domingo, 31 de julho de 2016

31 de Julho.

“Eu neles.” 
João 17.23

Se esta é a união que existe entre nossa alma e a pessoa do Senhor Jesus, quão profundo e amplo é o canal de nossa comunhão com Ele! Não é um canal estreito através do qual um fino fluxo serpenteia seu caminho. É um canal de admirável profundidade e largura; e por meio da sua gloriosa profundidade, pode correr um intenso fluxo de água viva. Veja! Diante de nós Ele abriu uma porta; não sejamos lentos para entrar. Esta cidade de comunhão tem muitas portas de pérola. Cada porta é composta de uma só pérola e está completamente aberta, a fim de entrarmos com a certeza de que seremos bem recebidos. Se existisse apenas um pequeno buraco através do qual falar com Jesus, se­ ria um enorme privilégio impelir uma palavra de companheirismo através dele. Quão abençoados somos nós, porque temos uma entrada tão ampla!
Se o Senhor Jesus estivesse bem distante de nós, com muitos mares tempestuosos entre Ele e nós, anelaríamos enviar mensageiros para falar-Lhe de nosso amor e trazer-nos boas notícias da casa de seu Pai. Veja a bondade do Senhor Jesus. Ele construiu sua casa ao lado da nossa; não, ainda mais, Ele vive em nós, habita em corações fracos, para ter contato perpétuo conosco. Quão tolos somos nós, se não vivemos em comunhão habitual com o Senhor Jesus! Quando a jornada é longa, perigosa e difícil, não devemos nos admirar que os amigos raramente encontrem um ao outro. Mas, quando eles vivem juntos, Jônatas esquecerá a Davi? Urna esposa, quando o seu esposo está viajando, talvez passe muitos dias sem conversar com ele; porém, ela jamais poderia se manter separada do esposo, se soubesse estar ele em um dos quartos de sua própria casa. Por que, crente, você não senta à mesa de seu farto banquete?
Busque o seu Senhor, pois Ele está bem perto! Abrace-O, Ele é o seu Irmão. Segure-O firmemente, Ele é o seu Esposo. Grave-O em seu coração, pois Ele é a sua própria carne.

C.H.Spurgeon

sábado, 30 de julho de 2016

30 de Julho.

“E, caindo em si, desatou a chorar.” 
Marcos 14.72

Alguns pensam que enquanto Pedro viveu, lágrimas jorravam de seus olhos, quando ele se recordava de como negara o seu Senhor. Talvez seja verdade, porque o pecado dele foi enorme e a graça de Deus realizou, posteriormente, uma obra perfeita nele. Esta experiência é comum a todos os membros da família dos redimidos, de acordo com o grau com que o Espírito de Deus removeu o coração natural, o coração de pedra. Assim como o apóstolo Pedro, lembramos nossa arrogante promessa: “Ainda que venhas a ser um tropeço para todos, nunca o serás para mim” (Mateus 26.33). Nós engolimos nossas próprias palavras, junto às ervas amargas de arrependimento. Quando pensamos nos votos que declaramos e no que temos realmente cumprido, devemos chorar com profusas lágrimas de tristeza. Ele pensou sobre a sua atitude de negar seu Senhor: o local onde o fez, a razão insignificante para tal horripilante pecado, os juramentos e blasfêmias com os quais buscou confirmar sua falsidade, e a terrível dureza de coração que o levou a fazer tal coisa nova e novamente. Ao lembrarmos de nossos pecados e de sua excessiva malignidade, como podemos continuar em obstinação e apatia? Clamamos nós ao Senhor por nova garantia de amor perdoador? Oh! Que jamais tenhamos olhos insensíveis para com o pecado, a menos que desejemos ser, em breve, consumidos pelas chamas do inferno! Pedro pensou a respeito do olhar amável do Senhor Jesus. O Senhor acompanhou a voz de advertência do galo, com um olhar admoestador de pesar, com­paixão e amor. Aquele olhar do Senhor nunca saiu da mente de Pedro, enquanto ele viveu, e foi mais eficaz do que milhares de sermões teriam sido sem o Espírito Santo. O apóstolo arrependido choraria, com certeza, quando se lembrasse do completo perdão do Salvador, que o restaurou à sua posição anterior. Pensar que temos ofendido um Senhor tão bom e tão amável é uma razão mais do que suficiente para chorarmos constante­mente. Ó Senhor, quebranta nosso coração de pedra e faze as lágrimas fluírem.

C.H. Spurgeon

sexta-feira, 29 de julho de 2016

29 de Julho.

"Todavia, estou sempre contigo". (Salmos 73.23)

Todavia – apesar de todo o embrutecimento e ignorância que Davi acabara de confessar a Deus, era verdadeiro e certo que ele fora aceito, perdoado e abençoado pela constante presença de Deus. Plenamente consciente da perda de sua própria posição, e da falsidade e vileza de sua natureza, ainda assim, numa manifestação de fé, ele cantou: “Todavia, estou sempre contigo”. Crente, esforce-se para afirmar, em espírito semelhante ao de Davi: “Todavia, visto que eu pertenço a Cristo, estou continuamente com Deus!”

Isto significa que estou de contínuo em sua mente. Deus está sempre pensando em mim, para o bem. O Senhor nunca dorme; Ele está vigiando perpetuamente em favor do meu bem­ estar. Estou constantemente nas mãos dEle, de modo que ninguém será capaz de arrancar-me dessas mãos. Estou continuamente no coração dEle, colocado ali como um memorial, tal como o sumo sacerdote levava sempre os nomes das doze tribos de Israel sobre o seu coração. Ó Deus, teu amor sempre me alcança. Deus está sempre fazendo com que a providência trabalhe em favor de nosso bem. Tu me gravaste como um sinete em teu braço. Teu amor “é forte como a morte” (Cântico dos Cânticos 8.6). “As muitas águas não poderiam apagar o amor, nem os rios, afogá-lo” (v. 7). Que graça admirável!

Tu me vês em Cristo, embora eu seja detestável em mim mesmo. Tu me contemplas como que vestido com as roupas de Cristo e lavado no sangue dEle. Permaneço aceito na presença dEle, desfrutando continuamente do favor dEle. Nisto se encontra a consolação para a alma provada, afligida e atribulada em seu íntimo. Olhe para a paciência de Jesus. Diga em seu coração: ”todavia”; e receba a paz que esta sentença proporciona
-“Todavia, estou sempre contigo”.

C.H. Spurgeon.

quinta-feira, 28 de julho de 2016

28 de Julho.

"Eu estava embrutecido e ignorante; era como um irracional à tua presença". 
Salmos 73.22

Lembre-se: esta é confissão de um homem segundo o coração de Deus. Ao falar-nos sobre a sua vida interior, Davi escreveu: “Eu estava embrutecido e ignorante”. A palavra embrutecido, neste versículo, significa muito mais do que expressamos na linguagem comum. Davi, no terceiro versículo do salmo, escreveu: “Eu invejava os arrogantes, ao ver a prosperidade dos perversos”. Isto nos mostra que o embrutecimento sobre o qual ele se referia envolvia pecado. Davi se humilhou chamando-se embrutecido. Este era um embrutecimento pecaminoso, que tinha de ser condenado por causa de sua perversidade e ignorância obstinada, visto que Davi sentira inveja da prosperidade presente dos ímpios e se esquecera do terrível destino que os aguarda.
Somos melhores do que Davi, a ponto de nos chamarmos sábios? Confessamos que já atingimos a perfeição e que já fomos tão disciplinados por Deus, a ponto de a vara haver removido toda a nossa obstinação? Na verdade, isto seria orgulho! Se Davi estava embrutecido, quão embrutecidos seríamos nós, em nossa própria opinião, se pudéssemos ver a nós mesmos! Crente, olhe para trás. Pense em suas dúvidas para com Deus, quando Ele se mostrou tão fiel para com você. Em seu clamor embrutecido: “Assim não, meu Pai”, lembre de Jesus transpassado em aflição,a fim de lhe dar a maior bênção. Pense nas muitas vezes em que você leu suas orientações no escuro, interpretou erradamente suas dispensações e queixou-se: “Tudo está contra mim”, quando elas cooperam para o seu bem! Pense em quão frequentemente você tem escolhido o pecado, por causa dos seus prazeres, quando tais prazeres foram raízes de amargura para você! Com certeza, se conhecemos nosso coração, temos de nos declarar culpados ante a acusação de embrutecimento pecaminoso. Conscientes deste “embrutecimento”, façamos da decisão de Davi nossa própria decisão: “Tu me guias com o teu conselho” (Salmos 73.24).

