segunda-feira, 31 de outubro de 2016

31 de Outubro.

"Renova dentro de mim um espírito inabalável". 
Salmos 51.10

Um crente que caiu em pecado, se há resquício de vida nele, gemerá por restauração. Esta restauração exige a mesma atividade da graça manifestada na conversão. Naquela ocasião, precisávamos de arrependimento; na restauração, o arrependimento certamente é necessário. Na conversão, precisávamos de fé, a fim de que pudéssemos ir a Cristo; na restauração, somente a mesma fé pode nos trazer de volta ao Senhor Jesus. Na conversão, queríamos uma palavra do Altíssimo, dos lábios do Amado, para acabar com nossos temores; logo descobriremos que, estando agora sob o sentimento de pecado presente, precisamos da mesma palavra. Nenhum homem pode ser renovado sem uma manifestação do poder do Espírito Santo, uma manifestação tão verdadeira e autêntica como a que ele teve na conversão, porque a renovação é uma obra poderosa, e a carne e o sangue estão tão envolvidos agora como sempre estiveram. Ó Crente, permita que sua fraqueza pessoal seja um argumento para fazê-lo orar sinceramente a seu Deus, suplicando-Lhe ajuda. Lembre-se: quando Davi se sentiu incapaz, ele não cruzou os braços nem calou a boca; ao invés disto dirigiu-se apressadamente ao trono da graça e clamou: “Renova dentro de mim um espírito inabalável” (Salmos 51.10). Não permita que lhe faça dormir, a doutrina que afirma ser você, desamparado, incapaz de agir; mas, faça com que este versículo se tome um lema a impulsioná-lo, com extraordinária prontidão, a buscar o grande Ajudador de Israel. “Senhor, renova dentro de mim um espírito inabalável”. Aquele que ora sinceramente a Deus, pedindo-Lhe que faça isso, provará sua honestidade por utilizar os meios pelos quais Deus age. Gaste muito tempo em oração. Viva na Palavra de Deus. Mortifique as concupiscência que o afastam do Senhor. Tenha o cuidado de manter-se em vigilância contra futuras manifestações do pecado. Assente-se à beira do caminho e prepare-se para quando o Senhor Jesus passar. Reconheça que todo o poder tem de vir do Senhor Jesus; não cesse de clamar: “Renova dentro de mim um espírito inabalável”.

C.H. Spurgeon.

domingo, 30 de outubro de 2016

30 de Outubro.

"Louvar-te-ei, SENHOR". 
Salmos 9.1

O louvor deve sempre acompanhar a oração respondida, assim como a névoa de gratidão terrena se levanta quando os raios de amor do sol celestial esquentam o solo. O Senhor tem sido gracioso para você, inclinando os ouvidos à voz do seu clamor? Então, louve-O enquanto você viver. Não deixe de louvar Aquele que tem respondido à sua súplica e satisfeito o desejo do seu coração. Ficar em silêncio a respeito das misericórdias de Deus significa incorrer no erro de ingratidão. Equivale a agir de modo tão desprezível como o fizeram os nove leprosos que, depois de curados da lepra, não retornaram para agradecer ao Senhor que lhes dera saúde completa.
O louvor, assim como a oração, é um dos mais nobres meios de promovermos o crescimento da vida espiritual. Ajuda-nos a remover os fardos, exercitar a esperança e aumentar a fé. O louvor é um exercício saudável e fortificante que renova o pulso do crente e o prepara para novos empreendimentos no serviço de seu Senhor. Bendizer a Deus pelas misericórdias recebidas é também o meio de beneficiar nossos semelhantes; “Os humildes o ouvirão e se alegrarão” (Salmos 34.2). Outros, que têm passado por circunstâncias semelhantes, receberão consolo, quando dissermos: “Engrandecei o SENHOR comigo, e todos, à uma, lhe exaltemos o nome… Clamou este aflito, e o SENHOR o ouviu e o livrou de todas as suas tribulações” (Salmos 34.3,6). Corações desanimados serão fortalecidos, e os crentes abatidos serão vivificados quando ouvirem nossas canções de libertação (Salmos 32.7). Serão repreendidas as dúvidas e medos deles, conforme ensinamos e admoestamos uns aos outros “com salmos, e hinos, e cânticos espirituais” (Colossenses 3.16). Eles também “cantarão os caminhos do SENHOR” (Salmos 138.5) quando nos ouvirem engrandecer o santo nome dele. Louvar é a mais santa das obrigações cristãs. Os anjos não oram, mas não cessam de louvar tanto de dia quanto de noite; e os remidos, usando vestiduras brancas, com folhas de palmeiras nas mãos, nunca se cansão de cantar a nova canção: “Digno é o Cordeiro” (Apocalipse 5.12).

C.H. Spurgeon

sábado, 29 de outubro de 2016

QUE RAIO ACONTECE NA COZINHA #143 Fraldinha na Mostarda

MÚSICA DO DIA.

29 de Outubro.

"Vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus". 
Mateus 6.9

Esta oração começa onde toda oração verdadeira deve começar -com o espírito de adoção: “Pai nosso”. Não haverá qualquer oração aceitável, enquanto não dissermos: “Levantarme-ei, e irei ter com o meu Pai” (Lucas 15.18). Este espírito de filho logo percebe a grandeza do Pai, “nos céus”, e ascende em piedosa adoração: “Santificado seja o teu nome” (Mateus 6.9). A criança balbuciando: “Aba, Pai” torna-se um anjo clamando: “Santo, Santo, Santo”. Há um único passo da adoração arrebatadora ao espírito missionário ardente, o qual é um renovo infalível do amor filial e adoração reverente. “Venha o teu reino; faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu” (v. 10). Em seguida, temos a sincera expressão de dependência de Deus: “O pão nosso de cada dia dá-nos hoje” (v. 11). Depois, iluminado pelo Espírito Santo, o crente que ora descobre que não é somente dependente, mas também pecador, por isso, ele implora à misericórdia “Perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores” (v.12). O homem que está realmente perdoado se mostra ansioso por não ofender a Deus novamente. Possuir a justificação nos leva a um intenso desejo por santificação. “Perdoa-nos as nossas dívidas” (v. 12) -isto é justificação. “Não nos deixes cair em tentação; mas livra-nos do mal” (v. 13) -isto é santificação em suas formas negativa e positiva. Sendo perdoado, tendo a justiça de Cristo imputada e estando consciente de sua aceitação diante de Deus, o crente suplica humildemente em favor de sua perseverança: “Não nos deixes cair em tentação” (v. 13). Como resultado de tudo isso, surge um louvor triunfante: “Teu é o reino, o poder e a glória para sempre. Amém!” (v. 13). Regozijamo-nos com o fato de que nosso Rei governa em providência e reinará em graça, desde o rio até aos confins da terra, e seu domínio não terá fim. Assim, este breve modelo de oração conduz a alma do senso de adoção à comunhão com o nosso Senhor, que reina. Senhor, ensina-nos a orar assim.

C.H. Spurgeon

sexta-feira, 28 de outubro de 2016

28 de Outubro.

"Não sois do mundo, pelo contrário, dele vos escolhi". 
João 15.19

Nestas palavras, encontramos graça distinguidora e consideração discriminadora, pois algumas pessoas são feitas objetos especiais das afeições de Deus. Não tenha medo de se firmar nesta sublime doutrina da eleição. Quando sua mente estiver sobrecarregada e oprimida, você perceberá que esta verdade é um frasco de calmante. Aqueles que duvidam das doutrinas da graça ou rejeitam-nas perdem ricos cachos de uvas; perdem os vinhos bem clarificados ou as mais ricas guloseimas. Não existe em Gileade bálsamo comparável a esta bênção. Se o mel do qual Jônatas se alimentou fez os seus olhos brilharem, ao ser apenas tocado, este é o mel que iluminará nosso coração para amar e aprender os mistérios do reino de Deus. Coma e não se preocupe em ficar cheio demais. Alimente-se continuamente, sem temor, desta iguaria especial. O alimento da mesa do Rei não prejudicará os súditos dele. Deseje ter uma mente dilatada para que compreenda mais e mais o amor eterno, permanente e discriminador de Deus. Quando você houver atingindo as alturas da eleição, demore-se em refletir sobre a doutrina irmã da eleição -a aliança da graça. Os compromissos da aliança da graça são as estupendas muralhas de rocha por trás das quais estamos abrigados. Os compromissos da aliança da graça, juntamente com o Fiador, o Senhor Jesus, são o lugar tranquilo para repouso de espíritos temerosos. Teu juramento, teu pacto, teu sangue, sustenta-me na enchente assoladora; e quando cede cada amparo terreal, Esta tranquilidade é minha força, meu suporte celestial. Se Jesus encarregou-se de trazer-me à glória; o Pai prometeu que me daria ao Filho como parte da infinita recompensa do penoso trabalho de sua alma; então, até que Deus se torne infiel ou o Senhor Jesus deixe de ser a verdade, a minha alma está em segurança. Após haver dançado perante a arca da aliança, Davi disse a Mical que a eleição o fez agir daquele modo. Venha, ó minha alma, exulte e alegre-se diante do Deus da graça.

