sexta-feira, 30 de setembro de 2016

30 de Setembro.

"Salmodiai a glória do seu nome, dai glória ao seu louvor". 
Salmos 66.2


Quer louvemos a Deus, quer não, fazer isso não é opcional. O louvor é um direito de Deus; e todo crente, como recipiente da graça de Deus, está obrigado a louvá-Lo, todos os dias. É verdade que não temos uma regra oficial para louvor diário; não temos nenhum mandamento prescrevendo certas horas de louvor e ações de graça, mas a lei escrita no coração nos ensina que é correto louvar a Deus. A ordem não-escrita nos alcança com tanta importância como se tivesse sido escrita em tábuas de pedra ou colocada em nossas mãos no topo do estrondeante Sinai. Sim, louvar a Deus é o dever de todo crente. Não é somente um exercício que traz deleite, é também a absoluta obrigação da vida do crente. Não pense que você é inculpável quanto a este dever, você que sempre está lamentando, nem imagine que pode cumprir seu dever para com Deus, sem entoar canções de louvor. Enquanto viver, você está obrigado, por laços de amor divino, a bendizer o nome de Deus; e os louvores dele devem estar continuamente em seus lábios (ver Salmos 34.1). Você é abençoado, a fim de que possa bendizê-Lo -“o povo que formei para mim, para celebrar o meu louvor” (Isaías 43.21). Se você não louva a Deus, não está produzindo o fruto que Ele, como Agricultor divino, tem direito de esperar de suas mãos. Não deixe sua harpa pendurada nos salgueiros, traga-a, e faça todo o esforço, com um coração grato, para tocar a música mais sonora. Levante-se e cante os louvores de Deus. A cada alvorecer, entoe suas melodias e faça com que cada pôr-do-sol seja acompanhado por suas canções de louvor. Cubra a terra com os seus louvores, cerque-a com urna atmosfera de melodias, e Deus mesmo ouvirá do céu e aceitará a sua música. Eu Te amo, e amarei, E no teu louvor cantarei, Porque Tu és meu Deus amoroso, M eu Redentor e meu Rei.

C.H. Spurgeon

quinta-feira, 29 de setembro de 2016

29 de Setembro.

"Se a lepra cobriu toda a sua carne, declarará limpo o que tem a mancha". 
Levítico 13.13

Esta norma parece estranha, mas continha sabedoria, visto que a expulsão da enfermidade comprovava que a constituição do homem estava saudável. Neste dia, seria bom para nós vermos o ensinamento característico de uma regra tão incomum. Também somos leprosos e podemos ler as leis referentes ao leproso como aplicáveis a nós mesmos. Quando um homem vê a si mesmo como um pecador totalmente perdido e arruinado, completamente coberto com a profanação do pecado; quando renuncia toda justiça própria e se declara culpado diante do Senhor, então, ele é purificado por meio do sangue de Cristo e da graça de Deus. A iniqüidade escondida, não reconhecida, não confessada é a verdadeira lepra; mas quando o pecado é visto e reconhecido, ele recebe o seu golpe mortal, e o Senhor contempla com olhos de misericórdia a alma afligida pelo pecado. Nada é mais letal do que a justiça própria, nem mais esperançoso do que a contrição. Temos de confessar que não somos nada, exceto pecadores, pois nenhuma confissão aquém desta corresponde a toda a verdade. Se o Espírito de Deus está agindo em nós, convencendo-nos de pecado, não haverá dificuldade em fazermos esse reconhecimento. Ele fluirá espontaneamente de nossos lábios. O pecado lamentado e confessado, embora grave e infame, nunca impedirá que um homem venha ao Senhor Jesus. Todo aquele que vem a Jesus, Ele não o lançará fora, de maneira alguma (ver João 6.37). Embora desonesto como o ladrão, imoral como a pecadora que ungiu os pés de Jesus, furioso como Saulo de Tarso, cruel como Manassés, ou rebelde como o filho pródigo, o grande coração de amor olhará para o homem que sente não possuir em si mesmo qualquer justiça e o declarará limpo, quando ele confiar em Jesus crucificado. Ó pecador sobrecarregado de pecados e desamparado, venha a Jesus. Venha necessitado, venha culpado, venha repugnante e despido. Não é possível que você venha sujo demais; venha assim como você está.

C.H. Spurgeon

quarta-feira, 28 de setembro de 2016

28 de Setembro.

"O SENHOR olha dos céus; vê todos os filhos dos homens".
Salmos 33.13

Talvez nenhuma outra figura de linguagem retrate a Deus de maneira tão brilhante quanto a figura que O apresenta descendo do seu trono, vindo do céu para atender às necessidades e contemplar os problemas da humanidade. Amamos Aquele que, ao ver as cidades de Sodorna e Gomorra repletas de iniquidade, não as destruiria até que lhes fizesse uma visita pessoal. Não podemos deixar de derramar nosso coração em afeição por nosso Senhor, que da mais sublime glória inclina o seu ouvido, e o coloca bem próximo dos lábios do pecador moribundo cujo coração debilitado anela por reconciliação. Como podemos não amá-Lo, quando sabemos que Ele conta até o número de nossos cabelos, marca o nosso caminho e ordena os nossos passos? Esta grande verdade é colocada bem perto de nosso coração, ao recordarmos quão atencioso é o Senhor, não somente para com os interesses temporais de suas criaturas, mas também para com as necessidades espirituais delas. Embora haja uma grande distância entre a criatura finita e o Criador infinito, existem laços que unem a ambos. Quando você chora, Deus está consciente disso. “Como um pai se compadece de seus filhos, assim o SENHOR se compadece dos que o temem” (Salmos 103.13). O seu suspiro é capaz de mover o coração de Jeová. Seu murmúrio pode inclinar os ouvidos dele até você. Sua oração pode deter a mão dele e sua fé pode mover-Lhe o braço. Não pense que Deus está assentado nas alturas ignorando tudo o que acontece com você. Lembre que mesmo pobre e necessitado como você é, o Senhor pensa em você. Os olhos dele passam por todos os lugares da terra, para que se mostre forte em benefício daqueles que têm um coração perfeito para com Ele (ver 2 Crônicas 16.9).

C.H. Spurgeon.

terça-feira, 27 de setembro de 2016

27 de Setembro.

Feliz és tu, ó Israel! Quem é como tu? Povo salvo pelo SENHOR. 
Deuteronômio 33.29

A pessoa que imagina o cristianismo como uma religião que torna o homem miserável desconhece completamente a natureza do cristianismo. Seria realmente estranho se o cristianismo nos tornasse miseráveis, pois vejam a que posição o cristianismo nos exalta! O cristianismo nos torna filhos de Deus. Você supõe que Deus outorgará aos seus inimigos toda a felicidade e à sua própria família toda a murmuração? Os inimigos de Deus terão alegria e os filhos de Deus herdarão tristeza e desgraça? O pecador, que não tem parte em Cristo, chamará a si mesmo, rico em felicidade, e prosseguiremos nós, pranteando, como se fôssemos mendigos paupérrimos? De modo nenhum. Sempre nos alegraremos no Senhor (ver Filipenses 4.4) e nos gloriaremos em sua herança, pois “não recebestes o espírito de escravidão, para viverdes, outra vez, atemorizados, mas recebestes o espírito de adoção, baseados no qual clamamos: Aba, Pai” (Romanos 8.15). Em certa medida, a vara da disciplina tem de repousar sobre nós, mas produz frutos de justiça. Assim, por intermédio da ajuda do Consolador divino, nós, o povo salvo do Senhor, nos alegraremos no Deus de nossa salvação. Estamos casados com Cristo. O grande Noivo da igreja permitirá que sua noiva permaneça em constante tristeza? Nosso coração está entrelaçado ao dele. Somos seus membros, e apesar de, por um tempo, sofrermos como o nosso Cabeça sofreu, somos abençoados com bênçãos celestiais nEle. Temos o penhor de nossa herança nas consolações do Espírito Santo, as quais, no presente, são muitas e imensas. Herdeiros de uma alegria eterna, temos prelibações de nossa herança. Há traços da luz de alegria que anunciam nosso eterno sol nascente. Nossas riquezas estão além do mar. Nossa cidade edificada sobre firme fundação encontra-se do outro lado do rio. Vislumbres de glória do mundo espiritual animam nosso coração e nos impulsionam adiante. É verdade: “Feliz és tu, ó Israel! Quem é como tu? Povo salvo pelo SENHOR”.

