sexta-feira, 29 de setembro de 2017

29 de Setembro.

Faça guerra contra a incredulidade

Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças.
Filipenses 4: 6.

Quando fico ansioso por estar envelhecendo, luto contra a incredulidade com a promessa: “Até à vossa velhice, eu serei o mesmo e, ainda até às cãs, eu vos carregarei; já o tenho feito; levar-vos-ei, pois, carregar-vos-ei e vos salvarei” (Isaías 46.4).
Quando fico ansioso acerca da morte, luto contra a incredulidade com a promessa de que “nenhum de nós vive para si mesmo, nem morre para si. Porque, se vivemos, para o Senhor vivemos; se morremos, para o Senhor morremos. Quer, pois, vivamos ou morramos, somos do Senhor. Foi precisamente para esse fim que Cristo morreu e ressurgiu: para ser Senhor tanto de mortos como de vivos” (Romanos 14.7-9).
Quando fico ansioso pela possibilidade de naufragar na fé e me afastar de Deus, luto contra a incredulidade com as promessas: “aquele que começou boa obra em vós há de completá-la até ao Dia de Cristo Jesus” (Filipenses 1.6); e: “Também pode salvar totalmente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles” (Hebreus 7.25).
Façamos guerra, não contra outras pessoas, mas contra a nossa própria incredulidade. Essa é a raiz da ansiedade que, por sua vez, é a raiz de muitos outros pecados. Então, vamos ligar nossos limpadores de para-brisa, usar o borrifador de água e manter os olhos fixos sobre as preciosas e mui grandes promessas de Deus.
Pegue a Bíblia, peça ajuda ao Espírito Santo, guarde as promessas em seu coração e lute o bom combate — para viver pela fé na graça futura.

John Piper.

quinta-feira, 28 de setembro de 2017

28 de Setembro.

Nosso bem é a glória de Deus

Tu, porém, quando orares, entra no teu quarto e, fechada a porta, orarás a teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará. 
Mateus 6: 6.

Uma objeção comum ao Hedonismo Cristão é que ele coloca os interesses do homem acima da glória de Deus, que coloca a minha felicidade acima da honra de Deus. Mas o Hedonismo Cristão muito enfaticamente não faz isso.
Esteja certo de que nós, hedonistas cristãos, nos esforçamos para buscar o nosso interesse e a nossa felicidade com todas as nossas forças. Apoiamos a resolução do jovem Jonathan Edwards: “Resolvi esforçar-me para obter tanta felicidade no mundo vindouro quanto seja possível, com todo o poder, força, vigor, veemência, e até violência que eu for capaz de exercer, ou que eu puder me levar a exercer, de qualquer maneira que me seja possível pensar”.
Mas nós aprendemos a partir da Bíblia (e de Edwards!) que o interesse de Deus é magnificar a plenitude da sua glória, derramando misericórdia em nós.
Portanto, a busca do nosso interesse e da nossa felicidade nunca está acima de Deus, mas sempre em Deus. A verdade mais preciosa na Bíblia é que o maior interesse de Deus é glorificar a riqueza da sua graça, fazendo pecadores felizes nele — nele!
Quando nos humilhamos como crianças e não nos apegamos a nós mesmos, mas corremos felizes para a alegria do abraço do nosso Pai, a glória da sua graça é magnificada e o anelo da nossa alma é satisfeito. Nosso interesse e sua glória são um.
Portanto, os hedonistas cristãos não colocam a sua felicidade acima da glória de Deus quando buscam a felicidade nele.

John Piper. 

quarta-feira, 27 de setembro de 2017

27 de Setembro.

O poder de uma promessa superior

Eu andarei em liberdade, pois busquei os teus preceitos.
Salmo 119:45, tradução do autor.

Um elemento essencial da alegria é a liberdade. Nenhum de nós ficaria feliz se não fôssemos livres daquilo que odiamos e livres para o que amamos.
E onde encontramos a verdadeira liberdade? O Salmo 119.45 diz: “Eu andarei em liberdade, pois busquei os teus preceitos”.
A referência é a espaços amplos. A palavra nos livra da pequenez da mente (1 Reis 4.29) e dos confinamentos ameaçadores (Salmo 18.19).
Jesus diz: “E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (João 8.32). A liberdade que ele tem em mente é a liberdade da escravidão do pecado (João 8.34). Ou, para expressá-lo positivamente, é a liberdade para a santidade.
As promessas da graça de Deus fornecem o poder que torna as exigências da santidade de Deus uma experiência de liberdade e não de medo. Pedro descreveu assim o poder libertador das promessas de Deus: “As suas preciosas e mui grandes promessas, para que por elas vos torneis co-participantes da natureza divina, livrando-vos da corrupção das paixões que há no mundo” (2 Pedro 1.4).
Em outras palavras, quando confiamos nas promessas de Deus, cortamos a raiz da corrupção pelo poder de uma promessa superior.
Quão crucial é a palavra que quebra o poder dos prazeres falsos! E quão vigilantes devemos estar para iluminar os nossos caminhos e encher os nossos corações com a palavra de Deus!
“Lâmpada para os meus pés é a tua palavra e luz, para os meus caminhos” (Salmo 119.105). “Guardo no coração as tuas palavras, para não pecar contra ti” (Salmo 119.11; cf. verso 9).

John Piper.

terça-feira, 26 de setembro de 2017

26 de Setembro.

Viva confiante no poder de Deus

A suprema grandeza do seu poder para com os que cremos. 
Efésios 1:19.

A onipotência de Deus significa um refúgio eterno e inabalável na eterna glória de Deus, não importa o que aconteça nesta terra. E essa confiança é o poder da obediência radical ao chamado de Deus.
Existe algo mais libertador, mais emocionante ou mais fortalecedor do que a verdade de que o Deus Todo-Poderoso é o seu refúgio — durante todo o dia, todos os dias em todas as experiências ordinárias e extraordinárias da vida?
Se acreditássemos nisso, se realmente deixássemos que essa verdade da onipotência de Deus se apoderasse de nós, que diferença isso faria em nossas vidas pessoais e ministérios! Quão humildes e poderosos nos tornaríamos para os propósitos salvíficos de Deus!
A onipotência de Deus significa refúgio para o povo de Deus. E quando você realmente crê que o seu refúgio é a onipotência do Deus Todo-Poderoso, há uma alegria, uma liberdade e um poder que transbordam em uma vida de obediência radical a Jesus Cristo.
A onipotência de Deus significa reverência, recompensa e refúgio para o seu povo pactual.
Eu lhe convido a aceitar os termos do seu pacto da graça: Converta-se do pecado e confie no Senhor Jesus Cristo, e a onipotência do Deus Todo-Poderoso será a reverência da sua alma, a recompensa contra seus inimigos e o refúgio da sua vida, para sempre.

John Piper.

segunda-feira, 25 de setembro de 2017

25 de Setembro.

A vida é sustentada pela Palavra de Deus

Disse-lhes: Aplicai o coração a todas as palavras que, hoje, testifico entre vós, para que ordeneis a vossos filhos que cuidem de cumprir todas as palavras desta lei. Porque esta palavra não é para vós outros coisa vã; antes, é a vossa vida; e, por esta mesma palavra, prolongareis os dias na terra à qual, passando o Jordão, ides para a possuir. 
Deuteronômio 32:46-47.