C.H. Spurgeon

quinta-feira, 27 de outubro de 2016

27 de Outubro.

"Fiel é esta palavra". 
2 Timóteo 2.11

Paulo fez quatro destas afirmações -“Fiel é esta palavra”. A primeira ocorre em 1 Timóteo 1.15: “Fiel é a palavra e digna de toda aceitação: que Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores”. A segunda ocorre em 1Timóteo 4.8, 9: “A piedade para tudo é proveitosa, porque tem a promessa da vida que agora é e da que há de ser. Fiel é esta palavra e digna de inteira aceitação”. A terceira ocorre em 2 Timóteo 2.11. A quarta afirmação se encontra em Tito 3.8: “Fiel é esta palavra … para que os que têm crido em Deus sejam solícitos na prática de boas obras”. Podemos estabelecer uma conexão entre estas afirmações de fidelidade. A primeira estabelece a graça gratuita de Deus como o fundamento de nossa eterna salvação, ao mostrar-nos a missão do Grande Redentor. A segunda revela os dois tipos de bênçãos que obtemos por meio desta salvação – as bênçãos temporais e as eternas. A terceira afirmação nos mostra um dos deveres aos quais, como povo escolhido, somos chamados. Somos ordenados a sofrer por Cristo, com a promessa de que, “se sofremos, também com ele reinaremos”. A quarta afirmação nos revela a forma ativa do serviço cristão, ordenando a praticarmos com diligência boas obras. Assim temos a raiz da salvação na graça gratuita; depois, os privilégios desta salvação na vida que agora é, e naquela por vir; e também temos os dois grandes ramos do sofrer com Cristo e servir com Cristo, carregados com frutos do Espírito. Entesoure estas afirmações. Permita que se tornem as diretrizes de sua vida, seu consolo e sua instrução. O apóstolo dos gentios comprovou que elas eram fiéis, e continuam sendo. Nenhuma palavra deixará de se cumprir. Todas elas são dignas de aceitação. Devemos aceitá-las agora e provar sua fidelidade. Que estas quatro afirmativas sejam gravadas nos quatro cantos de nossa casa.

C.H. Spurgeon

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

26 de Outubro.

"Esperastes o muito, e eis que veio a ser pouco, e esse pouco, quando o trouxestes para casa, eu com um assopro o dissipei. Por quê? -diz o SENHOR dos Exércitos; por causa da minha casa, que permanece em ruínas, ao passo que cada um de vós corre por causa de sua própria casa". 
Ageu 1.9


Muitos crentes limitam suas contribuições à igreja e aos esforços missionários, chamando essa limitação de boa economia. Eles nem imaginam que estão empobrecendo a si mesmos. A desculpa deles é que têm de cuidar de sua própria família, esquecendo, porém, que negligenciar a casa de Deus é a maneira segura de trazer ruína para seus próprios lares. Em sua providência, Deus tem um método pelo qual pode abençoar nossos esforços, além das expectativas, ou de frustrar nossos planos, a ponto de confundir-nos e desanimar-nos. Com um giro de sua mão, Ele pode guiar nosso barco num canal vantajoso ou encalhá-lo em escassez e bancarrota. As Escrituras ensinam que o Senhor enriquece os liberais e deixa os mesquinhos descobrirem que o reter conduz à pobreza. Numa ampla esfera de observação, tenho visto que os crentes mais generosos sempre têm sido os mais felizes e, invariavelmente, os mais prósperos. Os homens confiam aos bons administradores mais e mais quantias de dinheiro, e assim faz o Senhor. Ele dá em abundância aos que contribuem a mãos-cheias. Onde a riqueza não é guardada, o Senhor transforma o pouco em muito através do contentamento que o coração santificado sente, em proporção à dedicação com a qual o dízimo foi dado ao Senhor. O egoísmo olha inicialmente para sua própria casa, mas a piedade busca em primeiro lugar o reino de Deus e a sua justiça (ver Mateus 6.33). Todavia, a longo prazo, o egoísmo se torna perda, e a piedade, grande lucro. Precisamos de fé para agirmos com mãos abertas em relação a nosso Deus; Ele, por sua vez, merece esta maneira de agir. Tudo que podemos fazer é um reconhecimento muito pobre de nossa surpreendente obrigação com a sua bondade!

C.H. Spurgeon

terça-feira, 25 de outubro de 2016

25 de Outubro.

"Por causa da verdade que permanece em nós e conosco estará para sempre". 
2 João 2

Se a verdade de Deus recebe entrada no coração do homem e o subjuga a si mesma, nenhum poder, humano ou infernal, será capaz de expulsá-la. Nós a recebemos não como um simples convidado, e sim como o dono da casa -esta é uma das necessidades do crente. Os que sentem o poder vital do evangelho e conhecem o poder do Espírito Santo quando abre, aplica e sela a Palavra do Senhor, logo serão quebrantados, em vez de sentirem desejo de abandonar o evangelho de sua salvação. Incontáveis misericórdias estão envolvidas na certeza de que a verdade estará para sempre conosco; esta certeza será nosso amparo na vida, nosso conforto na morte, nossa canção de ascensão, nossa glória eterna. Este é um privilégio do crente; sem a certeza da presença da verdade nossa fé seria de pouco valor. Quando amadurecemos, deixamos algumas verdades para trás, visto que elas eram apenas rudimentos e lições para iniciantes. Mas não devemos agir assim para com a verdade de Deus. Embora a Palavra de Deus seja alimento agradável para os bebês, ela é, no sentido mais elevado, carne para os adultos. A verdade de que somos pecadores é dolorosa para nós; todavia, esta verdade nos humilha e nos torna vigilantes. A verdade mais bendita, de que todo o que crê no Senhor Jesus será salvo, permanece conosco como nossa alegria e esperança. Os motivos e fundamentos para crermos são agora mais fortes e mais numerosos do que antes; e temos razão para esperar que isso seja realmente assim, até que na morte abracemos o Senhor. Somos constrangidos a exercer o nosso amor onde o amor da verdade permanente for encontrado. Nenhum período curto pode conter nossa graciosa harmonia; ampla como a eleição da graça deve ser nossa comunhão de coração. Muito erro pode estar mesclado com a verdade recebida. Lutemos contra o erro, mas continuemos a amar os irmãos por causa da medida de verdade que percebemos neles. Acima de tudo, amemos e propaguemos, nós mesmos, a verdade!

C.H. Spurgeon

segunda-feira, 24 de outubro de 2016

24 de Outubro.

"Avigoram-se as árvores do SENHOR". 
Salmos 104.16


Sem a seiva, uma árvore não pode florescer, nem mesmo existir. Vitalidade é essencial para o crente. Tem de existir vida – um princípio vital infundido em nós por Deus, o Espírito Santo. A simples confissão de ser crente é apenas uma coisa mortal. Ternos de ser cheios com o Espírito da vida divina. Esta vida é misteriosa. Nós não compreendemos a circulação da seiva, por meio de qual força ela sobe, e por meio de qual poder ela desce novamente. Assim, a vida dentro de nós é um mistério sagrado. A regeneração é realizada pelo Espírito Santo, quando Ele entra em um homem e se torna a sua vida. Em seguida, esta vida divina, em um crente, se alimenta da carne e do sangue de Cristo, e, deste modo, ela é mantida por alimento divino. Mas, de onde ela vem e para onde vai, quem pode explicar? Que coisa secreta é a seiva! As raízes se aprofundam no solo, porém não podemos vê-las expirando os diversos gases e transformando o mineral em vegetal. Esta obra é realizada embaixo, ocultamente. Nossa raiz é o Senhor Jesus, e nossa vida está escondida nEle. Este é o segredo do Senhor. A fonte primária da vida cristã é tão secreta quanto a própria vida. Quão permanentemente ativa é a seiva no cedro! No crente, a vida divina é sempre cheia de energia -nem sempre em frutificação, mas em operações internas. As virtudes do crente não estão sempre em atividade, mas a sua vida nunca para de palpitar no íntimo. O crente não está sempre trabalhando para Deus; o seu coração, porém, está sempre vivendo nEle. Assim como a seiva se manifesta na produção da folhagem e dos frutos da árvore, assim também acontece com todo verdadeiro crente saudável. A graça divina no crente se manifesta externamente em seu falar e seu andar diário. Se você conversar com esse tipo de crente, logo o ouvirá falando sobre Jesus. Se você observar as ações dele, perceberá que ele tem estado com Jesus. Esse crente tem muita seiva em sua alma, seiva que encherá com vida o seu falar e a sua conduta.