C.H. Spurgeon.

segunda-feira, 26 de setembro de 2016

26 de Setembro.

"As murteiras que havia num vale profundo". 
Zacarias 1.8

A visão deste capítulo descreve a condição do povo de Israel nos dias do profeta Zacarias. Interpretada em seus aspectos para nós, esta passagem descreve a igreja de Deus como a encontramos hoje no mundo. A igreja é comparada a um bosque de murteiras florescendo em um vale. Está oculta, não-observada, em secreto. Não corteja a honra, nem atrai a admiração do observador negligente. A igreja, assim como o seu Cabeça, tem uma glória, mas está oculta aos olhos do homem natural. O tempo de ela aparecer em todo o seu esplendor não é agora. Esta passagem também nos sugere a ideia de segurança tranquila. O bosque de murteiras em um vale é calmo e sossegado, enquanto as tempestades varrem os lugares altos da montanha. As tempestades despendem sua força nos íngremes picos dos Alpes, mas em baixo, onde corre o rio que alegra a cidade de nosso Deus, as murteiras florescem à margem das águas tranquilas, não agitadas pelo vento tempestuoso. Quão grande é a tranquilidade íntima da igreja de Deus! Mesmo sofrendo oposição e perseguição, ela tem uma paz que o mundo não pode dar e que, por conseguinte, não pode retirar. A paz de Deus que excede todo o entendimento guarda a mente e o coração do povo de Deus. Por implicação, esta metáfora retrata o permanente e tranquilo crescimento dos santos.
A murteira não perde folhas; ela está sempre verde. A igreja, mesmo em seus piores tempos, ainda possui um bendito vigor. Muitas vezes, ela tem demonstrado maior medida desse vigor quando o seu inverno é mais intenso. A igreja tem desfrutado de maior prosperidade quando os seus adversários são mais severos. Por isso o texto sugere vitória. A murteira é um símbolo de paz e um sinal muito significativo de triunfo. A fronte dos vitoriosos era vestida de murta e laurel. A igreja é sempre vitoriosa; e todo crente é mais do que vencedor (ver Romanos 8.37) por meio dAquele que o amou. Vivendo em paz, os santos podem repousar tranquilos nos braços da vitória.

C.H. Spurgeon

domingo, 25 de setembro de 2016

25 de Setembro.

"Justo e o justificador daquele que tem fé".
Romanos 3.26

“Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus” (Romanos 5.1). A consciência não mais nos acusa. Agora, o julgamento decide a favor e não contra o pecador. A memória olha para trás, considera os pecados cometidos e sente tristeza por causa deles. Todavia, não sente temor de que alguma penalidade lhe sobrevenha. Cristo pagou a dívida de seu povo, até ao último centavo, e recebeu a quitação divina.
A menos que Deus seja tão injusto que exija duas vezes o pagamento da mesma dívida, nenhuma alma em favor da qual Cristo morreu como Substituto pode ser enviada ao inferno. Crer que Deus é justo constitui um dos princípios de nossa natureza iluminada. Sabemos ser isto verdade, e é maravilhoso que esta crença se torna o pilar de nossa confiança e paz! Se Deus é justo, eu -um pecador, sozinho e sem um substituto – tenho de ser punido. Mas Jesus tomou meu lugar e sofreu a penalidade por mim. Agora, se Deus é justo, eu -um pecador que permanece em Cristo -não posso jamais ser punido. Deus teria de mudar a sua natureza, antes que alguma alma em favor da qual Jesus morreu como Substituto sofresse a condenação da Lei.
Portanto, tendo Jesus tomado o lugar do crente, tendo restituído a totalidade equivalente à ira divina por tudo que seu povo deveria ter sofrido como resultado do pecado, o pecador pode gritar com glorioso triunfo: “Quem intentará acusação contra os eleitos de Deus?” (Romanos 8.33). Não será Deus, pois Ele os justificou. Não será Cristo, pois morreu, ou, antes “ressuscitou” (v. 34). Minha esperança é viva, não porque não sou pecador, e sim porque sou um pecador em favor do qual Cristo morreu. Minha confiança não está no fato de que sou santo, mas, em que sendo ímpio, Cristo é a minha justiça. Minha fé não descansa naquilo que eu sou ou serei, tampouco naquilo que eu sei ou sinto; e sim naquilo que Cristo é, bem como naquilo que Ele fez e agora está fazendo por mim. No leão de justiça a formosa virgem da esperança cavalga como uma rainha.

C.H. Spurgeon.

sábado, 24 de setembro de 2016

24 de Setembro.

Molhar os pés.

Tendo partido o povo das suas tendas, para passar o Jordão, levando os sacerdotes a arca da Aliança diante do povo; e, quando os que levavam a arca chegaram até ao Jordão, e os seus pés se molharam na borda das águas (porque o Jordão transbordava sobre todas as suas ribanceiras, todos os dias da sega), pararam-se as águas que vinham de cima; levantaram-se num montão, mui longe da cidade de Adã, que fica ao lado de Sartã; e as que desciam ao mar da Arabá, que é o mar Salgado, foram de todo cortadas; então, passou o povo defronte de Jericó. Josué 3:14-16
O povo que acompanhava Josué na conquista da Terra Prometida não era o mesmo que tanto havia incomodado Moisés em 40 anos no deserto. Aquela geração, segundo a palavra do Senhor, era perversa e sem fé (Números 14:35).
Este novo povo havia aprendido, a duras penas, a importância de obedecer aos mandamentos de Jeová. Não obstante, o desafio que o Senhor lhes colocava não deixava de ter elementos de risco, como acontece ainda hoje em qualquer aventura de fé. O Senhor instruiu a Josué para que os sacerdotes tomassem a arca e cruzassem o rio. Foram informados que o rio se abriria diante deles, permitindo a travessia de todo o povo. Entretanto, os sacerdotes deviam entrar na água, molhando os pés antes que o milagre acontecesse.
Gostaria que “congelássemos” a imagem no exato momento em que a água alcançava os tornozelos. Este momento antecede a intervenção de Deus. É aqui que estamos mais propensos a abandonar o nosso projeto. Naquele instante, dúvidas nos assaltam e o temor se apodera do coração. Deus havia prometido abrir as águas. Já estamos no rio e nada aconteceu! Se avançarmos, teremos de nadar. Interpretamos corretamente o que nos foi dito? Quais experiências podem nos valer para firmar a nossa fé? Apenas Josué e Calebe, tinham visto as águas se abrirem para dar passagem ao povo escolhido.
Todos gostam da parte final da história, quando o povo já se encontrava do outro lado do rio. Desejamos estar entre os que celebram com euforia a intervenção do Altíssimo.
São poucos, de nós, contudo, os que se dispõem a molhar os pés, a se lançar aos absurdos projetos do Senhor quando o elemento de risco se encontra em seu auge. Esta etapa da aventura é a que mais incomoda o discípulo. Ele poderá ser ridicularizado pelos outros. Aqui está a diferença na vida do líder comprometido. Ele não vacila naquilo que Deus lhe confiou. Envolvido pela mesma coragem de Josué, não presta atenção às vozes desalentadoras que surgem no seu coração. É alguém que sabe em quem está a sua confiança. O momento desagradável passará e ele será contado entre os que festejam a vitória concedida pelo Senhor.

Para pensar:
Coragem não significa ausência do medo, mas o manejo adequado do temor! —Anônimo

sexta-feira, 23 de setembro de 2016

23 de Setembro.