A palavra de Deus não é uma ninharia; é uma questão de vida ou morte. Se você trata as Escrituras como uma ninharia ou como palavras vazias, você perde a vida.
Mesmo a nossa vida física depende da palavra de Deus, porque pela sua palavra nós fomos criados (Salmo 33.6; Hebreus 11.3), e ele sustenta “todas as coisas pela palavra do seu poder” (Hebreus 1.3).
A nossa vida espiritual começa com a palavra de Deus: “Segundo o seu querer, ele nos gerou pela palavra da verdade” (Tiago 1.18). “Fostes regenerados… mediante a palavra de Deus, a qual vive e é permanente” (1 Pedro 1.23).
Nós não somente começamos a viver pela palavra de Deus, mas também continuamos a viver pela palavra de Deus: “Não só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus” (Mateus 4.4; Deuteronômio 8.3).
Nossa vida física é criada e sustentada pela palavra de Deus, e nossa vida espiritual é vivificada e mantida pela palavra de Deus. Quantas histórias poderiam ser reunidas para testemunhar o poder vivificante da Palavra de Deus!
De fato, a Bíblia não é “palavra vã para você” — é a sua vida! O fundamento de toda a alegria é a vida. Nada é mais fundamental do que a pura existência — nossa criação e preservação.
Tudo isso é devido à palavra do poder de Deus. Por esse mesmo poder, ele falou nas Escrituras para a criação e sustento da nossa vida espiritual. Portanto, a Bíblia não é uma palavra vã, mas é realmente a sua vida — o despertar da sua alegria!

John Piper.

domingo, 24 de setembro de 2017

24 de Setembro.

A busca de Jesus por alegria

Olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus, o qual, em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus.
Hebreus 12:2.

O exemplo de Jesus contradiz o princípio do Hedonismo Cristão? Ou seja, o princípio de que o amor é o caminho da alegria e que deve ser escolhido por esse mesmo motivo, para que ninguém seja encontrado relutante em obedecer ao Todo-Poderoso, irritado sob o privilégio de ser um canal de graça ou depreciando a recompensa prometida.
Hebreus 12.2 parece dizer com bastante clareza que Jesus não contradiz esse princípio.
O maior labor de amor que já aconteceu foi possível porque Jesus buscou a maior alegria imaginável, ou seja, a alegria de ser exaltado à destra de Deus na assembleia de um povo redimido: “Em troca da alegria que lhe estava proposta, [ele] suportou a cruz”!
Ao dizer isso, o escritor quer citar Jesus como outro exemplo, junto com os santos de Hebreus 11, daqueles que são tão desejosos e confiantes na alegria que Deus oferece que rejeitam os “prazeres transitórios do pecado” (Hebreus 11.25) e escolhem os maus tratos para que estejam alinhados com a vontade de Deus.
Portanto, não é antibíblico dizer que a esperança da alegria além da cruz foi o que sustentou Cristo nas horas sombrias do Getsêmani. Isso não diminui a realidade e a grandeza do seu amor por nós, porque a alegria que ele esperava era a alegria de conduzir muitos filhos à glória (Hebreus 2.10).
A alegria de Jesus Cristo está em nossa redenção, a qual redunda na glória de Deus. Abandonar a cruz e, assim, abandonar a nós e a vontade do Pai era uma perspectiva tão horrível na mente de Cristo que ele a rejeitou e abraçou a morte.

John Piper.

sábado, 23 de setembro de 2017

23 de Setembro.

Esperança para o pior dos pecadores

Terei misericórdia de quem eu tiver misericórdia e me compadecerei de quem eu me compadecer. 
Êxodo 33:19.

Moisés precisava ter esperança de que Deus realmente poderia ter misericórdia de um povo de dura cerviz, que acabara de cometer idolatria e de desprezar o Deus que o tirou do Egito.
Para dar a Moisés a esperança e a confiança de que necessitava, Deus disse: “Terei misericórdia de quem eu tiver misericórdia”. Em outras palavras: “Minhas escolhas não dependem do nível de mal ou de bem no homem, mas somente da minha vontade soberana. Portanto, ninguém pode dizer que é demasiadamente mau para receber graça”.
A doutrina da eleição incondicional é a grande doutrina da esperança para o pior dos pecadores. Ela indica que quando se trata de ser um candidato à graça, a sua situação não tem relação alguma com a escolha de Deus.
Se você não nasceu de novo e não foi levado à fé salvífica em Jesus Cristo, não afunde em desesperança pensando que a excessiva miséria ou o endurecimento da sua antiga vida é um obstáculo insuperável à graciosa obra de Deus em sua vida. Deus ama magnificar a liberdade da sua graça salvando o pior dos pecadores.
Afaste-se do seu pecado; invoque o Senhor. Mesmo neste devocional, ele está sendo gracioso com você e está lhe concedendo forte encorajamento para vir a ele em busca de misericórdia.
“Vinde, pois, e arrazoemos, diz o SENHOR; ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão como a lã” (Isaías 1.18).

John Piper.

sexta-feira, 22 de setembro de 2017

22 de Setembro.

Perca bens e familiares

Lembrai-vos, porém, dos dias anteriores, em que, depois de iluminados, sustentastes grande luta e sofrimentos; ora expostos como em espetáculo, tanto de opróbrio quanto de tribulações, ora tornando-vos co-participantes com aqueles que desse modo foram tratados. Porque não somente vos compadecestes dos encarcerados, como também aceitastes com alegria o espólio dos vossos bens, tendo ciência de possuirdes vós mesmos patrimônio superior e durável. Não abandoneis, portanto, a vossa confiança; ela tem grande galardão. 
Hebreus 10:32-35.

Os cristãos em Hebreus 10.32-35 obtiveram o direito de nos ensinar sobre o amor custoso.
A situação parece ser esta: Nos primeiros dias da sua conversão, alguns deles foram presos por causa da fé. Outros foram confrontados com uma escolha difícil: Devemos seguir em secreto e ficar “seguros”, ou devemos visitar nossos irmãos e irmãs na prisão e arriscar nossas vidas e bens? Eles escolheram o caminho do amor e aceitaram o custo.
“Porque não somente vos compadecestes dos encarcerados, como também aceitastes com alegria o espólio dos vossos bens”.
Mas eles foram perdedores? Não. Eles perderam bens e ganharam alegria! Eles aceitaram alegremente a perda.
Em certo sentido, eles negaram a si mesmos. Mas em outro, eles não o fizeram. Eles escolheram o caminho da alegria. Evidentemente, esses cristãos foram motivados para o ministério da prisão do mesmo modo que os macedônios (de 2 Coríntios 8.1-9) foram motivados para ajudar os pobres. Sua alegria em Deus transbordou em amor pelos outros.
Eles olharam para as suas próprias vidas e disseram: “Porque a tua graça é melhor do que a vida” (veja o Salmo 63.3).
Eles olharam para todos os seus bens e disseram: Temos um patrimônio no céu que é superior e mais durável do que qualquer uma destas coisas (Hebreus 10.34).
Então, eles olharam um para o outro e disseram:

Se temos de perder

Família, bens, prazer!

Se tudo se acabar

E a morte enfim chegar,

Com ele reinaremos!

(Martinho Lutero)

quinta-feira, 21 de setembro de 2017

21 de Setembro.

