quarta-feira, 30 de novembro de 2016

30 de Novembro.

"Disse Amazias ao homem de Deus: Que se fará, pois, dos cem talentos de prata que dei às tropas de Israel? Respondeu-lhe o homem de Deus: Muito mais do que isso pode dar-te o SENHOR". 
2 Crônicas 25.9

Esta era uma questão muito importante para o rei de Judá; e talvez seja mais importante ainda para o crente que está sendo provado e tentado. Perder dinheiro não é agradável em tempo nenhum e quando um princípio é envolvido a carne nem sempre está pronta a fazer o sacrifício. “Por que perdermos aquilo que nos pode ser útil? O que faremos sem isso? Lembre-se dos filhos e de nosso pequeno salário.” Todos estes argumentos e milhares de outros tentarão o crente a abrir sua mão ao ganho injusto ou o impedirão de levar adiante as suas convicções cristãs, quando elas envolvem perdas grandes. Nem todas as pessoas podem ver essas questões à luz da fé; e mesmo entre os seguidores de Jesus a doutrina do “temos de viver” possui um valor muito suficiente. “Muito mais do que isso pode dar-te o SENHOR” é uma resposta bastante satisfatória para este assunto que nos causa ansiedade. Nosso Pai tem controle sobre o dinheiro. O que perdemos por sua causa, Ele nos pode dar mil vezes mais. É nosso dever obedecer sua vontade. Se fazemos a vontade de nosso Pai, podemos descansar seguros de que Ele nos dará o necessário. O Senhor não deverá ao homem. Os crentes sabem que um grão de tranqüilidade de espírito é mais valioso do que uma tonelada de ouro. Aquele que enrola um casaco surrado numa boa consciência ganhou riqueza espiritual muito mais desejável que qualquer outra que ele tenha perdido. O sorriso de Deus em uma prisão é o suficiente para um verdadeiro crente, mas a carranca dele em um palácio seria um inferno para tal pessoa. Deixe que tudo vá de mal a pior, que todos os talentos findem-se e ainda não teremos perdido nosso tesouro; ele está céu, onde Cristo se assenta à destra de Deus. Enquanto isso, agora mesmo, o Senhor faz com que os mansos herdem a terra (Mateus 5.5) e “nenhum bem sonega aos que andam retamente” (Salmos 84.11).

C.H. Spurgeon

terça-feira, 29 de novembro de 2016

29 de Novembro.

"Não andarás como mexeriqueiro entre o teu povo…repreenderás o teu próximo e, por causa dele, não levarás sobre ti pecado". 
Levítico 19.16,17

Propagar mexericos emite um veneno tríplice. Traz injúria àquele que os divulga, àquele que os ouve e à pessoa sobre a qual os mexericos foram contados. Quer o relato seja verdadeiro, quer não, somos proibidos, por este preceito da Palavra de Deus, de propagá-lo. A reputação do povo de Deus deve ser bastante preciosa aos nossos olhos. Devemos nos envergonhar de ajudar o diabo a desonrar a igreja e o nome do Senhor. Algumas línguas precisam de rédeas e não de esporas. Muitos se gloriam em rebaixar seus irmãos, como se, por meio disso, exaltassem a si mesmos. Os sábios filhos de Noé puseram uma capa sobre seu pai, e aquele que o expusera obteve uma horrenda maldição. Um dia, poderemos necessitar da tolerância e do silêncio de nossos irmãos. Portanto, demonstremos essas virtudes para com aqueles que necessitam delas agora. Que esta seja uma regra de nossa família e nosso compromisso pessoal: Não fale mal a respeito de ninguém. Contudo, o Espírito Santo nos permite reprovar o pecado e nos prescreve a maneira pela qual devemos fazer isso. Temos de fazê-lo mediante uma repreensão particular de nosso irmão e não mediante uma injúria por trás dele. Este procedimento expressa maturidade e semelhança a Cristo; além disso, tem a bênção de Deus. A carne recua diante deste compromisso? Então, devemos colocar maior pressão em nossa consciência e nos mantermos vigilantes, para não aceitarmos o pecado do amigo, e não nos tornarmos cúmplice dele. Lembre-se: muitos têm sido livres de pecados sérios por meio de advertências amorosas, oportunas e sábias de irmãos e pastores fiéis. Nosso Senhor Jesus nos deu um exemplo gracioso de como lidar com amigos errantes na advertência dada a Pedro, na oração que precedeu tal advertência e na maneira gentil com a qual Ele suportou a orgulhosa negação de Pedro quando necessitou de tal aviso.

C.H. Spurgeon

segunda-feira, 28 de novembro de 2016

28 de Novembro.

"Fiquei sobremodo alegre pela vinda de irmãos e pelo seu testemunho da tua verdade, como tu andas na verdade". 
3ªJoão 3

A verdade estava em Gaio; e ele andava na verdade. Se a primeira afirmação fosse diferente, a segunda jamais poderia ocorrer; e se a segunda afirmação não pudesse ser dita sobre ele, a primeira teria sido mera pretensão. A verdade tem de entrar na alma, penetrá-la e saturá-la; pois, do contrário, não terá valor algum. Doutrinas sustentadas como uma questão de credo são como pão na mão, o qual não proporciona nutrição ao corpo. Mas a doutrina que aceitamos no coração é como alimento digerido, que, por assimilação, nutre e sustenta o corpo. Em nós, a verdade tem de ser uma força viva, uma energia ativa, uma realidade que habita em nosso íntimo, uma parte da essência de nosso ser. Se a verdade está em nós, não podemos separá-la de nós. Um homem pode até perder as suas vestes ou os membros de seu corpo, mas as suas partes internas são vitais e não podem ser removidas sem o comprometimento da vida. Um crente pode morrer, mas ele não pode negar a verdade. Ora, é uma regra da natureza que o interior afeta o exterior, assim como brilha luz do centro da lanterna através do vidro. Quando a verdade é acendida no íntimo, o seu resplendor logo se irradia na vida e no comportamento exterior. Afirma-se que o alimento de certas lagartas transmite cor ao casulo de seda que elas tecem. Da mesma forma, o alimento que sustenta a vida de um homem transmite cor a toda palavra e a todos os atos que procedem dele. Andar na verdade implica uma vida de integridade, santidade, fidelidade e simplicidade -o resultado natural dos princípios da verdade que o evangelho ensina e que o Espírito de Deus nos capacita a receber. Podemos julgar os segredos da alma por meio de sua manifestação no proceder do homem. Ó Espírito gracioso, que hoje sejamos governados por tua autoridade divina. Que nada falso ou pecaminoso reine em nosso coração, a fim de que não estenda sua influência maligna sobre o nosso andar diário entre os homens.

C.H. Spurgeon

domingo, 27 de novembro de 2016

27 de Novembro.

"O sumo sacerdote Josué, o qual estava diante do Anjo do SENHOR". 
Zacarias 3.1

Em Josué, o sumo sacerdote, vemos uma figura de todo filho de Deus que tem sido aproximado dele por intermédio do sangue de Cristo (ver Efésios 2.13), tem sido instruído a servir nas coisas divinas e que tem entrado nas bênçãos que há no interior do véu. O Senhor Jesus nos tornou sacerdotes e reis para Deus (ver Apocalipse 1.6) e, ainda neste mundo, exercemos o sacerdócio de um viver consagrado e um serviço santificado. Este sumo sacerdote é visto como alguém que “estava diante do Anjo do SENHOR”, ou seja, estava ali para ministrar. Esta deve ser a posição perpétua de todo verdadeiro crente. Todo lugar é agora o templo de Deus. E o povo de Deus pode servi-Lo verdadeiramente, tanto em suas realizações diárias como na igreja. Eles devem estar sempre ministrando, oferecendo os sacrifícios espirituais da oração e do louvor, bem como apresentando-se a si mesmos como sacrifício vivo (ver Romanos 12.1). Observe onde Josué estava para ministrar -“diante do Anjo do SENHOR”. É tão-somente por intermédio de um mediador que nós, criaturas indignas e corrompidas, podemos nos tornar sacerdotes para Deus. Eu apresento o que tenho diante do mensageiro, o anjo da aliança, o Senhor Jesus; e, por meio dele, minhas orações encontram aceitação, envolvidas nas orações dele. Meus louvores tornam-se doces, conforme são cobertos com mirra, aloés e cássia do jardim de Cristo. Se não posso trazer-Lhe nada, exceto lágrimas, Ele as ajuntará com as suas próprias lágrimas, pois Ele chorou quando esteve na terra. Se não posso trazer-Lhe nada, exceto lamentações e suspiros, Ele aceitará isso como um sacrifício agradável, pois já teve seu coração ferido e suspirou profundamente em seu espírito. Quando estou nEle, sou aceito no Amado; e todas as minhas obras poluídas, embora em si mesmas sejam nada além de objetos de aversão divina, são recebidas, a fim de que Deus sinta aroma suave. Ele fica contente e eu sou abençoado. Observe, então, a posição do crente -um “sacerdote” que está “diante do Anjo do SENHOR”.