"Para louvor da glória de sua graça, que ele nos concedeu gratuitamente no Amado". 
Efésios 1.6

Que privilégio! Isto inclui nossa justificação diante de Deus. Mas o termo “concedeu gratuitamente” significa muito mais do que isso. Significa que somos objetos do prazer divino, ou mais ainda, do encanto divino. Quão maravilhoso é o fato de que nós – vermes, mortais, pecadores – temos sido objetos do amor de Deus! Todavia, isto acontece tão-somente “no Amado”. Alguns crentes parecem ser aceitos por Deus apenas com base em sua experiência pessoal; afinal de contas, esta é a preocupação deles. Quando o espírito deles sente-se animado, e suas esperanças resplandecem, eles acham que Deus os aceita, pois se sentem tão elevados, tão espirituais, tão acima das coisas terrenas! Mas, quando têm sua alma prostrada até ao pó, eles se tornam vítimas do temor de que não são mais aceitos por Deus. Esses crentes precisam compreender que todas as suas mais elevadas alegrias não os exaltam diante de Deus e que todo o seu profundo desânimo não os diminui aos olhos de Deus. Eles permanecem aceitos nAquele que nunca muda, nAquele que sempre é o Amado de Deus, sempre perfeito, sempre imaculado e imarcescível. Quão mais felizes seriam eles, e quanto mais eles honrariam o Salvador, se compreendessem esta verdade! Crente, regozije-se! Olhe para si mesmo e diga: “Não há nada aceitável em mim mesmo”. Então, olhe para Cristo e veja que nEle tudo é aceitável diante de Deus. Se o seu pecado lhe traz inquietação, Deus os lançará para trás das costas dele mesmo e o aceitará no Justo. Você tem de lutar contra a corrupção e a tentação, mas desde já é aceito nEle que venceu os poderes do mal. Se você está sendo tentado pelo diabo, tenha bom ânimo; pois é aceito nAquele que pisou a cabeça da serpente, que não pode destruir você. Conheça, seguramente, sua gloriosa posição. Nem mesmo as almas dos crentes glorificados são mais aceitas do que você. Estão aceitos no céu, tão-somente “no Amado”, e você está, de maneira semelhante, aceito agora mesmo em Cristo.

C.H. Spurgeon

quinta-feira, 22 de setembro de 2016

22 de Setembro.

"Regozije-se Israel no seu Criador". Salmos 149.2

Crente, seja alegre de coração, mas certifique-se de que a fonte de sua alegria seja o Senhor. Você tem muitas razões de regozijo em seu Deus, e, com Davi, pode cantar: “Deus…minha grande alegria” (Salmos 43.4). Regozije-se em que o Senhor reina, que Jeová é Rei! Regozije-se em que Ele se assenta no trono e governa todas as coisas! Cada atributo de Deus tem de se tornar um novo raio no espectro de nosso regozijo.

Reconhecer que Ele é sábio deve nos tornar alegres, enquanto consideramos nossa própria tolice. Reconhecer que Ele é poderoso deve nos levar ao regozijo, enquanto trememos em nossa própria fraqueza. Reconhecer que Ele é eterno deve ser sempre um tema de regozijo, quando sabemos que murchamos como a erva. Reconhecer que Ele é imutável deve sempre nos levar a entoar louvores, porque mudamos a toda hora. Saber que Ele é cheio de graça, que transborda graça, e que esta graça Ele nos tem dado; que ela é nossa para nos limpar, preservar, santificar, aperfeiçoar, e nos levar à glória -tudo isto deveria fazer-nos alegres nEle. Este regozijo em Deus é como um rio profundo. Temos apenas alcançado as suas margens. Conhecemos pouco de suas fontes límpidas, tranquilas e celestiais. Todavia, a profundidade é maior e a correnteza mais impetuosa em seu regozijo. O crente percebe que pode se deleitar não somente naquilo que Deus é, mas também em tudo que Ele fez no passado. Os salmos nos mostram que o povo de Deus em tempos passados era inclinado a pensar bastante sobre as ações de Deus, e a ter uma música sobre cada uma destas ações. Então, que o povo de Deus, hoje, recite os feitos do Senhor! Que fale sobre os poderosos atos dele e cante “ao SENHOR, porque triunfou gloriosamente” (Êxodo 15.1). Eles nunca devem parar de cantar, porque, assim como as misericórdias do Senhor lhes são novas a cada manhã, assim também o regozijo deles nos amáveis atos do Senhor, na providência e graça, deve mostrar-se em ações de graças contínuas. Sejam alegres, filhos de Sião, e regozijem­-se no Senhor, seu Deus.

C.H. Spurgeon.

quarta-feira, 21 de setembro de 2016

21 de Setembro.

"Alegrar-me-ei por causa deles e lhes farei bem". 
Jeremias 32.41

O deleite que Deus tem nos seus santos é um motivo de júbilo para o crente. Não podemos ver em nós mesmos qualquer razão para que Deus encontre prazer em nós. Não podemos achar deleite em nós mesmos, porque frequentemente temos de lamentar, por estarmos sobrecarregados e conscientes de nossa pecaminosidade e deploramos nossa infidelidade. Sentimos que o povo de Deus não pode ter muito deleite em nós, visto que percebem nossas muitas imperfeições e lamentam nossas fraquezas, em vez de admirarem nossas virtudes.
No entanto, apreciamos meditar demoradamente sobre esta verdade transcendente, este mistério glorioso. Assim como o noivo se regozija em sua noiva, assim também o Senhor Jesus se regozija em nós. Em nenhuma passagem das Escrituras, lemos que Deus se regozija nas montanhas cobertas de nuvens ou nas estrelas resplandecentes. Mas lemos realmente que Ele se regozija no seu mundo habitável e se deleita nos filhos dos homens (ver Provérbios 8.31). Não achamos escrito na Bíblia que os próprios anjos Lhe causam deleite. Não é quanto ao querubim e o serafim que ele diz: “Chamar-te-ão Minha-Delícia … porque o SENHOR se delicia em ti” (Isaías 62.4). Contudo, Deus afirma tudo isto para pobres criaturas caídas como nós, rebaixadas e depravadas pelo pecado, mas salvas, exaltadas e glorificadas pela sua graça. Ele expressa seu deleite em seu povo, utilizando uma linguagem vigorosa.
Quem poderia ter imaginado o Eterno como que irrompendo em uma canção? Mas está escrito: “Ele se deleitará em ti com alegria; renovar-te-á no seu amor; regozijar-se-á em ti com júbilo” (Sofonias 3.17). Ao olhar para o mundo que Ele criou, Deus afirmou: “É muito bom”. Entretanto, ao contemplar aqueles que foram comprados pelo sangue de Jesus, seus próprios eleitos, parece que o imenso coração do Infinito não pôde mais restringir-se, transbordando em divina exclamação de regozijo. Nossa resposta de gratidão deve ser: “Eu me alegro no SENHOR, exulto no Deus da minha salvação” (Habacuque 3.18)?

C.H. Spurgeon

terça-feira, 20 de setembro de 2016

20 de Setembro.

"Espada pelo SENHOR e por Gideão!"
Juízes 7.20

Gideão ordenou que seus homens fizessem duas coisas. Ordenou-lhes que, tendo uma tocha coberta por um cântaro de barro, no momento certo, ao verem determinado sinal, todos quebrassem o cântaro e deixassem a luz brilhar. Em seguida, deveriam tocar as trombetas e gritar: “Espada pelo SENHOR e por Gideão! Isto é exatamente o que todo crente tem de fazer. Primeiramente, você tem de brilhar. Quebre o cântaro que obstrui a sua luz. Lance fora o alqueire que tem ocultado a sua lâmpada e resplandeça. Resplandeça a sua luz diante dos homens. Permita que suas obras sejam tais, que, ao olharem os homens para você, percebam que você tem estado com Jesus. Depois, tem de haver o som, o toque da trombeta. Deve haver esforços ativos na colheita de pecadores por meio da proclamação do cristo crucificado. Leve o evangelho aos perdidos. Leve-o à casa dos perdidos. Ponha o evangelho no caminho deles. Não permita que eles escapem de ouvi-lo; toque as trombetas ao lado de seus ouvidos. Lembre-se: o verdadeiro grito de guerra da igreja é o lema de Gideão: “Espada pelo SENHOR e por Gideão!” Deus tem de fazê-lo; é uma obra dele mesmo. Mas não podemos ficar em ociosidade. Devemos agir -“Espada pelo SENHOR e por Gideão!” Se apenas gritamos: “Espada pelo SENHOR!” seremos culpados de presunção inativa; e se gritarmos: “Espada por Gideão!” apenas, manifestaremos confiança idólatra num braço de carne: precisamos misturar os dois em harmonia prática: “Espada pelo SENHOR e por Gideão!” De nós mesmos nada podemos fazer, mas, com a ajuda de nosso Deus podemos fazer qualquer coisa. Portanto, em seu nome, determinemos que avançaremos pessoalmente e serviremos com nossa tocha flamejante e com o som de nossa trombeta, som de séria declaração e testemunho. Deus será conosco. Os inimigos serão lançados em confusão, o Senhor dos Exércitos reinará para sempre e sempre.

C.H. Spurgeon.

segunda-feira, 19 de setembro de 2016

19 de Setembro.