Munição contra a ansiedade

Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças. 
Filipenses 4:6.

Quando fico ansioso pelo fato do meu ministério ser inútil e vazio, luto contra a incredulidade com a promessa de Isaías 55.11: “Assim será a palavra que sair da minha boca: não voltará para mim vazia, mas fará o que me apraz e prosperará naquilo para que a designei”.
Quando fico ansioso por ser fraco demais para fazer meu trabalho, luto contra a incredulidade com a promessa de Cristo: “A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza” (2 Coríntios 12.9).
Quando fico ansioso quanto a decisões que preciso tomar a respeito do futuro, luto contra a incredulidade com a promessa: “Instruir-te-ei e te ensinarei o caminho que deves seguir; e, sob as minhas vistas, te darei conselho” (Salmo 32.8).
Quando fico ansioso por enfrentar adversários, luto contra a incredulidade com a promessa: “Se Deus é por nós, quem será contra nós?” (Romanos 8.31).
Quando fico ansioso pelo bem-estar daqueles que amo, luto contra a incredulidade com a promessa de que se eu, sendo mau, sei dar boas coisas aos meus filhos, quanto mais o “Pai, que está nos céus, dará boas coisas aos que lhe pedirem?” (Mateus 7.11).
E eu luto para manter meu equilíbrio espiritual com a lembrança de que todo aquele que deixou casa, ou irmãos, ou irmãs, ou mãe, ou pai, ou filhos ou campos por amor de Cristo receberá “o cêntuplo de casas, irmãos, irmãs, mães, filhos e campos, com perseguições; e, no mundo por vir, a vida eterna” (Marcos 10.29-30).
Quando fico ansioso por estar doente, luto contra a incredulidade com a promessa: “Muitas são as aflições do justo, mas o SENHOR de todas o livra” (Salmo 34.19).
E com tremor, eu considero a promessa: “A tribulação produz perseverança; e a perseverança, experiência; e a experiência, esperança. Ora, a esperança não confunde, porque o amor de Deus é derramado em nosso coração pelo Espírito Santo, que nos foi outorgado” (Romanos 5.3-5).

John Piper. 

quarta-feira, 20 de setembro de 2017

20 de Setembro.

Quase não hedonista o suficiente

Não acumuleis para vós outros tesouros sobre a terra, onde a traça e a ferrugem corroem e onde ladrões escavam e roubam; mas ajuntai para vós outros tesouros no céu, onde traça nem ferrugem corrói, e onde ladrões não escavam, nem roubam. 
Mateus 6:19-20.

A mensagem que precisa ser gritada a partir das grandes instituições financeiras é esta: Homem secular, você quase não é hedonista o suficiente!
Deixe de se satisfazer com os pequenos rendimentos de 5% de prazer que são corroídos pelas traças da inflação e pela ferrugem da morte. Invista nas ações valorizadas, de alto rendimento e divinamente garantidas do céu.
Dedicar uma vida aos confortos materiais e emoções é como jogar dinheiro em um buraco. Mas investir uma vida na obra de amor produz lucros de alegria insuperáveis ​​e intermináveis:
“Vendei os vossos bens e dai esmola. [E assim] fazei para vós outros bolsas que não desgastem, tesouro inextinguível nos céus, onde não chega o ladrão, nem a traça consome” (Lucas 12.33).
Esta mensagem é uma notícia muito boa: Venha a Cristo, em cuja presença há plenitude de alegria e delícias perpetuamente. Junte-se a nós na obra do Hedonismo Cristão. Porque o Senhor falou: É mais bem-aventurado amar do que viver no luxo!

John Piper.

terça-feira, 19 de setembro de 2017

19 de Setembro.

Nosso privilégio inefável

Disse Deus a Moisés: EU SOU O QUE SOU. 
Êxodo 3:14.

Uma implicação do magnífico nome, EU SOU O QUE EU SOU, é que esse Deus infinito, absoluto e autodeterminado se aproximou de nós em Jesus Cristo.
Em João 8.56-58 Jesus está respondendo às críticas dos líderes judeus. Ele diz: “Abraão, vosso pai, alegrou-se por ver o meu dia, viu-o e regozijou-se. Perguntaram-lhe, pois, os judeus: Ainda não tens cinquenta anos e viste Abraão? Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade eu vos digo: antes que Abraão existisse, EU SOU”.
Jesus poderia ter tomado palavras mais exaltadas em seus lábios? Quando Jesus disse: “antes que Abraão existisse, EU SOU”, ele tomou toda a majestosa verdade do nome de Deus, a envolveu na humildade de servo, se ofereceu para expiar toda a nossa rebelião e abriu caminho para que nós vejamos a glória de Deus sem temor.
Em Jesus Cristo, nós que nascemos de Deus temos o inefável privilégio de conhecer a Yahweh como nosso Pai — EU SOU O QUE SOU — o Deus…
que existe;cuja personalidade e cujo poder são devidos unicamente a si mesmo;que nunca muda;de quem todo poder e toda força no universo fluem;e a quem toda a criação deve conformar a sua vida.
Que aqueles que conhecem o nome de Deus confiem nele.

John Piper.

segunda-feira, 18 de setembro de 2017

18 de Setembro.

 A única verdadeira liberdade 

Disse, pois, Jesus aos judeus que haviam crido nele: Se vós permanecerdes na minha palavra, sois verdadeiramente meus discípulos; e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará. 
João 8:31-32.

O que é a verdadeira liberdade? Você é livre? 
Se você não tem o desejo de fazer algo, você não é totalmente livre para fazê-lo.Oh, você pode reunir a força devontade para fazer o que não quer fazer, mas ninguém chama isso de completa liberdade. Não é assim que queremos viver. Há um constrangimento e pressão sobre nós que não desejamos. E se você tem o desejo de fazer algo, mas nenhuma capacidade para fazê-lo, você não é livre para fazer isso.E se você tem o desejo e a capacidade de fazer algo, mas nenhuma oportunidade, você não é livre para fazê-lo.E se você tem o desejo de fazer algo, a capacidade de fazê-lo e a oportunidadede fazê-lo, mas isso finalmente o destrói, você não é totalmente livre — não é livre, de fato.
Para sermos totalmente livres, devemos ter o desejo, a capacidade e a oportunidade de fazer o que nos fará felizes para sempre. Sem desapontamentos. E somente Jesus, o Filho de Deus que morreu e ressuscitou por nós, pode tornar isso possível. 
Se o Filho o libertar, verdadeiramente você será livre. 

John Piper.

domingo, 17 de setembro de 2017

17 de Setembro.

Adoração em uma tempestade de relâmpagos 

Porque assim como o relâmpago, fuzilando, brilha de uma à outra extremidade do céu, assim será, no seu dia, o Filho do Homem. 
Lucas 17:24.

