quinta-feira, 31 de agosto de 2017

30 de Agosto.

Sim para todas as promessas de Deus e mais

Porque quantas são as promessas de Deus, tantas têm nele o sim; porquanto também por ele é o amém para glória de Deus, por nosso intermédio. 
2 Coríntios 1:20.

Estar “em Cristo Jesus” é uma realidade maravilhosa. É impressionante o que significa estar em Cristo, unido a Cristo, ligado a Cristo.
Se você está “em Cristo”, ouça o que isso significa para você:
Em Cristo Jesus, você está assentado nos lugares celestiais, mesmo enquanto habita na terra. Efésios 2.6: “[Deus] nos ressuscitou, e nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus”.Em Cristo Jesus, todas as promessas de Deus são sim para você. 2 Coríntios 1.20: “Quantas são as promessas de Deus, tantas têm nele o sim”.Em Cristo Jesus, você está sendo santificado e tornado puro. 1 Coríntios 1.2: “À igreja de Deus que está em Corinto, aos santificados em Cristo Jesus”.Em Cristo Jesus, tudo o que você realmente precisa será suprido. Filipenses 4.19: “O meu Deus, segundo a sua riqueza em glória, há de suprir, em Cristo Jesus, cada uma de vossas necessidades”.Em Cristo Jesus, a paz de Deus guardará o seu coração e mente. Filipenses 4.7: “a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o vosso coração e a vossa mente em Cristo Jesus”.Em Cristo Jesus, você tem a vida eterna. Romanos 6.23: “Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor”.E, em Cristo Jesus, você ressuscitará dentre os mortos na vinda do Senhor. 1 Coríntios 15.22: “Porque, assim como, em Adão, todos morrem, assim também todos serão vivificados em Cristo”. Todos os que estão unidos a Adão na primeira humanidade morrem. Todos os que são unidos a Cristo na nova humanidade ressuscitam para que vivam novamente!

John Piper.

31 de Agosto.

O leão e o cordeiro

Eis aqui o meu servo, que escolhi, o meu amado, em quem a minha alma se compraz. Farei repousar sobre ele o meu Espírito, e ele anunciará juízo aos gentios. Não contenderá, nem gritará, nem alguém ouvirá nas praças a sua voz. Não esmagará a cana quebrada, nem apagará a torcida que fumega, até que faça vencedor o juízo. E, no seu nome, esperarão os gentios. 
Mateus 12:18-21, citando Isaías 42.

 

A própria alma do Pai exulta com alegria pela mansidão semelhante à de um servo e compaixão do seu Filho.
Quando uma cana está encurvada e prestes a quebrar, o Servo irá sustentá-la ternamente até que seja curada. Quando um pavio está queimando e quase não resta mais calor, o Servo não o apaga, mas o protege com a sua mão e sopra suavemente até que queime novamente.
Assim, o Pai clama: “Eis aqui o meu servo, em quem a minha alma se compraz”. A excelência e a beleza do Filho não vêm apenas da sua majestade, nem apenas da sua mansidão, mas do modo como elas se misturam em perfeita proporção.
Quando o anjo clama em Apocalipse 5.2: “Quem é digno de abrir o livro e de lhe desatar os selos?”, a resposta é: “Não chores; eis que o Leão da tribo de Judá, a Raiz de Davi, venceu para abrir o livro e os seus sete selos” (Apocalipse 5.5).
Deus ama a força do Leão de Judá. É por isso que ele é digno aos olhos de Deus para abrir os pergaminhos da história e desatar os últimos dias.
Porém, a figura não está completa. Como o Leão venceu? O versículo seguinte descreve a sua aparência: “Então, vi, no meio do trono e dos quatro seres viventes e entre os anciãos, de pé, um Cordeiro como tendo sido morto” (Apocalipse 5.6). Jesus é digno do deleite do Pai não apenas como o Leão de Judá, mas também como o Cordeiro que foi morto

John Piper.

terça-feira, 29 de agosto de 2017

29 de Agosto.

Seis significados de estar em Jesus

[Deus] nos salvou e nos chamou com santa vocação; não segundo as nossas obras, mas conforme a sua própria determinação e graça que nos foi dada em Cristo Jesus, antes dos tempos eternos.
2 Timóteo 1:9.

Estar “em Cristo Jesus” é uma realidade maravilhosa. É impressionante o que significa estar em Cristo, unido a Cristo, ligado a Cristo.
Se você está “em Cristo”, ouça o que isso significa para você:
1. Em Cristo Jesus, você recebeu graça antes que o mundo fosse criado. 2 Timóteo 1.9: “Graça que nos foi dada [por Deus] em Cristo Jesus, antes dos tempos eternos”.
2. Em Cristo Jesus, você foi eleito por Deus antes da criação. Efésios 1.4: “[Deus] nos escolheu, nele, antes da fundação do mundo”.
3. Em Cristo Jesus, você é amado por Deus com um amor inseparável. Romanos 8.38-39: “Eu estou bem certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as coisas do presente, nem do porvir, nem os poderes, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor”.
4. Em Cristo Jesus, você foi redimido e perdoado de todos os seus pecados. Efésios 1.7: “[Em Cristo] temos a redenção, pelo seu sangue, a remissão dos pecados”.
5. Em Cristo Jesus, você é justificado diante de Deus e a justiça de Deus em Cristo é imputada a você. 2 Coríntios 5.21: “Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus”.
6. Em Cristo Jesus, você se tornou uma nova criatura e um filho de Deus. 2 Coríntios 5.17: “Se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas”. Gálatas 3.26: “Todos vós sois filhos de Deus mediante a fé em Cristo Jesus”.

John Piper.

segunda-feira, 28 de agosto de 2017

28 de Agosto.

Perdoados por causa de Jesus

Por causa do teu nome, SENHOR, perdoa a minha iniquidade, que é grande.
Salmo 25:11.

A justiça de Deus é o zelo, alegria e prazer infinitos que ele tem no que é supremamente valioso, ou seja, na sua própria perfeição e excelência. E se ele alguma vez agisse contrariamente a essa eterna paixão por suas próprias perfeições, ele seria injusto e idólatra.
Como um Deus tão justo pode se afeiçoar a pecadores como nós, que desprezam as suas perfeições? Porém, a maravilha do evangelho é que nessa justiça divina está também o próprio fundamento de nossa salvação.
A infinita consideração que o Pai tem pelo Filho torna possível para mim, vil pecador, ser amado e aceito no Filho, porque em sua morte ele reivindicou o valor e a glória do seu Pai.
Agora eu posso fazer a oração do salmista com um novo entendimento: “Por causa do teu nome, SENHOR, perdoa a minha iniquidade, que é grande” (Salmo 25.11). O novo entendimento é que Jesus já realizou expiação pelo pecado e reivindicou a honra do Pai para que nossos pecados sejam perdoados “por causa do seu nome” (veja 1 João 2.12).
O prazer infinito do Pai em suas próprias perfeições é a fonte da nossa eterna alegria. O fato de que o prazer de Deus em seu Filho é o prazer em si mesmo não é vaidade. É o evangelho.