"Para a liberdade foi que Cristo nos libertou".
Gálatas 5.1

A liberdade nos torna livres para seguirmos a Constituição do céu – a Bíblia . Crente, eis uma promessa selecionada: “Quando passares pelas águas, eu serei contigo” (Isaías 43.2). Você é livre para esta promessa e para a seguinte: “Porque os montes se retirarão, e os outeiros serão removidos; mas a minha misericórdia não se apartará de ti” (Isaías 54.10). Você é um convidado bem-vindo à mesa das promessas. A Escritura é um infalível tesouro repleto de incontáveis estoques de graça divina. É o banco do céu; você pode retirar o quanto quiser sem precisar de autorização e sem embaraço. Venha com fé e seja bem-vindo a todas as bênçãos da aliança. Na Palavra de Deus, nenhuma promessa será frustrada. Nas profundezas das tribulações, permita que esta liberdade o conforte. Em meio às ondas de aflição, permita que esta liberdade o anime. Quando as tristezas o cercarem, permita que esta liberdade seja o seu consolo. Este é um sinal do amor de seu Pai. Você é livre para desfrutar deste sinal, em todo o tempo.
Você também é livre para chegar ao trono da graça em todo tempo –na mais escura hora da madrugada ou no mais forte calor do meio-dia. Não importa quais sejam os nossos desejos, ou dificuldades, ou necessidades, temos liberdade de contar-Lhe em detalhes todas essas coisas. Não importa o quanto temos pecado, podemos rogar-Lhe perdão e esperar que seremos perdoados. Mas lembre-se: podemos suplicar que Ele cumpra sua promessa de que suprirá cada uma de nossas necessidades. Isto não depende de nossa riqueza. Use seu direito, crente, e viva à altura de seu privilégio. Você é livre para desfrutar de tudo o que se encontra entesourado em Cristo – sabedoria, justiça, santificação e redenção. Não importa qual seja a sua necessidade, pois há plenitude de suprimento em Cristo, e este suprimento é para você! Oh, que liberdade é esta sua. A sua herança inclui liberdade da condenação, liberdade para receber as promessas, liberdade para achegar-se ao trono da graça e liberdade para entrar no céu!

C.H. Spurgeon.

domingo, 18 de setembro de 2016

18 de Setembro.

"Se vivemos no Espírito, andemos também no Espírito".
Gálatas 5.25

As duas coisas mais importantes de nosso cristianismo são a vida de fé e o andar de fé. Aquele que compreende isto corretamente não está distante de ser um mestre na prática da teologia, pois isto é vital para um crente. Você nunca encontrará a fé verdadeira desacompanhada da verdadeira piedade. Por outro lado, você nunca encontrará uma vida verdadeiramente santa que não tenha como seu fundamento a fé viva na justiça de Cristo. Ai dos que buscam um sem o outro! Há alguns que cultivam a fé e esquecem a santidade; estes podem ser ilustres em ortodoxia, mas serão condenados em extremo pois “detêm a verdade pela injustiça” (Romanos 1.18). Existem outros que se têm exaurido em busca de uma vida de santidade, negando, porém, a fé, como os antigos fariseus, a quem o Mestre o chamou de túmulos caiados. Precisamos ter fé, visto que esta é o alicerce; precisamos igualmente ter santidade, que é a estrutura.
Ora, em um dia de tempestade, para que serve ao homem apenas o alicerce de uma construção? Ele pode se abrigar ali? Ele precisa de uma casa que lhe ofereça proteção, bem como de um alicerce para ela. De modo semelhante, na vida espiritual também precisamos da construção que fica acima do alicerce, para que tenhamos conforto no dia da provação. Mas não procuremos uma vida de santidade sem a fé verdadeira, pois isto equivaleria a erguer uma casa que não poderia nos oferecer abrigo permanente, porque não estaria alicerçada sobre a rocha. A fé e a vida santa devem ser colocadas lado a lado. E, assim como os dois pilares de um arco, elas tornarão duradoura a nossa piedade. Tal como a luz e o calor que fluem de um mesmo sol, a fé e a vida santa são também repletas de bênçãos. Como os dois pilares do templo, elas são para glória e beleza. São dois córregos da nascente da graça, duas lâmpadas acesas com fogo santo, duas oliveiras regadas pelo cuidado celeste. Ó Senhor, dá-nos, neste dia, vida em nosso íntimo; e ela se revelará no exterior para a tua glória.

C.H. Spurgeon.

sábado, 17 de setembro de 2016

MÚSICA DO DIA.

QUE RAIO ACONTECE NA COZINHA #139 COMO FAZER BATATA HASSELBACK

17 de Setembro.

"Traze o teu filho". 
Lucas 9.41

O pai desapontado volveu-se, em desespero, dos discípulos para o Senhor deles. O seu filho se encontrava na pior condição possível, e todos os recursos haviam falhado. O filho foi imediatamente liberto do maligno, quando o pai obedeceu, com fé, a ordem do Senhor Jesus: “Traze o teu filho”.
Os filhos são um dom precioso de Deus. No entanto, muitas ansiedades surgem com a chegada dos filhos. Eles podem ser uma grande alegria ou uma grande infelicidade para os pais. Os filhos podem ser cheios do Espírito de Deus ou possuídos por um espírito maligno. Em todos os casos, a Palavra de Deus nos dá uma prescrição para a cura de todas as suas enfermidades: “Traze”. Oh, se orássemos com mais fervor em favor de nossos filhos, enquanto ainda são bebês. O pecado está neles; portanto, as nossas orações devem começar a atacá-lo. Os clamores em favor de nossos descendentes devem preceder aquele choro que acompanha a vinda deles ao mundo de pecado. Nos dias da juventude deles, veremos tristes indicadores daquele espírito mudo e surdo, que não fará orações corretamente, nem ouvirá a voz de Deus na alma. Ainda assim, Jesus ordena: “Traze”. Ao crescerem, podem afundar-se no pecado e revelar inimizade contra Deus. Então, quando o nosso coração estiver partido, lembremos esta palavras do grande Médico: “Traze o teu filho”. Enquanto estiverem vivos, não podemos cessar de orar por eles. Nenhum caso é perdido, enquanto Jesus está vivo. O Senhor às vezes permite que seu povo entre em apuros, a fim de que reconheçam quão necessário Ele é. Filhos ímpios, quando revelam nossa incapacidade de lidar com a depravação do coração deles, nos impelem a corrermos ao Poderoso para recebermos fortalecimento. Esta é uma grande bênção para nós. Seja qual for a necessidade, devemos permitir que ela nos leve, como uma forte correnteza, ao oceano do amor de Deus. Jesus pode remover imediatamente nossa tristeza. O Senhor Jesus se deleita em nos consolar. Apressemo-nos a buscá-Lo, enquanto Ele anela vir ao nosso encontro.

C.H. Spurgeon

sexta-feira, 16 de setembro de 2016

16 de Setembro

"Co-participantes da natureza divina". 
2 Pedro 1.4

Evidentemente, ser um participante da natureza divina não significa tornar-se Deus. Isto é impossível. A criatura não pode ser participante da essência da Divindade. No que diz respeito à essência, tem de haver um abismo entre a criatura e a Divindade. O primeiro homem, Adão, foi criado à imagem de Deus; assim também nós, por intermédio da regeneração do Espírito Santo, somos criados, em um sentido divino, à imagem do Altíssimo, tornando-nos participantes da natureza divina. Somos, pela graça, feitos como Deus. “Deus é amor”; “e todo aquele que ama é nascido de Deus” (1 João 4.16, 7).
Deus é verdade; tornamo-nos verdade e amamos aquele que é verdade. Deus é bom e nos torna bons por sua graça, de modo que nos tornamos os limpos de coração que verão a Deus (ver Mateus 5.8). Ainda mais, tornamo-nos “co-participantes da natureza divina” num sentido ainda mais elevado que este – de fato, num sentido tão sublime quanto pode ser imaginado, quase que absolutamente divinos. Não nos tornamos membros do corpo divina pessoa de Cristo? O sangue que corre na cabeça é o mesmo que corre nas mãos. A vida que se manifesta em Cristo é a mesma que vivifica o seu povo, “porque morrestes, e a vossa vida está oculta juntamente com Cristo, em Deus” (Colossenses 3.3). E, se isto não é o bastante, estamos casados com Cristo. Ele nos desposou para Si mesmo, em justiça e fidelidade; e aquele que está unido ao Senhor é um com Ele. Oh! que mistério admirável! Perscrutamos este mistério, mas quem pode compreendê-lo? Um com Jesus -tão unidos a Ele, que o galho de uma videira não pode estar mais unido ao seu tronco como nós fazemos parte do Senhor Jesus, nosso Redentor e Salvador! Enquanto nos regozijamos neste fato, lembremos que todos os co-participantes da natureza divina manifestarão este relacionamento santo e elevado em sua comunhão com os outros. Por meio do falar e do comportamento deles, ficará evidente que escaparam da corrupção das paixões que há no mundo (ver 2 Pedro 1.4). Oh, que tenhamos mais santidade de vida!