C.H. Spurgeon

quarta-feira, 27 de julho de 2016

27 de Julho.

"As suas preciosas e mui grandes promessas". 
2 Pedro 1.4

Se você conhece a preciosidade das promessas de Deus e em seu coração goza dessas promessas, separe tempo para me­ditar nelas. Há promessas que são como uvas no lagar; se você esmagá-las com o pé, o suco escorrerá. Pensar sobre as sagradas palavras frequentemente constitui um prelúdio ao seu cumpri­mento. Enquanto medita sobre elas, as bênçãos que procura gradualmente virão até você. Muitos crentes sedentos pelo cumprimento da promessa perceberam que a busca pela bênção se destilou amavelmente em sua alma, enquanto meditavam nela. Eles se regozijavam, enquanto eram levados a descansar nas promessas que se encontravam bem próximas ao coração deles. Mas, além de meditar nas promessas, receba as mesmas como a própria Palavra de Deus.
Diga à sua alma: “Se eu estivesse lidando com a promessa de um homem, consideraria atentamente as habilidades e o caráter do homem que havia feito uma aliança comigo. Isto também ocorre com as promessas de Deus. Meus olhos não devem permanecer tão fixos na grandeza da misericórdia -que pode me fazer cambalear -como na grandeza dAquele que prometeu – que me alegrará. Ó minha alma, é Deus –o teu Deus, o qual não pode mentir -que fala contigo. Esta promessa dEle que agora está considerando é tão verdadeira quanto a própria existência dEle. Ele é o Deus imutável. Ele não alterou aquilo que seus lábios proferiram, tampouco anulou qualquer das suas afirmações consoladoras. Não Lhe falta poder. É o Criador dos céus e da terra que faz esta promessa. Ele não erra em sabedoria quanto ao tempo em que concederá as bênçãos prometidas, porque sabe quando é melhor dá-las e quando é melhor retê-las. Portanto, visto que esta é a palavra de um Deus tão verdadeiro, tão imutável, tão poderoso, tão sábio, tenho de crer, e crerei, na promessa”. Se meditamos nas promessas e levamos em consideração Aquele que prometeu, experimentaremos a doçura delas e obteremos o seu cumprimento.

C.H. Spurgeon

terça-feira, 26 de julho de 2016

26 de Julho.

Reunindo toda a vossa diligência, associai com a vossa fé a virtude; com a virtude, o conhecimento.
2 Pedro 1.5

Se você desfruta da elevada graça da total certeza da fé, sob a abençoada influência e assistência do Espírito, faça o que a Escritura lhe diz: “Procurai, com diligência” (2 Pedro 1.10). Assegure-se de que a sua fé seja do tipo correto –isto é, não uma simples crença em doutrinas, e sim uma confiança singela que depende exclusivamente de Cristo. Acrescente cautela diligente à sua coragem. Implore que Deus lhe dê a face de um leão, para que você possa, consciente de estar fazendo o que é certo, avançar com ousadia. Estude bem as Escrituras e obtenha conhecimento, visto que o conhecimento da doutrina tende a confirmar a fé. Procure entender a Palavra de Deus; permita que ela habite ricamente em seu coração (ver Colossenses 3.16).
Depois de haver feito isso, acrescente domínio próprio ao seu conhecimento (ver 2 Pedro 1.5,6). Tenha cuidado de seu corpo; seja moderado em seu exterior. Tenha cuidado de sua alma; seja moderado em seu íntimo. Obtenha temperança de lábios, vida, coração e pensamentos. E acrescente a tudo isso, a súplica ao Espírito Santo que Ele lhe dê a paciência que suporta as aflições -e que, uma vez provada, se manifestará preciosa como o ouro (ver Jó 23.10). Vista-se com paciência, a fim de que você não murmure nem fique deprimido em meio às aflições.
Quando tiver obtido paciência, almeje a piedade, que é muito mais do que simples religiosidade. Faça da glória de Deus o objetivo de sua vida. Viva à vista dEle, e faça morada perto dEle. Busque companheirismo com Ele, e você será piedoso. À piedade acrescente o amor fraternal. Tenha amor para com todos os crentes. E ao amor fraternal acrescente a caridade que abre os braços a todos os homens e ama a alma de todos eles. Quando você estiver adornado com todas estas jóias, e à proporção em que pratica estas virtudes celestiais, reconhecerá com as mais claras evidências a sua vocação e eleição (ver 2 Pedro 1.10). “Procurai, com diligência”, se você deseja encontrar segrança, pois a negligência e as dúvidas andam de mãos dadas.

C.H. Spurgeon

segunda-feira, 25 de julho de 2016

25 de Julho.

Ele, porém, deixando as vestes nas mãos dela, saiu, fugindo para fora. 
Gênesis 39.12

Ao lutarmos contra determinados pecados, não existe outra maneira de obtermos a vitória, exceto a fuga. Os antigos naturalistas escreveram muito sobre basiliscos, cujos olhos fascinavam suas vítimas e tornavam-nas vítimas fáceis; semelhantemente, o mero contemplar a perversidade nos coloca em solene perigo. Aquele que deseja estar protegido contra atos de peca­ do tem de fugir de ocasiões propícias a tais atos. Temos de fazer uma aliança com nossos olhos, a fim de que nem mesmo contemplemos aquilo que nos causa tentações, pois tais pecados necessitam somente de uma faísca para acendê-los e logo se tornam um fogo enorme. Quem deseja entrar no leprosário e dormir em meio à horrível deterioração ali existente? Somente aquele que deseja se tornar leproso cortejaria, desse modo, a contaminação. Se o marinheiro soubesse como evitar a tempestade, ele faria tudo para não correr o risco de passar por ela. Marinheiros cuidadosos não têm desejo de ver quão perto da areia movediça podem navegar, nem de ver com que frequência podem tocar uma rocha sem que a água entre no barco. Seu alvo é se manter tão distante do perigo quanto for possível e nevegar no meio de um canal seguro. Hoje, talvez eu esteja exposto a grandes perigos. Preciso ter sabedoria de uma serpente para manter-me distante deles e evitá-los. É verdade que eu posso ser um aparente perdedor ao rejeitar más companhias., porém, é melhor deixar a capa do que perder o caráter (ver Gênesis 39.12). Não é necessário que eu seja rico, mas é imperativo que eu seja puro. Nenhum laço de amizade ou correntes que me prendem ao engano da beleza, nenhum momento de talento carnal me afastará da sábia resolução de fugir do pecado. Tenho de resistir ao diabo; assim, ele fugirá de mim (ver Tiago 4.7). E tenho de fugir das concupiscências da carne, pois, do contrário, elas me vencerão. Ó Deus da santidade, preserve seus Josés a fim de que não sejam enfeitiçados por sugestões vis. Que a terrível trindade do mundo, da carne e do diabo nunca nos domine.

C.H. Spurgeon

domingo, 24 de julho de 2016

24 e Julho.

"Aquietai-vos e  vede  o  livramento  do  SENHOR".
Êxodo 14.13

Estas palavras contêm o mandamento de Deus para o crente quando este é levado a dificuldades extraordinárias. Ele não pode retroceder, nem seguir adiante. Está encerrado pela direita e pela esquerda. O que deve fazer agora? A mensagem do Senhor para esse crente é: “Aquieta-te”. Será ótimo para ele se, em tais ocasiões, ouvir tão-somente a voz do Senhor, visto que surgem outros e maus conselheiros com suas proposições.

O desespero sussurra: “Deite-se e morra; desista de tudo”. No entanto, Deus almeja que andemos corajosa e alegremente, mesmo em nossos piores momentos, e nos regozijemos em seu amor e fidelidade. A covardia grita: “Retroceda, volte atrás, ao modo de agir do mundo. Você não pode viver como um crente. É muito difícil. Abandone seus princípios”. Não importa o quanto Satanás tente incitá-lo a seguir esse modo de viver, você não pode segui-lo, se é um verdadeiro filho de Deus. Sua ordem divina lhe tem dito para ir “de força em força” (Salmos 84.7), e assim você irá, e nem morte ou inferno lhe desviará de seu curso. Se você é chamado a permanecer quieto por algum tempo, esta chamada lhe renovará as forças para um avanço maior no devido tempo. A pressa clama: “Faça alguma coisa. Mexa-se, porque permanecer quieto e esperar é indolência”. Devemos agir imediatamente. Devemos agir, é o que pensamos, ao invés de olhar para o Senhor, que não somente fará algo e sim, tudo. A presunção se vangloria: “Se o mar está diante de você, marche nele e espere um milagre”. Mas a fé não dá ouvidos à presunção, ao desespero, à covardia ou à pressa. A fé ouve a voz de Deus: “Aquiete-se”, mantendo-se inabalável como uma rocha.