John Piper.

domingo, 27 de agosto de 2017

27 de Agosto.

Jesus pisoteará todos os nossos inimigos

Então, virá o fim, quando ele entregar o reino ao Deus e Pai, quando houver destruído todo principado, bem como toda potestade e poder. 
1 Coríntios 15:24.

Quão longe se estende o reino de Cristo?
O versículo 25 diz: “Convém que ele reine até que haja posto todos os inimigos debaixo dos pés”. A palavra TODOS nos diz a extensão.
Assim é com a palavra TODO no versículo 24: “Então, virá o fim, quando ele entregar o reino ao Deus e Pai, quando houver destruído todo principado, bem como toda potestade e poder”.
Não há nenhuma doença, vício, demônio, mau hábito, falha, depravação, fraqueza, temperamento, mau humor, orgulho, autopiedade, conflito, inveja, perversão, cobiça e preguiça que Cristo não tenha o propósito de vencer como o inimigo da sua honra.
E o encorajamento nessa promessa é que quando você se propõe a lutar contra os inimigos da sua fé e da sua santidade, você não lutará sozinho.
Jesus Cristo está agora, nesta era, colocando todos os seus inimigos debaixo dos seus pés. Todo principado, potestade e poder serão vencidos.
Portanto, lembre-se de que a extensão do reino de Cristo alcança o menor e maior inimigo da sua glória. O inimigo será derrotado.

John Piper.

sábado, 26 de agosto de 2017

22 de Agosto.

Satisfeitos em louvar

Louvem-te os povos, ó Deus; louvem-te os povos todos.
Salmos 67:3, 5.

Por que Deus ordena que nós o louvemos?
C.S. Lewis:

Assim como os homens louvam espontaneamente tudo o que eles valorizam, assim espontaneamente instam conosco a nos unirmos a eles nesse louvor: “Ela não é encantadora? Não foi glorioso? Você não acha isso magnífico?”.
Os salmistas, ao dizerem a todos para louvarem a Deus, estão fazendo o que todos os homens fazem quando falam sobre o que estimam. Minha maior e mais geral dificuldade com o louvor a Deus dependia da minha absurda negação, quanto ao supremamente valioso, do que nos deleita, do que realmente não conseguimos deixar de fazer, acima de tudo o mais que valorizamos.
Acho que nos deleitamos em louvar aquilo que gostamos porque o louvor não apenas expressa, como também completa o prazer; é a sua designada consumação. Não é pelo elogio que aqueles que se amam continuam a contar um ao outro como eles são belos; o deleite é incompleto até que seja expresso.
Aqui está a solução! Nós louvamos o que estimamos porque o deleite é incompleto até que seja expresso em louvor. Se não pudéssemos falar sobre o que valorizamos, celebrar o que amamos e louvar o que admiramos, nossa alegria não poderia ser completa.
Portanto, se Deus nos ama o bastante para fazer com que a nossa alegria seja completa, ele deve não apenas nos dar a si mesmo, mas também obter de nós o louvor dos nossos corações — não porque ele necessita fortalecer alguma fraqueza em si mesmo ou compensar alguma deficiência, mas porque ele nos ama e busca a plenitude da nossa alegria, a qual só pode ser encontrada em conhecer e louvar aquele que é o mais magnífico de todos os seres.
Se Deus é verdadeiramente por nós, ele deve ser por si mesmo! Deus é o único ser em todo o universo para quem buscar o seu próprio louvor é o ato máximo de amor. Para ele, a autoexaltação é a maior virtude. Quando ele faz todas as coisas “para o louvor da sua glória”, ele preserva para nós e nos oferece a única coisa em todo o mundo que pode satisfazer os nossos anseios.
Deus é por nós! E o fundamento desse amor é que Deus tem sido, agora é e sempre será por si mesmo.

John Piper.

26 de Agosto.

Sombras e córregos

A glória do SENHOR seja para sempre! Exulte o SENHOR por suas obras! Com só olhar para a terra, ele a faz tremer; toca as montanhas, e elas fumegam. Cantarei ao SENHOR enquanto eu viver; cantarei louvores ao meu Deus durante a minha vida. Seja-lhe agradável a minha meditação; eu me alegrarei no SENHOR. 
Salmo 104:31-34.

Deus se alegra nas obras da criação porque elas nos apontam para além de si mesmas, para o próprio Deus.
Deus deseja que nós fiquemos maravilhados e impressionados com a sua obra de criação. Mas não por causa da criação em si. Deus deseja que olhemos para a sua criação e digamos: Se o simples trabalho dos seus dedos (apenas dos seus dedos! Salmo 8.3) é tão cheio de sabedoria, poder, grandeza, majestade e beleza, como não deve ser Deus em si mesmo!
Essas coisas são apenas a parte de trás de sua glória, por assim dizer, vista obscuramente através de um espelho. O que não será ver o próprio Criador! Não as suas obras! Um bilhão de galáxias não satisfará a alma humana. Deus e somente Deus é a finalidade da alma.
Jonathan Edwards o expressou assim:
Fruir de Deus é a única felicidade com que nossas almas podem ser satisfeitas. Ir para o céu para desfrutar plenamente de Deus é infinitamente melhor do que as acomodações mais agradáveis ​​aqui… [Estas] são apenas sombras, mas Deus é a substância. Estas são apenas raios de luz, mas Deus é o sol. Estas são apenas córregos, mas Deus é o oceano.
É por isso que o Salmo 104 (versículos 31-34) chega a uma conclusão como esta, com um foco no próprio Deus. No fim, não serão os mares, nem as montanhas, nem as cordilheiras, nem as aranhas aquáticas, nem as nuvens, nem as grandes galáxias que encherão nossos corações a ponto de eles romperem em maravilha e que encherão as nossas bocas de eterno louvor. Quem fará isso será Deus.

John Piper.

sexta-feira, 25 de agosto de 2017

25 de Agosto.

Quando o amor de Deus é mais doce

Maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela, para que a santificasse, tendo-a purificado por meio da lavagem de água pela palavra.
Efésios 5:25-26.