C.H. Spurgeon

quinta-feira, 15 de setembro de 2016

15 de Setembro.

"Não se atemoriza de más notícias". 
Salmos 112.7



Crente, você não deve temer a chegada de más notícias. Se elas o entristecem, em que aspecto você é diferente dos outros homens? Eles não têm o seu Deus, a quem podem recorrer. Nunca provaram a fidelidade de Deus como você a tem experimentado. Não devemos nos admirar que eles se prostram com temor. Mas você confessa ser uma nova criatura. Foi gerado de novo para uma viva esperança (ver 1Pedro 1.3); seu coração vive no céu e não nas coisas da terra. Ora, se você percebe estar sendo distraído como os outros homens, qual o valor da graça que você professa ter recebido? Onde está a dignidade da nova natureza que você confessa possuir? Se você se encher de pavor como as outras pessoas, será levado indubitavelmente aos pecados habituais que as pessoas cometem em circunstâncias de aflição. Os ímpios, quando dominados por más notícias, se rebelam contra Deus. Murmuram e pensam que Deus os está tratando de modo cruel. Você cairá nesse mesmo pecado? Provocará o Senhor como eles fazem? Frequentemente, os não convertidos se apressam a buscar meios errados para se livrarem das dificuldades. E você certamente fará o mesmo, se a sua mente sucumbir à pressão das circunstâncias do presente. Confie no Senhor, esperando nele com paciência (ver Salmos 37.7). O curso de ação mais prudente é agir como Moisés diante do mar Vermelho – “Aquietai-vos e vede o livramento do SENHOR” (Êxodo 14.13). Se você der lugar ao temor, quando ouvir más notícias, será incapaz de enfrentar os problemas com aquela postura tranquila que fortifica para o trabalho e o sustém na adversidade. Como você pode glorificar a Deus se banca o covarde? Os santos têm frequentemente cantado os altos louvores de Deus em meio ao fogo. Mas, se você nutrir dúvidas, como se não tivesse ninguém para ajudá-lo, tais dúvidas exaltarão o Altíssimo? Portanto, encoraje-se, e confiando na fidelidade de seu Deus da aliança. “Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize” (João 14.27).

C.H. Spurgeon

quarta-feira, 14 de setembro de 2016

14 de Setembro.

"E outros barcos o seguiam". 
Marcos 4.36

Naquela noite, o Senhor Jesus era o Almirante Supremo do mar e podia, com sua presença, preservar toda a frota de barcos. É bom velejar com Jesus, mesmo que num barco pequeno. Quando navegamos na companhia de Cristo, podemos não ter uma garantia de tempo bom; pois grandes tempestades podem balançar o navio que carrega o próprio Senhor, e não devemos esperar encontrar o mar menos tempestuoso ao redor de nosso pequeno barco. Se andamos com Jesus, temos de nos contentar em experimentar o que Ele experimentou. Quando as ondas são severas para Ele, também o são para nós. É por meio de tempestades e vendavais que chegaremos à terra, assim como o Senhor Jesus o fez antes de nós. Quando a tempestade varreu o escuro lago da Galiléia, todos os rostos se tornaram pálidos e refletiram desespero. Quando a ajuda de toda criatura se mostrou inútil, o Salvador que cochilava se levantou e, com uma palavra, transformou a confusão da tempestade em profunda e tranquila bonança. Assim, os demais barquinhos descansaram bem como aquele que carregava o Senhor.
Que o nosso coração faça de Jesus a sua âncora, seu leme, seu farol, seu bote salva-vidas e seu porto. A igreja de Cristo é a nau capitânia do Almirante. Acompanhemos os movimentos dela e encorajemos seus oficiais com nossa presença. Ele mesmo é a grande atração. Devemos segui-Lo em sua esteira, observar os seus sinais, dirigir-nos por seu mapa e nunca temer enquanto Ele estiver ao alcance de nosso clamor. Nenhum dos barcos da frota sofrerá naufrágio. Pela fé soltamos nossa corda para um outro dia de cruzeiro e navegamos com Jesus num mar de tribulação. Ventos e ondas nos inquietarão, mas todos eles obedecem ao Senhor Jesus. Por conseguinte, não importa quão grandes tempestades nos sobrevenham, a fé sentirá uma quietude bendita em nosso espírito. Ele sempre está no centro da companhia castigada pelo mau tempo. Alegremo-nos nele. O barco de Jesus chegou ao céu, o nosso também ali chegará.

C.H. Spurgeon.

terça-feira, 13 de setembro de 2016

13 de Setembro.

"O qual, passando pelo vale árido, faz dele um manancial; de bênçãos o cobre a primeira chuva".
Salmos 84.6

Estas palavras nos ensinam que o conforto obtido por alguém pode frequentemente se mostrar útil a outrem, assim como os poços de água são usados por uma geração após outra. Lemos um livro repleto de consolações, que se mostra semelhante à lança de Jônatas escorrendo mel. Pensamos que nosso irmão esteve aqui antes de nós, cavou este poço para nós, bem como para ele mesmo. Muitos peregrinos cavaram poços para si mesmos, mas os poços têm provado ser igualmente úteis a outros. Observamos isto nos salmos como: “Por que estás abatida, ó minha alma?” (Salmos 42.5). Os viajantes se deleitam em ver as pegadas de alguém em uma praia deserta; amamos ver as pisadas de outros peregrinos, enquanto passam pelo vale árido. Os peregrinos cavam o poço, mas, estranhamente, o manancial se enche a partir do topo, ao invés de a partir da base. Usamos os meios, mas a bênção não vem deles. Cavamos o poço, mas o céu o enche com chuvas. “O cavalo prepara-se para o dia da batalha, mas a vitória vem do SENHOR” (Provérbios 21.31). Os meios estão vinculados ao fim, mas não o produzem por si mesmos. Nesta passagem, veja que as chuvas enchem o poço, de modo que este se torna útil como um reservatório para a água. O trabalho não é inútil, mas não substitui a ajuda divina. A graça pode ser corretamente comparada com a chuva, por sua pureza, sua influência refrescante e vivificante, sua vinda do céu e a soberania com a qual ela é enviada ou retida.
Que os nossos leitores tenham chuvas de bênçãos; e que os poços cavados por eles sejam enchidos com água. Oh, o que são meios e leis sem o sorriso do céu! Eles são nuvens sem chuva e mananciais sem água. Ó Deus de amor, abre as janelas do céu e derrama sobre nós uma benção.

C.H. SPURGEON.

segunda-feira, 12 de setembro de 2016

12 de Setembro.

"O SENHOR é Deus zeloso". 
Naum 1.2

O crente, o seu Senhor é bastante zeloso em relação ao seu amor para com Ele. O Senhor o escolheu? Por isso, não pode suportar que você escolha outrem. O Senhor o comprou com o seu próprio sangue? Ele não pode suportar você que pense que pertence a si mesmo ou a este mundo. O Senhor o amou com um amor tão profundo que não ficaria no céu sem você. O Senhor não pode suportar que algo permaneça entre o amor de seu coração e Ele mesmo. Ele é muito zeloso de sua confiança nEle; não permitirá que você confie num braço de carne. Ele não suporta que você cave cisternas rotas, quando a fonte transbordante está sempre à sua disposição. E, quando transferimos nossa dependência para outro, quando contamos com nossa própria sabedoria ou com a sabedoria de um amigo -pior que tudo: quando confiamos nas coisas que fazemos -desagradamos o Senhor, que, por sua vez, nos disciplina, a fim de trazer-nos de volta a Si mesmo. O Senhor é também bastante zeloso em relação à nossa companhia. Não deve haver qualquer outra pessoa com quem conversamos mais do que com Jesus. Permanecer somente nEle –isto é verdadeiro amor. Mas ter comunhão com o mundo, encontrar consolo suficiente em nossas consolações carnais, preferir o convívio de nossos irmãos em Cristo à comunhão com Jesus– tudo isto equivale a entristecer nosso zeloso Senhor. O Senhor Jesus fica feliz quando permanecemos nEle e desfrutamos de constante comunhão com Ele. Muitas das provações que experimentamos removem o apego de nosso coração às pessoas e o fixa mais intimamente no Senhor.
Este zelo, que trabalha para nos manter perto de Cristo, deve ser uma consolação para nós. Se Ele nos ama sobremaneira, a ponto de se preocupar deste modo com o nosso amor, podemos ter certeza de que Ele não permitirá que coisa alguma nos prejudique e nos protegerá do mal de nossos inimigos. Oh! que tenhamos graça, neste dia, para manter nosso coração em sagrada castidade tão-somente para o nosso Amado, fechando os nossos olhos, com zelo santo, para as fascinações do mundo!