C.H. Spurgeon

domingo, 23 de outubro de 2016

23 de Outubro.

"Quereis também vós… retirar-vos?" 
João 6.67

Muitos têm abandonado a Cristo, não mais andam com Ele. Mas, que razão têm eles para esta mudança? Há algum motivo no passado? Jesus não se tem comprovado como todo-suficiente? Ele roga a você nesta manhã: “Tenho eu sido… um deserto?” (Jeremias 2.31.) Quando a sua alma confiou de maneira simples em Jesus, você se sentiu confuso em algum momento? Até agora você não descobriu que o seu Senhor tem sido um amigo compassivo e generoso? A fé simples nEle ainda não lhe deu toda a paz que seu espírito poderia desejar? Você pode sonhar como um amigo melhor do que Jesus lhe tem sido? Então, não troque o antigo e experimentado pelo novo e falso. Quanto ao presente, pode este motivá-lo a abandonar a Cristo? Quando somos afligidos por este mundo e por tribulações severas na igreja, descobrimos que é uma bênção poder reclinar a cabeça no seio de nosso Senhor. Este é o gozo que temos hoje – estamos salvos em Cristo. Se este gozo nos satisfaz, por que pensamos em mudar? Quem troca ouro por escória? Não deixaremos nosso Senhor, enquanto não aparecer um amor mais resplandecente. Uma vez que isto nunca acontecerá, nos apegaremos ao Senhor Jesus com vigor imortal e gravaremos o nome dele como selo em nossos braços. Quanto ao futuro, você pode sugerir algo que pode surgir e fazer com que seja necessário desertar ou revoltar-se contra o velho estandarte, a fim de servir outro capitão? Não cremos nisto. Se a vida é longa, Ele não muda. Se somos pobres, o que é melhor do que ter a Cristo, que pode nos tornar ricos? Quando estamos doentes, o que mais necessitamos além de Jesus cuidando de nós? Quando morrermos, não está escrito “que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as coisas do presente, nem do porvir, nem os poderes, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor” (Romanos 8.38-39)? Dizemos juntamente com Pedro: “Senhor, para quem iremos?” (João 6.68).

C.H. Spurgeon

sábado, 22 de outubro de 2016

22 de Outubro.

"Eu de mim mesmo os amarei". 
Oséias 14.4

Esta sentença é um corpo de divindade em miniatura. Aquele que entende o significado desta afirmação é um teólogo e aquele que pode mergulhar na plenitude desta sentença é um verdadeiro mestre em Israel. Esta sentença é uma síntese da gloriosa mensagem de salvação que nos foi dada em Cristo Jesus, nosso Redentor. O âmago desta sentença está nas palavras “de mim mesmo”. Esta é a maneira apropriada, gloriosa e divina pela qual o amor flui do céu à terra. É um amor espontâneo, manifestando-se para com aqueles que não o merecem, não o compraram, não procuraram por ele. Esta é realmente a única maneira como Deus pode nos amar. O texto é um golpe mortal para todos os tipos de aptidões: “Eu de mim mesmo os amarei”. Ora, se houvesse em nós alguma aptidão necessária, então, Deus não nos amaria de Si mesmoi no mínimo, isto seria uma redução da generosidade deste amor. Mas a verdade permanece: “Eu de mim mesmo os amarei”. Nós lamentamos: “Senhor, meu coração é tão endurecido”. Ele responde: “Eu de mim mesmo os amarei”. Nós dizemos: “Mas não sinto necessidade de Cristo como gostaria de sentir. Não sinto aquele quebrantamento da parte do Espírito Santo, o quebrantamento que eu deveria desejar”. E Ele responde: “Eu não amarei vocês porque sentem sua necessidade. “Eu de mim mesmo os amarei”. A aliança da graça não impõe condições. Sem qualquer merecimento, podemos nos aventurar na promessa de Deus, feita para nós em Cristo Jesus: “Quem nele crê não é julgado” (João 3.18). Somos abençoados por sabermos que a graça de Deus é espontânea para conosco a todo o momento, sem a necessidade de preparações, adequações, dinheiro ou preço! De fato, este versículo foi escrito especialmente para tais pessoas. “Curarei a sua infidelidade, eu de mim mesmo os amarei” (Oséias 14.4). Ó pecador, a generosidade desta promessa certamente quebrantará o seu coração, e você retornará, e procurará a face de seu ofendido Pai

C. H. Spurgeon.

sexta-feira, 21 de outubro de 2016

QUE RAIO ACONTECE #142 COMO FAZER BOMBOM CHEESECAKE

MÚSICA DO DIA

21 de Outubro.

O amor de Cristo nos constrange. 
2 Coríntios 5.14


Quanto você deve ao meu Senhor? Quanto Ele já fez por você? Perdoou os seus pecados? Ele o vestiu com um manto de justiça? Colocou os seus pés sobre a rocha? Ele tem estabelecido os seus caminhos? Preparou o céu para você? Preparou você para o céu? Escreveu o seu nome no Livro da Vida? Jesus lhe tem dado bênçãos incontáveis? Ele tem acumulado para você um estoque de misericórdias, que olhos não têm visto e sobre as quais ouvidos não têm ouvido (ver 1Coríntios 2.9)? Então, faça por Jesus alguma coisa digna do amor dele. Não dê ao Redentor que morreu urna mera oferta verbal. Como você se sentirá, quando seu Senhor vier e você tiver de confessar que não fez nada por Ele, exceto manter fechado o seu amor, tal como um poço estagnado, deixando de jorrá-lo em favor dos pobres e da obra dele? Afaste esse tipo de amor! O que os homens pensam de um amor que não se expressa em ações? Ora, eles dizem: “Melhor é a repreensão franca do que o amor encoberto” (Provérbios 27.5). Quem aceitará um amor tão fraco, que não impulsiona você a um pequeno ato de renúncia, generosidade, altruísmo ou zelo? Pense em como Ele o amou a ponto de entregar-se a Si mesmo por você! Conhece o poder desse amor? Então, permita que ele seja, para a sua alma, como um vento forte e impetuoso que remove as nuvens de seu mundanismo e dissipa a névoa de seu pecado. Que as palavras: “Por amor a Cristo” sejam a língua de fogo que se acomodará sobre você. Que elas sejam o êxtase divino, a inspiração celeste para erguê-lo da terra, o Espírito Divino que o tornará ousado como o leão e esperto como a águia, no serviço de seu Senhor. O amor deve outorgar asas aos pés que servem ao Senhor e forças aos braços que trabalham por Ele. Tendo os olhos fixos em Deus, com uma perseverança inabalável, resolutos a honrá-Lo com uma determinação de que não nos desviaremos, e avançando com um ardor que nunca cansará, manifestemos os constrangimentos do amor de nosso Senhor. Que Ele nos atraia ao céu.

C.H. Spurgeon

quinta-feira, 20 de outubro de 2016

20 de Outubro.

"Cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo". 
Efésios 4.15

Muitos crentes permanecem raquíticos e atrofiados nas coisas espirituais de forma que mostram a mesma aparência ano após ano. Não são manifestados neles, sentimentos avançados e refinados. Eles existem mas não crescem em tudo naquele que é a cabeça, Cristo. Todavia, devemos ficar contentes por estarmos na folha verde, quando podemos avançar à espiga e, eventualmente, ao grão maduro na espiga? Devemos nos satisfazer em crer em Cristo e dizer: “Estou seguro”, sem desejarmos conhecer em nossa experiência mais da plenitude que podemos encontrar nEle? Isto não deve acontecer. Como bons comerciantes no mercado celestial, devemos anelar ser enriquecidos no conhecimento de Jesus. É muito bom conservarmos a vinha de outras pessoas, mas não podemos negligenciar nosso próprio crescimento e maturidade espiritual. Por que sempre tem de ser inverno em nosso coração? É verdade que precisamos ter o nosso tempo de semeadura, mas, oh! que tenhamos igualmente primavera e verão, que nos prometerão uma colheita antecipada! Se desejamos amadurecer na graça, temos de viver bem perto de Jesus -em sua presença -amadurecidos pela luz de seus sorrisos. Precisamos manter doce comunhão com Ele. Temos de nos aproximar de Jesus, como o fez o apóstolo João, e reclinarmos a cabeça no seio dele. Então, nos veremos avançando em santidade, amor, fé e esperança – sim, em todos os dons preciosos. Assim como o sol nasce primeiramente no topo das montanhas, envolvendo-os com a luz, e apresenta uma das visões mais encantadoras aos viajantes; assim é uma das mais deleitáveis contemplações observar o esplendor da luz do Espírito Santo na cabeça de um crente que tem crescido em estatura espiritual. Em semelhança aos imensos Alpes cobertos de neve, ele reflete os feixes de luz do Sol da Justiça, primeiramente entre os escolhidos. Depois, ele dissemina o resplendor da brilhante glória de Cristo para que todos a vejam, e vendo-a, tragam glória ao Pai que está nos céus.