Eu estava em um voo noturno de Chicago a Minneapolis, quase sozinho no avião. O piloto anunciou que havia uma tempestade sobre o lago Michigan e em Wisconsin. Ele seguiria para o oeste para evitar turbulências. 
Enquanto eu me sentava ali olhando para a escuridão total, de repente todo o céu ficou iluminado, e uma espécie de caverna de nuvens brancas baixou quatro milhas em relação ao avião e depois desapareceu. 
Um segundo depois, um gigantesco túnel branco de luz explodiu de norte a sul através do horizonte, e novamente desapareceu na escuridão. Logo depois, os relâmpagos eram quase constantes, e erupções de luz rebentavam de nuvens e por detrás de distantes montanhas brancas. 
Sentei-me ali, balançando a cabeça quase em incredulidade. Ó Senhor, se estas são apenas as faíscas do afiar da sua espada, o que será o dia da sua aparição! E me lembrei das palavras de Cristo: “Como o relâmpago, fuzilando, brilha de uma à outra extremidade do céu, assim será, no seu dia, o Filho do Homem” (Lucas 17.24). 
Mesmo agora, quando me lembro daquela visão, a palavra glória é repleta de sentido para mim. Agradeço a Deus por repetidamente ter despertado o meu coração para desejá-lo, vê-lo, sentar-me na festa do Hedonismo Cristão e adorar o Rei da Glória. A sala do banquete é muito grande. 

John Piper.

sábado, 16 de setembro de 2017

16 de Setembro

A festa final da alma 

Uma coisa peço ao SENHOR, e a buscarei: que eu possa morar na Casa do SENHOR todos os dias da minha vida, para contemplar a beleza do SENHOR e meditar no seu templo. 
Salmo 27:4.

Deus não é indiferente ao desejo contrito da alma. Ele vem, ergue o fardo do pecado e enche nosso coração de alegria e gratidão. “Converteste o meu pranto em folguedos; tiraste o meu pano de saco e me cingiste de alegria, para que o meu espírito te cante louvores e não se cale. SENHOR, Deus meu, graças te darei para sempre” (Salmo 30.11-12). 
Mas a nossa alegria não surge apenas ao olharmos para trás, em gratidão. A alegria também surge ao olharmos adiante, em esperança: “Por que estás abatida, ó minha alma? Por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei, a ele, meu auxílio e Deus meu” (Salmo 42.5-6). 
“Aguardo o SENHOR, a minha alma o aguarda; eu espero na sua palavra” (Salmo 130.5). 
Finalmente, o coração não anseia por nenhuma das boas dádivas de Deus, mas pelo próprio Deus. Ver a Deus, conhecê-lo e estar em sua presença é a festa final da alma. Além disso, já não há mais busca. As palavras falham. Chamamos isso de prazer, alegria e deleite. Mas esses são indicadores fracos para a indizível experiência: 
“Uma coisa peço ao SENHOR, e a buscarei: que eu possa morar na Casa do SENHOR todos os dias da minha vida, para contemplar a beleza do SENHOR e meditar no seu templo” (Salmo 27.4). 
“Na tua presença há plenitude de alegria, na tua destra, delícias perpetuamente” (Salmo 16.11). 
“Agrada-te do SENHOR” (Salmo 37.4).

John Piper.

sexta-feira, 15 de setembro de 2017

15 de Setembro.

A única felicidade duradoura

Assim também agora vós tendes tristeza; mas outra vez vos verei; o vosso coração se alegrará, e a vossa alegria ninguém poderá tirar. 
João 16:22.

“A vossa alegria ninguém poderá tirar” porque a sua alegria decorre de estar com Jesus, e a ressurreição de Jesus significa que você nunca morrerá; você nunca será separado dele.
Veja, duas coisas precisam ser verdadeiras para que a sua alegria jamais seja tirada de você. Uma é que a fonte da sua alegria dure para sempre e a outra é que você permaneça para sempre. Se você ou a fonte da sua alegria for mortal, a sua alegria será tirada de você.
E, oh, quantas pessoas têm se contentado com isso! Coma, beba e se alegre, eles dizem, porque amanhã morreremos, e só (Lucas 12.19). A comida não dura para sempre, e eu não duro para sempre. Então, vamos aproveitar ao máximo enquanto pudermos. Que tragédia!
Se você é tentado a pensar dessa forma agora, por favor, considere tão seriamente quanto puder que se a sua alegria fosse estar com Jesus, a sua alegria ninguém poderia tirar — nem nesta vida, nem na vida que está por vir.
Nem a vida, nem a morte, nem os anjos, nem os principados, nem as coisas do presente, nem do porvir, nem os poderes, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá tirar a nossa alegria em Jesus Cristo (veja Romanos 8.38-39).
A alegria de estar com Jesus é uma corda inquebrantável, desde agora até a eternidade, a qual não será cortada nem pela sua morte, nem pela nossa.

John Piper

quinta-feira, 14 de setembro de 2017

14 de Setembro.

Deus suprirá todas as suas necessidades

O meu Deus, segundo a sua riqueza em glória, há de suprir, em Cristo Jesus, cada uma de vossas necessidades. 
Filipenses 4:19.

Em Filipenses 4.6, Paulo diz: “Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças”. E em Filipenses 4.19 (apenas 13 versículos depois), ele dá a libertadora promessa da graça futura: “O meu Deus, segundo a sua riqueza em glória, há de suprir, em Cristo Jesus, cada uma de vossas necessidades”.
Se vivermos pela fé nessa promessa da graça futura, será muito difícil que a ansiedade sobreviva. As “riquezas” de Deus “em glória” são inesgotáveis. Ele realmente intenciona que não nos preocupemos com o nosso futuro.
Devemos seguir esse padrão que Paulo estabelece para nós. Devemos combater a incredulidade da ansiedade com as promessas da graça futura.
Quando estou ansioso por algum novo desafio ou reunião, eu regularmente combato a incredulidade com uma das minhas promessas mais usadas: Isaías 41.10.
No dia em que troquei a América por três anos na Alemanha, meu pai me fez uma ligação de longa distância e me falou essa promessa ao telefone. Por três anos eu devo ter citado essa promessa para mim mesmo quinhentas vezes ao passar por períodos de grande estresse. “Não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou o teu Deus; eu te fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a minha destra fiel”.
Eu tenho lutado contra a ansiedade com essa promessa tantas vezes que quando o motor da minha mente está em ponto morto, o ruído das engrenagens é o som de Isaías 41.10.

John Piper.

quarta-feira, 13 de setembro de 2017

13 de Setembro.

Sete razões para não se preocupar (Parte 3)

Portanto, não vos inquieteis, dizendo: Que comeremos? Que beberemos? Ou: Com que nos vestiremos? Porque os gentios é que procuram todas estas coisas; pois vosso Pai celeste sabe que necessitais de todas elas; buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas. Portanto, não vos inquieteis com o dia de amanhã, pois o amanhã trará os seus cuidados; basta ao dia o seu próprio mal.
Mateus 6:31-34.