C.H. Spurgeon

sábado, 26 de novembro de 2016

QUE RAIO ACONTECE NA COZINHA #146 COMO FAZER O NOVO BOB'S PICANHA ARTESANAL

MÚSICA DO DIA.

26 de Novembro.

"Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças". 
Eclesiastes 9.10

Tudo quanto te vier à mão para fazer refere-se a obras que são possíveis. Existem diversas coisas que vêm ao nosso coração para fazermos e que nunca faremos. Tudo bem que elas estejam em nosso coração, mas se desejamos ser eminentemente úteis, não devemos nos contentar com o formular planos em nossa mente e o conversar sobre eles. Temos de fazer “tudo quanto nos vier à mão para fazer”. Uma boa realização vale mais do que milhares de teorias brilhantes. Não esperemos por grandes oportunidades ou tipos diferentes de trabalho; antes, façamos apenas as coisas que nos vêm à mão, dia após dia. Não temos outro tempo para vivermos. O passado já se foi; o futuro ainda não chegou. Temos apenas o presente para vivermos. Portanto, não espere até que sua experiência atinja a maturidade, antes que você tente servir a Deus. Empenhe-se agora mesmo para produzir frutos. Sirva a Deus agora, mas seja cuidadoso quanto à maneira de fazer o que vem às suas mãos – “faze-o conforme as tuas forças”. Faça-o com prontidão. Não desperdice sua vida pensando no que você tenciona fazer amanhã, como se isso pudesse compensar a inatividade de hoje. Nenhum homem jamais serviu a Deus mediante o que será feito amanhã. Honramos a Cristo por aquilo que fazemos hoje. Coloque toda sua alma em tudo que fizer para Cristo. Não dê a Ele um simples trabalho ordinário, feito como uma coisa que pode esperar. Quando servir a Deus, faça-o de todo coração, alma e força. Onde está o poder de um crente? Não está nele mesmo, pois ele é fraqueza completa. O poder do crente está no Senhor dos Exércitos. Procuremos, então, a ajuda do Senhor. Prossigamos com oração e fé. Quando tivermos feito o que nos veio à mão, esperemos pela bênção do Senhor. O que fizermos, então, será bem feito e não falhará em seu propósito.

C.H. Spurgeon

sexta-feira, 25 de novembro de 2016

25 de Novembro.

"Para proclamar libertação aos cativos". 
Lucas 4.18

Ninguém, exceto o Senhor Jesus, pode outorgar libertação aos cativos. A verdadeira liberdade vem tão-somente dele. É uma liberdade outorgada com justiça, porque o Filho, o herdeiro de todas as coisas, tem o direito de tornar os homens livres. Os santos honram a justiça de Deus, a qual lhes garante, agora, a salvação. É uma liberdade que foi comprada por um preço elevado. Cristo a manifesta pelo seu poder, mas a comprou pelo seu sangue. Você fica livre porque Ele suportou o seu fardo em seu lugar. Você é colocado em liberdade, porque o Senhor Jesus sofreu espontaneamente em seu lugar. Entretanto, apesar de comprada a preço elevado, Ele gratuitamente dá a salvação. O Senhor Jesus nos encontra vestidos de pano de saco e assentados na cinza e nos ordena a vestirmos as lindas roupas da liberdade. Quando Jesus liberta, a liberdade é dada perpetuamente. Que o Mestre me diga: “Cativo, eu o libertei”, e assim será para sempre. Satanás pode fazer planos para nos escravizar, mas, se o Senhor está ao nosso lado, a quem temeremos? O mundo com suas tentações pode procurar nos enredar; contudo, maior é Aquele que é por nós do que aqueles que são contra nós. “Se Deus é por nós, quem será contra nós?” (Romanos 8.31). Nossos próprios corações enganosos podem perturbar-nos e aborrecemos. Mas Aquele que começou a boa obra em nós há de completá-la e aperfeiçoá-la até ao final (ver Filipenses 1.6). Os adversários de Deus e os inimigos do homem podem juntar suas hostes e se aproximar contra nós com fúria intensificada, mas se Deus absolve, quem nos condenará? (ver Romanos 8.34). A águia que ascende até seu ninho de pedra, e posteriormente, voa além das nuvens não é mais livre que a alma que Cristo libertou. Se não estamos mais debaixo da Lei, e sim livres da sua maldição, a nossa liberdade deve ser revelada, de modo prático, em servirmos a Deus com gratidão e regozijo. “SENHOR, deveras sou teu servo, teu servo, filho da tua serva; quebraste as minhas cadeias” (Salmos 116.16). Senhor, que desejas que eu faça?

C.H. Spurgeon

quinta-feira, 24 de novembro de 2016

24 de Novembro.

"Mas o Senhor ali nos será grandioso, fará as vezes de rios correntes largas..."
Isaías 33: 21. 

Rios e correntes largas produzem fertilidade e abundância na terra. Lugares próximos a rios largos são notáveis pela variedade de suas plantas e por suas colheitas abundantes. Deus é tudo isto para a Sua Igreja. Por ter Deus ela tem abundância. O que ela poderia pedir que Ele não lhe concederia? Que necessidade ela poderia mencionar que Ele não supriria? "O Senhor dos Exércitos dará neste monte a todos os povos um banquete de coisas gordurosas". 
Você quero pão da vida? Ele cai como maná do céu. Você quer mananciais refrescantes? A rocha acompanha você, e essa Rocha é Cristo. Se você tem qualquer necessidade a culpa é sua. Se você está em dificuldade, não é por causa Dele, mas tem a ver com sua própria índole. Rios e correntes largas também apontam para reciprocidade. Nosso glorio Senhor é para nós um lugar de relacionamento e troca celestial. Por meio de nosso Redentor temos acesso ao passado, à riqueza do Calvário, aos tesouros da aliança, às riquezas dos dias de outrora da eleição, às provisões da eternidade; tudo vem até nós descendo a larga corrente do nosso gracioso Senhor. temos também acesso ao futuro. Quantos navios carregados até a margem do rio, vêm até nós do milênio! Que visões temos dos dias do céu sobre a terra! Por meio do nosso glorioso Senhor nos relacionamos com anjos: comunhão com os santos luzentes lavados no sangue, que cantam diante do trono; e melhor ainda, temos comunhão com Aquele que é infinito. Rios e correntes largas são especialmente planejados para anunciar a ideia de segurança. Rios, já, há  muito tempo, funcionavam como defesa. Ó! Amado, que defesa Deus deu à Sua Igreja! O demônio não pode cruzar este largo rio de Deus. Como ele deseja poder mudar a corrente; contudo, não tema, pois Deus permanece imutavelmente o mesmo! Satanás pode nos atormentar, mas não nos destruir; nenhum barco a remo invadirá nosso rio, nem navios nobres passarão nas adjacências. 

C.H. Spurgeon

quarta-feira, 23 de novembro de 2016

23 de Novembro.