Se você apenas espera o amor incondicional de Deus, sua esperança é grande, porém ainda muito pequena.
O amor incondicional de Deus não é a experiência mais doce do seu amor. A experiência mais doce é quando o seu amor diz: “Eu te tornei tão semelhante ao meu Filho que me deleito em te ver e estar contigo. Tu és um deleite para mim, porque estás tão resplandecente com a minha glória”.
Essa experiência mais doce está condicionada à nossa transformação no tipo de pessoas cujas emoções, escolhas e ações agradam a Deus.
O amor incondicional é a fonte e o fundamento da transformação humana que torna possível a doçura do amor condicional. Se Deus não nos amasse incondicionalmente, ele não adentraria em nossas vidas repugnantes, não nos conduziria à fé, não nos uniria a Cristo, não nos daria o seu Espírito e não nos transformaria progressivamente à imagem de Jesus.
Porém, quando Deus nos escolhe incondicionalmente, envia Cristo para morrer por nós e nos regenera, ele coloca em ação um processo de transformação que não pode parar e que nos torna gloriosos. Ele nos concede um esplendor que corresponde ao seu tipo favorito.
Vemos isso em Efésios 5.25-27: “Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou [amor incondicional] por ela… para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa” — a condição em que ele se deleita.
É incrivelmente maravilhoso que Deus nos conceda incondicionalmente seu favor enquanto ainda somos pecadores incrédulos. A razão suprema por que isso é maravilhoso é que esse amor incondicional nos conduz ao gozo eterno da sua gloriosa presença.
Mas o ápice desse prazer é que não apenas vemos a sua glória, mas também a refletimos. “A fim de que o nome de nosso Senhor Jesus seja glorificado em vós, e vós, nele” (2 Tessalonicenses 1.12).

John Piper.

quinta-feira, 24 de agosto de 2017

24 de Agosto.

A mensagem da criação

Inculcando-se por sábios, tornaram-se loucos e mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, bem como de aves, quadrúpedes e répteis.
Romanos 1:22-23.

Seria uma grande tolice e tragédia se um homem amasse sua aliança de casamento mais do que sua noiva. Porém, é isso que esta passagem diz que aconteceu.
Os seres humanos se apaixonaram pelo eco da excelência de Deus na criação e perderam a capacidade de ouvir o incomparável e original brado de amor.
A mensagem da criação é esta:
Há um grande Deus de glória, poder e generosidade por trás de todo esse incrível universo; você pertence a ele; ele é paciente com você ao sustentar a sua vida rebelde; converta-se e deposite a sua esperança nele e deleite-se nele, não em sua obra.
O dia expressa o “discurso” desta mensagem para todos os que querem ouvir o dia, falando por meio do sol brilhante, do céu azul, das nuvens, das formas e cores incalculáveis ​​de todas as coisas visíveis. A noite anuncia o “conhecimento” da mesma mensagem para todos os que querem ouvir a noite, falando por meio da grande escuridão, das luas cheias, das inúmeras estrelas, dos sons surpreendentes, das brisas frescas e da aurora boreal (Salmo 19.1-2).
Dia e noite estão dizendo uma só coisa: Deus é glorioso! Deus é glorioso! Deus é glorioso!

John Piper.

quarta-feira, 23 de agosto de 2017

23 de Agosto.

Deus não é um idólatra

Quando vier para ser glorificado nos seus santos e ser admirado em todos os que creram, naquele dia (porquanto foi crido entre vós o nosso testemunho). 
2 Tessalonicenses 1:10.

As pessoas tropeçam no ensinamento de que Deus exalta sua própria glória e busca ser louvado por seu povo, porque a Bíblia ensina a não sermos assim. Por exemplo, a Bíblia diz que o amor “não procura os seus interesses” (1 Coríntios 13.5).
Como Deus pode ser amoroso e ainda ser totalmente dedicado a “buscar a sua própria” glória, louvor e alegria? Como Deus pode ser por nós se ele é tão completamente por si mesmo?
A resposta que eu proponho é esta: Porque Deus é único como um ser todo glorioso e completamente autossuficiente, ele deve ser por si mesmo, para que ele seja por nós. As regras da humildade que pertencem a uma criatura não podem se aplicar da mesma forma ao seu Criador.
Se Deus se afastasse de si mesmo como a fonte da alegria infinita, deixaria de ser Deus. Ele negaria o valor infinito da sua própria glória. Ele indicaria que há algo mais valioso fora de si mesmo. Ele cometeria idolatria.
Isso não seria de nenhum proveito para nós, pois para onde iríamos se nosso Deus fosse injusto? Onde encontraríamos uma rocha de integridade no universo se o coração de Deus deixasse de valorizar supremamente o que é supremamente valioso? Para onde nos voltaríamos com nossa adoração se o próprio Deus abandonasse as reivindicações do valor e da beleza infinitos?
Não, jamais devemos buscar transformar a autoexaltação de Deus em amor, exigindo que Deus deixe de ser Deus.
Em vez disso, devemos perceber que Deus é amor precisamente porque ele busca de modo incansável os louvores do seu nome nos corações do seu povo.

John Piper.

segunda-feira, 21 de agosto de 2017

21 de Agosto.

Um Deus inabalavelmente feliz 

Tenho-vos dito estas coisas para que o meu gozo esteja em vós, e o vosso gozo seja completo. 
João 15:11.

 
Deus é absolutamente soberano. 
“No céu está o nosso Deus e tudo faz como lhe agrada” (Salmo 115:3). 
Assim, Deus não está frustrado. Ele se alegra em todas as suas obras quando as contempla como cores do magnífico mosaico da história redentiva. Ele é um Deus inabalavelmente feliz. 
Sua felicidade é o prazer que ele tem em si mesmo. Antes da criação, ele se alegrava na imagem da sua glória na pessoa do seu Filho. Depois, a alegria de Deus “tornou-se pública” nas obras da criação e da redenção. 
Estas obras deleitam o coração de Deus porque refletem a sua glória. Ele faz tudo o que faz para preservar e manifestar essa glória, pois nisso a sua alma se alegra. 
Todas as obras de Deus culminam nos louvores do seu povo redimido. O auge da sua felicidade é o deleite que ele tem nos ecos da sua excelência nos louvores dos santos. Esse louvor é a consumação da nossa própria alegria em Deus. 
Portanto, a busca de Deus por nosso louvor e nossa busca por prazer nele são a mesma busca. Esse é o grandioso evangelho! 

John Piper.

domingo, 20 de agosto de 2017

20 de Agosto.

Jesus é quem você está buscando

Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra. Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século. 
Mateus 28:18-20.