Mateus 6 contém pelo menos sete promessas intencionadas por Jesus para nos ajudar a lutar o bom combate contra a incredulidade e a estar livres da ansiedade. Nas partes 1 e 2 vimos as promessas de 1 a 4; agora veremos as promessas de 5 a 7.
PROMESSA #5: “Portanto, não vos inquieteis, dizendo: Que comeremos? Que beberemos? Ou: Com que nos vestiremos? Porque os gentios é que procuram todas estas coisas; pois vosso Pai celeste sabe que necessitais de todas elas” (Mateus 6.31-32).
Não pense que Deus ignora as suas necessidades. Ele conhece todas elas. E ele é o seu “Pai celestial”. Ele não olha à distância, de modo indiferente. Ele se importa. Ele agirá para suprir a sua necessidade quando for o melhor momento.
PROMESSA #6: “Buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas” (Mateus 6.33).
Se você se entregar à causa de Deus no mundo, ao invés de se preocupar com suas necessidades materiais particulares, ele garantirá que você tenha tudo o que necessita para cumprir a sua vontade e lhe dar glória.
Esta promessa é semelhante à promessa de Romanos 8.32: “[Deus] não nos dará graciosamente com [Cristo] todas as coisas?”.
PROMESSA #7: “Portanto, não vos inquieteis com o dia de amanhã, pois o amanhã trará os seus cuidados; basta ao dia o seu próprio mal”(Mateus 6.34).
Deus fará com que você não seja provado em qualquer dia além do que possa suportar (1 Coríntios 10.13). Ele trabalhará por você, para que “permaneça a tua força e paz com os teus muitos dias” (Deuteronômio 33.25).
Cada dia não terá mais aflições do que você possa suportar; e cada dia terá misericórdias suficientes para o estresse diário (Lamentações 3.22-23).

John Piper.

terça-feira, 12 de setembro de 2017

12 de Setembro.

Sete razões para não se preocupar (Parte 2) 

Qual de vós, por ansioso que esteja, pode acrescentar um côvado ao curso da sua vida? E por que andais ansiosos quanto ao vestuário? Considerai como crescem os lírios do campo: eles não trabalham, nem fiam. Eu, contudo, vos afirmo que nem Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles. Ora, se Deus veste assim a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada no forno, quanto mais a vós outros, homens de pequena fé? 
Mateus 6:27-30.

Mateus 6 contém pelo menos sete promessas intencionadas por Jesus para nos ajudar a lutar o bom combate contra a incredulidade e a estar livres da ansiedade. Na parte 1, vimos as promessas 1 e 2; hoje veremos as promessas 3 e 4. 
PROMESSA #3: “Qual de vós, por ansioso que esteja, pode acrescentar um côvado ao curso da sua vida? E por que andais ansiosos quanto ao vestuário?” (Mateus 6.27-28). 
Esse é um tipo de promessa — a simples promessa da realidade: a ansiedade não lhe fará nenhum bem. Esse não é o argumento principal, mas, às vezes, nós apenas precisamos sermos firmes conosco e dizermos: “Alma, essa preocupação é absolutamente inútil. Você não está apenas perturbando o seu próprio dia, mas o de muitas outras pessoas também. Entregue isso a Deus e continue o seu trabalho”. 
A ansiedade não produz nada que valha a pena. 
PROMESSA #4: “Considerai como crescem os lírios do campo: eles não trabalham, nem fiam. Eu, contudo, vos afirmo que nem Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles. Ora, se Deus veste assim a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada no forno, quanto mais a vós outros, homens de pequena fé?” (Mateus 6.28-30). 
Comparado com as flores do campo, você é uma prioridade muito maior para Deus, porque você viverá para sempre e, assim, pode dar a ele louvores eternos. 
Ainda assim, Deus tem tal abundância de poder criativo e de cuidado, que ele os concede a flores que duram apenas alguns dias. Então, ele certamente tomará esse mesmo poder e habilidade criativa e os usará para cuidar dos seus filhos que viverão para sempre

John Piper.

segunda-feira, 11 de setembro de 2017

11 de Setembro.

Sete razões para não se preocupar (Parte 1)

Por isso, vos digo: não andeis ansiosos pela vossa vida, quanto ao que haveis de comer ou beber; nem pelo vosso corpo, quanto ao que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o alimento, e o corpo, mais do que as vestes? Observai as aves do céu: não semeiam, não colhem, nem ajuntam em celeiros; contudo, vosso Pai celeste as sustenta. Porventura, não valeis vós muito mais do que as aves? 
Mateus 6:25-26.

Em Mateus 6 nós temos o exemplo da ansiedade sobre comida e roupas.
Mesmo na América, com seu grande sistema de bem-estar, a ansiedade sobre finanças e habitação pode ser intensa. Mas no versículo 30, Jesus diz que isso decorre de fé insuficiente na promessa da graça futura do nosso Pai: “homens de pequena fé”. E, assim, esse parágrafo tem pelo menos sete promessas intencionadas por Jesus para nos ajudar a lutar o bom combate contra a incredulidade e a estar livres da ansiedade. (Na parte 1, veremos as promessas de número 1 e 2; e depois as demais nas partes 2 e 3).
PROMESSA #1: “Por isso, vos digo: não andeis ansiosos pela vossa vida, quanto ao que haveis de comer ou beber; nem pelo vosso corpo, quanto ao que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o alimento, e o corpo, mais do que as vestes?” (Mateus 6.25).
Uma vez que seu corpo e sua vida são muito mais complexos e difíceis de serem sustentados do que é fornecer comida e roupas, e mesmo assim Deus criou e sustenta a ambos, então, certamente ele será capaz e estará disposto a fornecer comida e roupas.
Além disso, não importa o que aconteça, Deus ressuscitará o seu corpo um dia e preservará a sua vida para a comunhão eterna com ele.
PROMESSA #2: “Observai as aves do céu: não semeiam, não colhem, nem ajuntam em celeiros; contudo, vosso Pai celeste as sustenta. Porventura, não valeis vós muito mais do que as aves?” (Mateus 6.26).
Se Deus está disposto e é capaz de alimentar criaturas tão insignificantes como aves que não podem fazer nada para obter a sua comida — como você pode fazer por meio do cultivo — então, ele certamente suprirá as suas necessidades, porque você vale muito mais do que as aves.

John Piper.

domingo, 10 de setembro de 2017

10 de Setembro.

Como lutar contra a ansiedade

Lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós. 
1 Pedro 5:7.

O Salmo 56.3 diz: “Em me vindo o temor, hei de confiar em ti”.
Observe que ele não diz: “Eu nunca luto contra o medo”. O medo ataca e a batalha começa. Logo, a Bíblia não afirma que os verdadeiros crentes não terão nenhuma ansiedade. Em vez disso, a Bíblia nos diz como lutar quando a ansiedade atacar.
Por exemplo, 1 Pedro 5.7 diz: “Lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós”. Não é dito que nunca sentiremos ansiedade. É dito que quando você sentir ansiedade, ela deve ser lançada sobre Deus. Quando a lama suja o seu para-brisa e você perde temporariamente a visão da estrada e começa a mudar de direção em ansiedade, ligue os limpadores e acione a água para lavar o para-brisa.
Assim, minha resposta à pessoa que precisa lidar com sentimentos de ansiedade todos os dias é: isso é mais ou menos normal. Pelo menos é para mim, desde a minha adolescência. A questão é: como lutar contra esses sentimentos?
A resposta a essa pergunta é: Nós lutamos contra as ansiedades lutando contra a incredulidade e lutando pelafé na graça futura. E a maneira de lutar esse “bom combate” (1 Timóteo 6.12; 2 Timóteo 4.7) é meditando sobre as promessas divinas de graça futura e pedindo a ajuda do seu Espírito.
Os limpadores de para-brisa são as promessas de Deus que limpam a lama da incredulidade, e a água para lavagem do para-brisa é o auxílio do Espírito Santo. A batalha para ser libertado do pecado — incluindo o pecado da ansiedade — é combatida “pela santificação do Espírito e  na verdade” (2 Tessalonicenses 2.13).
A obra do Espírito e a Palavra da verdade: esses são os grandes edificadores da fé. Sem a obra suavizadora do Espírito Santo, o limpador de para-brisa da Palavra apenas arranha a ofuscante sujeira da incredulidade no para-brisa.
Ambos são necessários: o Espírito e a Palavra. Nós lemos as promessas de Deus e oramos pela ajuda do seu Espírito. E, à medida que o para-brisa é limpo, de forma que conseguimos ver o bem que Deus planeja para nós (Jeremias 29.11), nossa fé é fortalecida e a angústia da ansiedade é retificada.