"Comunhão com Ele". 
1º João 1.6

Quando, pela fé, nos unimos a Cristo, fomos colocados em uma comunhão tão completa, que nos tornamos um com Ele. Os interesses dele e os nossos se tornam mútuos e idênticos. Temos comunhão com Cristo em seu amor. Amamos o que Ele ama. Cristo ama os santos, nós também os amamos. Jesus ama os pecadores, nós igualmente os amamos. Ele ama a pobre raça humana, que perece; e almeja ver os desertos da terra transformados no jardim do Senhor; e nós também. Temos comunhão com Jesus em seus desejos. Ele deseja a glória de Deus; também nos esforçamos por esse mesmo alvo. Jesus deseja que os santos estejam com Ele, onde Ele está; nós também desejamos estar lá, com Jesus. Jesus deseja banir o pecado – e nós batalhamos sob a bandeira dele. Jesus deseja que o nome de seu Pai seja amado e adorado por todas as criaturas; nós oramos todos os dias: “Venha o teu reino; faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu” (Mateus 6.10). Temos comunhão com Cristo em seus sofrimentos. Não estamos pregados na cruz de nosso Senhor, para morrermos de forma cruel. Mas, quando Jesus é difamado, também o somos. É bastante doce ser repreendido por amor a Ele, ser menosprezado por seguir o Mestre, ter o mundo contra nós. “O discípulo não está acima do seu mestre, nem o servo, acima do seu senhor” (Mateus 10.24). Quanto a nós, temos comunhão com Ele em seus labores, ministrando aos homens através da Palavra da Verdade e ações de amor. Assim como Jesus, nossa comida e bebida é fazer a vontade dAquele que nos enviou e completar sua obra (ver João 4.34). Também temos comunhão com Ele em suas alegrias. Somos felizes na felicidade dele e nos regozijamos em sua exaltação. Crente, você já provou essa alegria? Não existe deleite mais puro nem mais inspirador que podemos conhecer, deste lado do céu, do que ter a alegria de Cristo enchendo o nosso coração. Sua glória nos aguarda para completar nossa comunhão, pois sua igreja se assentará com Ele em seu trono como sua amada noiva e rainha.

C.H. Spurgeon

CURSO X, BIOLOGIA.

terça-feira, 22 de novembro de 2016

22 de Novembro.

"Israel serviu por uma mulher e por ela guardou o gado". 

Oséias 12.12

Jacó, enquanto contendia com Labão, descreveu o seu trabalho árduo: “Vinte anos eu estive contigo, as tuas ovelhas e as tuas cabras nunca perderam as crias, e não comi os carneiros de teu rebanho. Nem te apresentei o que era despedaçado pelas feras; sofri o dano; da minha mão o requerias, tanto o furtado de dia como de noite. De maneira que eu andava, de dia consumido pelo calor, de noite, pela geada; e o meu sono me fugia dos olhos” (Gênesis 31.38-40). A vida de nosso Senhor, neste mundo, foi muito mais repleta de labor do que a de Jacó. Ele cuidou de todas as suas ovelhas, até que, finalmente, disse como sua prestação de contas: “Não perdi nenhum dos que me deste” (João 18.9). Os cabelos de Jesus foram molhados pelo orvalho, e o sono fugiu dele. O Senhor Jesus esteve em oração toda a noite, lutando por seu povo. Numa noite, teve de rogar por Pedro; noutra, alguém mais clamava por sua aflitiva intercessão. Nenhum pastor que já se assentou sob o céu frio, poderia ter pronunciado lamentos semelhantes ao que Jesus teria proferido, se tivesse decidido lamentar-se, por causa da severidade de sua obra para obter a sua esposa. É proveitoso meditar demoradamente sobre o paralelismo espiritual existente na atitude de Labão exigir das mãos de Jacó todas as ovelhas. Se alguma ovelha era despedaçada pelas feras, Jacó tinha de compensá-la a Labão. Se alguma das ovelhas morria, Jacó tinha de ser um fiador para todo o rebanho. Não foi a obra do Senhor Jesus em favor de sua igreja o labor de Alguém sob as obrigações de um Fiador, para trazer todos os crentes, em segurança, às mãos dAquele que os colocara sob o seu encargo? Olhe para o laborioso Jacó e verá uma representação dAquele a respeito de quem podemos ler: “Como pastor, apascentará o seu rebanho” (Isaías 40.11).

C.H. Spurgeon

segunda-feira, 21 de novembro de 2016

21 de Novembro.

"E não entristeçais o Espírito de Deus".
Efésios 4.30.

Tudo o que o crente tem procede de Cristo, mas apenas por meio do Espírito da Graça. Portanto, nenhuma coisa boa, pensamento santo, adoração devota, ou ações graciosas podem fluir de você sem a obra santificadora deste mesmo Espírito. Até a boa semente plantada em seu coração permanece dormente, enquanto o Espírito Santo não opera em você “tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa vontade” (Filipenses 2.13). Você deseja falar de Cristo? Como o fará, se o Espírito Santo não tocar em seus lábios? Deseja orar? Oh! esta será uma atividade monótona, se o Espírito Santo não vier e não interceder por você (Ver Romanos 8.26)! Quer vencer o pecado? Deseja ser santo e imitar o seu Senhor? Quer atingir níveis mais elevados de espiritualidade? Anela se tornar, como os anjos de Deus, cheio de ardor e zelo por seu Senhor? Nada disso pode ser feito sem o Espírito Santo -“Sem mim nada podeis fazer” (João 15.5). Ramo da videira, você não pode dar frutos sem a seiva. Filho de Deus, você não tem vida em sua alma sem a vida que Deus outorga por intermédio do Espírito Santo. Portanto, não entristeçamos o Espírito de Deus, nem O provoquemos à ira por meio de nossos pecados. Não abafemos o Espírito Santo em nenhum de seus mais leves movimentos em nosso íntimo. Estejamos prontos a obedecer a todos os impulsos do Espírito Santo. Se o Espírito Santo é, realmente, tão poderoso, não tentemos fazer nada sem Ele. Não iniciemos nem prossigamos em projeto algum e não concluamos qualquer transação sem implorar sua bênção. Prestemo-Lhe a homenagem devida de sentir nossa completa fraqueza quando sem Ele e, então, dependendo dele apenas, façamos desta a nossa oração: 11 Abreme o coração e todo o meu ser para a tua vinda à minha alma; sustenta-me com o teu Espírito de graça, quando receber o teu Espírito em meu íntimo”.

C.H. Spurgeon.

domingo, 20 de novembro de 2016

20 de Novembro.

"Cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo".
Efésios 4.15


Muitos crentes permanecem raquíticos e atrofiados nas coisas espirituais de forma que mostram a mesma aparência ano após ano. Não são manifestados neles, sentimentos avançados e refinados. Eles existem mas não crescem em tudo naquele que é a cabeça, Cristo. Todavia, devemos ficar contentes por estarmos na folha verde, quando podemos avançar à espiga e, eventualmente, ao grão maduro na espiga? Devemos nos satisfazer em crer em Cristo e dizer: “Estou seguro”, sem desejarmos conhecer em nossa experiência mais da plenitude que podemos encontrar nEle? Isto não deve acontecer. Como bons comerciantes no mercado celestial, devemos anelar ser enriquecidos no conhecimento de Jesus. É muito bom conservarmos a vinha de outras pessoas, mas não podemos negligenciar nosso próprio crescimento e maturidade espiritual. Por que sempre tem de ser inverno em nosso coração? É verdade que precisamos ter o nosso tempo de semeadura, mas, oh! que tenhamos igualmente primavera e verão, que nos prometerão uma colheita antecipada! Se desejamos amadurecer na graça, temos de viver bem perto de Jesus -em sua presença -amadurecidos pela luz de seus sorrisos. Precisamos manter doce comunhão com Ele. Temos de nos aproximar de Jesus, como o fez o apóstolo João, e reclinarmos a cabeça no seio dele. Então, nos veremos avançando em santidade, amor, fé e esperança – sim, em todos os dons preciosos. Assim como o sol nasce primeiramente no topo das montanhas, envolvendo-os com a luz, e apresenta uma das visões mais encantadoras aos viajantes; assim é uma das mais deleitáveis contemplações observar o esplendor da luz do Espírito Santo na cabeça de um crente que tem crescido em estatura espiritual. Em semelhança aos imensos Alpes cobertos de neve, ele reflete os feixes de luz do Sol da Justiça, primeiramente entre os escolhidos. Depois, ele dissemina o resplendor da brilhante glória de Cristo para que todos a vejam, e vendo-a, tragam glória ao Pai que está nos céus.