O último capítulo de Mateus é uma janela que se abre para o alvorecer da glória do Cristo ressurreto. Através desse capítulo, você pode ver pelo menos três sólidos picos na cordilheira do caráter de Cristo: o pico do seu poder, o pico da sua bondade e o pico do seu propósito.
E todos nós sabemos em nossos corações que, para que o Cristo ressurreto satisfaça o nosso desejo de admirar a grandeza, esse é o caminho que ele tem que tomar.
Pessoas que são fracas demais para efetuar os seus propósitos não podem satisfazer o nosso desejo de admirar a grandeza. Nós admiramos ainda menos as pessoas que não têm propósito algum na vida. E ainda menos aquelas cujos propósitos são meramente egoístas e desamorosos.
O que desejamos ver e conhecer é uma Pessoa cujo poder seja ilimitado, cuja bondade seja suave e cujo propósito seja único e imutável.
Novelistas, poetas, cineastas e roteiristas de TV de vez em quando criam uma sombra dessa Pessoa. Mas eles não conseguem preencher nosso desejo de adoração mais do que o National Geographic deste mês consegue satisfazer meu desejo pelo Grand Canyon.
Nós precisamos ter aquilo que é real. Devemos ver a origem de todo poder, bondade e propósito. Necessitamos ver e adorar o Cristo ressurreto.

John Piper.

sábado, 19 de agosto de 2017

19 de Agosto.

Qual é o significado da ressurreição

Se, com a tua boca, confessares Jesus como Senhor e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. 
Romanos 10:9.

O significado da ressurreição é que Deus é por nós. Ele tem o propósito de estar ao nosso lado. Ele deseja superar todo o nosso sentimento de abandono e alienação.
A ressurreição de Jesus é a declaração de Deus a Israel e ao mundo de que não podemos construir o nosso caminho para a glória, mas ele intenciona fazer o impossível para nos conduzir até lá.
A ressurreição é a promessa divina de que todos os que confiam em Jesus serão os beneficiários do poder de Deus para nos guiar nas veredas da justiça e pelo vale da morte.
Logo, crer em seu coração que Deus ressuscitou Jesus dos mortos é muito mais do que aceitar um fato. Significa estar confiante de que Deus é por você, está aliado a você, está transformando a sua vida e preservará você para a bem-aventurança eterna.
Crer na ressurreição significa confiar em todas as promessas de vida, esperança e justiça, que são sustentadas por ela.
Significa estar tão confiante no poder e amor de Deus que nenhum medo de perda mundana e nenhuma ganância por lucro terreno nos atrairá a desobedecermos a sua vontade.
Essa é a diferença entre Satanás e os santos. Ó, possa Deus circuncidar os nossos corações para amarmos a Jesus e descansarmos na ressurreição do seu Filho.

John Piper.

18 de Agosto.

Esperança para obedecer a mandamentos difíceis

Quem quer amar a vida e ver dias felizes… aparte-se do mal, pratique o que é bom. 
1 Pedro 3:10-11.

Existe apenas uma razão básica pela qual desobedecemos aos mandamentos de Jesus: é porque não temos confiança de que obedecer trará mais bênçãos do que desobedecer. Nós não esperamos plenamente na promessa de Deus.
O que ele prometeu? Pedro comunica o seu ensinamento assim:
“Não pagando mal por mal ou injúria por injúria; antes, pelo contrário, bendizendo, pois para isto mesmo fostes chamados, a fim de receberdes bênção por herança.  Pois quem quer amar a vida e ver dias felizes…  aparte-se do mal, pratique o que é bom” (1 Pedro 3.9-11).
Você sempre estará melhor ao obedecer do que ao desobedecer, mesmo que isso lhe custe a vida.
“Em verdade vos digo que ninguém há que tenha deixado casa, ou irmãos, ou irmãs, ou mãe, ou pai, ou filhos, ou campos por amor de mim e por amor do evangelho, que não receba, já no presente, o cêntuplo… com perseguições; e, no mundo por vir, a vida eterna” (Marcos 10.29-30).
A única maneira de ter o poder de seguir a Cristo no custoso caminho do amor é ser cheio de esperança, com forte confiança de que, se perdermos a vida fazendo a sua vontade, vamos encontrá-la novamente e seremos ricamente recompensados.

John Piper. 

17 de Agosto.

O que significa bendizer ao Senhor

Bendize, ó minha alma, ao SENHOR, e tudo o que há em mim bendiga ao seu santo nome.
Salmo 103:1.

O salmo começa e termina com o salmista pregando à sua alma para que bendiga ao Senhor — e pregando aos anjos, às hostes do céu e às obras das mãos de Deus. O salmo é esmagadoramente focado em bendizer ao Senhor. O que significa bendizer ao Senhor? Significa falar bem sobre a sua grandeza e bondade.
O que Davi está fazendo nos primeiros e últimos versículos deste salmo, quando diz: “Bendize, ó minha alma, ao SENHOR”, é dizer que proclamar a bondade e a grandeza de Deus deve vir da alma.
Bendizer a Deus com a boca sem a alma seria hipocrisia. Jesus disse: “Este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim” (Mateus 15.8). Davi conhece esse perigo e ele está pregando para si mesmo para que isso não aconteça.
Venha, alma, contemple a grandeza e bondade de Deus. Junte-se à minha boca e que nós bendigamos ao Senhor com todo o nosso ser.

John Piper.

16 de Agosto

Por que você cede ao pecado sexual

Faze-me ouvir júbilo e alegria, para que exultem os ossos que esmagaste… Restitui-me a alegria da tua salvação e sustenta-me com um espírito voluntário. 
Salmo 51:8-12.

 

Por que Davi não está clamando por restrição sexual? Por que ele não está orando para que os homens continuem lhe considerando respeitável? Por que ele não está orando para que seus olhos sejam guardados e seus pensamentos, livres de sexo? Neste salmo de confissão e arrependimento depois de, em suma, estuprar Bate-Seba, você poderia esperar que Davi pedisse algo assim.
A razão é que ele sabe que o pecado sexual é um sintoma, não a doença.
As pessoas caem em pecado sexual porque não têm a plenitude de alegria e deleite em Cristo. Seus espíritos não são constantes, firmes e estabelecidos. Eles vacilam. Eles são seduzidos e cedem porque Deus não tem o lugar supremo que deveria ter em seus sentimentos e pensamentos.
Davi sabia disso a respeito de si mesmo. Isso é verdade sobre nós também. Davi está nos mostrando, pela maneira como ele ora, qual é a verdadeira necessidade para aqueles que pecam sexualmente: Deus! Alegria em Deus.
Esta é uma sabedoria profunda para nós.

John Piper.

terça-feira, 15 de agosto de 2017

15 de Agosto.

Para que nós fomos criados

Cristo morreu, uma única vez, pelos pecados, o justo pelos injustos, para conduzir-vos a Deus. 
1 Pedro 3:18.