John Piper.

sábado, 9 de setembro de 2017

08 de Setembro.

Como retribuir a Deus

Que darei ao SENHOR por todos os seus benefícios para comigo? Tomarei o cálice da salvação e invocarei o nome do SENHOR. Cumprirei os meus votos ao SENHOR. 
Salmo 116:12-14

O que protege o pagamento dos votos voluntários do risco de ser tratado como um pagamento de dívida é que o “pagamento” não é, na realidade, um mero pagamento, mas outro ato de receber que magnifica a graça de Deus em curso. Ele não magnifica os nossos recursos. Podemos ver isso no Salmo 116, versículos 12 a 14.
A resposta do salmista à sua própria pergunta: “Que darei ao SENHOR por todos os seus benefícios para comigo?”, é, em essência, que ele continuará recebendo do Senhor, de modo que a inesgotável bondade do Senhor seja magnificada.
Primeiramente, tomar o cálice da salvação significa se apossar da salvação do Senhor que satisfaz, bebê-la e esperar por mais. É por isso que eu digo que “pagar” a Deus ou “cumprir” nesses contextos não é um pagamento comum. É um ato de receber.
Em segundo lugar, esse também é o significado da frase seguinte: “invocarei o nome do SENHOR”. O que darei a Deus por responder graciosamente ao meu clamor? Resposta: Invocarei novamente. Eu renderei a Deus o louvor e o tributo por ele jamais necessitar de mim, mas estar sempre transbordando de benefícios quando eu necessito dele (o que sempre acontece comigo).
Depois, o salmista diz, em terceiro lugar: “Cumprirei os meus votos ao SENHOR”. Mas como eles serão pagos? Serão pagos ao se tomar o cálice da salvação e ao se invocar o Senhor. Ou seja, eles serão pagos pela fé na graça futura.

John Piper.

09 de Setembro.

A graça deve ser livre

Andamos por fé e não pelo que vemos. 
2 Coríntios 5:7.

Imagine a salvação como uma casa na qual você vive.
Ela fornece proteção. É abastecida com alimentos e bebidas que durarão para sempre. Ela nunca envelhece ou desmorona. Suas janelas abrem para visões da glória.
Deus a construiu com grande custo para si mesmo e para seu Filho, e ele a deu a você.
O contrato de “compra” é chamado de uma “nova aliança”. Os termos declaram: “Esta casa se tornará e permanecerá sua se você a receber como um presente e se deleitar no Pai e no Filho, enquanto eles habitam a casa com você. Você não profanará a casa de Deus abrigando outros deuses, nem desviará o seu coração para outros tesouros”.
Não seria tolice dizer sim a esse acordo e, em seguida, contratar um advogado para elaborar um cronograma de amortização com pagamentos mensais na esperança de equilibrar algumas contas?
Você não estaria mais tratando a casa como um presente, mas como uma compra. Deus não seria mais o livre benfeitor. E você seria escravizado a um novo conjunto de exigências que Deus nunca imaginou colocar sobre você.
Se a graça é livre — este é o próprio significado de graça — não podemos vê-la como algo a ser retribuído.

John Piper.

quinta-feira, 7 de setembro de 2017

07 de Setembro.

Adversários e fé concedidos por Deus

Vivei, acima de tudo, por modo digno do evangelho de Cristo… e que em nada estais intimidados pelos adversários… Porque vos foi concedida a graça de padecerdes por Cristo e não somente de crerdes nele.
Filipenses 1:27-29.

Paulo disse aos filipenses que viver dignamente do evangelho de Cristo significava coragem diante dos adversários. Em seguida, ele deu a lógica da coragem.
A lógica é esta: Deus lhe deu dois dons, não apenas um: fé e sofrimento. Isso é o que diz o versículo 29.
Neste contexto, isso significa que tanto a sua fé diante do sofrimento quanto o seu sofrimento são dons de Deus. Quando Paulo diz que eles não estavam intimidados pelos adversários, ele tinha duas razões em sua mente pelas quais eles não precisavam ficar temerosos:
Uma razão é que os adversários estão na mão de Deus. Sua oposição é um dom de Deus. Ele a governa. Esse é o primeiro ponto do versículo 29.E a outra razão para não temer é que a sua coragem, ou seja, a sua fé, também está na mão de Deus. Essa também é um dom. Esse é o outro ponto do versículo 29.
Assim, a lógica da coragem diante da adversidade é essa dupla verdade: Tanto a sua adversidade quanto a sua fé diante da adversidade são dons de Deus.
Por que isso é chamado viver de modo “digno do evangelho de Cristo”? Porque o evangelho é a boa notícia de que o sangue da aliança de Cristo infalivelmente comprou para todo o seu povo a soberana obra de Deus, para nos dar fé e governar os nossos inimigos — sempre para o nosso bem eterno.
Portanto, não tema. Os seus adversários não podem fazer mais do que Deus concede. E ele lhe concederá a fé que você precisa. Essas promessas são compradas e seladas pelo sangue; são promessas do Evangelho.

John Piper

quarta-feira, 6 de setembro de 2017

06 de Setembro.

Amor presente e poderoso

Quem nos separará do amor de Cristo? Será tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada?
Romanos 8:35.

Observe três coisas em Romanos 8.35.
Cristo está nos amando agora.
Uma esposa pode dizer acerca de seu falecido marido: Nada me separará do seu amor. Ela pode estar querendo dizer que a memória do amor do marido será doce e poderosa por toda a sua vida. Mas isso não é o que Paulo quer dizer aqui.
Em Romanos 8.34, é dito claramente: “É Cristo Jesus quem morreu ou, antes, quem ressuscitou, o qual está à direita de Deus e também intercede por nós”. A razão pela qual Paulo pode dizer que nada nos separará do amor de Cristo é porque Cristo está vivo e continua nos amando agora.
Ele está à destra de Deus e, portanto, governa por nós. E ele está intercedendo por nós, o que significa que ele está cuidando para que sua obra consumada de redenção nos salve, de fato, a cada momento, e nos conduza à alegria eterna. Seu amor não é uma lembrança. É uma ação constante do onipotente e vivo Filho de Deus, para nos trazer à alegria eterna.
Esse amor de Cristo é eficaz para nos proteger da separação e, portanto, não é um amor universal por todos, mas um amor particular pelo seu povo — aqueles que, de acordo com Romanos 8.28, amam a Deus e são chamados segundo o seu propósito.
Esse é o amor de Efésios 5.25: “Maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela”. É o amor de Cristo pela igreja, sua noiva. Cristo tem um amor por todos, e ele tem um amor especial, salvífico e preservador por sua noiva. Você sabe que é parte dessa noiva se confia em Cristo. Qualquer um — sem exceções —que confia em Cristo pode dizer: Eu sou parte da sua noiva, sua igreja, seus chamados e eleitos, aqueles que Romanos 8.35 diz que são preservados e protegidos para sempre, não importa o que aconteça.
Esse amor onipotente, eficaz e protetor não nos poupa de tragédias nesta vida, mas nos conduz em segurança para a alegria eterna com Deus.
A morte acontecerá conosco, mas não nos separará. Assim, quando Paulo diz no versículo 35 que a “espada” não nos separará do amor de Cristo, ele quer dizer: mesmo se formos assassinados, não seremos separados do amor de Cristo.
Assim, o resumo do assunto no versículo 35 é esse: Jesus Cristo está amando poderosamente o seu povo com um amor onipotente e constante, o qual nem sempre nos livra da tragédia, mas nos preserva para a alegria eterna em sua presença, mesmo através do sofrimento e da morte.