C.H. Spurgeon.

sábado, 19 de novembro de 2016

19 de Novembro.

"Evita discussões insensatas". 
Tito 3.9

Nossos dias são poucos, e os gastamos de modo melhor fazendo o bem e não contendendo sobre assuntos de menor importância. No passado, os homens fizeram um mundo de prejuízo por causa de contendas insignificantes e incessantes a respeito de questões sem importância prática. Nossas igrejas sofrem também com guerras mesquinhas sobre pontos obscuros e casos triviais. A discussão não promove o conhecimento mais do que o amor. É tolice semear num campo tão infértil. Questões a respeito de assuntos sobre os quais as Escrituras silenciam, sobre mistérios que pertencem exclusivamente a Deus, sobre profecias de interpretações duvidosas e sobre formas simples de se observar cerimônias humanas – tais questões constituem tolice; e homens sábios evitam-nas. Nosso dever não é suscitar tais questões, nem respondê-las, e sim rejeitá-las completamente. Se observamos o preceito do apóstolo para sermos “solícitos na prática de boas obras” (Tito 3.8), estaremos ocupados demais com serviços proveitosos para termos interesse em esforços vergonhosos, desnecessários e contenciosos. Contudo, há questões que são contrárias a casos tolos, as quais não podemos evitar. Ternos de responder com exatidão e sinceridade perguntas como estas: Eu creio realmente no Senhor Jesus Cristo? Estou renovado no espírito de meu entendimento? Estou andando segundo o Espírito e não segundo a carne? Estou crescendo na graça? O meu falar adorna a doutrina de Deus, meu Salvador? Estou aguardando a vinda do Senhor e vigiando como um servo que espera por seu Senhor? O que mais posso fazer por Jesus? Perguntas como estas exigem urgentemente a nossa atenção. Se costumamos discutir por coisas pequenas, coloquemos nossas habilidades críticas num trabalho muito mais proveitoso. Sejamos pacificadores, esforçando-nos para levar os outros, tanto pelo ensino como pelo exemplo, a evitarem “discussões insensatas”. 

C.H. Spurgeon

sexta-feira, 18 de novembro de 2016

18 de Novembro.

Jardim fechado…fonte selada. 
Cântico dos Cânticos 4.12

Nesta metáfora, que tem referência à vida interior do crente, a ideia de segredo é bastante clara. É uma fonte selada. No Oriente Médio, havia fontes sobre as quais se construíam um edifício, de modo que ninguém teria acesso àquelas fontes, exceto os que conheciam a entrada secreta. Assim é o coração de um crente, quando é regenerado pela graça de Deus. Existe uma vida misteriosa no íntimo do crente, um vida que nenhuma habilidade humana pode tocar. É um segredo que outro homem não conhece; não, a própria pessoa que o possui não pode contar ao seu vizinho sobre ele. Este texto inclui não somente a ideia de segredo, mas também a de separação. Essa não é uma fonte comum da qual todos os transeuntes podem beber. É uma fonte guardada e preservada. Ela traz uma marca particular (um selo real), de modo que todos percebam não se tratar de uma fonte comum, e sim pertencente a um proprietário e colocada especialmente separada. Assim é a vida espiritual. Os eleitos de Deus foram por Ele separados no decreto eterno, no dia da redenção, a fim de possuírem uma vida que as demais pessoas não possuem. É impossível para o redimido se sentir à vontade no mundo ou se deleitar nos seus prazeres. No texto existe também a ideia de consagração. O manancial recluso é preservado para o uso de alguma pessoa especial. O coração do crente é um manancial fechado para o uso do Senhor Jesus. Todo crente deve sentir que tem o selo de Deus. Deve ser capaz de afirmar, como Paulo: “Quanto ao mais, ninguém me moleste; porque eu trago no corpo as marcas de Jesus” (Gálatas 6.17). Outra ideia proeminente é a de segurança. Oh, quão segura é a vida interior do crente! Se todos os poderes da terra e do inferno pudessem se unir contra ele, este princípio imortal ainda existiria, pois Aquele que o deu, empenhou sua vida pela preservação deste princípio. E quem lhe fará mal quando Deus é o seu protetor?

C.H. Spurgeon

quinta-feira, 17 de novembro de 2016

17 de Novembro.

"A Ele, pois, a glória eternamente. Amém!" 
Romanos 11.36

A ele, pois, a glória eternamente.” Este deveria ser o único desejo do crente. Todos os outros desejos têm de ser subservientes a este. O crente pode desejar prosperidade em seus negócios, mas somente ao ponto em que tal prosperidade o ajude a promover a glória de Deus -“A ele, pois, a glória eternamente”. O crente pode ter o desejo de obter mais dons e mais virtudes, porém isso deve acontecer tão-somente para a glória de Deus. Você não está agindo como deveria, se é impulsionado por qualquer outro motivo que não a consideração exclusiva da glória de Deus. Como crente, você é de Deus, e existe por causa de Deus; então, viva para Deus. Nunca permita que outra coisa faça seu coração bater tão forte como o faz seu amor por Ele. Como um crente, permita que esta ambição incendeie a sua alma. Que este seja o alicerce de cada empreendimento no qual você ingressa, e seu encorajamento quando seu zelo começar a esfriar. Faça de Deus seu único objetivo. Dependa desta ambição. Onde o ego começa a manifestar-se, ali a tristeza o acompanha. Mas, se Deus for meu supremo deleite e único propósito, Para mim tanto faz se o amor ordena Minha vida ou minha morte, bem-estar ou dor. Permita que seu desejo pela glória de Deus seja crescente. Você bendisse o Senhor em sua juventude, mas não se contente apenas com os louvores que Lhe deu naquela época. Deus o fez prosperar em seus negócios? Dê-Lhe mais, porque Ele tem dado mais. Deus lhe deu experiência, louve-O por meio de uma fé mais firme do que aquela demonstrada no princípio. Seu conhecimento está aumentando? Então, cante com mais doçura. Você está desfrutando de tempos mais felizes do que tinha antes? Tem sido restaurado de uma doença, e a sua tristeza foi transformada em alegria e paz? Em sua vida, dê-Lhe honra de forma prática, colocando o “amém” neste cântico de louvor ao seu grande e misericordioso Senhor, por meio de adoração individual e de crescimento em santidade.

C.H. Spurgeon

quarta-feira, 16 de novembro de 2016

16 de Novembro.

"A minha porção é o SENHOR, diz a minha alma". 
Lamentações 3.24

O profeta não disse: “O Senhor é uma parte de minha porção” ou: “O Senhor está em minha porção”. Mas o Senhor mesmo é toda a herança de minha alma. Dentro deste círculo, encontra-se tudo o que possuímos ou desejamos. O Senhor é a minha porção, não a sua graça meramente, nem o seu amor, nem a sua aliança, mas o próprio Jeová. Ele nos escolheu como sua porção, e nós O escolhemos como a nossa porção. É verdade que primeiramente o Senhor tem de nos escolher, pois, do contrário, não O escolheríamos para nós mesmos; O Senhor é nossa porção toda-suficiente. Deus completa a Si mesmo, e se Ele é todo-suficiente em Si mesmo, deve ser todo suficiente para nós. Não é fácil satisfazer aos desejos dos homens. Quando eles sonham que estão satisfeitos, imediatamente acordam para a percepção de que há algo mais adiante e a ganância em seu coração grita: “Dá-me! Dá-me!” Mas tudo pelo que podemos anelar é sermos encontrados como parte do quinhão divino, de modo que perguntemos: “Quem mais tenho eu no céu? Não há outro em quem eu me compraza na terra” (Salmos 73.25). Podemos muito bem nos deleitar no Senhor, que nos faz beber do rio de seus prazeres. Nossa fé abre as suas asas e sobe como águia ao céu do amor divino como seu próprio lugar de habitação. “Caem-me as divisas em lugares amenos, é mui linda a minha herança” (Salmos 16.6). Alegremo-nos sempre no Senhor. Mostremos ao mundo que somos um povo feliz e abençoado, induzindo-os a exclamar: “Iremos convosco, porque temos ouvido que Deus está convosco” (Zacarias 8.23).