“Aquiete-se” -mantenha a postura de um homem ereto: pronto a agir, esperando novas ordens, enquanto aguarda com alegria e paciência a voz que o orienta. Em breve, Deus lhe dirá, tão claramente quanto Moisés falou ao povo de Israel: “Marchem” (Êxodo 14.15).

C.H. Spurgeon.

sábado, 23 de julho de 2016

MÚSICA DO DIA.

QUE RAIO ACONTECE NA COZINHA #134 Bolinha de 4 Queijos

23 de Julho.

"Tu mesmo eras um deles". 
Obadias 11

Em seu tempo de necessidade, Edom devia bondade fraternal a Israel, mas ao invés disto, os homens de Esaú uniram forças com os inimigos de Israel. Na sentença acima, ênfase especial é colocada na palavra tu, como quando César exclamou para Brutus: 11 Até tu, Brutus”. Uma ação má pode se tornar pior por causa da pessoa que a praticou. Quando o povo eleito de Deus comete pecado, pecamos com ênfase, visto sermos altamente favorecidos. Se um anjo colocasse a mão em nosso ombro, quando cometemos uma ação errada, ele não precisaria usar outra repreensão além desta: “O que você está fazendo aqui?” Embora sejamos tão perdoados, tão redimidos, tão instruídos e tão abençoados, ousaremos utilizar nossas mãos na prática do mal? De modo nenhum!
Alguns minutos de confissão podem ser benéficos para você nesta manhã, amado leitor. Você já se comportou como o ímpio? Em uma festa vespertina, certas pessoas riram por causa de uma piada indecente. Você agiu como eles, e a piada foi completamente inofensiva aos seus ouvidos. Quando palavras desagradáveis foram proferidas a respeito dos caminhos de Deus, você permaneceu em silêncio tímido, parecendo um dos que falaram tais palavras. Quando pessoas mundanas negociavam no mercado e conduziam transações avarentas, não era você como um deles? Quando buscavam a vaidade, não era você tão ganancioso pelo ganho quanto eles?
Qualquer diferença poderia ser discernida entre você e eles? Existe alguma diferença? Estamos em contato íntimo. Seja honesto consigo mesmo e assegure-se de que você é uma nova criatura em Cristo Jesus (ver 2 Coríntios 5.17). Quando estiver certo disso, prossiga com vigilância, para que ninguém lhe diga novamente: “Tu mesmo eras um deles”. Você não deseja compartilhar da eterna condenação deles; por que ser semelhante a eles? Posicione-se ao lado do povo de Deus e não ao lado do mundo.

C.H. Spurgeon

sexta-feira, 22 de julho de 2016

22 de Julho.

"Eu sou o vosso esposo". 
Jeremias 3.14

O Senhor Jesus Cristo está unido ao seu povo em casamento. Em amor, Ele desposou sua igreja como uma virgem pura, antes mesmo que ela caísse sob o jugo de servidão. Repleto de afeições intensas, Ele trabalhou arduamente pela igreja, assim como Jacó trabalhou por Raquel, até que todo o dinheiro da aquisição fosse pago. Agora, depois de procurá-la por intermédio do Espírito Santo e trazê-la a conhecê-Lo e amá-Lo, Ele espera por aquela hora preciosa em que a bem-aventurança mútua se consumará na ceia das bodas do Cordeiro.
O Noivo glorioso ainda não apresentou sua noiva, perfeita e completa, ante a Majestade do céu. Ela ainda não entrou, realmente, no gozo de seus privilégios como esposa dEle e rainha. A noiva ainda é um viajante em um mundo de aflição, um habitante nas tendas de Quedar (ver Salmos 120.5). No entanto, ela é, agora mesmo, a noiva, a esposa de Jesus, amada por Ele, preciosa aos olhos dEle, escrita nas mãos dEle e unida à sua Pessoa. Na terra, o Senhor Jesus realiza para a igreja todos os deveres amáveis de Esposo. Faz provisões abundantes para as necessidades dela, paga todas as dívidas dela, permite que ela utilize o nome dEle e compartilhe de toda a riqueza dEle. O Senhor Jesus não se comportará de modo diferente para com a igreja. Ele nunca falará a palavra “divórcio”, visto que “odeia o repúdio” (Malaquias 2.16). A morte pode romper o laço de união conjugal entre os mais amorosos viventes, contudo, não pode destruir os laços deste casamento imortal. No céu, não haverá casamentos; os seus habitantes serão como os anjos de Deus. Apesar disso, existe uma exceção admirável a esta regra, pois no céu, Cristo e sua igreja celebrarão bodas jubilosas. Por ser mais durável esta afinidade, é mais íntima que casamentos terrenos. Embora o amor de um esposo possa ser tão puro e forte, não passa de uma pintura desbotada da chama que arde no coração de Jesus. Sobrepuja toda união humana este apego místico com a igreja, pela qual Cristo deixou seu Pai, e com quem se tornou uma só carne.

C.H. Spurgeon.

quinta-feira, 21 de julho de 2016

21 de Julho

"Afilha de Jerusalém meneia a cabeça por detrás de ti". 
Isaías 37.22

Tendo a sua confiança renovada pela Palavra do Senhor, os pobres e temerosos cidadãos de Sião tornam-se ousados e meneiam a cabeça ante as vangloriosas ameaças de Senaqueribe. A fé vigorosa capacita os servos de Deus a olharem com prudente menosprezo os seus inimigos mais arrogantes. Sabemos que nossos inimigos tentam realizar coisas impossíveis. Procuram destruir a vida eterna, que não pode ser destruída enquanto o Senhor Jesus viver. Nossos inimigos procuram conquistar a fortaleza contra a qual as portas do inferno não prevalecerão. Eles recalcitram contra os aguilhões, (ver Atos 9.5 ARC), para sua própria ruína e se precipitam sobre o escudo de Jeová, que está levantado, para seu próprio ferimento. Conhecemos a fraqueza deles. São apenas homens, e estes não passam de vermes. Eles rugem e crescem como as ondas do mar, espumando sua própria vergonha. Quando o Senhor Jesus se levanta, os nossos inimigos são dispersos como a palha ao vento e consumidos pelo fogo como galhos ressecados. A total incapacidade de nossos inimigos causarem dano à obra e à verdade de Deus pode fazer o mais frágil soldado das hostes de Sião desdenhar deles com alegria. Acima de tudo, sabemos que o Altíssimo está conosco. Quando Ele se prepara para a batalha, onde ficam os seus inimigos? Se Ele se aproxima, os cacos de barro (ver Isaías 45.9) não mais contenderão com seu Criador. A sua vara de ferro os despedaçará, como um vaso de oleiro (ver Salmos 2.9), e a própria lembrança deles desaparecerá da terra (ver Jó 18.17). Fora, então, todos os medos! O reino está seguro nas mãos do Rei. Folguemos de júbilo, pois o Senhor reina; e seus inimigos serão como palha lançada no monturo.
Tão verdadeiro quanto a própria Palavra de Deus; Nem terra, ou inferno, com toda a sua multidão, contra nós prevalecerão.
De zombarias e desprezo somos alvo. Mas Deus está conosco; somos d Ele. E está garantida a vitória do salvo!

C.H. Spurgeon

quarta-feira, 20 de julho de 2016

20 de Julho.