 O evangelho é o deleite da comunhão com o próprio Deus. Isto é expresso aqui em 1 Pedro 3.18 na frase “para conduzir-vos a Deus”.
Todos os outros dons do evangelho existem para tornar este possível.
Somos perdoados para que nossa culpa não nos afaste de Deus.Somos justificados para que nossa condenação não nos afaste de Deus.Recebemos a vida eterna agora, com novos corpos na ressurreição, para que tenhamos as capacidades para desfrutar ao máximo de Deus.
Examine o seu coração. Por que você deseja o perdão? Por que você deseja ser justificado? Por que você deseja a vida eterna? A resposta decisiva é: “Porque eu desejo desfrutar de Deus”?
O amor evangélico que Deus dá é, em última instância, o dom de si mesmo. É para isso que fomos feitos. Isso é o que perdemos em nosso pecado. Isso é o que Cristo veio restaurar.
“Na tua presença há plenitude de alegria, na tua destra, delícias perpetuamente” (Salmo 16.11).

John Piper.

segunda-feira, 14 de agosto de 2017

14 de Agosto.

Deus perdoa e continua sendo justo

Também o SENHOR te perdoou o teu pecado; não morrerás. Mas, posto que com isto deste motivo a que blasfemassem os inimigos do SENHOR, também o filho que te nasceu morrerá. 
2 Samuel 12:13-14.

Isto é chocante. Urias está morto. Bate-Seba está violada. O bebê morrerá. E Natã diz: “O SENHOR te perdoou o teu pecado”.
Como assim? Davi cometeu adultério. Ele ordenou um assassinato. Ele mentiu. Ele “desprezou a palavra do Senhor”. Ele “blasfemou de Deus”. E o Senhor “perdoou o [seu] pecado”.
Que tipo de juiz justo Deus é? Você não releva estupro, assassinato e mentira pura e simplesmente. Juízes justos não fazem isso.
Aqui está o que Paulo disse em Romanos 3.25-26:
“Deus propôs, no seu [de Cristo] sangue, como propiciação, mediante a fé, para manifestar a sua justiça, por ter Deus, na sua tolerância, deixado impunes os pecados anteriormente cometidos; tendo em vista a manifestação da sua justiça no tempo presente, para ele mesmo ser justo e o justificador daquele que tem fé em Jesus”.
Em outras palavras, a indignação que sentimos quando Deus parece simplesmente relevar o pecado de Davi seria uma boa indignação se Deus estivesse simplesmente varrendo o pecado de Davi para debaixo do tapete. Ele não está.
Deus vê ao longo dos séculos, desde o tempo de Davi até a morte de seu Filho, Jesus Cristo, que morreria no lugar de Davi, de modo que a fé de Davi na misericórdia de Deus e na futura obra redentora de Deus une Davi com Cristo. E na mente onisciente de Deus, os pecados de Davi são considerados como pecados de Cristo e a justiça de Cristo é considerada como a justiça de Davi, e Deus justamente perdoa o pecado de Davi.
A morte do Filho de Deus é ultrajante o bastante, e a glória de Deus que essa morte exalta é grande o suficiente, de modo que Deus é vindicado ao perdoar o adultério, o assassinato e a mentira de Davi.
E, assim, Deus mantém a sua retidão e justiça perfeita, ao mesmo tempo em que demonstra misericórdia àqueles que têm fé em Jesus, não importa quantos ou quão monstruosos sejam os seus pecados. Esta é uma boa notícia.

John Piper. 

domingo, 13 de agosto de 2017

13 de Agosto.

Três exemplos de fé batalhadora

Por isso, também não cessamos de orar por vós, para que o nosso Deus vos torne dignos da sua vocação e cumpra com poder todo propósito de bondade e obra de fé. 
2 Tessalonicenses 1:11.

Quando Paulo diz que Deus cumpre o nosso propósito de bondade pelo seu poder por meio da nossa fé, ele quer dizer que nós derrotamos o pecado e praticamos a justiça ao estarmos satisfeitos com tudo o que Deus promete ser para nós em Cristo nos próximos cinco minutos, cinco meses, cinco décadas e pela eternidade.
Aqui estão três exemplos de como isso pode se expressar em sua vida:
  1. Se você propor em seu coração ofertar sacrificial e generosamente, o poder de Deus para cumprir esta resolução virá a você enquanto confia em sua graça futura na promessa: “O meu Deus, segundo a sua riqueza em glória, há de suprir, em Cristo Jesus, cada uma de vossas necessidades” (Filipenses 4.19). E na promessa: “o que semeia com fartura com abundância também ceifará” (2 Coríntios 9.6). E na promessa: “Deus pode fazer-vos abundar em toda graça, a fim de que, tendo sempre, em tudo, ampla suficiência, superabundeis em toda boa obra” (2 Coríntios 9.8).
  2. Se você propor em seu coração renunciar à pornografia, o poder de Deus para cumprir esta resolução virá a você enquanto confia em sua graça futura na promessa: “Bem-aventurados os limpos de coração, porque verão a Deus” (Mateus 5.8). É melhor “que se perca um dos teus membros, e não seja todo o teu corpo lançado no inferno” (Mateus 5.29). Muito melhor. Maravilhosamente melhor. Plenamente satisfatório e melhor.
  3. E se você propor em seu coração anunciar a Cristo quando tiver oportunidade, o poder de Deus para cumprir esta resolução virá a você enquanto confia em sua graça futura na promessa: “Não cuideis em como ou o que haveis de falar, porque, naquela hora, vos será concedido o que haveis de dizer” (Mateus 10.19).
Que Deus aumente a nossa fé diária em sua graça futura, que é inesgotável, comprada pelo sangue e que exalta a Cristo.

John Piper

sábado, 12 de agosto de 2017

12 de Agosto.

Minha alma tem sede de Deus

Como suspira a corça pelas correntes das águas, assim, por ti, ó Deus, suspira a minha alma. A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo; quando irei e me verei perante a face de Deus?
Salmo 42:1-2.

O que torna isso tão belo e crucial para nós é que ele não está sedento principalmente do alívio de suas circunstâncias ameaçadoras. Ele não está sedento principalmente de escapar dos seus inimigos ou da sua destruição.
Não é errado desejar alívio e orar por isso. Às vezes, é correto orar pela derrota dos inimigos. Porém, mais importante do que qualquer outra coisa é o próprio Deus.
Quando pensamos e sentimos com Deus nos salmos, este é o resultado principal: Chegamos a amar a Deus, e queremos ver a Deus, estar com Deus e nos contentamos em admirar e exultar em Deus.
Uma tradução provável do final do versículo 2 é: “Quando irei e verei a face de Deus?”. A resposta final a essa pergunta foi dada em João 14.9 e 2 Coríntios 4.4. Jesus disse: “Quem me vê a mim vê o Pai”. E Paulo disse que quando nos convertemos a Cristo vemos “a luz do evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de Deus”.
Quando vemos a face de Cristo, vemos a face de Deus. E vemos a glória da sua face quando ouvimos a história do evangelho de sua morte e ressurreição. Esse é “o evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de Deus”.
Que o Senhor aumente a sua fome e a sua sede de ver a face de Deus. E que ele conceda o seu desejo por meio do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus.