C.H. Spurgeon

terça-feira, 15 de novembro de 2016

15 de Novembro.

"A porção do SENHOR é o seu povo".
Deuteronômio 32.9

Como é que eles são a porção do Senhor? Por meio da soberana escolha dele. O Senhor os escolheu e colocou seu amor sobre eles. O Senhor fez isso completamente, à parte de qualquer bondade que previu neles. O Senhor teve misericórdia de quem Ele mesmo quis ter misericórdia e ordenou para a vida eterna um grupo de pessoas eleitas. Portanto, eles são a porção do Senhor por meio de sua eleição espontânea. Eles são do Senhor também por aquisição. O Senhor os comprou e pagou por eles até o último centavo. Não pode haver qualquer contestação a respeito do direito do Senhor. A porção do Senhor foi completamente redimida, não por meio de coisas corruptíveis, como ouro ou prata, e sim por meio do precioso sangue de Cristo (ver 1Pedro 1.18,19). Não existem demandas judiciais que podem ser apresentadas por reivindicadores que se opõem. O preço foi pago diante de toda a corte, e a igreja pertence ao Senhor para sempre. Veja a marca de sangue em todos os eleitos. Ela está invisível aos olhos humanos, mas é conhecida por Cristo, pois o “Senhor conhece os que lhe pertencem” (2 Timóteo 2.19). Ele não esquece nenhum daqueles que redimiu dentre os homens. O Senhor conta as ovelhas em favor das quais deu a sua vida e lembra-se muito bem da igreja em favor da qual Ele se entregou. Eles são do Senhor também por conquista. Que luta o Senhor teve conosco, antes de sermos vencidos! Quanto tempo o Senhor teve de sitiar nosso coração! Quão frequentemente Ele nos enviou termos de rendição, mas havíamos trancado nossos portões e fortificado nossas muralhas contra Ele. Ele colocou sua cruz contra a parede e escalou nossas trincheiras, plantando em nossas fortalezas a bandeira vermelha de sua onipotente misericórdia! Sim, certamente nos tornamos cativos conquistados pelo amor onipotente. Portanto, havendo sido eleitos, comprados e subjugados, os direitos de nosso Senhor são inalienáveis. Regozijamonos com o fato de que nunca seremos de nós mesmos. Desejamos, dia após dia, fazer a vontade dele e revelar a sua glória.

C.H. Spurgeon

segunda-feira, 14 de novembro de 2016

14 de Novembro.

"Exterminarei…os que adoram ao SENHOR e juram por ele e também por Milcom". 
Sofonias 1.4,5

Tais pessoas se imaginavam seguras, porque adoravam ambos os deuses. Andavam entre os seguidores de Jeová e, ao mesmo tempo, se prostravam diante de Milcom. Todavia, a duplicidade é abominável para com Deus. Nos assuntos comuns da vida diária, um homem de duplicidade é desprezado, mas no cristianismo tal homem é uma abominação no grau máximo. O castigo proferido nestes versículos é terrível, mas bem merecido. Como a justiça deixaria de punir o pecador, que sabe o que é correto, aprova-o, professa segui-lo e, ao mesmo tempo, ama o mal e entrega-lhe o domínio de seu coração? ó,minha alma, perscruta o seu coração, neste dia, e verifica se é culpada de possuir duplicidade. Você professa ser um seguidor de Jesus, mas será que O ama verdadeiramente? Seu coração está em paz com Deus? É de pouco valor ter um bom nome, se estou realmente morto em delitos e pecados. Estar com um pé na terra da verdade e outro no mar da falsidade envolverá uma queda terrível e ruína completa. Ou Cristo é tudo, ou Ele é nada. Deus enche todo o universo, por isso, não há lugar para outro deus. Se Ele reina em seu coração, não há lugar para outro poder dominante. Você confia somente em Jesus e vive exclusivamente para Ele? Este é o desejo do seu coração? Seu coração está dedicado a este propósito? Se isto é verdade, bendita seja a poderosa graça que o levou à salvação. Mas, se isto não é verdade, ó Senhor, perdoa esta horrível ofensa.

C.H. Spurgeon

domingo, 13 de novembro de 2016

13 de Novembro.

"Não pode o ramo produzir fruto de si mesmo". 
João 15.4

Como você começou a produzir fruto? Quando você veio a Jesus e se lançou sobre a grande expiação realizada por Ele, confiando em sua justiça consumada. Você lembra aqueles primeiros dias? Neles, a vide realmente floresceu, a flor apareceu, a romã germinou, e os canteiros de bálsamo espalharam seu cheiro. Você tem declinado desde aqueles dias? Se isto é verdade, exorto-o a recordar aquele tempo de amor. Arrependa-se e pratique as primeiras obras. Envolva-se naquelas atividades que o tomavam mais próximo de Cristo, porque é dele que procedem todos os seus frutos. Qualquer exercício santo que o traga a Cristo lhe ajudará a produzir fruto. Sem dúvida alguma, o sol é um grande cooperador na produção dos frutos nas árvores do pomar; e o Senhor Jesus é muito mais do que isso para as árvores do seu jardim da graça. Em que tempo você se mostrou mais infrutífero? Não foi quando viveu mais afastado do Senhor Jesus Cristo, quando você relaxou na oração, quando se afastou da simplicidade da fé? Não foi quando as bençãos ocuparam mais a sua atenção do que o seu Senhor, quando você disse: “Minha montanha permanecerá firme. Jamais serei abalado”? Você esqueceu em Quem está o seu vigor? Não foi nesta época que seu fruto cessou? Alguns de nós têm sido ensinados, diante do Senhor, por meio de terrível humilhação do coração, que nada somos sem Cristo. Quando vemos a absoluta esterilidade e a decadência de todo poder da criatura, clamamos em agonia: “Todos os meus frutos devem ser encontrados nEle, pois nenhum fruto pode vir de mim.” As experiências passadas nos ensinam que, quanto mais simplesmente dependermos da graça de Deus em Cristo e esperarmos no Espírito Santo, tanto mais frutos produziremos. Confie em Jesus para lhe dar vida, mas também para lhe tornar frutífero.

C.H. Spurgeon

sábado, 12 de novembro de 2016

MÚSICA DO DIA

QUE RAIO ACONTECE NA COZINHA #145 COMO FAZER CHOCOTONE TRUFADO DE LEITE NINHO COM NUTELLA

12 de Novembro.

O valor da vossa fé. 
1Pedro 1.7

A fé não-provada pode até ser verdadeira, mas certamente é uma fé pequena. Talvez ela se mantenha raquítica durante todo o tempo em que permanece sem provações. A fé prospera muito bem quando todas as coisas estão contra ela. As tempestades são os treinadores da fé, e os relâmpagos são os seus iluminadores. Quando o mar se encontra em bonança, estenda as velas como desejar, o barco não se moverá em direção ao porto. Entretanto, comecem a soprar os ventos sibilantes e a sacudir o barco, até que seu convés seja lavado pelas ondas e o seu mastro comece a balançar sob a pressão da vela cheia e crescente, logo o barco avançará em direção ao porto desejado. Nenhuma flor tem um azul tão encantador quanto aquelas que crescem aos pés das geleiras. Nenhuma estrela raia tão claramente quanto aquelas que brilham no céu polar. Nenhuma água tem sabor tão doce quanto aquela que brota entre a areia do deserto; e nenhuma fé é tão preciosa como aquela que sobrevive e triunfa na adversidade. Fé provada traz experiência. Você não poderia ter crido em sua própria fraqueza, se não houvesse sido constrangido a passar pelos rios. Nunca teria conhecido o poder de Deus, se não houvesse sido amparado em meio às enchentes de provação. A consistência, a segurança e a intensidade da fé aumentam quanto mais forem exercitadas por tribulações. A fé é preciosa; a sua provação é igualmente preciosa. Isto não deve desanimar aqueles que são novos na fé. Você terá bastante provação, sem procurá-la. A porção completa será medida para você no devido tempo. Enquanto isso, se você não pode requerer o resultado de longa experiência, agradeça a Deus pela graça que você tem. Louve a Deus pelo grau de santa confiança que você já atingiu. Ande de acordo com essa regra e você terá mais e mais da bênção de Deus, até que sua fé removerá montanhas e conquistará impossibilidades.