"O penhor da nossa herança". 
Efésios 1.14

Oh! que iluminação, que alegrias, que consolação, que de­ leite de coração tem desfrutado o homem que aprendeu a se alimentar tão-somente de Jesus! Apesar disso, a realização que temos da preciosidade de Cristo é incompleta nesta vida, em seus melhores aspectos. Conforme disse um antigo escritor: “É apenas um prelúdio!” Temos a experiência de que o Senhor é bondoso (ver 1Pedro 2.3), porém ainda não sabemos completa­mente o quanto Ele é gracioso e bondoso. O que já sabemos da amabilidade do Senhor nos faz anelar por mais.
Temos desfrutado das primícias do Espírito, mas elas nos têm feito sentir fome e sede pela plenitude da vindima celestial. Gememos em nosso íntimo, aguardando a adoção. Aqui somos como Israel no deserto, que tinha apenas um ramo de vide do vale de Escol; lá, estaremos num vinhedo. Aqui, vemos o maná caindo em pequenez, semelhante a uma semente de coentro; na eternidade, porém, comeremos o verdadeiro pão do céu e o fruto do reino.
Somos iniciantes na educação espiritual. Embora já tenhamos aprendido as primeiras letras do alfabeto, ainda não podemos ler palavras, nem colocar as sentenças juntas. Mas como disse alguém: “Aquele que esteve no céu por cinco minutos sabe mais que a assembleia geral dos santos na terra”. Talvez tenhamos, no momento, muitos desejos que ainda não foram satisfeitos; todavia, em breve todos os nossos desejos serão satisfeitos. Todos os nossos poderes encontrarão o mais doce uso no eterno mundo de alegria. Ó crente, antecipe o céu por alguns anos. No tempo certo, ficaremos livres de todas as aflições e provações. Os olhos agora inundados por lágrimas nunca mais chorarão. Contemplaremos, em êxtase inefável, o esplendor dAquele que se assenta no trono. Ainda mais, nós sentaremos em seu trono. Teremos parte no triunfo do Senhor Jesus. Sua coroa, sua alegria e seu paraíso serão nossos, e seremos co-herdeiros juntamente com Ele, que é o herdeiro de todas as coisas (ver Hebreus 1.2).

C.H. Spurgeon

terça-feira, 19 de julho de 2016

19 de Julho.

"O SENHOR, nosso Deus, nos fez ver a sua glória". 
Deuteronômio 5.24


O grande intento de Deus em todas as suas obras é a manifestação de sua própria glória. Qualquer objetivo menor que este seria indigno dEle. De que modo a glória de Deus se manifestará a criaturas pecaminosas como nós? Os olhos do homem são tortuosos; são inclinados à contemplação de sua própria glória. O homem possui uma estima sobremodo elevada a respeito de suas próprias capacidades. Ele não está qualificado a contemplar a glória de Deus. Portanto, é evidente que o ego tem de se retirar, a fim de que haja lugar para Deus ser exaltado. Esta é a razão por que Ele permite que seu povo experimente provações e dificuldades. Ao tornar-se cônscio de sua tolice e incapacidade, o povo de Deus estará pronto para contemplar a majestade e a glória dEle, quando se manifestar a fim de prover-­lhes livramento.
Aquele que está vivendo em sossego e tranquilidade verá pouco da glória do Senhor. Aqueles que navegam em pequenas correntes e em rasos riachos, conhecem pouco do Deus das tempestades, mas aqueles que “fazem tráfico na imensidade das águas, esses vêem as obras do SENHOR e as suas maravilhas nas profundezas do abismo” (Salmos 107.23, 24). Em meio às eleva­ das ondas de aflição, pobreza, tentação e repreensão, conhecemos o poder de Jeová, porque sentimos a insignificância do homem. Por conseguinte, seja agradecido a Deus, se você está sendo guiado por um caminho árduo. Isto lhe proporciona a experiência da grandeza e amabilidade de Deus. Suas dificuldades têm-no tornado rico com um tesouro de conhecimento que não pode ser obtido de qualquer outro modo. Suas provações têm sido a fenda da rocha na qual Jeová o colocou, como fez com seu servo Moisés, a fim de que você possa contemplar a glória dEle, quando esta passar. Louve a Deus, porque você não foi deixado nas trevas e na ignorância em que a prosperidade ininterrupta poderia tê-lo envolvido. Na batalha das aflições, você tem sido capacitado a vencer na glória de Deus, por causa do modo maravilhoso como Ele lida com seus filhos.

C.H. Spurgeon

segunda-feira, 18 de julho de 2016

18 de Julho.

"Marcharão no último lugar, segundo os seus estandartes". 
Números 2.31

O arraial de Dã vinha na retaguarda, quando os exércitos de Israel estavam em marcha. Os danitas ocupavam o último lugar. Entretanto, que importância tinha essa posição, visto que eles, assim como as tribos que ocupavam a dianteira, também eram parte autêntica das hostes de Israel? Eles seguiam a mesma abrasadora coluna de nuvem. Comiam do mesmo maná, bebiam da mesma rocha espiritual e peregrinavam em direção à mesma herança.
Ó meu coração, vem e anima-te, embora sejas o menor e o último; tens o privilégio de estar no exército e viver como aqueles que lideram o povo. No que diz respeito à honra e estima, alguém precisa estar na retaguarda. Alguém precisa realizar para Jesus, serviços de pouco valor e, por que não eu? Numa vila pobre, no campo, ou numa rua afastada entre pecadores degradados, eu trabalharei marchando no último lugar, segundo meu estandarte. Os danitas ocupavam um lugar bastante útil. Aqueles que caminhavam lentamente precisavam ser ajudados durante a marcha, e os bens perdidos tinham de ser recolhidos na peregrinação. Os espíritos ousados podem avançar apressada­ mente em direção a caminhos inexplorados, a fim de aprenderem novas verdades e ganharem outras almas para Jesus. No entanto, um espírito mais conservador pode estar envolvido em relembrar à igreja a sua antiga fé e em revigorar seus filhos desanimados. A retaguarda é uma posição de perigo. Existem inimigos tanto atrás de nós como adiante. Os ataques podem vir de qualquer direção. Lemos que Amaleque assaltou Israel e matou alguns da retaguarda. O crente maduro encontrará para as suas armas um precioso serviço em auxiliar a alma insegura, vacilante e frágil daqueles que, no que concerne à fé, conheci­ mento e alegria, se encontram na retaguarda. Não podemos deixá-los sem auxílio. Assim, deveria ser trabalho dos crentes preparados, carregar seus estandartes entre a retaguarda. Ó minha alma, esteja em alerta para ajudar cordialmente aqueles que estão na retaguarda.

C.H. Spurgeon

sábado, 16 de julho de 2016

MÚSICA DO DIA.

QUE RAIO ACONTECE NA COZINHA #133 RECEITA DE BACON ONION BURGER

16 de Julho.

"Colhiam-no, pois, manhã após manhã". 
Êxodo 16.21

Trabalhe para manter um senso de completa dependência da boa vontade e prazer do Senhor, para que esteja continua­ mente desfrutando das mais ricas alegrias. Nunca procure viver alimentando-se do velho maná, nem tentando encontrar auxílio no mundo. Tudo precisa vir de Jesus ou você estará arruinado para sempre. Unções antigas não serão suficientes para ungir seu espírito agora. Sua cabeça precisa ter óleo novo derramado sobre ela, óleo proveniente dos chifres de ouro do santuário; pois, de outro modo, ela perderá a sua glória. Hoje, talvez você esteja no cume do monte de Deus, mas Aquele que o colocou ali tem de continuar preservando-o nesse lugar, pois, se Ele não fizer isso, você cairá mais rápido do que jamais sonhou. Se Ele ocultar a face, logo você estará em dificuldades. Se o Salvador assim decidir, não haverá janela através da qual você vê a luz do céu que não possa ser escurecida por Ele num instante. Josué ordenou que o sol permanecesse no céu, mas Jesus pode cobri-lo em escuridão total. Somente Jesus pode completar a alegria do seu coração, a luz dos seus olhos e a força da sua vida.
A consolação está nas mãos do Senhor e de acordo com a vontade dEle, elas podem lhe deixar. Ele determinou que sintamos e reconheçamos esta dependência frequente, visto que Ele nos permite orar somente pelo pão diário (ver Mateus 6.11). Ele promete que, “como os teus dias, durará a tua paz” (Deuteronômio 33.25). Não é bom para nós que seja assim, a fim de nos aproximarmos do trono dEle e sermos constantemente lembra­ dos do seu amor? Oh! quão rica é a graça que supre continua­ mente as necessidades e não se restringe por causa de nossa ingratidão! As chuvas preciosas nunca cessam, a nuvem de bênçãos paira continuamente sobre a nossa habitação. Ó Senhor Jesus, prostramo-nos a teus pés, conscientes de nossa total incapacidade de fazermos qualquer coisa sem Ti. E, em qual­ quer favor que somos privilegiados em receber, adoraremos teu bendito nome e reconheceremos teu inexaurível amor.