John Piper. 

sexta-feira, 11 de agosto de 2017

11 de Agosto.

Os diferentes tempos da graça

Por isso, também não cessamos de orar por vós, para que o nosso Deus vos torne dignos da sua vocação e cumpra com poder todo propósito de bondade e obra de fé, a fim de que o nome de nosso Senhor Jesus seja glorificado em vós, e vós, nele, segundo a graça do nosso Deus e do Senhor Jesus Cristo. 
2 Tessalonicenses 1:11-12.

A graça não é apenas a disposição de Deus de nos fazer bem quando não o merecemos — favor imerecido. É também um poder real de Deus que age em nossas vidas e faz coisas boas acontecerem em nós e para nós.
Paulo disse que cumprimos nossos propósitos de bondade “com [o seu] poder” (versículo 11). E, então, ele acrescenta no final do versículo 12: “segundo a graça do nosso Deus e do Senhor Jesus Cristo”. O poder que realmente opera em nossas vidas para tornar possível a obediência que exalta a Cristo é uma extensão da graça de Deus.
Você pode ver isso também em 1 Coríntios 15.10:
“Mas, pela graça de Deus, sou o que sou; e a sua graça, que me foi concedida, não se tornou vã; antes, trabalhei muito mais do que todos eles; todavia, não eu, mas a graça de Deus comigo”.
Assim, a graça é um poder ativo, presente, transformador e capacitador da obediência.
Portanto, esta graça que se move com poder de Deus para você em um dado momento é passada e futura. Ela já fez algo para você ou em você e, portanto, é passada. E ela está prestes a fazer algo em você e para você e, assim, é futura — tanto daqui a cinco segundos quanto daqui a cinco milhões de anos.
A graça de Deus está sempre fluindo na cachoeira do presente a partir do inesgotável rio da graça que vem até nós do futuro, para o reservatório cada vez maior de graça no passado. Nos próximos cinco minutos, você receberá graça sustentadora que flui a partir do futuro, e você acumulará mais cinco minutos de graça no reservatório do passado.

John Piper

quinta-feira, 10 de agosto de 2017

10 de Agosto.


Compadece-te de mim, ó Deus

Compadece-te de mim, ó Deus, segundo a tua benignidade; e, segundo a multidão das tuas misericórdias, apaga as minhas transgressões. 
Salmo 51:1.

Três vezes: “Compadece-te”, “segundo a tua benignidade”, e “segundo a multidão das tuas misericórdias”.
Isso é o que Deus prometeu em Êxodo 34.6-7:
“E, passando o SENHOR por diante dele, clamou: SENHOR, SENHOR Deus compassivo, clemente e longânimo e grande em misericórdia e fidelidade; que guarda a misericórdia em mil gerações, que perdoa a iniquidade, a transgressão e o pecado, ainda que não inocenta o culpado”.
Davi sabia que havia culpados que não seriam perdoados. E havia culpados que por alguma misteriosa obra de redenção não seriam considerados culpados, mas seriam perdoados. O Salmo 51 é o seu modo de se apossar do mistério da misericórdia.
Nós conhecemos mais sobre o mistério desta redenção do que Davi. Conhecemos a Cristo. Porém, nos apossamos da misericórdia da mesma forma que ele o fez.
A primeira coisa que ele faz é se voltar como miserável para a misericórdia e o amor de Deus. Hoje, isso significa se voltar como miserável a Cristo.

John Piper

quarta-feira, 9 de agosto de 2017

09 de Agosto.

A finalidade do evangelho

Logo, muito mais agora, sendo justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira. Porque, se nós, quando inimigos, fomos reconciliados com Deus mediante a morte do seu Filho, muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida; e não apenas isto, mas também nos gloriamos em Deus por nosso Senhor Jesus Cristo, por intermédio de quem recebemos, agora, a reconciliação.
Romanos 5:9-11.

Do que precisamos ser salvos? O versículo 9 o declara de forma evidente: da ira de Deus. Mas esse é o mais elevado, melhor, mais completo e mais satisfatório prêmio do evangelho?
Não. O versículo 10 diz: “muito mais… seremos salvos pela sua vida”. Depois, o versículo 11 conduz à finalidade quando diz: “não apenas isto, mas também nos gloriamos em Deus”.
Essa é a finalidade e o mais elevado bem da boa notícia. Não há outro “não apenas isto” depois disso. Há apenas Paulo dizendo como chegamos a esse fim: “por nosso Senhor Jesus Cristo, por intermédio de quem recebemos, agora, a reconciliação”.
A finalidade do evangelho é que nos gloriemos em Deus. O mais elevado, mais pleno, mais profundo e mais doce bem do evangelho é o próprio Deus, desfrutado por seu povo redimido.
Deus em Cristo se tornou o preço (Romanos 5.6-8) e Deus em Cristo se tornou o prêmio (Romanos 5.11).
O evangelho é a boa notícia de que Deus comprou para nós o deleite eterno em Deus.

John Piper

terça-feira, 8 de agosto de 2017

08 de Agosto.

Governador de toda a natureza

A sorte se lança no regaço, mas do SENHOR procede toda decisão. 
Provérbios 16:33.

Na linguagem moderna, diríamos: “Os dados rolam na mesa e cada jogada é decidida por Deus”.
Não há eventos tão pequenos que ele não governe para os seus propósitos. “Não se vendem dois pardais por um asse?”, Jesus disse, “E nenhum deles cairá em terra sem o consentimento de vosso Pai. E, quanto a vós outros, até os cabelos todos da cabeça estão contados” (Mateus 10.29-30).
Cada lance de dados em Las Vegas, cada pequeno pássaro que cai morto em mil florestas – tudo isso é ordem de Deus.
No livro de Jonas, Deus ordena que um peixe engula Jonas (1.17), manda que cresça uma planta (4.6) e que um verme a mate (4.7).
E muito acima da vida dos vermes, as estrelas têm o seu lugar e se mantêm ali ao comando de Deus.
“Levantai ao alto os olhos e vede. Quem criou estas coisas? Aquele que faz sair o seu exército de estrelas, todas bem contadas, as quais ele chama pelo nome; por ser ele grande em força e forte em poder, nem uma só vem a faltar” (Isaías 40.26).
Quanto mais, então, os eventos naturais desse mundo, desde o clima até às catástrofes; desde a doença e a incapacidade até à morte.
Que nós, portanto, permaneçamos em temor e estejamos em paz, sabendo que nenhum evento natural está fora dos bons propósitos e do perfeito controle de Deus.