C.H. Spurgeon

domingo, 11 de setembro de 2016

11 de Setembro.

"Separai-vos".
2 Coríntios 6.17

O crente, embora esteja no mundo, não é do mundo. Ele deveria ser distinguido do mundo nos grandes objetivos de sua vida. Para o crente, o viver tem de ser Cristo (ver Filipenses 1.21). Quer beba, quer coma, quer faça alguma outra coisa, o crente deve fazer tudo para a glória de Deus (ver 1 Coríntios 10.31). Você pode acumular tesouros, mas, no céu, onde nem a traça nem a ferrugem corrói, e onde ladrões não podem escavar, nem roubar (ver Mateus 6.20). Talvez você queira se esforçar para ser rico, mas a sua ambição deve ser tornar-se rico na fé (ver Tiago 2.5) e nas boas obras (ver 1Timóteo 6.18). Você pode desfrutar de prazeres; quando, porém, você se alegrar, cante salmos (ver Tiago 5.13) e, em seu coração, faça melodias ao Senhor (ver Efésios 5.19).
Em seu espírito, bem como em seus propósitos, você deve ser diferente do mundo, esperando humildemente em seu Deus, sempre consciente de sua presença, deleitando-se na comunhão com Ele. Procurando conhecer a vontade dele, você comprovará que é membro da raça celestial. Também deve ser separado do mundo em seus atos. Se algo é certo, você tem de fazê-lo, embora venha a sofrer perdas. Se algo é errado, ainda que resulte em ganhos, você tem de rejeitar o pecado por amor ao seu Senhor. Você não deve ter comunhão com as obras infrutíferas das trevas, e sim reprová-las.
Ande de modo digno da sua chamada e posição (ver Efésios 4.1). Lembre-se, crente, você é um filho do Rei dos reis. Portanto, mantenha-se limpo do mundo. Não manche os dedos que logo tocarão cordas celestiais. Não permita que os seus olhos, os quais em breve contemplarão o Rei em sua glória, tornem-se janelas de concupiscência. Não permita que seus pés, que logo caminharão nas ruas de ouro, sejam maculados em lugares lamacentos. Não permita que seu coração, o qual em breve será enchido pelas coisas celestiais e transbordará de regozijo, encha-se de orgulho e infelicidade.

C.H. Spurgeon.

sábado, 10 de setembro de 2016

MÚSICA DO DIA

QUE RAIO ACONTECE NA COZINHA #138 COMO FAZER TRUFAS DE CHOCOLATE RÁPIDAS

10 de Setembro.

"Depois, subiu ao monte e chamou os que ele mesmo quis, e vieram para junto dele". 
Marcos 3.13



Nesse acontecimento se manifestou a soberania. Pessoas impacientes podem irritar-se e ficar iradas porque não foram chamadas às posições mais nobres do ministério. Mas, querido leitor, regozije-se com o fato de que Jesus chama a quem Ele mesmo quer. Se Jesus me chama para ser um recepcionista na igreja dele, eu o bendirei por sua graça me permitir fazer algo em seu serviço.
A chamada dos servos de Cristo vem do alto. Jesus está na montanha, eternamente acima do mundo, em santidade, sinceridade, amor e poder. Aqueles que Jesus chama têm de subir a montanha ao encontro dele. Devem procurar subir ao nível dele, por meio da comunhão com Ele. Talvez não sejam capazes de atingir honras clássicas ou eminência de erudição; contudo, à semelhança de Moisés, eles têm de subir ao monte e desfrutar de constante comunhão com o Deus invisível. De outra maneira, nunca serão aptos a proclamar o evangelho da paz. Jesus procurava separar-se das pessoas, a fim de ter comunhão com o seu Pai. Temos de entrar nesta mesma comunhão divina, se desejamos abençoar os nossos semelhantes. Não devemos nos admirar do fato de que os apóstolos estavam revestidos de poder, após descerem do monte onde Jesus estava.
Neste dia, devemos nos esforçar para subir a montanha de comunhão com Ele, a fim de que sejamos designados para a obra de vida para a qual fomos separados. Não vejamos a face de pessoas hoje, enquanto não tivermos visto a Jesus. Também expeliremos demônios e realizaremos maravilhas, se descermos ao mundo cingidos com aquele poder divino que somente o Senhor Jesus nos pode dar. É inútil ir à batalha do Senhor sem estarmos usando armas celestiais. Temos de ver a Jesus; isto é essencial. Diante do trono de misericórdia nos demoraremos, até que Ele se manifeste para nós como não o faz ao mundo, e possamos dizer com sinceridade: “Estivemos com Ele no monte santo”.

C.H. Spurgeon

sexta-feira, 9 de setembro de 2016

09 de Setembro.

"Invoca-me, e te responderei; anunciar-te-ei coisas grandes e ocultas, que não sabes". 
Jeremias 33.3

Há diferentes traduções deste versículo. Uma tradução diz: 11 Anunciar-te-ei coisas grandes e firmes”; outra: “Coisas grandiosas e insondáveis”. Ora, existem coisas especiais e reservadas na experiência do crente. Todos os desenvolvimentos da vida espiritual não são igualmente fáceis de conquistar. Existem as disposições e os sentimentos comuns de arrependimento, fé, alegria e esperança, os quais são desfrutados por toda a família de Deus. No entanto, existe uma esfera superior de êxtase, comunhão e união consciente com Cristo; mas esta esfera superior está longe de ser uma habitação comum dos crentes.
Nem todos nós temos o privilégio do apóstolo João, que aprendeu ao seio de Jesus, ou o do apóstolo Paulo, que foi levado até ao terceiro céu. Existem alturas no conhecimento das coisas de Deus que olhos de águia e o pensamento de filósofos jamais puderam contemplar. Somente Deus pode nos levar a essas alturas. Entretanto, o carro em que Ele nos leva a essas alturas e os cavalos de fogo aos quais o carro está atrelado são as orações perseverantes. Orações perseverantes são vitoriosas diante do Deus de misericórdia: “No vigor da sua idade, lutou com Deus; lutou com o anjo e prevaleceu; chorou e lhe pediu mercê; em Betel, achou a Deus, e ali falou Deus conosco” (Oséias 12.3,4). Tais orações levam o crente ao monte Carmelo, capacitando-o a encher o céu com nuvens de bênção e a terra com chuvas de misericórdia. As orações perseverantes mostram ao crente a herança reservada. Elas nos elevam e nos transfiguram até que, neste mundo, sejamos como nosso Senhor é. Se você deseja atingir algo elevado e extraordinário, olhe para a Rocha que é mais alta do que você (ver Salmos 61.2), contemplando com os olhos da fé, através da janela da oração persistente. Quando você abrir a janela do seu lado, ela não estará trancada do outro lado.

C.H. Spurgeon

quinta-feira, 8 de setembro de 2016

08 de Setembro.