C.H. Spurgeon

sexta-feira, 15 de julho de 2016

15 de Julho

"O fogo arderá continuamente sobre o altar". 
Levítico 6.13

Mantenha o altar da oração particular sempre aceso. Isto é a própria vida da piedade genuína. O santuário e altares da família tomam daqui, o seu fogo; portanto, que este esteja bem aceso. A devoção particular é a essência, a evidência e o barômetro da religião vital e prática. Neste altar, queime a gordura dos seus sacrifícios. Se possível, permita que seus momentos de oração particular sejam regulares, frequentes e imperturbáveis. A oração eficaz é muito valiosa. Você não tem assuntos em favor dos quais deve orar? Quero sugerir-lhe a igreja, o ministério, a sua própria alma, seus filhos, seus parentes, seus vizinhos, sua pátria, a causa de Deus e a verdade em todo o mundo. Devemos examinar a nós mesmos quanto a este importante assunto. Engajamo-nos em oração particular com indiferença? O fogo da devoção privada está ardendo com pouca intensidade em nosso coração? As rodas da carruagem arrastam­ se pesadamente? Se isto é verdade, acautele-se: é um sinal de decadência. Sigamos em pranto e peçamos a Deus um espírito de graça e de súplica. Separemos momentos especiais para oração extraordinária. Pois, se as cinzas da conformidade com o mundo abafarem este fogo, o fogo do altar da família será ofuscado e a nossa influência tanto no mundo como na igreja será diminuída. Este versículo também se aplica ao altar do coração. Este é realmente um altar de ouro. Deus aprecia ver o coração de seus filhos ardendo para com Ele mesmo. Ofereçamos a Deus nosso coração, ardendo de amor e sedento por sua graça, a fim de que o fogo nunca se apague. O fogo não arderá continuamente, se o Senhor não o preservar aceso. Muitos adversários tentarão extingui-lo, mas se a mão invisível entornar nele o óleo sagrado, ele queimará mais alto e mais alto. Usemos as Escrituras para ser o combustível do fogo de nosso coração; elas são brasas vivas. Ouçamos sermões, mas, acima de tudo, permaneçamos muito tempo a sós com Jesus.

C.h. Spurgeon.

quinta-feira, 14 de julho de 2016

14 de Julho.

"Se sobre ele manejares a tua ferramenta, profaná-lo-ás". 
Êxodo 20.25

O altar de Deus tinha de ser construído com pedras toscas, de modo que nem habilidade nem labor humano fossem vistos nele. A sabedoria humana se deleita em adaptar e dispor as doutrinas da cruz em um sistema mais artificial e mais apropriado aos gostos corrompidos da natureza caída. Em vez de se beneficiar do evangelho, a mente carnal o corrompe, até que ele se torna qualquer outra coisa, exceto a verdade de Deus. Todas as alterações e consertos na Palavra do próprio Senhor são profanações. O coração orgulhoso do homem anela ter parte na justificação da alma diante de Deus. As pessoas sonham em preparações para receberem a Cristo, confiam em arrependimentos e humilhações, se orgulham da habilidade natural; e as boas obras são exaltadas. De todas as formas é feita alguma tentativa de manejar ferramentas humanas no altar divino. Seria bom se os pecadores lembrassem que longe de tornar perfeita a obra do Salvador, suas confianças carnais apenas a profanam e desonram.
Somente o Senhor tem de ser exaltado na obra da expiação; e não será tolerada nem mesmo a mais insignificante marca do martelo e do formão humanos. Existe uma blasfêmia inerente na atitude de tentar acrescentar qualquer coisa ao que Cristo Jesus, no momento em que morria, declarou estar consumado; ou na tentativa de incrementar aquilo em que o Senhor Jeová encontra perfeita satisfação. Pecador temeroso, jogue fora as suas ferramentas e prostre-se aos pés de Jesus, em súplica humilde. Receba a Jesus como o altar de sua expiação e descanse tão-somente nEle. Este versículo pode ser uma advertência para muitos crentes quanto às doutrinas em que eles crêem. Entre os crentes, existe grande propensão de tentarem acomodar as verdades da revelação. Isto é uma forma de irreverência e incredulidade. Lute contra isto, recebendo a verdade como você a encontra nas Escrituras. Regozije-se no fato de que as doutrinas da Palavra de Deus são pedras toscas e as mais apropriadas para construir um altar para o Senhor.

C.H. Spurgeon

quarta-feira, 13 de julho de 2016

13 de Julho.

"Perguntou Deus a Jonas: É razoável essa tua ira…?" 
Jonas 4.9

A ira nem sempre constitui pecado, mas possui uma tendência de levar-nos à falta de controle. Sempre que a ira se manifesta, devemos avaliar imediatamente o caráter da ira, fazendo esta pergunta: “É razoável essa tua ira?” Talvez possamos responder: “Sim”. Com muita frequência, a ira é a chama que incendeia o homem insensato; mas, às vezes, a ira é o fogo de Elias vindo do céu. Fazemos bem quando ficamos irados contra o pecado, por causa do erro cometido contra o nosso bondoso e gracioso Deus. Estamos corretamente irados quando direcionamos nossa fúria contra a permanência na tolice, depois de recebermos tantas instruções divinas; ou contra outros, quando a única causa da ira é o mal que eles fazem. Aquele que não se ira contra a transgressão se torna participante dela. O pecado é uma coisa detestável e horrenda, e nenhum coração nascido de novo pode tolerá-lo pacientemente. Deus mesmo se ira contra o ímpio todos os dias. A Palavra de Deus afirma: “Vós que amais o SENHOR, detestai o mal” (Salmos 97.10). Com muita frequência, deve-se temer que nossa ira não seja correta ou mesmo justificá­vel. Se este for o caso, temos de responder: “Não”.
Por que devemos nos mostrar irascíveis com as crianças, irritáveis com os nossos empregados ou irados com os amigos? Essa ira é honrável a nossa profissão de fé em Cristo e glorifica o Senhor Jesus? Tal ira reflete o velho coração procurando reconquistar o domínio. Devemos resistir-lhe com todo o poder da natureza nascida de novo. O crente precisa lembrar que tem de ser vencedor em cada aspecto da vida cristã, pois, do contrário, não receberá a coroa. Se não podemos controlar nossa ira, o que, então, a graça realizou em nosso coração? Alguém disse que a graça geralmente era enxertada no toco de uma macieira silvestre. “Sim”, disse ele, “mas o fruto não será azedo”. Não podemos usar nossas fraquezas naturais como desculpas para pecarmos. Temos de pedir ao Senhor que crucifique nossa pro­pensão natural e renove em nós a cordialidade e a humildade, segundo a sua imagem.

C.H. Spurgeon.

terça-feira, 12 de julho de 2016

12 de Julho.

Amados em Deus Pai. (Judas 1); Santificados em Cristo Jesus. (1Coríntios 1.2); Em santificação do Espírito. (1Pedro 1.2)

Observe a união das três pessoas divinas em todos os seus atos graciosos. Quão imprudentemente falam aqueles que mostram preferência por uma das Pessoas da Trindade. Eles se referem a Jesus como se Ele fosse a incorporação de tudo o que é amável e gracioso, enquanto consideram o Pai como alguém severamente justo e destituído de amabilidade. Estão igualmente errados aqueles que magnificam de tal modo o decreto do Pai e a expiação realizada pelo Filho, que chegam a menosprezar a atividade do Espírito Santo.
Nos procedimentos da graça, nenhuma das Pessoas da Trindade age à parte das demais. Elas se mostram tão unidas em suas realizações como em sua natureza. Em seu amor para com os eleitos, elas são uma. Nas ações que fluem da grande fonte central, elas ainda permanecem unidas. Em especial, observe esta unidade no que se refere ao assunto da santificação. Enquanto falamos indubitavelmente sobre a santificação como obra do Espírito Santo, não consideremos esta obra como algo em que o Pai e o Filho não tomam parte. É correto falar sobre a santificação como obra do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Jeová disse: “Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança” (Gênesis 1.26). Por isso, nós “somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas” (Efésios 2.10). Observe o valor que Deus atribui à santidade prática, desde que as três pessoas da Trindade são representadas como trabalhando juntas para produzir uma igreja “sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante” (Efésios 5.27). Você, seguidor de Cristo, também precisa tributar grande valor à santidade -à pureza de vida e à conversação piedosa. Valorize o sangue de Cristo como o alicerce de sua esperança, e nunca fale afrontosamente da obra do Espírito que o qualifica para a “herança dos santos na luz” (Colossenses 1.12). Comecemos hoje a viver de um modo que manifeste a obra do Deus triúno em nós.