C.H. Spurgeon

sexta-feira, 11 de novembro de 2016

11 de Novembro.

"Por baixo de ti, estende os braços eternos". 
Deuteronômio 33.27

Deus, o Deus eterno, é o nosso amparo em todo o tempo, especialmente quando estamos mergulhados em profunda aflição. Há ocasiões em que o crente passa por intensa humilhação. Tendo um grande senso de sua pecaminosidade, o crente é prostrado diante de Deus, a ponto de quase não saber como orar. E, aos seus próprios olhos, ele parece tão indigno. Filho de Deus, lembre-se: ao passar por grande humilhação, os braços eternos do Senhor estão por baixo de você. O pecado pode levá-lo ao abatimento, mas a grande expiação realizada por Cristo ainda está por baixo de tudo. O crente às vezes afunda profundamente, em dolorosas provações externas. Se você não pode contar com nenhum amparo terreno, então, o que deve fazer? Por baixo de você ainda continuam os braços eternos. Você não pode cair em aflição e tristeza tão prof undas, que a aliança da graça de um Deus sempre fiel não esteja a circundá-lo. O crente pode estar se afundando em aflição proveniente do seu íntimo, por meio de conflito intenso; todavia, mesmo nesta condição, ele não pode chegar a um ponto tão profundo, que fique além do alcance dos braços eternos -eles estão por baixo do crente. Enquanto somos sustentados desta maneira, os esforços de Satanás para prejudicar-nos são inúteis. Esta segurança de amparo é um conforto para qualquer crente que está fatigado por trabalhar com dedicação no serviço do Senhor. Ela inclui a promessa de fortalecimento para cada dia, graça para cada necessidade e poder para cada obrigação. E, além disso, quando a morte chegar, esta promessa ainda se mantém firme. Quando estivermos no meio do Jordão, diremos como Davi: “Não temerei mal nenhum, porque tu estás comigo” (Salmos 23.4). Nós desceremos à cova, mas, não mais fundo que isso, pois os braços eternos previnem a queda maior. Por toda vida, e ao seu fim, seremos segurados pelos “braços eternos” -braços que não cansam nem perdem a força, pois o SENHOR, o Criador dos fins da terra, nem se cansa, nem se fatiga” (Isaías 40.28).

C.H. Spurgeon

quinta-feira, 10 de novembro de 2016

10 de Novembro.

"O Deus eterno é a tua habitação". 
Deuteronômio 33.27

A palavra “habitação” poderia ser traduzida “mansão” ou “lugar permanente”. Isto nos dá o pensamento de que Deus é nossa habitação, nosso lar. Existe doçura e plenitude nessa metáfora, visto que o lar é um lugar querido para nós, mesmo que se trate de uma casa simples. Muito mais querido é o nosso bendito Deus, em quem “vivemos, e nos movemos, e existimos” (Atos 17.28). É em casa que nos sentimos seguros. O mundo está do lado de fora, e habitamos tranqüilos no interior da casa. De modo semelhante, quando estamos com o nosso Deus, não sentimos qualquer temor (Salmos 23.4). Ele é o nosso abrigo, nosso lugar de descanso, nosso refúgio. Em casa, achamos descanso após a fadiga e o labor do dia. De modo semelhante, nosso coração acha descanso em Deus quando, fatigados pelos conflitos da vida, buscamos-Lhe e nossa alma permanece em tranqüilidade. Em casa, também, deixamos nosso coração livre; não tememos ser mal-interpretados. Quando estamos com Deus, podemos ter comunhão abertamente com Ele, revelando-Lhe todos os nossos desejos secretos. Se “a intimidade do SENHOR é para os que o temem” (Salmos 25.14), a intimidade daqueles que O temem deveria estar com o Senhor. A casa é também o lugar da mais verdadeira e pura felicidade. É em Deus que nosso coração encontra seu mais profundo deleite. NEle temos uma alegria que ultrapassa todas as alegrias. É em favor de nossa casa que trabalhamos e labutamos. Este pensamento nos dá forças para suportarmos os fardos do cotidiano, e apressa os dedos para desempenhar a tarefa; neste sentido, também podemos dizer que Deus é nossa casa. O amor por Ele nos fortalece. Pensamos em Deus na pessoa de seu querido Filho, e um simples vislumbre da face sofredora do Redentor nos constrange a trabalharmos por sua causa. Sentimos que temos de trabalhar, pois ainda ternos irmãos a serem salvos, e temos de alegrar o coração de nosso Deus por trazer de volta seus filhos desgarrados. Felizes são aqueles que têm o Deus de Jacó como seu refúgio!

C.H. Spurgeon

quarta-feira, 9 de novembro de 2016

09 de Novembro.

"Andai nele". 
Colossenses 2.6

Se recebemos o próprio Cristo em nosso coração, a nossa vida nova se manifestará em familiaridade íntima com Ele, por meio de um andar de fé nEle. Andar implica em ação. Nossa fé não pode ficar confinada ao momento de oração particular. Temos de manifestar em nossa vida diária aquilo que cremos. Se um homem anda em Cristo, ele se comporta como Cristo se comportaria. Desde que Cristo está nele como sua esperança, seu amor, sua alegria, sua vida, ele é o reflexo da imagem de Jesus. As pessoas dirão a respeito desse homem: “Ele é semelhante ao seu Senhor; ele vive como Jesus Cristo”. Andar significa progresso. “Assim andai nele.” Avance de graça em graça, prosseguindo até que alcance o mais elevado grau de conhecimento que alguém pode obter a respeito de seu Amado. Andar significa persistência. Tem de haver um contínuo permanecer em Cristo. Muitos crentes pensam que podem buscar a companhia de Jesus pela manhã, bem como à noite, e entregar seu coração às coisas do mundo no restante do dia. Esta é uma maneira pobre de viver. Devemos sempre estar com Jesus, andando em suas pisadas e fazendo a sua vontade. Andar também implica em hábito. Quando falamos sobre o andar e os relacionamentos de um homem, estamos falando sobre os hábitos e o caráter permanente dele. Se, às vezes, desfrutamos de Cristo e, depois, nos esquecemos dele; se, às vezes, o chamamos nosso e, depois, perdemos a segurança, isto não é hábito. Não andamos nEle. Temos de nos manter perto d Ele, apegarmo-nos a Ele e nunca O deixarmos. “Como recebestes Cristo Jesus, o Senhor, assim andai nele.” Persevere no caminho em que começou. No princípio, o Senhor Jesus era a confiança de sua fé, a fonte de sua vida, o princípio de sua ação e a alegria de seu espírito. Permita que Ele seja o mesmo até ao final de sua vida – o mesmo quando você cruzar o vale da sombra da morte e entrar na alegria e no descanso que permanece para o povo de Deus. Espírito Santo, capacita-nos a obedecer este preceito divino.

C.H. Spurgeon

terça-feira, 8 de novembro de 2016

08 de Novembro.