C.H. Spurgeon

quarta-feira, 19 de outubro de 2016

19 de Outubro.

"Crianças em Cristo". 
1°Coríntios 3.1


Você está lamentando porque é muito fraco em sua vida espiritual? Está lamentando porque a sua fé é tão frágil e seu amor tão pequeno? Anime-se, pois você tem motivo de gratidão. Lembre-se: em algumas coisas você é igual ao crente mais forte e adulto. Você e ele foram comprados com o mesmo sangue. Você é um filho adotado de Deus assim como qualquer outro crente. Uma criança é um filho verdadeiro de seus pais, tal como um filho adulto. Você está completamente justificado em Cristo, pois a sua justificação não depende de graus. A sua pequena fé o tornou completamente puro. Assim como os crentes mais avançados, você tem direito às coisas preciosas da aliança, visto que o seu direito às misericórdias da aliança está fundamentado não em seu crescimento espiritual, e sim na própria aliança. Crente, a sua fé em Jesus não é a medida e sim a evidência de sua herança nEle. Você é tão rico quanto o mais rico, se não em prazer, em posse real. A estrela que menos brilha também está em órbita no céu. O raio mais tênue de luz também possui afinidade com o grande luzeiro do dia. No registro da família celestial, o menor e o maior estão inscritos pela mesma caneta. Você é tão querido ao seu Pai celestial como os mais nobres da família. O Senhor Jesus lhe demonstra ternura abundante. Você é semelhante a uma cana quebrada e qualquer mão menos cuidadosa que a do Maestro lhe esmagaria ou jogaria fora, mas Ele nunca “esmagará a cana quebrada” (Isaías 42.3). Um espírito mais rude diria: “Apague esta torcida fumegante. Ela enche a sala com um cheiro desagradável!” Em vez de ficar abatido por causa do que você é, deveria sentir-se triunfante em Cristo. Sou eu pequeno em Israel? Em Cristo, estou assentado nos lugares celestiais. Sou pobre na fé? Apesar disso, em Jesus sou herdeiro de todas as coisas. Embora não tenha nada de que me vangloriar, no que se refere a mim mesmo, eu me regozijarei no Senhor e me gloriarei no Deus da minha salvação.

C.H. Spurgeon

terça-feira, 18 de outubro de 2016

18 de Outubro.

"As tuas pegadas destilam fartura". 
Salmos 65.11

Muitas são as pegadas do Senhor que II destilam fartura”, porém uma de suas pegadas especiais é a oração. Nenhum crente que gasta bastante tempo em oração terá necessidade de clamar: “Definho, definho, ai de mim!” (Isaías 24.16.) Almas famintas vivem distante do trono de misericórdia e se tornam semelhantes aos campos ressecados em tempo de estiagem. Prevalecer com Deus, em oração determinada, certamente nos tornará crentes fortes -se não felizes. O lugar mais próximo das portas do céu é o trono da graça celestial. Passe muito tempo sozinho com o Senhor Jesus, assim você terá muita segurança. Gaste pouco tempo em comunhão pessoal com o Senhor, e você terá uma fé superficial, defeituosa, com muitas dúvidas e temores, destituída da alegria do Senhor. A pegada da oração, que enriquece a alma, está disponível até para o mais frágil crente e não exige nenhuma realização nobre. Você não é convidado a vir porque é um santo superior, mas apenas por ser santo, é convidado gratuitamente. Querido leitor, assegure-se de estar frequentemente em devoção particular e comunhão com o Senhor Jesus. Gaste tempo de joelhos, pois foi assim que Elias lançou chuva sobre os campos famintos de Israel. Há outra pegada especial destilando fartura aos que nela andam: é o andar secreto de comunhão. Oh! Os prazeres do companheirismo com Jesus! As palavras da terra não podem descrever a santa calma de uma alma que se reclina sobre o seio de Jesus. Poucos crentes entendem isso. Vivem nos baixios e raramente sobem aos lugares elevados. Vivem no átrio exterior. Não entram no lugar santo. Eles não admitem o privilégio do sacerdócio. Contemplam o sacrifício à distância, mas não se assentam com o sacerdote para comer a gordura e se regozijar com o melhor da oferta queimada. Querido leitor, assente-se à sombra de Jesus. Suba àquela palmeira e pegue seus ramos. Permita que seu Amado seja a macieira entre as árvores do bosque, assim você se satisfará com tutano e gordura. Ó Senhor Jesus, visita-nos com a tua salvação.

C.H. Spurgeon 

segunda-feira, 17 de outubro de 2016

17 de Outubro

"Disse, porém, Davi consigo mesmo: Pode ser que algum dia venha eu a perecer nas mãos de Saul". 
1Samuel 27.1

O pensamento do coração de Davi, nesta ocasião, era falso. Certamente ele não tinha razão para pensar que a unção de Deus sobre ele tinha o propósito de ser abandonada como um ato vazio e sem significado. Em nenhum momento, o Senhor havia deixado o seu servo. Frequentemente, Davi fora colocado em situações perigosas; todavia, não houve ocasião em que não tivesse o livramento por meio da intervenção divina. Variadas foram as provações às quais ele foi exposto. Contudo, em todas as ocasiões, Aquele que enviou o julgamento, também, graciosamente, ordenou um meio de escape. Davi não podia apontar o dedo para qualquer anotação em seu diário e dizer: “Aqui está a evidência de que o Senhor me abandonará”, pois todo o curso de sua vida provava extamente o oposto. A partir do que Deus fizera por Davi, este deveria ter compreendido que Deus ainda seria o seu defensor. Nós duvidamos da ajuda de Deus desta mesma maneira? Isto não é desconfiança sem motivo? Já tivemos alguma sombra de motivo para duvidar da bondade de nosso Pai? Sua amabilidade não tem sido maravilhosa? Ele já falhou em honrar a nossa confiança? Oh, não! Nosso Deus não nos deixou em momento algum. Temos tido noites escuras, mas a estrela de amor tem resplandecido em meio à negridão. Temos vivido em severos conflitos, mas sobre nossa cabeça, Ele tem erguido o escudo de nossa defesa. Temos passado por muitas provações. Elas nunca nos sobrevieram para nosso detrimento, e sim para nosso proveito. A conclusão que tiramos de nossas experiências passadas é que Aquele que tem estado conosco em seis provações estará conosco também na sétima. O que sabemos a respeito de nosso Deus fiel prova que Ele nos guardará até ao final. Não devemos, então, argumentar contra as evidências. Como podemos ser tão ingratos a ponto de duvidar de nosso Deus? Senhor, lança ao chão a Jezabel de nossa incredulidade e faze com que os cães a devorem.

C.H. Spurgeon

domingo, 16 de outubro de 2016

16 de Outubro.

"Disse-lhes Jesus: Vinde, comei". 
João 21.12

Nestas palavras, o crente é chamado à intimidade santa com o Senhor Jesus. “Vinde, comei” implica participar da mesma mesa e da mesma comida. Às vezes, elas significam assentar-se lado a lado com o Senhor e reclinar a cabeça no seu ombro. É ser trazido à sala do banquete onde a bandeira de amor redentor balança. “Vinde, comei” nos dá a visão da união com o Senhor Jesus, por que a única comida com a qual podemos nos banquetear, ao comer com Jesus, é Ele mesmo. Oh! que união profunda! É uma profundidade que a mente não pode imaginar, esta de nos alimentarmos de Jesus. “Quem comer a minha carne e beber o meu sangue permanece em mim, e eu, nele” (João 6.56). “Vinde, comei” também é um convite para desfrutarmos de comunhão com os santos. Os crentes diferem em vários pontos, mas todos eles têm o mesmo apetite espiritual. Se não podemos ter os mesmos sentimentos, podemos nos alimentar do mesmo pão da vida enviado do céu. Na mesa de comunhão com Jesus, somos um único pão e um único cálice. Enquanto o cálice de amor passa pelos irmãos, empenhamos nosso amor e unidade uns aos outros com sinceridade. Aproxime-se de Jesus, e você se perceberá cada vez mais unido a todos os que são sustentados pelo mesmo maná celestial. Se fôssemos mais íntimos de Jesus, seríamos mais próximos uns dos outros. Também vemos nestas palavras a fonte de vigor de todo crente. Olhar para Cristo significa viver; mas também para ganhar poder para servir a Cristo, é preciso vir e comer. Trabalhamos sob grande fraqueza desnecessária, porque negligenciamos este preceito de nosso Senhor. Nenhum de nós precisa se submeter a uma dieta de baixas calorias; pelo contrário, devemos nos alimentar da gordura e do tutano da Palavra, para que assim acumulemos forças e empreguemos todo poder, em seu pleno vigor, no serviço do Senhor. Portanto, se você deseja intimidade com Jesus, união com Ele, amor por seu povo e vigor dele, venha e coma com Ele, pela fé.