C.H. Spurgeon. 

segunda-feira, 11 de julho de 2016

11 de Julho.

"Depois de terdes sofrido por um pouco, ele mesmo vos há de aperfeiçoar, firmar, fortificar e fundamentar". 
1Pedro 5.10

Você já contemplou o arco-íris quando ele se mostra no céu: gloriosas são suas cores e raras suas nuanças. É lindo, mas logo desaparece. O arco-íris não é permanente. Como pode acontecer isso? Como pode perdurar um glorioso espetáculo feito de transitórios raios de sol e passageiras gotas de chuva? As virtudes do caráter cristão não devem ser semelhantes ao arco-íris em sua beleza momentânea, mas, pelo contrário, devem ser firmes, estáveis, duradouros.
Crente, procure fazer com que toda coisa boa que você possui seja permanente, firme. O seu caráter não deve assemelhar-se a uma escrita feita na areia, e sim a uma inscrição gravada na rocha. Não seja a sua fé “a construção de uma visão sem alicerce”, mas que seja construída de um material capaz de suportar o terrível fogo que consumirá madeira, feno e palha (ver 1Corín­tios 3.12) do hipócrita. Seja uma pessoa arraigada e fundamentada no amor (ver Efésios 3.17). Sejam profundas suas convicções; seu amor, real; e, seus desejos, sérios. E toda a sua vida deve estar tão bem firmada, que todas as rajadas de vento do inferno e as tempestades da terra jamais serão capazes de abalá-lo. Observe como obtemos esta bênção de ser firmado na fé (ver Colossenses 2.7). As palavras do apóstolo nos indicam o sofrer como o instrumento utilizado -“Depois de terdes sofrido por um pouco”. Não adianta esperar que seremos bem fundamentados, se não nos sobrevier nenhum vento impetuoso. Todos aqueles velhos nós na raiz do carvalho e aqueles estranhos entrelaçamentos nos galhos falam de muitas tempestades que passaram sobre ele, e também são indicadores da profundidade na qual as raízes foram forçadas a abrir caminho. Assim o crente é enraizado forte e firmemente por meio das provações e tempestades da vida. Não desanime por causa dos rigorosos ventos de provação; pelo contrário, receba consolação, crendo que, por meio da disciplina severa, Deus está cumprindo em você a bênção descrita neste versículo.

C.H.Spurgeon

domingo, 10 de julho de 2016

10 de Julho.

"Depois de terdes sofrido por um pouco, ele mesmo vos há de aperfeiçoar, firmar, fortificar e fundamentar". 
1Pedro 5.10

Você já contemplou o arco-íris quando ele se mostra no céu: gloriosas são suas cores e raras suas nuanças. É lindo, mas logo desaparece. O arco-íris não é permanente. Como pode acontecer isso? Como pode perdurar um glorioso espetáculo feito de transitórios raios de sol e passageiras gotas de chuva? As virtudes do caráter cristão não devem ser semelhantes ao arco-íris em sua beleza momentânea, mas, pelo contrário, devem ser firmes, estáveis, duradouros.
Crente, procure fazer com que toda coisa boa que você possui seja permanente, firme. O seu caráter não deve assemelhar-se a uma escrita feita na areia, e sim a uma inscrição gravada na rocha. Não seja a sua fé “a construção de uma visão sem alicerce”, mas que seja construída de um material capaz de suportar o terrível fogo que consumirá madeira, feno e palha (ver 1Corín­tios 3.12) do hipócrita. Seja uma pessoa arraigada e fundamentada no amor (ver Efésios 3.17). Sejam profundas suas convicções; seu amor, real; e, seus desejos, sérios. E toda a sua vida deve estar tão bem firmada, que todas as rajadas de vento do inferno e as tempestades da terra jamais serão capazes de abalá-lo. Observe como obtemos esta bênção de ser firmado na fé (ver Colossenses 2.7). As palavras do apóstolo nos indicam o sofrer como o instrumento utilizado -“Depois de terdes sofrido por um pouco”. Não adianta esperar que seremos bem fundamentados, se não nos sobrevier nenhum vento impetuoso. Todos aqueles velhos nós na raiz do carvalho e aqueles estranhos entrelaçamentos nos galhos falam de muitas tempestades que passaram sobre ele, e também são indicadores da profundidade na qual as raízes foram forçadas a abrir caminho. Assim o crente é enraizado forte e firmemente por meio das provações e tempestades da vida. Não desanime por causa dos rigorosos ventos de provação; pelo contrário, receba consolação, crendo que, por meio da disciplina severa, Deus está cumprindo em você a bênção descrita neste versículo.

C.H. Spurgeon.

sábado, 9 de julho de 2016

MÚSICA DO DIA.

QUE RAIO ACONTECE NA COZINHA #132 COMO FAZER O GNOCCHI CAPRESE DO SPOLETO

09 de Julho.

"Não te esqueças de nem um só de seus benefícios". 
Salmos 103.2



Observar a mão de Deus agindo na vida dos santos do passado traz-nos deleite -a bondade de Deus em livrá-los, a sua misericórdia em perdoá-los e a fidelidade em cumprir sua aliança com eles. Todavia, é muito mais interessante notarmos a mão de Deus agindo em nossa própria vida. Não deveríamos olhar nossa própria história como sendo, pelo menos, tão repleta de Deus, de sua bondade e sua verdade ao ponto de ser uma prova de sua fidelidade e veracidade tanto quanto foi a vida de qualquer um dos santos do passado? Cometemos uma injustiça contra o nosso Senhor, quando imaginamos que Ele realizou todos os seus atos poderosos nos tempos antigos e que não realiza maravilhas ou desnuda seu santo braço (ver Isaías 52.10) para os santos de nossos dias.
Devemos reexaminar nossa própria vida. Ao fazer isso, certamente descobriremos alguns acontecimentos felizes que nos trarão refrigério à alma e glorificarão ao nosso Deus. Você não tem experimentado nenhum livramento? Tem atravessado rios amparado pela graça de Deus? Tem andado ileso pelo meio do fogo? Não tem recebido qualquer manifestação divina? Tem gozado de favores especiais? O Deus que concedeu a Salomão o desejo de seu coração tem ouvido as suas orações e respondido às suas súplicas? Aquele Deus de superabundante generosidade sobre quem Davi cantou: “Quem farta de bens a tua velhice” (Salmos 103.5), nunca lhe saciou com gordura? Nunca lhe fez deitar em pastos verdejantes? Nunca lhe guiou a águas tranquilas? Com certeza, a bondade de Deus tem se mostrado tão boa para nós como para os santos do passado.
Entreteçamos uma canção com as misericórdias de Deus. Façamos com o ouro puro da gratidão e as jóias do louvor outra coroa para a cabeça de Jesus. Entoe a nossa alma, músicas tão agradáveis e tão alegres quanto as que brotaram da harpa de Davi, enquanto louvamos o Senhor, cuja misericórdia dura para sempre.

C.H. Spurgeon

sexta-feira, 8 de julho de 2016

08 de Julho.

