quinta-feira, 30 de novembro de 2017

30 de Novembro.

A vergonha triunfante da cruz

Nem ainda para se oferecer a si mesmo muitas vezes, como o sumo sacerdote cada ano entra no Santo dos Santos com sangue alheio. Ora, neste caso, seria necessário que ele tivesse sofrido muitas vezes desde a fundação do mundo; agora, porém, ao se cumprirem os tempos, se manifestou uma vez por todas, para aniquilar, pelo sacrifício de si mesmo, o pecado.
Hebreus 9: 25-26.

Não deve se considerar como garantido que haverá um acolhimento para pecadores no céu.
Deus é santo, puro, perfeitamente justo e reto. Contudo, toda a história da Bíblia é sobre como um Deus tão grande e santo pode receber e recebe pessoas sujas como você e eu em sua presença. Como é possível?
Hebreus 9.25 diz que o sacrifício de Cristo pelo pecado não foi como os sacrifícios dos sumos sacerdotes judeus. Eles entravam no Santo dos santos anualmente com sacrifícios de animais para expiar os pecados do povo. Mas esses versículos dizem que Cristo não entrou no céu para “oferecer a si mesmo muitas vezes… neste caso, seria necessário que ele tivesse sofrido muitas vezes desde a fundação do mundo” (Hebreus 9.26).
Se Cristo tivesse seguido o modelo dos sacerdotes, precisaria morrer anualmente. E como os pecados a serem cobertos incluiriam os pecados de Adão e Eva, ele precisaria começar sua morte anual na fundação do mundo. Mas o escritor trata isso como impensável.
Por que isso é impensável? Porque faria a morte do Filho de Deus parecer fraca e ineficaz. Se precisasse ser repetida ano após ano durante séculos, onde estaria o triunfo? Onde veríamos o valor infinito do sacrifício do Filho? O valor desapareceria na vergonha de um sofrimento e morte anuais.
Houve vergonha na cruz, mas foi uma vergonha triunfante. “[Jesus] não fez caso da ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus” (Hebreus 12.2).
Esse é o evangelho da glória de Cristo, a imagem de Deus (2 Coríntios 4.4). Oro para que, por mais sujo com o pecado que você seja, você veja a luz dessa glória e creia.

John Piper.

terça-feira, 28 de novembro de 2017

29 de Novembro.

O único purificador da consciência

Muito mais o sangue de Cristo, que, pelo Espírito eterno, a si mesmo se ofereceu sem mácula a Deus, purificará a nossa consciência de obras mortas, para servirmos ao Deus vivo! 
Hebreus 9: 14.

Nós estamos na era moderna — a era da Internet, telefones inteligentes, viagens espaciais e transplantes cardíacos — e nosso problema é fundamentalmente o mesmo de sempre: nossas consciências nos condenam e nos fazem sentir inaceitáveis ​​a Deus. Somos separados de Deus.
Podemos nos ferir, ou lançar nossos filhos no rio sagrado, ou doar um milhão de reais para a caridade, ou servir em uma cozinha comunitária, ou realizar cem formas de penitência e autoflagelo, e o resultado será o mesmo: A mácula permanece e a morte aterroriza.
Nós sabemos que a nossa consciência é contaminada — não por coisas exteriores como tocar um cadáver, uma fralda suja ou um pedaço de carne de porco. Jesus disse: o que sai de um homem, isso é o que o contamina, não o que entra (Marcos 7.15-23). Nós somos contaminados por atitudes como orgulho, autopiedade, amargura, luxúria, inveja, ciúme, cobiça, apatia e medo.
A única solução nessa era moderna, como em qualquer outra era, é o sangue de Cristo. Quando a sua consciência se levantar e o condenar, para onde você irá? Hebreus 9.14 lhe dá a resposta: Vá para Cristo.
Vá para o sangue de Cristo. Vá para o único purificador no universo que pode lhe dar alívio na vida e paz na morte.