John Piper

terça-feira, 5 de setembro de 2017

05 de Setembro.

O objetivo do amor de Cristo

Pai, a minha vontade é que onde eu estou, estejam também comigo os que me deste, para que vejam a minha glória. 
João 17:24.

 
Os crentes em Jesus são preciosos para Deus (somos a sua noiva!). E ele nos ama tanto que não permitirá que nossa preciosidade se torne nosso deus.
Deus realmente faz muito por nós (adoção!), mas ele faz isso de uma forma que nos liberta de nós mesmos para desfrutarmos da sua grandeza.
Examine-se. Se Jesus viesse passar o dia com você, sentasse ao seu lado no sofá e dissesse: “Eu realmente te amo”, em que você se focalizaria no restante do dia que vocês passariam juntos?
Percebo que muitas canções e sermões nos dão a resposta errada. Eles deixam a impressão de que o ponto alto da nossa alegria deveria estar no sentimento recorrente de sermos amados. “Ele me ama! Ele me ama!”. Verdadeiramente, isso é alegria. Mas não o ponto alto e não a ênfase.
O que nós estamos dizendo com as palavras “eu sou amado”? O que queremos dizer? O que é “ser amado”?
A maior alegria e a que mais exalta a Cristo não seria encontrada em observar Cristo durante todo o dia e exclamar: “Você é maravilhoso! Você é maravilhoso!”?
Ele responde à pergunta mais difícil, e sua sabedoria é maravilhosa.Ele toca uma ferida imunda e purulenta, e sua compaixão é maravilhosa.Ele ressuscita uma senhora morta no consultório médico, e seu poder é maravilhoso.Ele prevê os eventos da tarde, e sua presciência é maravilhosa.Ele dorme durante um terremoto, e seu destemor é maravilhoso.Ele diz: “Antes que Abraão existisse, EU SOU” (João 8.58), e suas palavras são maravilhosas.
Caminhamos com ele completamente maravilhados com o que vemos.
O seu amor por nós não é o desejo de fazer para nós tudo o que ele precisa fazer (incluindo morrer por nós) para que possamos nos maravilhar com ele e não sermos consumidos por ele? A redenção, a propiciação, o perdão, a justificação e a reconciliação — tudo isso precisa acontecer. Eles são os atos do amor.
Mas o objetivo do amor, que faz com que esses atos sejam amorosos, é que nós estejamos com Jesus, vejamos a sua glória surpreendente e nos maravilhemos. Nesses momentos, esquecemos de nós mesmos e vemos e sentimos a Jesus.
Portanto, estou exortando pastores e professores: Conduza as pessoas através dos atos do amor de Cristo para o objetivo do seu amor. Se a redenção, a propiciação, o perdão, a justificação e a reconciliação não nos levam ao gozo do próprio Jesus, não são amor.
Avance nesse sentido. Foi por isso que Jesus orou.

John Piper.

04 de Setembro.

Fundamente a sua vida nisso

O deus deste século cegou o entendimento dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de Deus. 
2 Coríntios 4:4.

Examine-se. Qual é a sua mentalidade? Você começa com Deus e com os direitos e propósitos dele? Ou você começa consigo mesmo e com seus direitos e desejos?
E quando você olha para a morte de Cristo, o que ocorre? Sua alegria realmente vem de transformar essa maravilhosa obra divina em um impulso para a autoestima? Ou você é arrancado de si mesmo e enchido de admiração, reverência e adoração, pelo fato de que aqui, na morte de Jesus, há a declaração mais profunda e mais clara da estima infinita que Deus tem por sua glória e por seu Filho?
Aqui está um grandioso fundamento objetivo para a plena certeza da esperança: o perdão dos pecados é baseado, finalmente, não em minha finita dignidade e obra, mas na infinita dignidade da justiça de Deus — a inabalável fidelidade de Deus para sustentar e vindicar a glória do seu nome.
Eu suplico a você de todo o meu coração, faça disso o seu fundamento. Fundamente a sua vida nisso. Firme a sua esperança nisso. Assim, você será liberto da fútil mentalidade do mundo e nunca cairá.
Quando a exaltação de Deus em Cristo é a sua alegria, esta jamais falhará.

John Piper.

domingo, 3 de setembro de 2017

03 de Setembro.

O “eu farei” de Deus

Jerusalém será habitada como as aldeias sem muros, por causa da multidão de homens e animais que haverá nela. Pois eu lhe serei, diz o SENHOR, um muro de fogo em redor e eu mesmo serei, no meio dela, a sua glória. 
Zacarias 2:4-5.

Há manhãs em que eu acordo me sentindo frágil e vulnerável. Muitas vezes isso é vago. Não há ameaça alguma. Nenhuma fraqueza. Apenas uma sensação estranha de que algo dará errado e de que eu serei o responsável.
Isso geralmente ocorre após muitas críticas, após várias expectativas que têm prazos e que parecem enormes e muito numerosas.
Enquanto eu olho para trás para cerca de 50 anos de tais manhãs periódicas, fico maravilhado em como o Senhor Jesus tem preservado a minha vida e o meu ministério. A tentação de fugir do estresse nunca venceu — ainda não, em todo caso. Isso é maravilhoso. Eu louvo a Deus por isso.
Em vez de me deixar afundar na paralisia do medo ou correr para uma miragem de grama mais verde, Deus despertou um clamor por socorro e depois respondeu com uma promessa concreta.
Aqui está um exemplo. Isso é recente. Acordei sentindo-me emocionalmente frágil, fraco e vulnerável. Eu orei: “Senhor, ajuda-me. Nem sei como orar”.
Uma hora depois eu estava lendo Zacarias, buscando a ajuda que eu havia suplicado, e ela veio.
“Jerusalém será habitada como as aldeias sem muros, por causa da multidão de homens e animais que haverá nela. Pois eu lhe serei, diz o SENHOR, um muro de fogo em redor e eu mesmo serei, no meio dela, a sua glória” (Zacarias 2.4-5).
Haverá tal prosperidade e crescimento para o povo de Deus que Jerusalém não poderá mais ser murada. “A multidão de homens e animais” será tanta que Jerusalém será como muitas aldeias espalhadas, sem muros.
A prosperidade é boa, mas, e quanto à proteção?
Sobre isso, Deus diz em Zacarias 2.5: “eu lhe serei, diz o SENHOR, um muro de fogo em redor”. Sim, é isso. Essa é a promessa. O “eu farei” de Deus. Isso é o que eu preciso.
E se isso é verdadeiro para as vulneráveis aldeias de Jerusalém, é verdadeiro para mim, um filho de Deus. Deus será um “muro de fogo ao meu redor”. Sim, ele o será. Ele tem sido. E ele será.
E isso fica ainda melhor. Dentro desse muro ardente de proteção, ele diz: “eu mesmo serei, no meio dela, a sua glória”. Deus nunca está satisfeito em nos dar a proteção do seu fogo; ele nos dará o deleite da sua presença.