"Declara-me, peço-te, em que consiste a tua grande força". 
Juízes 16.6

Onde se encontra o vigor secreto da fé? Encontra-se no alimento que a nutre. A fé medita em que consiste a promessa – uma emanação da graça de Deus, um transbordamento do grande amor de Deus. A fé declara: “Deus me outorgou esta promessa motivado por seu amor e graça. Por conseguinte, tenho certeza de que Ele cumprirá sua Palavra”. Depois, a fé medita: “Quem é o autor desta promessa?” Ela não considera tanto a grandeza da promessa quanto a pergunta acima. Ela recorda que o autor é Deus, que não pode mentir -o Deus onipotente e imutável. Por isso, a fé conclui que a promessa tem de ser cumprida e avança adiante nesta firme convicção.
A fé também recorda o motivo pelo qual a promessa foi dada – ou seja, a glória de Deus. Ele sente-se perfeitamente certa de que a glória de Deus está segura e de que Ele nunca manchará seu próprio caráter, nem ofuscará o brilho de sua coroa. Em seguida, a fé considera a admirável obra de Cristo como uma prova evidente da intenção de Deus em cumprir sua Palavra. “Aquele que não poupou o seu próprio Filho, antes, por todos nós o entregou, porventura, não nos dará graciosamente com ele todas as coisas?” (Romanos 8.32) A fé olha o passado pois suas batalhas a fortaleceram, e suas vitórias deram-lhe coragem. Ela traz à memória o fato de que Deus nunca falhou para com ela. Não, Ele nunca falhou uma única vez com nenhum de seus filhos. A fim de satisfazer as demandas do dia, a f é recorda circunstâncias de grande perigo, nas quais Deus lhe outorgou livramento; e ocasiões de profundas necessidades, nas quais Deus lhe providenciou forças. A fé clama: “Não, nunca serei levado a pensar que Ele pode mudar e abandonar seu servo agora. Até aqui o Senhor me ajudou (ver 1 Samuel 7.12); tenho certeza de que Ele continuará me ajudando”. Assim, a fé observa cada promessa em sua conexão com o doador de promessas, e por fazer isto, pode dizer com segurança: “Bondade e misericórdia certa­mente me seguirão todos os dias da minha vida” (Salmos 23.6).

C.H. Spurgeon

quinta-feira, 7 de julho de 2016

07 de Julho.

"Irmãos, orai por nós". 
1Tessalonicenses 5.25
Nós reservamos, do ano, este dia para refrescar a memória do leitor quanto à questão de orar pelos ministros, e seriamente imploramos a todos os membros da família de Deus que aceitem esta zelosa súplica proferida inicialmente pelo apóstolo Paulo e agora repetida por nós. Irmãos, nosso trabalho é solenemente significativo, envolvendo o bem-estar ou a dor para milhares. Lidamos com almas para Deus em questão eterna, e nossa palavra tanto é o aroma da vida para a vida, ou da morte para a morte. Todos os ministros do evangelho têm sobre si uma grande responsabilidade, e não será misericórdia pequena se ao final formos achados limpos do sangue de todos os homens. Como oficiais no exército de Cristo, os ministros do evangelho são alvos especiais dos demônios e do inimigo dos homens. Os demônios procuram nossas fraquezas e trabalham para nos apanhar. A chamada sagrada dos ministros do evangelho envolve tentações das quais você está isento. Além disso, eles são frequentemente desviados do prazer pessoal da verdade para uma consideração ministerial e oficial da mesma.
Os ministros do evangelho encontram-se com muitos casos difíceis e ficam confusos. Observam desvios bastante desagradáveis, e o coração deles fica entristecido. Vêem milhões perecendo, e o espírito deles se abate. Desejam se beneficiar de sua própria pregação. Querem ser uma benção para os filhos dos membros da igreja. Almejam ser úteis tanto aos crentes como aos pecadores. Portanto, queridos amigos, intercedam por aqueles que se encontram no ministério. Miseráveis homens seremos nós, se perdermos o amparo de suas orações; mas alegres seremos, se vivermos em suas súplicas. Vocês não olham para nós, e sim para o Senhor, a fim de receberem bênçãos espirituais. No entanto, muitas vezes o Senhor concede essas bênçãos por meio dos ministros do evangelho! Então, rogue ao Senhor, constantemente, que eles sejam vasos de barro nos quais Ele colocará os tesouros do evangelho. Todos nós, missionários, pastores, obreiros, seminaristas, suplicamos: “Irmãos, orai por nós”.

C.H. Spurgeon

quarta-feira, 6 de julho de 2016

06 de Julho.

"O que me der ouvidos habitará seguro, tranquilo e sem temor do mal". 
Provérbios 1.33

O amor divino é expresso visivelmente quando brilha em meio aos julgamentos. Formosa é aquela estrela solitária que brilha através das fendas das nuvens que trazem trovoadas. Luminoso é o oásis que floresce no deserto arenoso. Tão formoso e tão luminoso é o amor em meio à ira. Por meio de sua contínua idolatria, os israelitas provocaram o Altíssimo. Ele os castigou privando-os da chuva e do orvalho, de modo que a terra deles foi visitada pela fome. Mas, enquanto Deus fez isso, Ele teve o cuidado de que seus próprios eleitos ficassem seguros. Se todos os outros ribeiros estão secos, haverá um reservado para Elias. E, quando esse ribeiro secar, Deus ainda preservará para Elias um lugar de sobrevivência. O Senhor não tinha ape­nas um Elias, e sim um remanescente, de acordo com a eleição da graça, escondido, em grupos de cinquenta, em uma caverna. Embora toda a terra estivesse subjugada à fome, os cinquenta que estavam na caverna eram alimentados, da mesa de Acabe, por Obadias, o fiel e temente servo do Senhor.
Destes acontecimentos, devemos inferir que, aconteça o que acontecer, o povo de Deus está sempre seguro. Que os terremotos abalem toda a terra, e os próprios céus se rasguem ao meio; em meio à destruição final, o crente permanecerá tão seguro como se estivesse em um momento de descanso! Se Deus não salvar o seu povo na terra, Ele os salvará no céu. Se o mundo se tornar insuportável para os filhos de Deus, então, o céu lhes será o lugar de aceitação e segurança. Mantenha-se confiante quando ouvir falar de guerras e rumores de guerra (ver Mateus 24.6). Não importa o que aconteça na terra, você está seguro, visto que se encontra abrigado sob as asas de Jeová. Aguarde as promessas dEle e descanse em sua fidelidade. Resista ao mais negro futuro, pois nele não há nada medonho para você. Sua exclusiva preocupação deveria ser mostrar ao mundo a bem­ aventurança de ouvir a voz da sabedoria.

C.H. Spurgeon.

terça-feira, 5 de julho de 2016

05 de Julho.

"Chamados para serdes santos". 
Romanos 1.7

Nós tendemos a considerar os santos da era apostólica como pessoas mais santas do que os outros filhos de Deus. Todos eles são santos chamados pela graça de Deus e santificados pelo Espírito Santo; mas somos inclinados a olhar os apóstolos como seres extraordinários, raramente sujeitos às mesmas fraquezas e tentações que enfrentamos. Contudo, ao fazer isto, esquecemos a verdade de que quanto mais próximo um crente vive de Deus, tanto mais intensamente ele lamenta a malignidade de seu próprio coração. Quanto mais o Senhor honra tal crente em sua obra, tanto mais a carne maligna desse crente o importuna todos os dias. O fato é que, se houvéssemos visto o apóstolo Paulo, nós o teríamos visto como alguém muito semelhante aos demais membros da família dos eleitos. Se tivéssemos conversado com ele, diríamos: “Achamos que as experiências dele são muito semelhantes às nossas. Ele foi mais fiel, mais santo e teve maior conhecimento do que nós o temos; contudo, ele suportou as mesmas provações que nós suportamos. Em alguns aspectos, ele é muito mais tentado que nós”.
Não olhe para os crentes do passado como pessoas isentas de fraquezas ou pecados. Não os veja com aquela reverência mística pela qual chegamos quase a idolatrá-los. Podemos atingir a santidade deles. Somos chamados para ser santos pela mesma voz que os constrangeu à sua sublime vocação. O dever do crente é esforçar-se para dirigir seu viver dentro do círculo da santidade. E se estes santos eram superiores a nós em suas realizações, como eles certamente eram, que os sigamos; tentemos exceder o seu ardor e santidade. Temos a mesma luz dada aos apóstolos, e a mesma graça nos está acessível. Por que devemos viver tranquilos, enquanto não somos semelhantes aos apóstolos no caráter celestial? Eles viveram com Jesus e para Jesus. Portanto, tornaram-se semelhantes a Jesus. Vivamos pelo mesmo Espírito que eles viveram, olhando para Jesus (ver Hebreus 12.2); assim, logo nossa santidade se tornará evidente.

C.H. Spurgeon

segunda-feira, 4 de julho de 2016

04 de Julho.