John Piper.

07 de Agosto.

O objetivo da criação 

Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. 
Gênesis 1:27.

Deus criou os seres humanos à sua imagem para que o mundo fosse preenchido com refletores de Deus, imagens de Deus, sete bilhões de estátuas de Deus, para que ninguém se esqueça do objetivo da criação. 
Ninguém (a não ser que sejam cegos) poderia se enganar quanto ao objetivo da humanidade, a saber, Deus — conhecer, amar, manifestar Deus. Os anjos clamam em Isaías 6.3: “Santo, santo, santo é o SENHOR dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória”. Ela está cheia de bilhões de humanos portadores da sua imagem. Ruínas gloriosas. 
Mas não somente os homens. A natureza também! Por que um mundo tão deslumbrante para nós vivermos? Por que um universo tão vasto? 
Certa vez li que há mais estrelas no universo do que há palavras e sons que todos os seres humanos de todos os tempos já falaram. Por quê? A Bíblia diz claramente: “Os céus proclamam a glória de Deus” (Salmo 19.1). 
Se alguém pergunta: “Se a terra é o único planeta habitado e o homem o único habitante racional entre as estrelas, por que um universo tão grande e vazio?”, a resposta é: Isso não é por causa de nós, é por causa de Deus. E essa é uma afirmação atenuada. 
Deus nos criou para conhecê-lo, amá-lo e manifestá-lo. E, assim, ele nos deu uma pista sobre ao que ele é semelhante: o universo. 

John Piper.

sábado, 5 de agosto de 2017

05 de Agosto.

Dez significados de “Yahweh”

Disse Deus ainda mais a Moisés: Assim dirás aos filhos de Israel: O SENHOR, o Deus de vossos pais, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó, me enviou a vós outros; este é o meu nome eternamente, e assim serei lembrado de geração em geração. 
Êxodo 3:15

O nome de Deus é quase sempre traduzido como SENHOR (todo em maiúsculo) na Bíblia em português. Mas o hebraico seria pronunciado como “Yahweh”, e é formado com base na palavra para “Eu Sou”.
Assim, cada vez que ouvimos a palavra Yahweh, ou toda vez que você vê SENHOR na Bíblia em português, deve pensar: esse é um nome próprio (como Pedro ou João) formado a partir da palavra para “Eu Sou” e nos lembra constantemente que Deus absolutamente é.
Há pelo menos dez coisas que o nome Yahweh, “EU SOU”, expressa sobre Deus:
Ele nunca teve um começo. Toda criança pergunta: “Quem criou Deus?”, e todo pai sábio diz: “Ninguém criou Deus. Deus simplesmente é. E sempre foi. Ele não teve nenhum começo”.
Deus nunca terminará. Se ele não veio a ser, ele não pode deixar de ser, porque ele é ser.
Deus é a realidade absoluta. Não há realidade anterior a ele. Não há realidade fora dele, a menos que ele a deseje e a faça. Ele é tudo o que eternamente foi. Nenhum espaço, nenhum universo, nenhum vazio. Somente Deus.
Deus é totalmente independente. Ele não depende de nada para trazê-lo à existência, ajudá-lo, aconselhá-lo ou transformá-lo no que ele é.
Tudo o que não é Deus depende totalmente de Deus. O universo inteiro é totalmente secundário. Ele veio a existir por meio de Deus e permanece a cada momento pela decisão de Deus de mantê-lo existindo.
Todo o universo é como nada em comparação a Deus. A realidade contingente e dependente está para a realidade absoluta e independente como uma sombra está para a substância, ou como um eco para um trovão. Tudo o que nos maravilha no mundo e nas galáxias é nada, quando comparado a Deus.
Deus é constante. Ele é o mesmo ontem, hoje e eternamente. Ele não pode ser melhorado. Ele não está se tornando algo. Ele é quem é.
Deus é o padrão absoluto da verdade, bondade e beleza. Não há nenhum livro da lei para o qual ele olhe para saber o que é certo, nem qualquer almanaque para estabelecer os fatos, nem alguma convenção para determinar o que é excelente ou belo. Ele mesmo é o padrão do que é certo, verdadeiro e belo.
Deus faz o que lhe agrada e é sempre justo, belo e coerente com a verdade. Toda a realidade que há fora dele, ele criou, projetou e governa, como a realidade absoluta que ele é. Portanto, ele é totalmente livre de quaisquer restrições que não se originam do conselho de sua própria vontade.
Deus é a realidade e pessoa mais importante e mais valiosa do universo. Ele é mais digno de interesse, atenção, admiração e deleite do que todas as outras realidades, incluindo o universo inteiro.

John Piper

sexta-feira, 4 de agosto de 2017

04 de Agosto.

Tão seguros quanto Deus é fiel

E aos que predestinou, a esses também chamou; e aos que chamou, a esses também justificou; e aos que justificou, a esses também glorificou.
Romanos 8:30.

No intervalo entre a eternidade passada na predestinação de Deus e a eternidade futura na glorificação de Deus, ninguém se perde.
Ninguém que é predestinado para a filiação deixa de ser chamado. E ninguém que é chamado deixa de ser justificado. E ninguém que é justificado deixa de ser glorificado. Essa é uma corrente de aço inquebrável da fidelidade pactual de Deus.
E, assim, Paulo diz:
“Estou plenamente certo de que aquele que começou boa obra em vós há de ompleta-la até ao Dia de Cristo Jesus” (Filipenses 1.6).
“[Ele] também vos confirmará até ao fim, para serdes irrepreensíveis no Dia de nosso Senhor Jesus Cristo. Fiel é Deus, pelo qual fostes chamados à comunhão de seu Filho Jesus Cristo, nosso Senhor” (1 Coríntios 1.8-9).
Estas são as promessas do nosso Deus que não pode mentir. Aqueles que nasceram de novo estão tão seguros quanto Deus é fiel.

John Piper. 

quinta-feira, 3 de agosto de 2017

03 de Agosto.

Por que você tem um corpo

Porque fostes comprados por preço. Agora, pois, glorificai a Deus no vosso corpo. 
1 Coríntios 6:20.