John Piper.

28 de Novembro.

A raiz da ingratidão

Porquanto, tendo conhecimento de Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças; antes, se tornaram nulos em seus próprios raciocínios, obscurecendo-se-lhes o coração insensato. 
Romanos 1: 21.

Quando a gratidão brota no coração humano em direção a Deus, ele é exaltado como a rica fonte da nossa bênção. Ele é reconhecido como doador e benfeitor e, portanto, como glorioso.
Mas quando a gratidão não surge em nossos corações diante da grande bondade de Deus para conosco, provavelmente isso significa que não desejamos honrá-lo; não queremos exaltá-lo como nosso benfeitor.
E há uma razão muito boa pela qual os seres humanos por natureza não desejam exaltar a Deus com ação de graças ou glorificá-lo como seu benfeitor. A razão é que isso diminui a glória deles mesmos, e todas as pessoas por natureza amam a sua própria glória mais do que a glória de Deus.
Na raiz de toda ingratidão está o amor pela própria grandeza. Pois a gratidão verdadeira admite que somos beneficiários de uma herança imerecida. Nós somos aleijados apoiados na muleta em forma de cruz de Jesus Cristo. Somos paralíticos vivendo minuto a minuto dependendo do pulmão artificial da misericórdia de Deus. Somos crianças dormindo no carrinho celestial.
O homem natural odeia pensar em si mesmo nessas figuras: beneficiário indigno, aleijado, paralítico, criança. Elas tiram toda a sua glória, dando-a toda a Deus.
Portanto, enquanto um homem ama a sua própria glória, valoriza a sua autossuficiência, e odeia pensar em si mesmo como enfermo pelo pecado e desamparado, nunca sentirá nenhuma gratidão genuína pelo Deus verdadeiro e, assim, nunca exaltará a Deus, mas apenas a si mesmo.
“Os sãos não precisam de médico, e sim os doentes; não vim chamar justos, e sim pecadores” (Marcos 2.17).
Jesus não tem nada a fazer por aqueles que insistem que estão bem. Ele exige algo grande: que admitamos que não somos grandes. Essa é uma má notícia para os arrogantes, mas palavras doces para aqueles que têm abandonado a sua farsa de autossuficiência e estão buscando a Deus.

John Piper.

segunda-feira, 27 de novembro de 2017

27 de Novembro.

Como exaltar a Deus

Louvarei com cânticos o nome de Deus, exaltá-lo-ei com ações de graças. 
Salmo 69: 30.

Existem duas formas de engrandecer: engrandecer com o microscópio e engrandecer com o telescópio. Um faz algo pequeno parecer maior do que é. O outro faz algo grande começar a ser visto como tão grande quanto de fato é.
Quando Davi diz: “Exaltá-lo-ei [a Deus] com ação de graças”, não quer dizer: “Farei um Deus pequeno parecer maior do que ele é”. Davi quer dizer: “Farei um Deus grande começar a ser visto como tão grande quanto ele realmente é”.
Não somos chamados a ser microscópios, mas telescópios. Os cristãos não são chamados a ser homens enganadores que exaltam o seu produto de modo desproporcional à realidade, quando sabem que o produto do concorrente é muito melhor. Não há nada e ninguém superior a Deus. E, assim, o chamado de quem ama a Deus é fazer com que sua grandeza comece a ser vista como tão grande quanto de fato é.
Todo o dever do cristão pode ser resumido nisso: sentir, pensar e agir de uma maneira que fará Deus ser visto como tão grande quanto de fato ele é. Seja para o mundo um telescópio da infinita e resplandecente riqueza da glória de Deus.
Esse é o significado de um cristão exaltar a Deus. Mas você não pode exaltar o que você não tem contemplado ou o que você esquece rapidamente.
Logo, nossa primeira tarefa é ver e lembrar a grandeza e bondade de Deus. Assim, oramos a Deus, “Abra os olhos do meu coração”, e pregamos à nossa alma: “Alma, não te esqueças de nem um só de seus benefícios”.