C.H. Spurgeon

sábado, 15 de outubro de 2016

15 de Outubro.

"Quem poderá suportar o dia da sua vinda?" 
Malaquias 3.2

A primeira vinda de Jesus aconteceu sem qualquer pompa ou demonstração de poder visíveis. Mas, na verdade, houve poucos que foram capazes de suportar o poder testador dessa vinda. Herodes e toda a Jerusalém ficaram agitados com a notícia do maravilhoso nascimento. Aqueles que imaginavam estar esperando pelo Messias demonstraram a falácia de sua confissão, ao rejeitarem-no, quando Ele veio. Sua vida na terra foi uma peneira, a qual pôs à prova o grande amontoado de profissão religiosa, e poucos suportaram o processo. Mas, o que será o segundo advento de Cristo? Que pecador é capaz de suportar os pensamentos a respeito desse advento? “Ferirá a terra com a vara de sua boca e com o sopro dos seus lábios matar á o perverso” (Isaías 11.4). Quando, em sua humilhação, as únicas palavras de Jesus para os soldados foram: “Sou eu”, eles recuaram e caíram por terra (ver João 18.5,6). Qual será o terror de seus inimigos quando Ele se revelar mais plenamente como o “Eu sou”? A morte de Jesus fez tremer a terra e encheu de trevas o céu. Qual será o terrível esplendor daquele dia em que, como o Senhor vivo, Ele convocar os vivos e os mortos para comparecerem diante dele? Embora Jesus seja o Cordeiro, Ele também é o Leão da tribo de Judá (ver Apocalipse 5.5) que despedaça os seus inimigos. Ainda que Ele não esmague a cana quebrada (ver Isaías 42.3), Ele destruirá seus inimigos com uma vara de ferro e os despedaçará como um vaso de oleiro (ver Salmos 2.9). Mas o povo querido de Cristo, lavado no seu sangue, espera por sua manifestação com alegria e esperança, a fim de presenciá-la sem medo. Examinemos a nós mesmos neste dia e confirmemos nossa vocação e eleição, de modo que a vinda do Senhor não produza quaisquer presságios obscuros em nossa mente. Oh! que tenhamos graça para abandonar toda hipocrisia e sermos encontrados sinceros e sem reprovação no dia da manifestação de Cristo!

C.H. Spurgeon

sexta-feira, 14 de outubro de 2016

QUE RAIO ACONTECE NA COZINHA #141 COMO FAZER MUSSARELA WAFFLES

MÚSICA DO DIA

14 de Outubro.

"Considero tudo como perda, por causa da sublimidade do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor". 
Filipenses 3.8

O conhecimento espiritual de Cristo será um conhecimento pessoal . Não posso conhecer a Jesus por meio da familiaridade de outra pessoa com Ele. Preciso conhecê-lo eu mesmo. O conhecimento espiritual de Cristo será um conhecimento inteligente. Tenho do conhecê-Lo, não como os sonhos utópicos sobre Ele, mas como Ele se revela na Palavra de Deus. Tenho de conhecer as duas naturezas de Cristo, tanto a divina como a humana. Preciso conhecer os ofícios, os atributos, as obras, a humilhação e a exaltação de Cristo. Tenho de meditar na pessoa de Cristo, até que compreenda com todos os santos “qual é a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade” do amor dele “que excede todo entendimento” (Efésios 3.18,19). O conhecimento de Cristo será um conhecimento afetivo. Na verdade, se realmente O conheço, tenho de amá-Lo. Um pouco de conhecimento de coração é melhor do que grande quantidade de conhecimento intelectual a respeito de Cristo. Nosso conhecimento de Cristo será um conhecimento que satisfaz. Quando eu conheço o Salvador, minha mente estará repleta dele. Acharei que tenho aquilo pelo que o meu espírito anelava. Jesus disse: “Eu sou o pão da vida; o que vem a mim jamais terá fome” (João 6.35). Ao mesmo tempo, será um conhecimento estimulante. Quanto mais eu conheço o meu Amado, tanto mais desejo conhecê-Lo. Quando mais alto subo, mais elevados serão os cumes que convidam meus ansiosos passos. Em conclusão, o conhecimento de Cristo será o conhecimento mais feliz. Na realidade, muitas vezes este conhecimento me elevará acima de todas as provações, dúvldas e tristezas. Enquanto o desfruto, ele me fará algo mais que “o homem, nascido de mulher, [que] vive breve tempo, cheio de inquietação” (Jó 14.1). Ele espalhará sobre mim a imortalidade do Salvador eterno e me cingirá com o cinto de ouro de sua alegria eterna. Venha, minha alma, assente-se aos pés de Jesus e aprenda dele em todo este dia.

C.H. Spurgeon

quinta-feira, 13 de outubro de 2016

13 de Outubro.

"A tristeza segundo Deus produz arrependimento". 
2 Coríntios 7.10

O verdadeiro arrependimento é obra do Espírito de Deus. O arrependimento é uma flor seleta que não brota no jardim da natureza humana. A pérola se forma naturalmente no interior da ostra, mas o arrependimento nunca se manifesta nos pecadores, se a graça de Deus não agir neles. Se você tem uma partícula de verdadeiro ódio para com o pecado, foi Deus quem lhe deu este sentimento, pois os abrolhos da natureza humana nunca produziram um único figo. “O que é nascido da carne é carne” (João 3.6). O verdadeiro arrependimento tem uma ref erência específica para com o Salvador. Quando nos arrependemos do pecado, precisamos ter um olho no pecado e outro na cruz. Será melhor ainda fixarmos ambos os olhos em Cristo e enxergarmos nossas transgressões tão-somente à luz do amor dele. A verdadeira tristeza para com o pecado é eminentemente prática. Ninguém pode dizer que odeia o pecado, se vive no pecado. O arrependimento nos faz ver a malignidade do pecado não somente como algo teórico, mas também como algo experimental -assim como uma criança queimada odeia o fogo. O verdadeiro lamento pelo pecado nos tornará muito zelosos em relação à nossa língua, para que não falemos palavras impróprias. Precisamos vigiar nossas ações, para não causarmos ofensas e terminarmos o dia com dolorosas confissões de nossos erros. A cada manhã devemos nos levantar com orações para que Deus nos sustente naquele dia, a fim de que não pequemos contra Ele. O arrependimento sincero é contínuo. Os crentes se arrependem até ao dia de sua morte. Sua tristeza pelo pecado não é intermitente. Todas as outras tristezas se rendem ao tempo, mas esta bend ita tristeza cresce juntamente com o nosso crescimento espiritual. Ela é tanto doce quanto amarga, mas agradecemos a Deus por sermos permitidos desfrutar deste arrependimento e sofrê-lo até entrarmos em nosso descanso eterno.

C.H. Spurgeon

quarta-feira, 12 de outubro de 2016

12 de Outubro.