Deus não criou o universo físico-material por acaso. Ele tinha um propósito, a saber, adicionar maneiras pelas quais a sua glória fosse externalizada e manifestada. “Os céus proclamam a glória de Deus, e o firmamento anuncia as obras das suas mãos” (Salmo 19.1).
Nossos corpos se encaixam na mesma categoria das coisas físicas que Deus criou por essa razão. Ele não voltará atrás em seu plano de glorificar a si mesmo através dos seres humanos e de corpos humanos.
Por que Deus se esforça por sujar as suas mãos, por assim dizer, com nossa carne em decomposição, manchada pelo pecado, para restabelecê-la como corpo ressurreto e vesti-la com imortalidade? Resposta: Porque seu Filho pagou o preço da morte para que o propósito do Pai quanto ao universo material fosse cumprido, ou seja, para que Deus fosse glorificado nele, inclusive em nossos corpos, por todo o sempre.
Isso é o que o texto diz: “Porque fostes comprados por preço [a morte do seu Filho]. Agora, pois, glorificai a Deus no vosso corpo”. Deus não desprezará nem desonrará a obra do seu Filho. Deus honrará a obra do seu Filho, ressuscitando os nossos corpos dentre os mortos, e nós usaremos nossos corpos para glorificá-lo eternamente.
É por isso que você tem um corpo agora. E é por isso que ele será ressuscitado para ser semelhante ao corpo glorioso de Cristo.

John Piper

quarta-feira, 2 de agosto de 2017

02 de Agosto.

Sem medo de morrer

Visto, pois, que os filhos têm participação comum de carne e sangue, destes também ele, igualmente, participou, para que, por sua morte, destruísse aquele que tem o poder da morte, a saber, o diabo, e livrasse todos que, pelo pavor da morte, estavam sujeitos à escravidão por toda a vida. 
Hebreus 2:14-15.

Como Cristo nos livra do pavor da morte e nos liberta para vivermos com o tipo de despreocupação amorosa que consegue “perder família, bens, prazer”?
“Visto, pois, que os filhos têm participação comum de carne e sangue…”.
O termo “filhos” é tomado do versículo anterior e refere-se à descendência espiritual de Cristo, o Messias. Estes são também os “filhos de Deus”. Em outras palavras, ao enviar Cristo, Deus visa especialmente a salvação dos seus “filhos”.
“Destes [carne e sangue] também ele, igualmente, participou…”.
O Filho de Deus, que existia antes da encarnação como o Verbo eterno (João 1.1), participou da carne e sangue e vestiu a sua divindade com a humanidade. Ele se tornou plenamente homem e permaneceu plenamente Deus.
“Para que, por sua morte…”.
O motivo pelo qual Cristo se tornou humano foi morrer. Como Deus antes da encarnação, ele não podia morrer pelos pecadores. Mas unido à carne e ao sangue, ele podia. Seu objetivo era morrer. Portanto, ele precisou nascer humano.
“Destruísse aquele que tem o poder da morte, a saber, o diabo…”.
Ao morrer, Cristo destruiu o diabo. Como? Pagando por todo o nosso pecado (Hebreus 10.12). Isso significa que Satanás não tem motivos legítimos para nos acusar diante de Deus. “Quem intentará acusação contra os eleitos de Deus? É Deus quem os justifica” (Romanos 8.33). Em qual fundamento ele justifica? Pelo sangue de Jesus (Hebreus 9.14; Romanos 5.9).
A arma final de Satanás contra nós é o nosso próprio pecado. Se a morte de Jesus remove o pecado, a principal arma que o diabo tem é tirada de sua mão. Nesse sentido, ele se torna impotente.
“E livrasse todos que, pelo pavor da morte, estavam sujeitos à escravidão por toda a vida”.
Portanto, estamos livres do medo da morte. Deus nos justificou. Há somente graça futura adiante de nós. Satanás não pode derrubar esse decreto. E Deus quer que nossa plena segurança tenha uma consequência imediata em nossas vidas. Ele quer que o final feliz acabe com a escravidão e o medo do presente.

John Piper.

terça-feira, 1 de agosto de 2017

01 de Agosto.

Nossa fraqueza revela a excelência de Deus

A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza. 
2 Coríntios 12:9.

O propósito de Deus para o sofrimento é que ele magnifique a excelência e o poder de Cristo. Isso é graça, porque a maior alegria para nós, cristãos, é ver Cristo engrandecido em nossas vidas.
Quando Paulo foi informado pelo Senhor Jesus de que seu “espinho na carne” não seria tirado, Jesus fortaleceu a fé de Paulo explicando o motivo. O Senhor disse: “A minha graça te basta, porque o [meu] poder se aperfeiçoa na fraqueza” (2 Coríntios 12.9). Deus ordena que Paulo seja fraco para que Cristo possa ser visto como forte em favor de Paulo.
Se nos sentimos e nos vemos como autossuficientes, nós obteremos a glória, não Cristo. Assim, Cristo escolhe as coisas fracas do mundo “a fim de que ninguém se vanglorie na presença de Deus” (1 Coríntios 1.29). E, às vezes, ele torna mais fracas as pessoas aparentemente fortes, para que o poder divino seja mais evidente.
Sabemos que Paulo experimentou isso como graça, porque ele se alegrou nisso: “De boa vontade, pois, mais me gloriarei nas fraquezas, para que sobre mim repouse o poder de Cristo. Pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias, por amor de Cristo. Porque, quando sou fraco, então, é que sou forte” (2 Coríntios 12.9-10).
Viver pela fé na graça de Deus significa estar satisfeito com tudo o que Deus é para nós em Jesus. Portanto, a fé não se esquiva daquilo que revela e magnifica tudo o que Deus é para nós em Jesus. Isso é o que nossa própria fraqueza e sofrimento fazem.

John Piper.

31 de Julho.

O sofrimento que esmaga a fé

Mas eles não têm raiz em si mesmos, sendo, antes, de pouca duração; em lhes chegando a angústia ou a perseguição por causa da palavra, logo se escandalizam.
Marcos 4:17.

A fé de alguns é esmagada, em vez de edificada, pelo sofrimento. Jesus sabia disso e o descreveu aqui na parábola dos quatro solos. Algumas pessoas ouvem a Palavra e inicialmente a recebem com alegria, mas depois vem o sofrimento e as faz cair.
Assim, a aflição nem sempre torna a fé mais forte. Às vezes, ela esmaga a fé. E, então, as palavras paradoxais de Jesus tornam-se realidade: “Ao que não tem, até o que tem lhe será tirado” (Marcos 4.25).
Esse é um chamado para que possamos suportar o sofrimento com firme fé na graça futura, para que nossa fé possa se tornar mais forte e não se provar vã (1 Coríntios 15.2). “Ao que tem se lhe dará” (Marcos 4.25). Conhecer o propósito de Deus no sofrimento é um dos principais meios de crescer em meio ao sofrimento.
Se você pensa que o seu sofrimento é inútil, ou que Deus não está no controle, ou que ele é caprichoso ou cruel, então o seu sofrimento o afastará de Deus, em vez de afastar você de tudo, menos de Deus — como deveria ser. Portanto, é crucial que a fé na graça de Deus inclua a fé de que ele concede graça através do sofrimento.

John Piper.