John Piper.

domingo, 26 de novembro de 2017

26 de Novembro.

Jesus ora por nós

[Jesus] pode salvar totalmente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles. 
Hebreus 7: 25.

Aqui é afirmado que Cristo é capaz de salvar totalmente — para sempre — uma vez que ele vive sempre para interceder por nós. Em outras palavras, ele não seria capaz de nos salvar para sempre se não continuasse intercedendo por nós para sempre.
Isso significa que nossa salvação é tão segura quanto o sacerdócio de Cristo é indestrutível. É por isso que precisávamos de um sacerdote muito maior do que qualquer ser humano. A divindade de Cristo assegura para nós o seu sacerdócio indestrutível.
Portanto, não devemos falar sobre a nossa salvação em termos estáticos, como falamos muitas vezes — como se eu tivesse tomado uma decisão em dada ocasião, e Cristo tivesse feito algo uma vez quando ele morreu e ressuscitou, e isso fosse tudo que diz respeito à salvação. Isso não é tudo.
Hoje mesmo estou sendo salvo pela eterna intercessão de Jesus no céu. Jesus está orando por nós e essa é a nossa salvação.
Somos salvos eternamente pelas orações eternas (Romanos 8.34) e pela advocacia (1 João 2.1) de Jesus no céu como nosso sumo sacerdote. Ele ora por nós e suas orações são respondidas porque ele ora perfeitamente com base em seu perfeito sacrifício.

John Piper.

sábado, 25 de novembro de 2017

25 de Novembro.

Glorifique dando graças

Todas as coisas existem por amor de vós, para que a graça, multiplicando-se, torne abundantes as ações de graças por meio de muitos, para glória de Deus.
2 Coríntios 4: 15.

Gratidão é alegria direcionada a Deus pela sua graça. Mas em sua própria natureza, a gratidão glorifica o doador. A gratidão reconhece a sua própria necessidade e a beneficência do doador.
Assim como eu me humilho e exalto a garçonete no restaurante quando eu digo “obrigado” a ela, assim eu me humilho e exalto a Deus quando eu sou grato a ele. A diferença, é claro, é que eu, de fato, estou infinitamente em dívida com Deus pela sua graça, e tudo o que ele faz por mim é livre e imerecido.
Mas a questão é que a gratidão glorifica o doador. Glorifica a Deus. E esse é o objetivo final de Paulo em todos os seus labores: por causa da igreja — sim; mas acima e além disso, para a glória de Deus.
O que é maravilhoso no evangelho é que a resposta que exige de nós para a glória de Deus é também a resposta que sentimos ser a mais natural e alegre; ou seja, gratidão pela graça. A glória de Deus e a nossa alegria não estão em competição.
Uma vida que dá glória a Deus por sua graça e uma vida de profunda alegria são sempre a mesma vida. E o que as faz uma é a gratidão.

John Piper. 

quinta-feira, 23 de novembro de 2017

24 de Novembro.

Apegue-se à sua esperança

Por isso, Deus, quando quis mostrar mais firmemente aos herdeiros da promessa a imutabilidade do seu propósito, se interpôs com juramento, para que, mediante duas coisas imutáveis, nas quais é impossível que Deus minta, forte alento tenhamos nós que já corremos para o refúgio, a fim de lançar mão da esperança proposta. 
Hebreus 6: 17-18.