"De mim procede o teu fruto". 
Oséias 14.8

Nosso fruto procede de nossa união com Deus. O fruto do galho tem sua origem diretamente vinculada à raiz. Quando cortamos a ligação do galho, este morre e não produz nenhum fruto. Pela virtude de nossa união com Cristo, produzimos fruto. Todo cacho de uvas esteve primeiramente na raiz. Passou pelo tronco, seguiu pelos vasos de seiva, moldando-se exteriormente em um fruto. De modo semelhante, toda boa obra do crente estava primeiramente em Cristo e, posteriormente, foi produzida em nós. Crente, valorize esta preciosa união com Cristo, visto que ela tem de ser a fonte de toda fertilidade que você espera conhecer. Se você não estivesse unido a Jesus Cristo, seria realmente um galho estéril. Nosso fruto vem das providências espirituais de Deus. Quando as gotas de orvalho caem do céu; quando lá de cima as nuvens olham para baixo e estão quase destilando seu tesouro líquido, quando o sol brilhante faz crescer os frutos do cacho, cada bênção celeste pode sussurrar para a árvore: “De mim procede o teu fruto”. O fruto deve muito à raiz -que é essencial à frutificação -mas também às influências externas. Oh! quanto devemos à providência e à graça de Deus! Constantemente, Ele nos dá ânimo, ensino, consolação, fortalecimento e tudo o que necessitamos. Disso resulta toda a nossa utilidade e eficácia. Nosso fruto vem de Deus como resultado de sua sábia agricultura. As lâminas da podadeira do viticultor promovem a frutificação da árvore por desbastarem os cachos ou removerem os brotos excessivos. Ó crente, isso também acontece em sua vida por ocasião da podadura que o Senhor realiza em você. “Meu Pai é o agricultor. Todo ramo que, estando em mim, não der fruto, ele o corta; e todo o que dá fruto limpa, para que produza mais fruto ainda” (João 15.1,2). Visto que Deus é o Autor de nossas graças espirituais, devemos tributar-Lhe toda a glória de nossa salvação.

C.H. Spurgeon

quarta-feira, 7 de setembro de 2016

07 de Setembro.

"E, não podendo aproximar-se dele, por causa da multidão, descobriram o eirado no ponto correspondente ao em que ele estava e,fazendo uma abertura , baixaram o leito em que jazia o doente".
Marcos 2.4

A fé é repleta de criatividade. A casa estava cheia de pessoas; uma multidão bloqueava a porta. Mas a fé descobriu uma maneira de chegar até ao Senhor e colocar o paralítico diante dele. Se não podemos trazer os pecadores à presença de Jesus utilizando métodos comuns, temos de usar meios extraordinários. De acordo com Lucas 5.19, parece que o teto precisou ser removido; isso traria poeira e causaria certa medida de perigo para os que estavam embaixo. Mas, quando o caso é urgente, não devemos hesitar em correr riscos e chocar convenções sociais. Jesus estava ali para curar; e, não importando o que poderia acontecer, a fé arriscaria tudo para que o paralítico infeliz tivesse seus pecados perdoados. Oh! se tivéssemos mais fé ousada entre nós! Neste dia procure realizar algum ato corajoso por amor às almas e para a glória d Jesus? O mundo inventa constantemente; a habilidade serve a todos os propósitos do desejo humano. A fé também não pode inventar e alcançar, por meio de procedimentos novos, os perdidos que estão a perecer ao nosso redor? Foi a presença de Jesus que despertou a coragem vitoriosa nos quatro homens que carregavam o paralítico. O Senhor não está entre nós agora? Vimos a sua face neste dia? Sentimos o seu poder de curar em nossa própria alma? Se isto é verdade, rompamos todos os impedimentos quer sejam a porta, a janela, ou o teto, e trabalhemos para trazer almas a Jesus. Todos os meios são bons e decorosos quando a fé e o amor são verdadeiramente empregados em ganhar almas. Se a fome de pão pode derrubar muros de pedras, certamente, fome de almas não deve ser retardada em seus esforços. Ó Senhor, faze-nos prontos a descobrir métodos de alcançar os teus enfermos pelo pecado; e faze-nos também ousados em levá-los a Ti, apesar de todos os obstáculos.

C.H. Spurgeon.

terça-feira, 6 de setembro de 2016

06 de Setembro.

No meio de uma geração pervertida e corrupta, na qual resplandeceis como luzeiros no mundo. 
Filipenses 2.15



Usamos luzes a fim de ver as coisas mais claramente. O crente deve resplandecer em sua vida de tal modo, que outras pessoas não poderão conviver com ele, durante uma semana, sem conhecer o evangelho. A conversa do crente deve ser tal que todos ao seu redor percebam com clareza de quem ele é e a quem ele serve. As pessoas devem ver a imagem de Jesus refletida nas atitudes diárias do crente. A luz tem o propósito de orientar. Ternos de ajudar os nossos semelhantes que se encontram nas trevas. Ternos de apresentar-lhes a Palavra da vida. Temos de conduzir os pecadores ao Salvador e os fatigados, ao lugar de descanso em Deus. Muitas vezes os homens lêem a Bíblia e não a entendem. Assim como Filipe, devemos estar prontos a instruir os interessados em conhecer o significado da Palavra de Deus, o caminho da salvação e a vida de piedade. A luz também é usada com o propósito de alertar. Em nossas rochas e obstáculos, um farol certamente tem de ser erigido. Os crentes devem saber que existem muitas luzes falsas brilhando em todos os lugares do mundo. Por conseguinte, precisamos ter a luz verdadeira. Os saqueadores de Satanás estão sempre a bordo, tentando os ímpios a pecarem em nome do prazer. Estão acendendo a luz errada. Nossa responsabilidade consiste em pôr a verdadeira luz em toda rocha perigosa, revelar todo pecado e mostrar-lhes as suas consequências, de modo que fiquemos limpos do sangue de todos os homens, clareando como luzes no mundo. Além disso, a luz possui urna influência confortadora. E os crentes devem ter esta mesma influência. Um crente deve ser uma pessoa consoladora, de palavras amáveis nos lábios e simpatia no coração. Ele tem de resplandecer por onde quer que vá, irradiando felicidade ao seu redor.
Espírito Gracioso, habite comigo; e eu mesmo seria gracioso, Com palavras que ajudam e curam, sua vida na minha se revelaria, E com ações destemidas e gentis, por Cristo, meu Salvador, eu falaria.

C.H. Spurgeon

segunda-feira, 5 de setembro de 2016

05 de Setembro

Ai de mim, que peregrino em Meseque e habito nas tendas de Quedar. 
Salmos 120.5

Embora você seja um crente, tem de viver em um mundo ímpio. Portanto, há pouca utilidade em clamar: “Ai de mim”. Jesus não rogou ao Pai que você fosse retirado do mundo, e aquilo pelo que Ele não orou, você não tem de desejar. É melhor enfrentar a provação na força do Senhor e glorificá-Lo nesta provação. O inimigo está sempre vigiando para detectar incoerências na conduta do crente; portanto, viva em santidade. Lembre-se: os olhos de todos estão em você, e mais se espera do crente do que de outras pessoas. Esforce-se para não dar motivo de acusação. Que a sua bondade seja a única falta que encontrarão em você. Em semelhança a Daniel, force-os a dizer sobre você: “Nunca acharemos ocasião alguma para acusar a este Daniel, se não a procurarmos contra ele na lei do seu Deus” (Daniel 6.5). Procure ser útil e consistente.
Talvez você pense: “Se estivesse em uma posição mais favorável, eu poderia servir na causa do Senhor. Mas não posso fazer nenhum bem na posição em que estou”. Todavia, quanto piores forem as pessoas que vivem ao seu redor, tanto mais elas necessitarão de seu exemplo. Se o caminho delas é tortuoso, você pode mostrar-lhes o caminho reto. Se elas são perversas, você pode ser usado para converter o coração orgulhoso delas à verdade. Onde estão os médicos? Onde existem muitos doentes. Onde o soldado deve conquistar honra, se não no mais difícil campo da batalha? Quando você se torna fatigado dos conflitos e do pecado com os quais se depara em todos os lugares, lembre que todos os santos do passado suportaram as mesmas provações. Eles não foram carregados ao céu em camas macias, e você não deve esperar viajar mais comodamente que eles. Alguns deles tiveram de arriscar sua própria vida, até à morte; e você não será coroado enquanto não suportar os sofrimentos como bom soldado de Cristo Jesus (ver 2 Timóteo 2.3). Por isso, permaneça firme na fé, porte-se varonil mente e se fortaleça (ver 1 Coríntios 16.13).

C.H. Spurgeon

domingo, 4 de setembro de 2016

04 de Setembro.