John Piper

sábado, 2 de setembro de 2017

02 de Setembro.

Desolado e deleitado

O SENHOR, teu Deus, te escolheu, para que lhe fosses o seu povo próprio, de todos os povos que há sobre a terra. 
Deuteronômio 7:6.

Como as doutrinas da graça soariam se em cada galho dessa árvore estivesse correndo a seiva do prazer Agostiniano (ou seja, do que eu chamo de “Hedonismo Cristão”??
Depravação total não é apenas maldade, mas cegueira em relação à beleza de Deus e morte quanto à mais profunda alegria.Eleição incondicional significa que a plenitude da nossa alegria em Jesus foi planejada para nós antes que nós existíssemos, como o transbordamento da alegria de Deus na comunhão da Trindade.Expiação limitada é a garantia de que a indestrutível alegria em Deus está infalivelmente assegurada para nós pelo sangue da nova aliança.Graça irresistível é o compromisso e o poder do amor de Deus para assegurar que não nos apeguemos a prazeres suicidas, e para nos libertar pelo poder soberano das delícias superiores.Perseverança dos santos é a obra onipotente de Deus, não de nos deixar cair na escravidão final dos prazeres inferiores, mas de nos guardar, em meio a toda aflição e sofrimento, para uma herança de plenitude de alegria em sua presença e de delícias à sua destra perpetuamente.
A eleição incondicional anuncia os juízos mais severos e mais doces à minha alma. O fato de que ela é incondicional destrói toda autoexaltação; e o fato de que é eleição faz de mim a sua preciosa possessão.
Essa é uma das belezas das doutrinas bíblicas da graça: suas piores desolações nos preparam para os seus maiores deleites.
Que presunçosos nós poderíamos nos tornar diante das palavras: “O SENHOR, teu Deus, te escolheu, para que lhe fosses o seu povo próprio, de todos os povos que há sobre a terra” (Deuteronômio 7.6), se essa eleição dependesse, de alguma forma, da nossa vontade. Mas para nos guardar do orgulho, o Senhor nos ensina que somos eleitos incondicionalmente (Deuteronômio 7.7-9). “Ele fez de um miserável o seu tesouro”, como nós cantamos tão alegremente.
Somente as desoladoras liberdade e incondicionalidade da graça eletiva nos permitem considerar e provar tais dádivas como nossas, sem a exaltação do eu.

John Piper.

02 de Setembro.

Desolado e deleitado

O SENHOR, teu Deus, te escolheu, para que lhe fosses o seu povo próprio, de todos os povos que há sobre a terra. 
Deuteronômio 7:6.

Como as doutrinas da graça soariam se em cada galho dessa árvore estivesse correndo a seiva do prazer Agostiniano (ou seja, do que eu chamo de “Hedonismo Cristão”??
Depravação total não é apenas maldade, mas cegueira em relação à beleza de Deus e morte quanto à mais profunda alegria.Eleição incondicional significa que a plenitude da nossa alegria em Jesus foi planejada para nós antes que nós existíssemos, como o transbordamento da alegria de Deus na comunhão da Trindade.Expiação limitada é a garantia de que a indestrutível alegria em Deus está infalivelmente assegurada para nós pelo sangue da nova aliança.Graça irresistível é o compromisso e o poder do amor de Deus para assegurar que não nos apeguemos a prazeres suicidas, e para nos libertar pelo poder soberano das delícias superiores.Perseverança dos santos é a obra onipotente de Deus, não de nos deixar cair na escravidão final dos prazeres inferiores, mas de nos guardar, em meio a toda aflição e sofrimento, para uma herança de plenitude de alegria em sua presença e de delícias à sua destra perpetuamente.
A eleição incondicional anuncia os juízos mais severos e mais doces à minha alma. O fato de que ela é incondicional destrói toda autoexaltação; e o fato de que é eleição faz de mim a sua preciosa possessão.
Essa é uma das belezas das doutrinas bíblicas da graça: suas piores desolações nos preparam para os seus maiores deleites.
Que presunçosos nós poderíamos nos tornar diante das palavras: “O SENHOR, teu Deus, te escolheu, para que lhe fosses o seu povo próprio, de todos os povos que há sobre a terra” (Deuteronômio 7.6), se essa eleição dependesse, de alguma forma, da nossa vontade. Mas para nos guardar do orgulho, o Senhor nos ensina que somos eleitos incondicionalmente (Deuteronômio 7.7-9). “Ele fez de um miserável o seu tesouro”, como nós cantamos tão alegremente.
Somente as desoladoras liberdade e incondicionalidade da graça eletiva nos permitem considerar e provar tais dádivas como nossas, sem a exaltação do eu.

John Piper.

sexta-feira, 1 de setembro de 2017

01 de Setembro.

Deus tudo faz como lhe agrada

No céu está o nosso Deus e tudo faz como lhe agrada.
Salmo 115:3.

Este versículo ensina que sempre que Deus age, ele o faz de modo a agradar a si mesmo.
Deus nunca é constrangido a fazer algo que ele detesta. Ele nunca é forçado de modo que o seu único recurso seja fazer algo que ele odeia.
Ele faz o que lhe agrada. E, portanto, em certo sentido, ele tem prazer em tudo o que faz.
Isso deve nos levar à prostração diante de Deus e ao louvor da sua liberdade soberana, pois, em certo sentido, ele sempre age em liberdade, de acordo com seu “beneplácito”, seguindo os ditames dos seus próprios deleites.
Deus nunca se torna vítima das circunstâncias. Ele nunca é forçado a uma situação onde deve fazer algo em que ele não consiga se alegrar. Ele não é frustrado. Ele não está preso, encurralado ou coagido.
Mesmo no momento da história em que Deus fez o que, em certo sentido, era a coisa mais difícil para ele realizar, quando “não poupou o seu próprio Filho” (Romanos 8.32), Deus foi livre e fez o que lhe agradou. Paulo diz que o sacrifício de Jesus na morte foi “como oferta e sacrifício a Deus, em aroma suave” (Efésios 5.2). O maior pecado, a mais eminente morte e o ato mais difícil de Deus foram agradáveis ​​ao Pai.
E no seu caminho para o Calvário, o próprio Jesus tinha legiões à sua disposição. “Ninguém a tira de mim; pelo contrário, eu espontaneamente a dou” (João 10.18) — de sua própria boa vontade, pela alegria que lhe estava proposta (Hebreus 12.2). No único momento da história do universo onde Jesus parecia preso, ele estava totalmente no controle, fazendo exatamente o que lhe agradava: morrer para justificar ímpios como você e eu.
Então, permaneçamos admirados e maravilhados. E tremamos, pois não apenas os nossos louvores sobre a soberania de Deus, como também a nossa salvação por meio da morte de Cristo por nós, dependem disso: “No céu está o nosso Deus e tudo faz como lhe agrada”.

John Piper.