 Por que o escritor nos encoraja a lançarmos mão da nossa esperança? Se a nossa segurança foi obtida e irrevogavelmente garantida pelo sangue de Jesus, então por que Deus nos diz para nos mantermos firmes?
A resposta é esta:

O que Cristo comprou para nós quando morreu não foi a liberdade de nos mantermos firmes, mas o poder capacitador para isso.O que ele comprou não foi a anulação das nossas vontades, ainda que não tivéssemos nenhuma para nos mantermos firmes, mas a capacitação das nossas vontades, porque nós desejamos nos manter firmes.O que ele comprou não foi o cancelamento da ordem para nos mantermos firmes, mas o cumprimento desse mandamento.O que ele comprou não foi o fim da exortação, mas o triunfo da exortação.
Ele morreu para que você fizesse exatamente o que Paulo fez em Filipenses 3.12: “Prossigo para conquistar aquilo para o que também fui conquistado por Cristo Jesus”. Não é tolice, é o evangelho, dizer para um pecador fazer o que somente Cristo pode capacitá-lo a fazer, ou seja, esperar em Deus.
Assim, exorto-lhe de todo o coração: Tome e lance mão daquilo para o que você foi alcançado por Cristo, e apegue-se a isso com toda a sua força.

John Piper.

23 de Novembro.

Quando Deus jura por si mesmo

Pois, quando Deus fez a promessa a Abraão, visto que não tinha ninguém superior por quem jurar, jurou por si mesmo, dizendo: Certamente, te abençoarei e te multiplicarei. 
Hebreus 6: 13-14.

Há uma Pessoa cujo valor, honra, dignidade, preciosidade, grandeza, beleza e reputação é maior do que todas as outras excelências combinadas — dez mil vezes mais — a saber, o próprio Deus. Então, Deus jura por si mesmo.
Se Deus pudesse ir mais alto, ele iria mais alto. Por quê? Para dar a você forte encorajamento em sua esperança. O que Deus está dizendo ao jurar por si mesmo é que é tão improvável que ele quebre a sua promessa de nos abençoar, quanto é improvável que ele despreze a si mesmo.
Deus é a maior excelência no universo. Não há nada mais valioso ou maravilhoso do que Deus. Portanto, Deus jura por Deus. E, ao fazê-lo, diz: “Quero que você confie em mim tanto quanto for possível”. Porque, se mais fosse possível, Hebreus 6.13 diz que ele nos daria.
Esse é o nosso Deus, o Deus que vai tão alto quanto ele pode ir para estimular a sua esperança inabalável. Portanto, fuja para Deus em busca de refúgio. Deixe todas as esperanças superficiais e autodestrutivas do mundo e coloque a sua esperança em Deus. Não há nada e nem ninguém que se assemelhe a Deus como um refúgio e uma rocha de esperança.

John Piper.

quarta-feira, 22 de novembro de 2017

22 de Novembro.

A chave para a maturidade espiritual

O alimento sólido é para os adultos, para aqueles que, pela prática, têm as suas faculdades exercitadas para discernir não somente o bem, mas também o mal.
Hebreus 5: 14.

Isso é maravilhoso. Fique atento. Isso pode evitar anos de vida desperdiçada.
O que esse versículo está dizendo é que se você deseja se tornar maduro e entender os ensinamentos mais sólidos da palavra, então o rico, nutritivo e precioso leite das promessas do evangelho de Deus deve transformar os seus sentidos morais — sua mente espiritual — para que você consiga discernir entre o bem e o mal.
Ou, permita-me expressá-lo de outra forma. Preparar-se para se banquetear com toda a palavra de Deus não é primeiro um desafio intelectual; é primeiro um desafio moral. Se você deseja comer o alimento sólido da palavra, deve exercitar os seus sentidos espirituais de modo a desenvolver uma mente que discerne entre o bem e o mal.
A verdade surpreendente é que se você falha em entender Melquisedeque em Gênesis e Hebreus, pode ser porque você vê programas de TV questionáveis. Se você tropeça na doutrina da eleição, pode ser porque você ainda usa algumas práticas obscuras nos negócios. Se você tropeça na obra teocêntrica de Cristo na cruz, pode ser porque você ama o dinheiro, gasta demais e doa pouquíssimo.
O caminho para a maturidade e para o alimento bíblico sólido não é primeiro se tornar uma pessoa inteligente, mas uma pessoa obediente. O que você faz com álcool, sexo, dinheiro, lazer, comida e computadores tem mais relação com sua capacidade para a comida sólida do que onde você vai estudar ou que livros você lê.
Isso é tão importante porque em nossa sociedade altamente tecnológica somos propensos a pensar que a educação — especialmente o desenvolvimento intelectual — é a chave para a maturidade. Há muitos PhDs que estão sufocados em sua imaturidade espiritual sobre as coisas de Deus. E há muitos santos menos eruditos que são profundamente maduros e podem se alimentar com prazer e ter proveito com as coisas mais profundas da Palavra de Deus.