"Meditarei nos teus preceitos". 
Salmos 119.15



Existem ocasiões em que a solidão é melhor do que estar na companhia de pessoas, e o silêncio é mais sábio do que o falar. Seríamos crentes melhores, se gastássemos mais tempo sozinhos, esperando em Deus e reunindo, por meio da meditação nas Escrituras, forças espirituais para trabalharmos na obra dele. Devemos meditar nas coisas de Deus porque assim obtemos a verdadeira nutrição que elas nos podem fornecer. A verdade é semelhante a um cacho de uvas. Se desejamos obter vinho do cacho, temos de esmagá-lo e espremê-lo muitas vezes. Os pés do espremedor devem vir alegremente sobre os cachos; de outra forma, o suco não fluirá. Devem pisar bem as uvas, ou então, muito do líquido precioso será desperdiçado. Assim também devemos, por meio da meditação, espremer o cacho da verdade, se desejamos obter dele o vinho da consolação. Nossos corpos não são mantidos apenas por levarmos a comida à boca. O processo que realmente fornece energia aos músculos, nervos, tendões e ossos é o processo de digestão. É por meio da digestão que a comida exterior se torna assimilável para a vida interior. Nossa alma não é alimentada apenas por ouvir numa e noutra ocasião esta ou aquela parte da verdade divina. Ouvir, ler, fazer anotações e aprender tudo são atitudes que exigem uma digestão interior para completar a sua utilidade. A digestão interior da verdade, em sua maior parte, consiste em meditarmos nela. Por que alguns crentes, embora ouçam muitos sermões, têm progresso lento em sua vida espiritual? Porque eles negligenciam seu momento de oração e não meditam atentamente na Palavra de Deus. Amam o trigo, mas não o trituram. Querem as espigas, todavia, não saem ao campo para colhê-las. O fruto está pendurado na árvore, contudo, eles não o apanham. A água jorra aos pés deles, mas não se abaixam para bebê-la. Senhor, livra-nos dessa tolice, e seja esta nossa decisão neste dia: 11M editarei nos teus preceitos”.

C.H. Spurgeon

terça-feira, 11 de outubro de 2016

11 de Outubro.

"Levantemos o coração, juntamente com as mãos, para Deus nos céus". 
Lamentações 3.41

A prática da oração nos ensina o quanto somos indignos; e esta é uma lição bastante proveitosa para pessoas orgulhosas como nós. Se Deus nos outorgasse favores sem nos constranger a orar por tais favores, nunca saberíamos quão pobres realmente somos. Uma oração verdadeira é um inventário de coisas das quais precisamos, um catálogo de necessidades e uma revelação de pobreza ocultada. Enquanto é uma alusão da riqueza divina, é uma confissão do vazio humano. O estado mais saudável de um verdadeiro crente é o de ser sempre vazio ou pobre em si mesmo, para permanecer em constante dependência do Senhor para o suprimento de suas necessidades; estar rico em Jesus, fraco pessoalmente, mas poderoso em Deus para realizar grandes proezas. Eis a razão da prática da oração -ao mesmo tempo em que adora a Deus, ela coloca a criatura onde esta deve realmente ficar: prostrada no chão. O oração em si mesma, independentemente da resposta que ela nos traz, é um grande benefício para o crente. Assim como o atleta obtém forças para a corrida por meio do exercício diário, assim também, para a extensa corrida da vida, adquirimos energia por meio do santificado labor da oração. A oração enche de penas as asas das jovens águias de Deus, a fim de aprenderem a voar acima das nuvens. A oração cinge os lombos dos guerreiros de Deus e os envia para o combate com músculos firmes. Um crente que ora com sinceridade sai de seu quarto como o sol nasce dos aposentos do leste, regozijando-se como um homem forte, preparado para disputar a sua corrida. A oração reveste com vigor divino a fraqueza de um crente, transforma a tolice humana em sabedoria divina, outorgando a paz de Deus a mortais atribulados. Não podemos imaginar qualquer coisa que a oração seja incapaz de realizar. Ó Deus, agradecemos-Te pelo trono de misericórdia, uma prova especial de tua admirável bondade. Ajuda-nos a usá-lo corretamente em todo este dia!

C.H. Spurgeon

segunda-feira, 10 de outubro de 2016

10 de Outubro.

"Imaculados diante da sua glória".
Judas 24

Em nosso coração, perscrutamos esta maravilhosa palavra “imaculados”. Ainda estamos aquém desta realidade. Todavia, como nosso Senhor nunca para antes da perfeição em sua obra de amor, um dia chegaremos a esse estado. O Salvador que guardará seu povo até ao fim, Ele mesmo os apresentará, na consumação, diante de Si mesmo, como Igreja gloriosa, sem qualquer mácula, ruga ou coisa semelhante (ver Efésios 5.27). Todas as joias da coroa do Salvador são de primeira qualidade e não têm o menor defeito. Todas as damas de honra que atendem à esposa do Cordeiro são virgens puras e sem manchas. Os crentes serão santos e não terão defeitos. Mas, de que maneira o Senhor Jesus nos tornará imaculados? Em seu sangue, Ele nos lavará de nossos pecados, até que sejamos puros e santos como um anjo de Deus. Seremos vestidos com a justiça de Cristo – aquela justiça que faz o santo que a usa indubitavelmente perfeito, sim, perfeito aos olhos de Deus. Seremos inocentes e inculpáveis aos olhos de Deus. A sua lei não terá qualquer acusação contra nós; além disso, ela será magnificada em nós. E a obra do Espírito Santo em nosso íntimo será totalmente consumada. Deus nos tornará tão perfeitamente santos, que não teremos a menor tendência ao pecado. Julgamento, memória, vontade, cada poder e paixão serão emancipados da escravidão do mal. No céu, a beleza dos santos será tão sublime quanto a beleza do lugar preparado para eles. Oh! que gozo haverá na hora em que se levantarão os portais eternos e nós, estando já adequados à nossa herança, viveremos com os santos na luz! O pecado terá desaparecido e Satanás haverá sido lançado fora; a tentação não mais existirá, e nós mesmos estaremos “imaculados” diante de Deus. Isto será realmente o céu. Alegremo-nos agora, enquanto ensaiamos a canção de louvor eterno para ressoar, em coro completo, de toda a multidão lavada no sangue. Copiemos o louvor de Davi diante da arca como um prelúdio de nosso êxtase diante do trono.

C.H. Spurgeon

domingo, 9 de outubro de 2016

09 de Outubro.

"Poderoso para vos guardar de tropeços". 
Judas 24

Em um aspecto, o caminho para o céu é muito seguro. Em outros aspectos, não existe caminho tão perigoso. Está cercado por dificuldades. Um passo em falso -e quão facilmente damos esse passo, quando a graça está ausente -e caímos. Que caminho escorregadio alguns de nós têm de percorrer! Quantas vezes exclamamos como o salmista: “Quanto a mim, porém, quase me resvalaram os pés; pouco faltou para que se desviassem os meus passos” (Salmos 73.2). Se fôssemos alpinistas fortes, de andar seguro, não ficaríamos preocupados com o tropeço. Mas, em nós mesmos, quão fracos somos! Nas melhores estradas logo vacilamos; nos mais agradáveis caminhos rapidamente tropeçamos. Estes nossos frágeis joelhos mal podem suportar nosso peso cambaleante. Um vento leve pode nos abalar, e uma pedrinha, nos machucar. Somos crianças temerosas dando os primeiros passos na caminhada da fé. Nosso Pai celestial nos segura pela mão, pois, do contrário, logo cairíamos. Oh! se estamos sendo guardados de tropeço, quanto devemos exaltar o paciente poder que cuida de nós todos os dias! Pense em como somos propensos a cair no pecado, como somos inclinados a escolher o perigo e quão forte é a nossa tendência de cairmos em desânimo! Estas reflexões nos levarão a cantar com mais regozijo do que o fazíamos antes: Glórias sejam dadas “àquele que é poderoso para vos guardar de tropeços” (Judas 24). Temos muitos adversários que nos tentam arruinar. Os inimigos se escondem, em espreita, a fim de se lançarem contra nós quando menos os esperamos. Eles se empenham em nos passarem rasteira e nos derrubarem do rochedo mais próximo. Somente um braço todo-poderoso pode nos preservar desses inimigos invisíveis que procuram nos destruir. Este braço está engajado em nossa defesa. Aquele que prometeu é fiel e capaz de guardar-nos de tropeços. Com um profundo senso de completa fraqueza, nutrimos firme confiança em nossa perfeita segurança. Podemos dizer com alegre confiança.

C.H. Spurgeon

sábado, 8 de outubro de 2016

08 de Outubro.