"Santifica-os na verdade". 
João 17.17


A santificação começa com a regeneração. O Espírito San­ to infunde no homem aquele novo princípio de vida pelo qual ele pode se tornar nova criatura em Cristo Jesus (ver 2 Coríntios 5.17). Esta obra, que começa com o novo nascimento, é levada avante de duas maneiras: a mortificação, na qual as concupiscências da carne são subjugadas e mantidas sob domínio; e a vivificação, por meio da qual a vida nova que Deus colocou em nosso espírito, se torna uma fonte que jorra para a vida eterna (ver João 4.14). Isto é realizado todos os dias naquilo que chamamos de perseverança, por meio da qual o crente é preservado e mantido em um estado gracioso, recebe poder para abundar em boas obras (ver 2 Coríntios 9.8), para o louvor e glória de Deus; e culmina ou chega à perfeição em glória, quando a alma, sendo completamente limpa, é tomada para habitar com seres santos à direita da Majestade nas alturas.
Embora o Espírito Santo seja o autor da santificação, não podemos esquecer que existe um agente visível utilizado por Ele. Jesus disse: “Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade” (João 17.17). Muitas passagens da Escritura comprovam que o instrumento de nossa santificação é a Palavra de Deus. O Espírito de Deus traz à nossa mente os preceitos e a doutrina da verdade, aplicando-os com poder. Eles são recebidos pelo ouvi­ do, mas guardados no coração. Eles efetuam em nós tanto o querer como o realizar, segundo a boa vontade de Deus (ver Filipenses 2.13). A verdade é o que santifica e se não ouvimos nem lemos a verdade, não crescemos em santificação. Apenas progredimos num viver perfeito enquanto progredimos num entendimento perfeito. “Lâmpada para os meus pés é a tua palavra e, luz para os meus caminhos” (Salmos 119.105). Não diga sobre as coisas erradas: “Isto é somente uma questão de opinião”. Nenhum homem favorece um erro de julgamento sem que, cedo ou tarde, tolere um erro na prática. Apegue-se à verdade, pois fazendo isto, você será santificado pelo Espírito de Deus.

C.H. Spurgeon.

domingo, 3 de julho de 2016

03 de Julho.

"As vacas feias à vista e magras comiam as sete formosas à vista e gordas". 
Gênesis 41.4


O sonho de Faraó tem sido, com muita frequência, a experiência de meu viver. Meus dias de indolência destruíram tudo o que eu havia conseguido em dias de trabalho zeloso. As estações de frieza congelaram todo o glorioso esplendor de meus períodos de fervor e entusiasmo. As conformações com o mundo causaram um recuo no avanço de minha vida espiritual. Preciso acautelar-me de magreza na oração, na adoração, nas experiências com o Senhor e nos deveres pois estes comerão a gordura de meu conforto e paz.
Se negligencio a oração por breve tempo, eu perco toda a espiritualidade que alcancei. Se eu não receber novos suprimentos do céu, o trigo velho em meu celeiro logo será consumido pela fome que assola a minha alma. Quando as lagartas da indiferença, do mundanismo e da auto-indulgência deixarem meu coração completamente desolado e fizerem minha alma definhar, toda minha antiga fertilidade e crescimento na graça serão de nenhum proveito para mim. Oh! como eu gostaria de não ter experimentado aqueles dias de magreza e aquelas horas feias! Se todos os dias eu prosseguisse em direção ao alvo de meus desejos, logo eu o alcançaria. Mas a rebeldia me coloca bem distante do prêmio da sublime vocação, furtando-me os avanços que tão laboriosamente conquistei. A única maneira de minha vida ser semelhante às vacas gordas é alimentar-me do pasto correto e passar tempo com o Senhor, no seu serviço, em sua companhia, em seu temor, no seu caminho.
Por que cada ano novo não é mais rico do que o anterior, em amor, utilidade e alegria? Estou mais perto dos montes celestiais. Tenho experimentado mais do Senhor; deveria ser mais semelhante a Ele. Ó Senhor, conserva a magreza de alma bem distante de mim. Não permita que eu tenha de clamar: “Definho, definho, ai de mim!” (Isaías 24.16), mas que eu seja bem alimentado em tua casa, a fim de que possa louvar teu nome.

C.H. Spurgeon

sábado, 2 de julho de 2016

MÚSICA DO DIA.

QUE RAIO ACONTECE NA COZINHA #131 Brioche - Pão de hamburguer

02 de Julho.

"Nele, o nosso coração se alegra". 
Salmos 33.21

E uma grande bênção o fato de que os crentes podem se alegrar, mesmo nas profundas aflições. Embora os problemas possam lhes cercar, eles ainda cantam; e, como muitos pássaros, cantam melhor em suas gaiolas. As ondas podem rolar sobre eles, mas a sua alma logo sobe à superfície e contempla a luz da face de Deus. Eles têm, ao seu redor, uma flutuabilidade que mantém sua cabeça sempre acima da água, ajudando-os a cantar em meio a tempestade “Até agora o Senhor está comigo”.
A quem será dada a glória? Oh, a Jesus –tudo é feito por Ele. A aflição nem sempre traz consolação para o crente, mas a presença do Filho de Deus ao lado dele, na provação, enche o coração de alegria. O crente fica doente e triste, mas o Senhor Jesus o visita e prepara-lhe lugar de repouso. Ele pode estar morrendo e se reunindo as águas frias e paralisantes do Jordão até à altura do pescoço; Jesus, porém, coloca os braços ao redor dele e lhe diz: “Não tema, amado, morrer é bendito. As águas da morte têm a sua principal fonte no céu; não são amargas, e sim doces como néctar, pois jorram do trono de Deus”. À medida que o crente moribundo atravessa, com dificuldade, a torrente, as imensas ondas o cercam, o coração e a carne lhe falham; mas ele ouve aquela mesma voz ecoar em seus ouvidos: “Não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou o teu Deus” (Isaías 41.10). Quando o crente se aproxima das margens do infinito desconhecido e está quase temeroso demais para entrar no império das sombras, Jesus diz: “Não temais, ó pequenino rebanho; porque vosso Pai se agradou em dar-vos o seu reino” (Lucas 12.32).
Assim, fortalecido e consolado, o crente não tem medo de morrer. Ele se mostra até disposto a partir, pois tem contemplado a Jesus como a estrela da manhã e anela contemplá-Lo como o sol em todo o seu resplendor. Na verdade, a presença de Jesus é todo o céu que desejamos. Ele é de uma vez “a glória de nossos mais brilhantes dias; o conforto de nossas noites”.
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sexta-feira, 1 de julho de 2016

01 de Julho.

"No verão e no inverno, sucederá isto." 
Zacarias 14.8

As torrentes de água viva que fluem de Jerusalém não se esgotam pelo calor ressecante do verão, assim corno não se con­gelam pelos ventos frios do inverno rigoroso. Ó minha alma, regozija-te porque foste poupada para testemunhar a fidelida­de do Senhor. As estações mudam, e tu também mudas, mas o teu Senhor permanece o mesmo. As torrentes do amor de Cris­to são tão profundas, tão largas e tão abundantes como sempre o foram. O calor da inquietação dos negócios e das provações ardentes me fazem sentir necessidade das refrescantes influên­cias do rio da graça de Cristo. Eu devo ir de uma vez e beber o quanto puder da fonte inexaurível, pois no verão e no inverno ela jorra seu rio. As nascentes mais altas nunca são escassas e, bendito seja o nome do Senhor, as nascentes mais baixas tam­bém não falham. Elias encontrou Querite seca, mas Jeová ainda era o mesmo Deus da providência.
Jó disse que seus irmãos eram semelhantes a ribeiros enga­nosos, porém ele descobriu que seu Deus era um rio transbordante de consolação. O Nilo é a grande confiança do Egito, mas as suas inundações são variáveis. Nosso Senhor é sempre o mesmo. Ao mudar o curso do Eufrates, Ciro tomou a cidade de Babilônia. No entanto, nenhum poder, humano ou infernal, é capaz de mudar a torrente da graça divina. Muitos leitos de rios antigos têm sido encontrados secos e desolados. Entretanto, as torrentes que se originam nos montes da sobera­nia de Deus e do amor infinito estão sempre cheias, até à margem. Gerações se dissolvem, mas o curso da graça divina permanece inalterado.
Ó minha alma, como tu és bendita, tu que és levada para junto das águas tranquilas! Nunca vagueies em busca de outras torrentes, pois, agindo assim, ouvirás a repreensão do Senhor. “Agora, pois, que lucro terás indo ao Egito para beberes as águas do Nilo?” (Jeremias 2.18)

C.H. Spurgeon