John Piper.

terça-feira, 21 de novembro de 2017

21 de Novembro.

A seriedade da gratidão

Sabe, porém, isto: nos últimos dias, sobrevirão tempos difíceis, pois os homens serão egoístas, avarentos, jactanciosos, arrogantes, blasfemadores, desobedientes aos pais, ingratos
2 Timóteo 3: 1-2.

Observe como a ingratidão acompanha o orgulho, a blasfêmia e a insubordinação.
Em outro lugar, Paulo diz: “nem conversação torpe, nem palavras vãs ou chocarrices… antes, pelo contrário, ações de graças” (Efésios 5.4). Assim, parece que a gratidão é o oposto da desonra e violência.
O motivo disso é que o sentimento da gratidão é humilde, não orgulhoso. Gratidão é exaltar o outro, e não a si mesmo. É alegre de coração, não irado ou amargurado.
A chave para libertar um coração grato e vencer a amargura, a desonra, o desrespeito e a violência é uma forte confiança em Deus, o Criador, Sustentador, Provedor e Doador da esperança. Se não cremos que estamos profundamente em dívida com Deus por tudo o que temos ou esperamos ter, então a própria fonte da gratidão ficou seca.
Portanto, concluo que a ascensão da violência, do sacrilégio, da desonra e da insubordinação nos últimos tempos é uma questão relativa a Deus. A questão básica é a falha em sentirmos gratidão nos níveis mais elevados da nossa dependência.
Quando a elevada fonte da gratidão a Deus falha no topo da montanha, logo todos os reservatórios de gratidão começam a secar mais abaixo na montanha. E quando não há gratidão, a soberania do “eu” desculpará cada vez mais a corrupção para o seu próprio prazer.
Ore por um grande despertamento da gratidão humilde.

John Piper.

segunda-feira, 20 de novembro de 2017

20 de Novembro.

Cinco razões pelas quais a morte é lucro

Porquanto, para mim, o viver é Cristo, e o morrer é lucro. 
Filipenses 1: 21.

Como o morrer é lucro?
1) Nossos espíritos serão aperfeiçoados (Hebreus 12.22-23).
Não haverá mais pecado em nós. Acabaremos com a guerra interior e com as decepções angustiantes por ofendermos o Senhor que nos amou e a si mesmo se entregou por nós.
Mas tendes chegado ao monte Sião e à cidade do Deus vivo, a Jerusalém celestial, e a incontáveis hostes de anjos, e à universal assembleia e igreja dos primogênitos arrolados nos céus, e a Deus, o Juiz de todos, e aos espíritos dos justos aperfeiçoados.

2) Nós seremos aliviados da dor deste mundo (Lucas 16.24-25).
A alegria da ressurreição ainda não será nossa, mas a alegria da liberdade da dor será. Jesus conta a história de Lázaro e do homem rico para mostrar a grande inversão que está se aproximando.
Então, clamando, [o homem rico] disse: Pai Abraão, tem misericórdia de mim! E manda a Lázaro que molhe em água a ponta do dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama. Disse, porém, Abraão: Filho, lembra-te de que recebeste os teus bens em tua vida, e Lázaro igualmente, os males; agora, porém, aqui, ele está consolado; tu, em tormentos.