"Faze-te ao largo, e lançai as vossas redes para pescar". 
Lucas 5.4

Aprendemos desta narrativa a necessidade de envolvimento humano. A pescaria foi miraculosa, mas nem o pescador, nem o seu barco, nem a sua rede de pesca foram ignorados. Todos foram usados para apanhar os peixes. Na salvação de almas, Deus emprega muitos instrumentos diferentes. Enquanto o presente sistema de graça permanecer, Ele será agradado pela loucura de pregar para salvar os que crêem. Ao agir sem instrumentos, sem dúvida, Deus é glorificado; mas Ele mesmo escolheu este método como aquele por meio do qual é mais glorificado na terra. Métodos, por si mesmos, são absolutamente inúteis. “Mestre, havendo trabalhado toda a noite, nada apanhamos” (Lucas 5.5). Qual foi a razão para esta afirmação? Eles conheciam bem o trabalho, não eram inexperientes. Lançaram-se ao trabalho sem habilidade? Não. Faltou-lhes empenho? Não. Haviam trabalhado arduamente. Faltou-lhes perseverança? Não. Haviam trabalhado durante toda a noite. Faltavam peixes no mar? Não, pois, tão logo o Senhor apareceu, os cardumes nadaram em direção às redes. Então, por que razão eles não apanharam os peixes? Porque sem a presença de Jesus eles não tinham poder em si mesmos! Nada podemos fazer sem Ele. Mas com Cristo podemos fazer todas as coisas. A presença de Jesus outorga sucesso. Jesus assentou-se no barco de Pedro e sua vontade, por uma influência misteriosa, atraiu os peixes às redes. Quando Jesus é exaltado em sua igreja, a presença dele se torna o poder da igreja -a voz de um Rei está no meio dela. “E eu, quando for levantado da terra, atrairei todos a mim mesmo” (João 12.32). Neste dia, saiamos para o trabalho de ganhar almas, olhando para o alto com fé e contemplando o nosso derredor com solene ansiedade. Trabalhemos até que a noite venha e não o faremos em vão. Aquele que nos ordena a lançar a rede, Ele mesmo a encherá com peixes.

C.H. Spurgeon

sexta-feira, 7 de outubro de 2016

07 de Outubro.

"Por que fizeste mal a teu servo?" 
Números 11.11


Nosso Pai celeste nos envia problemas freqüentes para testar nossa fé. Se ela é realmente valiosa, resistirá ao teste quando a provação lhe sobrevier. O objeto dourado teme o fogo, mas o ouro não. A jóia artificial receia ser tocada pelo diamante, mas a verdadeira não teme qualquer teste. É fraca uma fé que confia em Deus somente quando os amigos são leais, o corpo está com saúde, e os negócios estão prosperando. A fé verdadeira se apega à fidelidade do Senhor, quando os amigos se vão, quando o corpo está enfermo, quando o espírito está abatido e quando a luz da presença de Deus se oculta. “[Ainda que] ele me mate, nele esperarei” (Jó 13.15 – ARC) -esta é a fé professada por uma pessoa nascida do céu. O Senhor aflige seus servos para glorificar a si mesmo, pois é muitíssimo glorificado nas virtudes de seu povo, as quais são obras dele mesmo. Visto que “a tribulação produz perseverança; e a perseverança, experiência; e a experiência, esperança” (Romanos 5.3,4), o Senhor é honrado por meio destas virtudes crescentes. Jamais conheceríamos o som da harpa, se as suas cordas permanecessem intocadas; nunca beberíamos o suco da videira, se as uvas não fossem pisadas no lagar. Jamais descobriríamos o agradável perfume do cinamomo, se este não fosse prensado e batido; nunca sentiríamos o calor do fogo, se os carvões não fossem completamente consumidos. O poder e a sabedoria do grande Trabalhador são descobertos por meio das aflições pelas quais Ele permite que passem os seus vasos de misericórdia. As, aflições presentes tendem a intensificar as alegrias futuras. Têm de haver sombras na pintura, a fim de que a beleza da luz seja ressaltada. A paz será mais agradável depois do conflito, e o descanso será mais bem-vindo após o labor. A recordação de sofrimentos passados intensificará a bem-aventurança dos glorificados. Há muitas outras respostas confortadoras para a pergunta com a qual iniciamos nossa breve meditação. Ponderemos estes pensamentos no correr do dia.

C.H. Spurgeon

quinta-feira, 6 de outubro de 2016

06 de Outubro.

"Aquele, porém, que beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede". 
João 4.14

O crente em Jesus acha em seu Senhor o bastante para satisfazê-lo agora e mantê-lo contente durante o resto de sua vida e para todo o sempre. O crente não é uma pessoa cujos dias são gastos na busca de conforto e cujas noites demoram a se passar por falta de pensamentos que trazem conforto ao coração. O crente acha em Cristo uma fonte de alegria e um fundamento de consolação tão abundantes, que o tornam feliz e satisfeito. Ponham o crente em um cárcere, e ali ele encontrará boa companhia. Coloquem-no em um deserto, e ali o crente se alimentará do pão do céu. Privem-no de amizades, e ele achará o “Amigo mais chegado do que um irmão” (Provérbios 18.24). Removam os alicerces das esperanças terrenas do crente, e seu coração ainda permanecerá firme, confiante no Senhor. O coração é tão insaciável quanto a sepultura, até que o Senhor Jesus entra nele e o torna um cálice transbordante. Em Cristo, existe plenitude de abundância; Ele sozinho é o tudo do crente. O verdadeiro crente está tão satisfeito com a plena suficiência de Cristo que não mais tem sede -exceto por goles maiores da Fonte viva. Nesta doce maneira, crente, você terá sede. Não será uma sede dolorosa, mas de vontade amorosa; você descobrirá ser bom almejar por uma alegria mais completa do amor de Jesus. Alguém, em dias de outrora, disse: “Tenho frequentemente mergulhado meu balde no poço, mas agora, minha sede de Jesus tem se tornado tão insaciável que desejo trazer o próprio poço aos lábios e beber dele”. Querido leitor, este sentimento se encontra em seu coração? Você sente que todos os seus desejos estão satisfeitos em Cristo e que não tem qualquer outra necessidade, exceto a de conhecê-Lo mais e ter comunhão mais íntima com Ele? Então, venha constantemente à fonte e beba gratuitamente da água da vida (Apocalipse 22.17). Jesus nunca pensará que você bebeu demais, mas sempre lhe dará boas-vindas, dizendo: “Beba, sim, beba com abundância, ó amado”.

C.H. Spurgeon

quarta-feira, 5 de outubro de 2016

05 de Outubro.

"Levantou-se, pois, comeu e bebeu; e, com a orça daquela comida, caminhou quarenta dias e quarenta noites". 
1Reis 19.8



Toda a força com a qual o gracioso Senhor nos supre tem como objetivo o servir, e não o viver em libertinagem. Quando o profeta Elias, estando debaixo do zimbro, encontrou o pão cozido em brasa e uma botija de água à sua cabeceira, ele não era um cavalheiro para ser satisfeito com comidas delicadas e deixado a espreguiçar-se à vontade; longe disto. Foi comissionado a caminhar, com a força daquela comida, quarenta dias e quarenta noites rumo a Horebe, o monte de Deus. O Senhor Jesus convidou os discípulos a virem e comerem com Ele (ver João 21.12); e, após terminada a refeição, o Senhor disse a Pedro: 11Apascenta os meus cordeiros” (João 21.15). Em seguida, Ele declarou: “Segue-me” (v. 19). Isto também é verdade a nosso respeito. Comemos o pão do céu, para que gastemos nossa força no serviço do Senhor. Celebramos a Páscoa e comemos o Cordeiro Pascal com lombos cingidos e cajado na mão, a fim de começar assim que tenhamos satisfeita nossa fome. Alguns crentes estão prontos a viver em Cristo, mas não se mostram anelantes em viver para Cristo. A terra deve ser uma preparação para o céu. E o céu é o lugar onde os santos se alimentam e trabalham profusamente. Eles se assentam à mesa de nosso Senhor e O servem dia e noite, no seu templo. Eles comem dos alimentos celestiais e prestam serviço perfeito. Crente, trabalhe para Cristo na força que Ele lhe supre todos os dias. Alguns de nós ainda têm de aprender muito quanto ao desígnio de nosso Senhor em nos dar sua graça. Não devemos reter a preciosa semente da verdade como as câmaras mortuárias egípcias retiveram trigo por anos, sem dar-lhe oportunidade de crescer. Temos de semeá-la e regá-la. Por que o Senhor manda a chuva sobre a terra seca e dá a fecundante luz do sol? A fim de ajudar os frutos da terra a produzirem alimento para o homem. De modo semelhante, o Senhor alimenta e revigora a nossa alma, para que, posteriormente, usemos nossas forças renovadas na promoção da glória dele.

C.H. Spurgeon

terça-feira, 4 de outubro de 2016

04 de Outubro.