"Quero, ficar limpo!"
Marcos 1.41

As trevas, no princípio da criação, ouviram a voz do Altíssimo, ordenando: “Haja luz” (Gênesis 1.3), e imediatamente houve luz. A palavra do Senhor Jesus é tão majestosa quanto aquela palavra de poder no princípio. A redenção, assim como a criação, tem a sua palavra de poder. Jesus fala, e as coisas se fazem. A lepra não se rendia a nenhum remédio humano, mas fugiu imediatamente ante a vontade do Senhor -“Quero”. Essa doença não evidenciava qualquer sinal ou indício de recuperação. A natureza do próprio doente em nada contribuía para a cura, mas a palavra por si mesma efetuou todo o trabalho imediatamente e para sempre.
O pecador está dominado por uma praga mais miserável do que a lepra. Ele, imitando o leproso, deve ir a Jesus, implorando e prostrando-se diante dele (ver Marcos 1.40). Deve exercitar a pequena fé que possui, ainda que não possa ir além de clamar: “Senhor, se quiseres, podes purificar-me”. Não pode haver dúvidas quanto ao resultado. Jesus purifica todos os que vêm a Ele e não rejeita ninguém.
Ao ler o versículo deste dia, observe que Jesus tocou o leproso. Esse homem impuro quebrou as regras da lei cerimonial e entrou apressadamente na casa, mas Jesus, longe de repreendê-lo também quebrou a lei cerimonial para ir ao encontro do leproso. Com ele Jesus fez uma troca, pois enquanto o limpou, contraiu, por aquele toque, uma profanação levítica. Semelhantemente, Jesus foi feito pecado por nós, embora em Si mesmo não tenha conhecido qualquer pecado, para que fôssemos feitos justiça de Deus. Se os pecadores infelizes fossem a Jesus, crendo no poder de sua bendita obra vicária, logo conheceriam o poder de seu toque gracioso. A mão que multiplicou pães, que levantou o apóstolo das águas do mar, que sustenta os crentes em aflições, que os recompensa -essa mesma mão tocará o pecador que O busca e imediatamente o tornará limpo. O amor de Jesus é a fonte da salvação. Ele ama, Ele vê, Ele nos toca, e vivemos!

C.H. Spurgeon.

sábado, 3 de setembro de 2016

03 de Setembro.

Ó amado de minha alma. 
Cântico dos Cânticos 1.7

É maravilhoso podermos dizer, sem qualquer “se” ou “mas”, a respeito do Senhor Jesus: “Ó amado de minha alma”. Muitos podem dizer apenas que esperam estar amando o Senhor Jesus; eles acham que O amam. Todavia, somente uma experiência superficial e insignificante se contentaria em permanecer neste ponto. Não podemos nos contentar com uma esperança superficial de que Jesus nos ama e com uma confiança infrutífera de que nós O amamos. Os santos do passado geralmente falavam sem “mas”, “se”, “espero que”; falavam com determinação e clareza. Paulo disse: “Sei em quem tenho crido” (2 Timóteo 1.12). “Sei que o meu Redentor vive” – foram palavras de Jó (19.25). Obtenha um conhecimento positivo do seu amor por Jesus, e não fique satisfeito até que possa falar de seu interesse nEle como uma realidade, a qual você tornou incontestável por ter recebido o testemunho do Espírito Santo e o selo dele em sua alma, por meio da fé. Em todos os casos, o verdadeiro amor por Jesus é uma obra do Espírito Santo, e deve ser colocado no coração por Ele. Ele é o Administrador do amor, mas a razão lógica de nosso amor por Jesus reside nEle mesmo.
Por que amamos a Jesus? Porque Ele nos amou primeiro (ver 1 João 4.19) e se entregou por nós (ver Tito 2.14). Temos vida por meio da morte de Jesus e paz, por intermédio do sangue dele. Embora fosse rico, Ele se tornou pobre por nos amar (ver 2 Coríntios 8.9). Por que amamos a Jesus? Por causa da excelência do seu ser. Somos tomados por um senso da beleza de Jesus, uma admiração de seus encantos, e uma consciência de sua infinita perfeição! A grandeza, a bondade e a amabilidade de Jesus se combinam para cativar a alma, num resplandecente fulgor até que ela se encontre de tal modo dominada pelo amor, que venha a exclamar: “Sim, ele é totalmente desejável” (Cântico dos Cânticos 5.16). Este é um amor bendito -um amor que prende o coração com laços mais macios do que seda e mais firmes do que a rocha!

C.H.Spurgeon

sexta-feira, 2 de setembro de 2016

02 de Setembro.

A sogra de Simão achava-se acamada, com febre; e logo lhe falaram a respeito dela. 
Marcos 1.30

Esta breve consideração na casa do apóstolo e pescador é muito interessante. A princípio, observamos que as alegrias familiares e os cuidados da família não constituíam um impedimento ao pleno ministério de nosso Senhor. De fato, desde que elas forneciam uma oportunidade de testemunho pessoal da graciosa obra do Senhor para a própria carne e sangue de alguém, podiam até instruir o professor melhor do que qualquer disciplina terrena. Alguns podem se manifestar contra o casamento, mas o verdadeiro cristianismo e a vida familiar se harmonizam bem juntos. Provavelmente a casa de Pedro era uma habitação simples de pescador, mas o Senhor da glória entrou nela, se hospedou e realizou um milagre ali. Se este pequeno livro estiver sendo lido em alguma casa humilde, este fato deve encorajar os que nela habitam a buscar a companhia do Rei Jesus. Deus habita mais em casas humildes do que em mansões de ricos. Jesus está olhando para você agora, desejando mostrar-se gracioso. A enfermidade havia entrado na casa de Simão, e a febre em uma intensidade mortal tinha prostrado a sogra dele. Logo que Jesus entrou naquela casa, falaram-Lhe a respeito daquela triste aflição. Ele se apressou a chegar ao leito da paciente. Você tem alguma doença em sua casa? Descobrirá que Jesus é o melhor de todos os médicos. Busque-O imediatamente, contando-Lhe tudo a respeito da enfermidade. Se é algo que diz respeito a algum dos filhos de Deus, então, é importante para o Senhor Jesus. Observe que Ele curou logo a senhora enferma. Ninguém pode curar como Jesus. Podemos não estar certos de que o Senhor removerá todas as doenças daqueles que amamos, pois sabemos que a oração da fé, mais do que por qualquer outra coisa neste mundo, será acompanhada por restauração. Nos casos em que isto não aconteça, temos de nos sujeitar à vontade dAquele por meio de Quem a vida e a morte são determinadas. O amável coração de Jesus quer ouvir nossas tristezas. Derrame-as em seu ouvido paciente.

C.H. Spurgeon

quinta-feira, 1 de setembro de 2016

01 de Setembro.

Tu me guias com o teu conselho e depois me recebes na glória. 
Salmos 73.24

O salmista sentiu necessidade de orientação da parte de Deus. Ele acabara de descobrir a tolice de seu coração e, a fim de não ser por ele constantemente desviado, o salmista resolveu que dali em diante o conselho de Deus o guiaria. Um senso de nossa própria tolice é um grande passo em direção a nos tornarmos sábios, visto que nos leva a confiar na sabedoria do próprio Senhor. O cego se apoia nos braços de seu amigo e chega em casa com segurança. De modo semelhante, devemos nos entregar implicitamente à orientação divina, sem duvidarmos de coisa alguma e certos de que, embora não O vejamos, sempre é seguro confiar no Deus que vê tudo.
Tu me guias é uma bendita expressão de confiança. O salmista estava certo de que o Senhor não cessaria esta obra de condescendência. Esta é uma palavra para você, crente; descanse nela. Tenha certeza de que o seu Deus será o seu conselheiro e amigo. Ele o guiará e dirigirá todos os seus caminhos. Na palavra escrita de Deus, você encontra esta certeza em parte cumprida, pois a Bíblia é o conselho dele para você. Somos felizes por termos a Palavra de Deus sempre a nos guiar! O que seria do marinheiro sem sua bússola? O que seria do crente sem a Bíblia? Ela é o mapa seguro que o livra das areias movediças de destruição e o conduz ao céu de salvação -o mapa desenhado e marcado por Aquele que conhece todo o caminho. Ó Deus bendito, que confiemos em Ti para nos guiar até o fim!
Contemplando esta orientação por toda a vida, o salmista antecipa uma recepção divina no final -“Depois me recebes na glória”. Que pensamento maravilhoso para você, crente! Deus mesmo o receberá na glória -sim, você! Crente perambulante, instável e sem orientação, Deus o levará, seguro, à glória, no final! Esta é a sua porção, viva este dia nesta porção, e se complicações lhe cercarem, prossiga, na força deste texto, direto para o trono.

C.H. Spurgeon