3) Será concedido um profundo repouso em nossa alma (Apocalipse 6.9-11).
Haverá uma serenidade sob o olhar e cuidado de Deus que ultrapassará qualquer coisa que conhecemos aqui, na mais calma noite de verão, diante do lago mais pacífico, em nossos momentos mais felizes.
Vi, debaixo do altar, as almas daqueles que tinham sido mortos por causa da palavra de Deus e por causa do testemunho que sustentavam. Clamaram em grande voz, dizendo: Até quando, ó Soberano Senhor, santo e verdadeiro, não julgas, nem vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a terra? Então, a cada um deles foi dada uma vestidura branca, e lhes disseram que repousassem ainda por pouco tempo

4) Experimentaremos uma profunda familiaridade (2 Coríntios 5.8).
Sem que saiba, toda a raça humana sente saudades de Deus. Quando voltarmos para casa e para Cristo, haverá um contentamento além de qualquer senso de segurança e paz que já conhecemos.
Entretanto, estamos em plena confiança, preferindo deixar o corpo e habitar com o Senhor.

5) Estaremos com Cristo (Filipenses 1.21-23).
Cristo é uma pessoa mais maravilhosa do que qualquer outra na terra. É mais sábio, forte e bondoso do que qualquer outro com quem você gosta de estar. Ele é infinitamente interessante. Ele sabe exatamente o que fazer e o que dizer a cada momento para fazer os seus hóspedes tão felizes quanto eles possam ser. Ele transborda em amor e com uma visão infinita de como usar esse amor para fazer seus queridos se sentirem amados. Portanto, Paulo disse:
Porquanto, para mim, o viver é Cristo, e o morrer é lucro. Entretanto, se o viver na carne traz fruto para o meu trabalho, já não sei o que hei de escolher. Ora, de um e outro lado, estou constrangido, tendo o desejo de partir e estar com Cristo, o que é incomparavelmente melhor.

John Piper. 

domingo, 19 de novembro de 2017

19 de Novembro.

Todos nós precisamos de socorro 

Achegue-mo-nos, portanto, confiadamente, junto ao trono da graça, a fim de recebermos misericórdia e acharmos graça para socorro em ocasião oportuna. 
Hebreus 4: 16.

Cada um de nós precisa de socorro. Nós não somos Deus. Temos necessidades, fraqueza e confusão. Temos limitações de todos os tipos. Nós precisamos de ajuda. 
Mas cada um de nós tem outra coisa: temos pecados. E, portanto, no íntimo dos nossos corações, sabemos que não merecemos o socorro que precisamos. E, assim, nos sentimos aprisionados. 
Eu preciso de socorro para viver minha vida, enfrentar a morte e lidar com a eternidade — ajuda com minha família, minha esposa, meus filhos, minha solidão, meu trabalho, minha saúde, minhas finanças. Eu preciso de socorro. Mas eu não mereço a ajuda de que preciso. 
Então, o que posso fazer? Posso tentar negar toda essa necessidade e ser um super-homem que não precisa de ajuda. Ou posso tentar sufocar tudo e lançar a minha vida em um mar de prazeres sensuais. Ou posso simplesmente dar lugar à paralisia do desespero. 
Mas Deus declara sobre essa conclusão sem esperança: Jesus Cristo se tornou um Sumo Sacerdote para destruir esse desespero com a esperança; humilhar aquele super-homem ou supermulher; e resgatar aquele miserável afogado. 
Sim, todos nós precisamos de socorro. Sim, nenhum de nós merece o socorro que precisamos. Porém, “não” ao desespero, ao orgulho e à luxúria. Veja o que Deus diz. Porque temos um Grande Sumo Sacerdote, o trono de Deus é um trono de graça. E o socorro que recebemos nesse trono é misericórdia e graça para nos socorrer em ocasião oportuna. Graça para socorro! Não socorro merecido, mas socorro gracioso. 
Você não está aprisionado. Diga “não” a essa mentira. Nós precisamos de socorro. Nós não o merecemos. Mas podemos tê-lo. Você pode ter socorro agora e para sempre, caso receba e confie no seu Sumo Sacerdote, Jesus, o Filho de Deus, e se aproxime de Deus por meio dele. 