"Haverá luz à tarde". 
Zacarias 14.7

Frequentemente, olhamos com presságio ao tempo da velhice, esquecidos de que ao anoitecer haverá luz. Para muitos crentes, a velhice é a melhor época da vida. Um ar balsâmico sopra no rosto do marinheiro, enquanto ele se aproxima das praias da imortalidade, Um número cada vez menor de ondas agita o oceano do crente idoso, e a quietude reina tranquila, solene e profundamente. Do altar da idade, as luzes do fogo de juventude apagaram-se, contudo, a chama mais real do sentimento sincero permanence. São peregrinos que chegaram à terra de Beulá, aquela terra bendita cujos dias são como os dias de céu na terra (Isaías 62.4). Alguns crentes demoram-se por muitos anos nessa terra. Outros chegam ali poucas horas antes de partirem rumo à eternidade. É bom que anelemos pelo tempo em que nos reclinaremos em seus bosques sombreados e nos satisfaremos com a esperança até que chegue o tempo de realização. O pôr-do-sol parece mais resplandecente do que o fulgor do meio-dia, e um esplendor de glória tinge com lindas cores todas as nuvens que cercam o sol, naquele momento. A dor não destrói a serenidade do doce crepúsculo da idade, pois, 11o poder se aperfeiçoa na fraqueza” (2 Coríntios 12.9). Os frutos maduros e selecionados da experiência são colhidos como se fossem alimentos raros do entardecer da vida, e a alma se prepara para o descanso. A incredulidade lamenta ao ver, as sombras caindo, a noite se aproximando, e a existência chegando ao fim. A fé diz: “Não, a noite está quase acabando, e o verdadeiro dia está às portas”. A luz está chegando -a luz da imortalidade e da presença do Pai. Quando souber que chega sua hora de encontrar o Senhor, contemple as hostes de espíritos que o esperam. Os anjos os levarão ao lar! Adeus, queridos parentes! Você acena com a mão; você parte. A luz chegou. Os portões de pérola estão abertos, e as ruas de ouro resplandecem em luz de jaspe. Nós cobrimos os olhos, mas agora, você contempla o invisível. Adeus, irmão, você têm luz no entardecer, como não a conhecemos ainda.

C.H. Spurgeon

segunda-feira, 3 de outubro de 2016

03 de Outubro.

"Não são todos eles espíritos ministradores, enviados para serviço a favor dos que hão de herdar a salvação?" 
Hebreus 1.14

Os anjos são os auxiliares invisíveis dos santos de Deus. Eles nos sustentam em suas mãos, para que não tropecemos em alguma pedra. A lealdade deles ao Senhor os leva a nutrir profundo interesse pelos filhos do amor de Deus. Eles se regozijam com o retorno do filho pródigo à casa de seu Pai e saúdam a entrada do crente no palácio do Rei, no céu. Em tempos passados, os filhos de Deus eram favorecidos com aparições físicas dos anjos; e, no tempo presente, embora invisível aos nossos olhos, o céu está sempre aberto. Os anjos de Deus sobem e descem sobre o Filho de Deus, a fim de visitarem os herdeiros da salvação. Serafins ainda voam com brasas do altar para tocar os lábios dos homens muito amados. Se nossos olhos fossem abertos, veríamos cavalos e carros de fogo ao redor dos servos de Deus. Encontraríamos incontáveis hostes de anjos; todos eles são vigias e protetores da descendência real. Não é ficção poética a expressão de Edmund Spenser, onde ele canta: Quão frequentemente eles, com asas douradas transpassam Os efêmeros céus, como passavantes voadores contra demônios imundos, para nos ajudar nas lutas! A que dignidade os eleitos são elevados, quando os resplandecentes cortesãos do céu se tornam servos espontâneos dos filhos de Deus! A que comunhão somos levados desde que temos companheirismo com seres imaculados! Somos bem defendidos, porque vinte mil carros de Deus estão armados para nos livrarem! A quem devemos tudo isso? Oh! devemos amar sempre o Senhor Jesus! Por meio dele, estamos assentados “nos lugares celestiais” (Efésios 2.6), acima de todos os principados e poderes. O Senhor Jesus é aquele cujo acampamento está ao redor de todos os que O temem (ver Salmos 34.7). Ele é o verdadeiro Miguel cujos pés estão sobre a cabeça do dragão. Toda a glória, a Jesus! Para Ti, o Anjo da presença de Jeová, esta família oferece seus votos.

C.H. Spurgeon

domingo, 2 de outubro de 2016

02 de Outubro.

"A esperança que vos está preservada nos céus". 
Colossenses 1.5



Nossa esperança em Cristo quanto ao futuro é a principal fonte de nossa alegria neste mundo. Esta esperança estimula o nosso coração a pensar frequentemente no céu, pois tudo o que podemos desejar é garantido ali. Neste mundo, sentimos cansaço e fadiga; o céu, porém, é um lugar de descanso onde o suor do trabalho não mais umedecerá a fronte do trabalhador e a fadiga será banida para sempre. Aos cansados, a palavra “descanso” é plena de céu. Agora, estamos sempre no campo de batalha. Somos tão provados no íntimo e tão molestados no exterior, que temos pouco tempo para descansar. Mas no céu, desfrutaremos a vitória, quando a bandeira for levantada nas alturas em triunfo, e a espada embainhada, ouviremos o Capitão dizer: “Muito bem, servo bom e fiel” (Mateus 25.21). Ternos sofrido ininterruptas perdas de entes queridos, mas estamos indo à pátria dos imortais, onde os sepulcros são desconhecidos. Neste mundo, o pecado é uma aflição constante para nós. No céu, porém, seremos perfeitamente santos. Nada que corrompe entrará naquele Reino. A erva venenosa não pode brotar nos sulcos dos campos celestiais. Que alegria é o fato de que você não ficará banido para sempre, que você não permanecerá eternamente neste deserto e que em breve herdará a Canaã! No entanto, os homens não devem dizer a nosso respeito que estamos sonhando quanto ao futuro e esquecendo o presente. O futuro deve santificar o presente, conduzindo-nos a propósitos sublimes. Por intermédio do Espírito de Deus, a esperança do céu é a força mais poderosa para o fruto da virtude. É urna fonte de empenho jubiloso. É a pedra angular da santidade estimulante. O homem que tem esta esperança sai para trabalhar bastante disposto, porque a alegria do Senhor é a sua força! Ele combate a tentação com ardor, visto que a esperança do mundo por vir repele os dardos inflamados do adversário. Ele pode trabalhar sem recompensa presente, porque anela urna recompensa no mundo vindouro.

C.H. Spurgeon

sábado, 1 de outubro de 2016

QUE RAIO ACONTECE NA COZINHA #140 COMO FAZER O CORNETTO DA KIBON

MÚSICA DO DIA.

01 de Outubro.

"Toda sorte de excelentes frutos, novos e velhos; eu vos reservei, ó meu amado". 
Cântico dos Cânticos 7.13

A esposa quer dar a Jesus tudo o que ela produz. Nosso coração produz muitos tipos de frutos aprazíveis, velhos e novos; e estes frutos estão entesourados para o nosso Senhor. Nesta época de frutos abundantes, devemos examinar nossa colheita. Temos novos frutos. Desejamos sentir vida nova, regozijo novo e gratidão nova. Desejamos tomar novas decisões e levá-las a cabo por meio de novos labores. Nosso coração desabrocha com novas orações, e nossa alma compromete-se com novos esforços. Mas também temos alguns frutos velhos. Existe o nosso primeiro amor -um fruto selecionado! Jesus se deleita nele. Há a nossa primeira fé. A fé simples por meio da qual, não tendo nada, nos tornamos possuidores de todas as coisas. Existe o gozo que desfrutamos quando inicialmente conhecemos o Senhor; reavivemos este gozo. Temos as velhas lembranças das promessas. Quão fiel tem sido o nosso Deus! Na doença, como cuidou de nós carinhosamente! Nas águas profundas, quão serenamente nos ergueu! Na fornalha ardente, quão graciosamente Ele nos libertou. Frutos velhos, realmente! Temos muitos deles, pois as misericórdias de Deus têm sido mais numerosas que os cabelos de nossa cabeça. Precisamos lamentar nossos velhos pecados, e já temos nos arrependido e chorado enquanto caminhamos para a cruz, e aprendido os méritos do sangue de Cristo. Temos frutos hoje, velhos e novos. No entanto, observem o propósito deles -estão reservados para Jesus. Verdadeiramente, estes são os melhores e mais aceitáveis trabalhos nos quais Jesus é o único alvo da alma, e sua glória, sem qualquer acréscimo, é a finalidade de todos os nossos esforços. Reservemos nossos muitos frutos tão-somente para o nosso Amado. Mostremos esses frutos quando Ele está conosco e não aos homens. Ó Senhor Jesus, fecharemos a porta de nosso jardim e ninguém entrará para roubar-Te um dos bons frutos do solo que Tu regas com teu sangue. Tudo o que temos pertence a Ti, somente a Ti, ó Jesus, nosso Amado!

C.H. Spurgeon