"Como recebestes Cristo Jesus, o Senhor". 
Colossenses 2.6

A vida de fé é representada como receber -um ato que implica exatamente o oposto de qualquer coisa que envolve mérito. É simplesmente a aceitação de um dom. Assim como a terra embebe a chuva, o mar recebe a água dos rios, e a noite aceita a luz das estrelas, assim também nós, sem oferecermos nada, participamos gratuitamente da graça de Deus. Por natureza, os crentes não são fontes ou torrentes. São apenas cisternas para as quais a água da vida flui. São utensílios vazios nos quais Deus derrama a sua salvação. O ato de receber implica um senso de realização, de tornar uma questão em realidade. Ninguém pode receber uma sombra. Recebemos aquilo que é substancial. Na vida de fé, Cristo se torna real para nós. Enquanto não temos a fé, Cristo é somente um nome para nós -uma pessoa que viveu há muito tempo, há tanto, que sua vida é apenas um fato histórico para nós hoje! Por meio de um ato de fé, Jesus se torna uma pessoa real na consciência de nossa alma. Mas receber também significa tomar posse. A coisa que recebo se torna minha, eu a tomo para mim. Quando recebo a Jesus, Ele se torna meu Salvador. Jesus se torna tão meu, que nem a vida nem a morte poderão roubá-Lo de mim. Tudo isto é receber Cristo -tomá-Lo como um presente de Deus, concebê-Lo em meu coração, e apropriar-me dele como meu. A salvação pode ser descrita como um cego recebendo visão, um surdo recebendo audição, um morto recebendo vida. Contudo, não temos apenas recebido estas bênçãos; temos recebido o próprio Senhor Jesus Cristo. É verdade que Ele nos deu vida dentre os mortos; Ele nos deu perdão dos pecados; Ele nos deu justiça imputada. Todas estas bênçãos são preciosas, mas não estamos contentes com elas; temos recebido o próprio Senhor Jesus! O Filho de Deus se derramou em nós, e O recebemos e O tomamos. Quão cheios, então, deveríamos ser, visto que o próprio céu não pode conter a Jesus!

C.H. Spurgeon.

segunda-feira, 7 de novembro de 2016

07 de Novembro.

"Eis que nas palmas das minhas mãos te gravei". 
Isaías 49.16

Sem dúvida, urna parte da maravilha que está concentrada na palavra “eis” é incrementada pela lamentação incrédula proferida anteriormente por Sião: “O SENHOR me desamparou, o Senhor se esqueceu de mim” (Isaías 49.14). Quão admirada a mente divina parece estar com esta incredulidade ímpia! O que pode ser mais espantoso do que os temores e dúvidas infundados do povo de Deus? A amável palavra de repreensão da parte de Deus deveria nos fazer corar de vergonha. Ele disse: “Como posso esquecer vocês, se os gravei nas palmas de minhas mãos? Como ousam duvidar de minha constante lembrança, quando o memorial está colocado em minha própria pele?” A incredulidade é um estranho prodígio! Não sabemos de que nos admirarmos mais: A fidelidade de Deus ou a incredulidade de seu povo. Deus cumpre a sua promessa milhares de vezes, mas a próxima provação nos faz duvidar dele. Ele nunca falha. Ele não é uma fonte sem água. Ele nunca é como um sol a se pôr, urna estrela cadente, ou um vapor que se dissolve. Apesar disso, somos constantemente importunados por ansiedades, afligidos por suspeitas e perturbados por temores, como se Deus fosse urna miragem no deserto. “Eis” é uma palavra que tem o objetivo de estimular nossa admiração. Aqui, certamente, temos um assunto com o qual podemos nos admirar. O céu e a terra podem admirar-se de que rebeldes obtenham tão grande proximidade do coração de tão infinito amor, que os inscreveu nas palmas de suas mãos. Eu “te gravei”, e não “gravei o teu nome”. O nome está incluído, mas isso não é tudo – “te gravei”. Assimile a plenitude desta afirmação! Eu gravei a sua pessoa , sua imagem, sua causa, suas circunstâncias, seus pecados, suas tentações, fraquezas, necessidades e obras. Tudo o que diz respeito a você, eu o gravei em minhas mãos. Eu o coloquei inteiramente aqui. Você dirá novamente que o seu Deus o abandonou, visto que Ele o tem gravado nas palmas de suas mãos?

C.H. Spurgeon

domingo, 6 de novembro de 2016

06 de Novembro.

"Derramarei água sobre o sedento". 
Isaías 44.3

Quando o crente entra em um pobre e infeliz estado em suas emoções, tenta frequentemente sair dele por meio do castigo de si mesmo, com temores obscuros e dolorosos. Esta não é a maneira de um crente levantar-se do pó, e sim de continuar nele. No princípio da vida cristã, não foi a lei e sim o evangelho que salvou a alma sedenta; portanto, não é a servidão à lei e sim a liberdade do evangelho que pode reanimar o crente abatido. Não é o temor que traz o crente prostrado de volta a Deus, e sim os cortejos do amor que o cativam a chegar bem perto de Jesus. Você está sedento pelo Deus vivo? Está insatisfeito por não poder encontrá-Lo para que seja o deleite de sua alma? Você perdeu a alegria de sua fé? Esta é a sua oração: “Restitui-me a alegria da tua salvação” (Salmos 51.12)? Você também está consciente de que é estéril como a terra seca e de que não está produzindo fruto para Deus (ver Romanos 7.4), o fruto que Ele espera de você? Também está consciente de que não é tão útil na igreja ou no mundo como o seu coração deseja ser? Então, esta promessa é a promessa que você precisa: “Derramarei água sobre o sedento”. Você receberá a graça de que tanto necessita. E você a receberá na medida completa de sua necessidade. A água refresca o sedento: você será refrescado, e seus desejos serão satisfeitos. A água renova a vida dormente de uma planta. Sua vida será renovada e refrescada por uma nova medida de graça. A água faz com que os botões cresçam e os frutos amadureçam. Você será tornado frutífero nos caminhos de Deus. Existem boas qualidades na graça de Deus, e você desfrutará dessa graça em plenitude. Todas as riquezas da graça divina serão suas, em abundância. Em semelhança à planta referida acima, você será inundado pela graça. Como, às vezes, as campinas ficam alagadas pelos pelos rios transbordantes e os campos viram piscinas, assim será você; a terra sedenta será transformada em fontes de água.

C.H. Spurgeon

sábado, 5 de novembro de 2016

MÚSICA DO DIA.

QUE RAIO ACONTECE NA COZINHA #144 Coney Island Hot Dog

05 de Novembro.

"Toda arma forjada contra ti não prosperará". 
Isaías 54.17

Este é um dia notável na história da Inglaterra por causa dos três grandes livramentos que Deus realizou. O primeiro, ocorrido em 1588, foi a completa destruição da armada espanhola pelo sopro do Altíssimo. Em 1605, neste dia, foi descoberto o plano para destruir a Casa do Parlamento. Hoje é também o aniversário da chegada do rei William III a Torbay, em 1688, por meio do que uma monarquia protestante e a liberdade religiosa foi assegurada. Este dia tem de ser celebrado não segundo as descontroladas celebrações da juventude, mas com muitos hinos pelos crentes ingleses. Os pais puritanos fizeram deste dia uma ocasião especial de ações de graça. Há recordações dos sermões anuais pregados por Matthew Henry sobre este dia. Nosso amor e sentimento por liberdade religiosa deveria nos fazer considerar este dia com santa gratidão. Nosso coração e lábios devem exclamar: “Ouvimos, ó Deus, com os próprios ouvidos, e nossos pais nos têm contado as maravilhosas coisas que fizeste nos dias deles e na antiguidade”. Tu fizeste desta nação um lar para o evangelho. Quando o inimigo se levantou contra ela, Tu a protegeste. Ajuda-nos a oferecer canções repetidamente para livramentos repetidos. Dá-nos mais e mais ódio ao mal e apressa o dia de sua completa extinção. Até então, permaneceremos em tua promessa: “Toda arma forjada contra ti não prosperará”. Neste dia, não deveria ser colocado no coração de cada amante do Evangelho de Jesus o apelo à destruição das falsas doutrinas e à extensão da verdade divina? Não seria bom sondar nosso próprio coração e erradicar qualquer traço de justiça própria que possa ocultar-se lá dentro?

C.H. Spurgeon

sexta-feira, 4 de novembro de 2016

04 de Novembro.