John Piper. 

sábado, 18 de novembro de 2017

18 de Novembro.

O poder penetrante da palavra de Deus 

Porque a palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e propósitos do coração. 
Hebreus 4: 12.

A palavra de Deus é nossa única esperança. As boas novas das promessas de Deus e as advertências do seu juízo são suficientemente cortantes, vivas e eficazes para penetrarem até o íntimo do meu coração e me mostrarem que as falsidades do pecado são realmente mentiras. 
O aborto não criará um futuro maravilhoso para mim, nem a traição, nem vestir-se sedutoramente, nem deixar a minha pureza sexual, nem ficar calado diante da desonestidade no trabalho, nem o divórcio, nem a vingança. E o que me livra desse engano é a palavra de Deus. 
A palavra da promessa de Deus é como a abertura de uma grande janela para o sol brilhante da manhã sobre as baratas do pecado disfarçadas como prazeres satisfatórios em nossos corações. Deus deu a você a sua boa notícia, as suas promessas, a sua palavra para protegê-lo dos profundos enganos do pecado que tentam endurecer o coração, atraí-lo para longe de Deus e conduzi-lo à destruição. 
Tenha bom ânimo em sua batalha para crer, porque a palavra de Deus é viva, eficaz e mais penetrante do que qualquer espada de dois gumes, e atingirá mais profundamente do que qualquer engano do pecado alguma vez já alcançou, e revelará o que é verdadeiramente valioso e o que, de fato, é digno de confiança.

John Piper. 

17 de Novembro.

Mudar é possível 

E vos revistais do novo homem, criado segundo Deus, em justiça e retidão procedentes da verdade. 
Efésios 4: 24.

Cristianismo significa que mudar é possível. Mudar de forma profunda e fundamental. É possível se tornar compassivo quando uma vez você foi rude e insensível. É possível deixar de ser dominado pela amargura e ira. É possível se tornar uma pessoa amorosa não importa o que seu passado tenha sido. 
A Bíblia afirma que Deus é o fator decisivo para nos transformar no que devemos ser. Com maravilhosa franqueza, a Bíblia diz: “Longe de vós… toda malícia” e sejam “compassivos” (Efésios 4.31-32). Não diz: “Se vocês puderem…”. Ou: “Se seus pais foram gentis com vocês…”. Ou: “Se vocês não foram terrivelmente injustiçados…”. Diz: “Sede… compassivos”. 
Isso é maravilhosamente libertador. Liberta-nos do fatalismo terrível que diz que a mudança é impossível para mim. Liberta-me das visões mecanicistas que fazem do meu passado o meu destino. 
E os mandamentos de Deus sempre são acompanhados com a verdade libertadora a ser crida, a qual muda a vida. Por exemplo, 

