignificante – apesar disso, o Senhor Jesus não o esmagará; pelo contrário, Ele o revigorará e fortalecerá. Você é semelhante à torcida que fumega. Nenhuma luz ou calor pode emanar de você, contudo, o Senhor Jesus não o apagará. Ele lançará seu doce sopro de misericórdia até lhe colocar em chamas. Você quer apanhar outra espiga? Considere esta: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei” (Mateus 11.28). Que palavras suaves! O seu coração é delicado, e o Senhor o conhece. Por isso, Ele fala de modo tão gentil com você. Você obedecerá ao Senhor e virá a Ele hoje? Colha outra espiga: “Não temas, ó vermezinho de Jacó, povozinho de Israel; eu te ajudo, diz o SENHOR, e o teu Redentor é o Santo de Israel” (Isaías 41.14). Como você pode ficar com medo, se Ele lhe oferece esta maravilhosa segurança? Você pode apanhar milhares de outras espigas preciosas como esta: “Desfaço as tuas transgressões como a névoa e os teus pecados, como a nuvem; torna-te para mim, porque eu te remi” (Isaías 44.22); ou esta: “Ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão como a lã” (Isaías 1.18). O campo de nosso Senhor é bastante rico; contemple os punhados de promessas disponíveis. Elas estão diante de você, ó crente. Apanhe-as, aproprie-se delas, visto que o Senhor Jesus o ordena a apanhá-las. Não tenha medo – somente creia! Colha estas doces promessas, triture-as por meio da meditação e alimente-se delas com alegria!

C.H. Spurgeon