"O poder se aperfeiçoa na fraqueza". 
2 Coríntios 12.9

Uma qualificação primária para servirmos a Deus com alguma medida de sucesso, e para fazer o trabalho de Deus bem e triunfantemente, é um senso de nossa própria fraqueza. Quando o soldado de Cristo avança para a batalha com orgulho, pensando: “Sei que vencerei; meu braço direito e minha espada vencedora trarão a vitória”, a derrota não está muito distante. Deus não irá com esse homem, que marcha em sua própria força. Aquele que conta com a vitória desta maneira está vendo as coisas de modo errado, pois: “Não por força nem por poder, mas pelo meu Espírito, diz o SENHOR dos Exércitos” (Zacarias 4.6). Aqueles que vão à guerra se orgulhando de sua bravura, retornarão com as bandeiras arrastadas no chão e a sua armadura manchada com desgraça. Aqueles que servem a Deus têm de servi-Lo na maneira e no poder dele, pois, se não o fizerem deste modo, Deus nunca aceitará o serviço deles. O que o homem faz sem o auxílio da força divina, Deus nunca pode reconhecer. Deus lança fora os meros frutos da terra. Ele colherá apenas a semente plantada do céu, regada pela graça e amadurecida pelo sol do amor divino. Deus esvaziará tudo o que você tem antes de implantar as coisas dele mesmo. Ele primeiro esvaziará seus celeiros antes de enchê-los com o melhor trigo. O rio de Deus está cheio de água, mas nenhuma gota desse rio jorra de fontes terrenas. Deus não terá nenhuma força usada em suas batalhas, exceto a força que Ele mesmo infunde. Você está lamentando a sua própria fraqueza? Tenha coragem, pois é necessário haver conscientização de sua fraqueza, antes que o Senhor lhe dê a vitória. A escassez de vigor é apenas uma preparação para que seja cheio; o seu abatimento é tão-somente um preparo para a sua exaltação. Quando sou fraco, então sou forte, A graça é meu escudo e Cristo minha canção.

C.H. Spurgeon

quinta-feira, 3 de novembro de 2016

03 de Novembro.

"Ele está orando". 
Atos 9.11

As orações são instantaneamente observadas no céu. No momento em que Saulo começou a orar, o Senhor o ouviu. Isto traz descanso à alma atribulada que ora. Freqüentemente, uma pessoa aflita e triste dobra os joelhos, mas pode expressar o seu lamento apenas na linguagem de suspiros e lágrimas. Contudo, esse gemido tem feito todas as harpas do céu vibrarem em músicas. Essas lágrimas são apanhadas por Deus e entesouradas no céu. “Recolheste as minhas lágrimas no teu odre” (Salmos 56.8) implica que são apanhadas enquanto fluem. O suplicante cujos temores obstruem as palavras será entendido pelo Altíssimo. O suplicante pode tão-somente erguer os olhos embaçados, mas oração é o cair de uma lágrima. As lágrimas são diamantes do céu, e os suspiros, parte da música da corte de Jeová. Elas são contadas juntamente com as mais sublimes melodias que chegam à Majestade, no céu. Não pense que a sua oração, embora seja fraca ou inconstante, será desconsiderada. A escada de Jacó é alta, mas a nossa oração subirá as suas voltas cintilantes e repousará sobre o Anjo da aliança. Nosso Deus não somente ouve a oração, mas tem prazer em ouvi-la. Ele “não se esquece do clamor dos aflitos” (Salmos 9.12). É verdade que Deus não atenta a olhos altivos e palavras imponentes; não leva em conta a pompa e o esplendor de reis. Deus não ouve o volume da música marcial. Ele não atenta ao triunfo e arrogância dos homens. Mas, onde houver um coração repleto de tristeza, lábios tremendo com agonia, um profundo gemido ou suspiros de arrependimento, ali o coração de Jeová estará. Ele registra isso no livro de recordações. Ele coloca as nossas orações, como folhas de rosas, entre as páginas de seu livro de lembranças, e, quando o livro for aberto, no final, exalará uma preciosa fragrância. A fé não pede sinal dos céus, Para mostrar que a oração foi ouvida, Nosso Sacerdote está em seu lugar santo, E do trono da graça, ela é respondida.

C.H. Spurgeon

quarta-feira, 2 de novembro de 2016

02 de Novembro.

"Eu, o SENHOR, não mudo". Malaquias 3.6

E bom para nós que, em meio a toda a instabilidade da vida, existe Alguém que não pode ser afetado pelas mudanças. Alguém cujo coração nunca se altera e em cuja de face não há rugas. Todas as outras coisas têm mudado. O próprio sol, no passar dos séculos, tem diminuído o seu esplendor. O mundo está envelhecendo. O enrolamento dos vestidos desgastados já começou. A terra e os céus terão de passar em breve. Eles perecerão e ficarão velhos, como uma roupa, mas existe Alguém que possui a imortalidade, cujos anos não têm fim, e em cuja pessoa não existe qualquer mudança. O marinheiro sente deleite quando, depois de haver estado no mar durante muitos dias, caminha novamente sobre a terra firme. Isto é semelhante à satisfação de um crente que, em meio a todas as mudanças desta vida turbulenta, deposita a sua confiança nesta verdade: “Eu, o SENHOR, não mudo”. A estabilidade que tem o barco quando este, em fim, chega ao porto é como aquela que a esperança do crente proporciona-lhe quando ela fixa-se nesta verdade gloriosa. Em Deus, “não pode existir variação ou sombra de mudança” (Tiago 1.17). Os atributos de Deus no passado são os mesmos hoje. Seu poder, sabedoria, justiça e verdade são todos imutáveis. Ele sempre tem sido o refúgio e fortaleza de seu povo no dia da tribulação (ver Naum 1.7). Deus ainda é o auxílio seguro dos seus servos. Ele é imutável em seu amor. Deus tem amado o seu povo “com amor eterno” (Jeremias 31.3). Ele o ama agora com tanto amor como sempre o amou. Quando todas as coisas terrenas forem liquidadas, no último conflito, o amor dele ainda vestirá “o orvalho da tua mocidade” (Salmos 110.3 ARC). Preciosa é a certeza de que Deus não muda! A roda da providência gira, mas seu eixo é amor eterno. Morte e mudança estão sempre ocupadas, O homem enfraquece, e a idade avança; M as a misericórdia de Deus está presente; E sua sabedoria, e seu amor sempre nos alcança!

C.H. Spurgeon.

terça-feira, 1 de novembro de 2016

01 de Novembro.

"A igreja que está em tua casa". 
Filemom 2

Existe uma igreja em sua casa? Os pais, filhos, amigos, empregados são todos membros dessa igreja? Ou alguns ainda permanecem não-convertidos? Como um pai se alegraria intensamente e os olhos de uma mãe se encheriam de lágrimas santas, se todas as pessoas de sua casa fossem salvas, desde o mais novo ao mais velho. Oremos por esta grande misericórdia, até que Senhor a conceda para nós. Talvez o maior de todos os desejos de Filemom era que toda a sua família fosse salva. Todavia, esse desejo não lhe foi dado completamente, a princípio. Filemom tinha um servo ímpio, Onésimo, que, cometendo um delito contra seu senhor, fugiu de seu serviço. Mas as orações de Filemom acompanharam o servo; e, como Deus o quis, Onésimo foi levado a ouvir a pregação de Paulo. O coração dele foi transformado; ele retornou a Filemom, não somente para ser um servo fiel, mas também um irmão amado, sendo assim adicionado outro membro à igreja na casa de Filemom. Existe ainda algum membro da família não-convertido e distante do lar? Faça súplicas especiais em favor dele, a fim de que retorne ao lar, alegrando todos os corações com as boas novas a respeito do que a graça de Deus realizou! Há alguma pessoa não convertida, presente no lar, hoje? Oh! que ela seja alvo dessas súplicas! Se existe uma igreja em sua casa, coloque­-a em ordem. Realize as atividades comuns da vida com santidade, diligência, bondade e sinceridade. No entanto, uma igreja envolve mais do que apenas as atividades normais da família. Neste caso, o culto familiar tem de ser mais dedicado e sincero. O amor entre os membros da família tem de ser mais intenso e firme, e a conduta fora do lar tem de ser mais santificada e semelhante à de Cristo. Não precisamos temer que a pequenez de nosso número nos removerá da lista de igrejas, pois o Espírito Santo inscreveu, neste caso, a igreja formada por uma família no memorial inspirado. Como igreja, aproximemo-nos ao grande Cabeça da única igreja, e peçamos-Lhe graça para brilhar diante dos homens para a glória do nome dele.

C.H. Spurgeon