Deus nos adotou como seus filhos. Temos um novo Pai e uma nova família. Isso quebra as forças fatalistas da nossa “família de origem”. “Aninguém sobre a terra chameis vosso pai; porque só um é vosso Pai, aquele que está nos céus” (Mateus 23.9). Deus nos ama como seus filhos. Somos “filhos amados” (Efésios 5.1). O mandamento para imitarmos o amor de Deus não carece de fundamento, ele é dado com poder: “Sede, pois, imitadores de Deus, comofilhos amados”. “Amar!” é o mandamento e ser amado é o poder. Deus nos perdoou em Cristo. Sede compassivos, perdoando-vos uns aos outros,como também Deus, em Cristo, vos perdoou. (Efésios 4.32). O que Deus fez é o poder para a mudança. O mandamento para ser compassivo refere-se mais ao que Deus fez por você do que ao que sua mãe fez com você. Esse tipo de mandamento indica que você pode mudar. Cristo o amou e se entregou por você. “Andai em amor,como também Cristo nos amou” (Efésios 5.2). O mandamento é acompanhado da verdade que muda a vida. “Cristo amou você”. No momento em que há uma oportunidade de amar e alguma voz diz: “Você não é uma pessoa amorosa”, você pode dizer: “O amor de Cristo por mim faz de mim um novo tipo de pessoa. Seu mandamento para amar é tão seguramente possível para mim quanto a sua promessa de amor é verdadeira para mim”. 

John Piper.

quinta-feira, 16 de novembro de 2017

16 de Novembro.

Quando estou ansioso

…lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós. 
1 Pedro 5: 7.

Quando fico ansioso por estar doente, luto contra a incredulidade com a promessa: “Muitas são as aflições do justo, mas o SENHOR de todas o livra” (Salmo 34.19). E, com tremor, eu considero a promessa: “A tribulação produz perseverança; e a perseverança, experiência; e a experiência, esperança. Ora, a esperança não confunde, porque o amor de Deus é derramado em nosso coração pelo Espírito Santo, que nos foi outorgado” (Romanos 5.3-5).
Quando fico ansioso por estar envelhecendo, luto contra a incredulidade com a promessa: “Até à vossa velhice, eu serei o mesmo e, ainda até às cãs, eu vos carregarei; já o tenho feito; levar-vos-ei, pois, carregar-vos-ei e vos salvarei” (Isaías 46.4).
Quando fico ansioso acerca da morte, luto contra a incredulidade com a promessa de que “nenhum de nós vive para si mesmo, nem morre para si. Porque, se vivemos, para o Senhor vivemos; se morremos, para o Senhor morremos. Quer, pois, vivamos ou morramos, somos do Senhor. Foi precisamente para esse fim que Cristo morreu e ressurgiu: para ser Senhor tanto de mortos como de vivos” (Romanos 14.7-9).
Quando fico ansioso pela possibilidade de fazer naufrágio na fé e me afastar de Deus, luto contra a incredulidade com as promessas: “aquele que começou boa obra em vós há de completa-la até ao Dia de Cristo Jesus” (Filipenses 1.6); e: “Também pode salvar totalmente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles” (Hebreus 7.25).
Façamos guerra, não contra outras pessoas, mas contra a nossa própria incredulidade. Essa é a raiz da ansiedade, que, por sua vez, é a raiz de muitos outros pecados.
Portanto, mantenhamos os olhos fixos sobre as preciosas e mui grandes promessas de Deus. Pegue a Bíblia, peça ajuda ao Espírito Santo, guarde as promessas em seu coração e lute o bom combate — para viver pela fé na graça futura.

John Piper.

quarta-feira, 15 de novembro de 2017

15 de Novembro.

Palavras para o combate

Não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou o teu Deus; eu te fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a minha destra fiel. 
Isaías 41: 10.

Quando estou ansioso por algum novo desafio ou reunião, eu regularmente combato a incredulidade com uma das minhas promessas mais usadas: Isaías 41.10.
No dia em que troquei a América por três anos na Alemanha, meu pai me fez uma ligação de longa distância e me deu essa promessa ao telefone. Por três anos, eu devo ter citado essa promessa para mim mesmo umas quinhentas vezes ao passar por períodos de grande estresse.
Quando o motor da minha mente está em ponto morto, o ruído das engrenagens é o som de Isaías 41.10.
Quando fico ansioso pelo fato do meu ministério ser inútil e vazio, luto contra a incredulidade com a promessa de Isaías 55.11: “Assim será a palavra que sair da minha boca: não voltará para mim vazia, mas fará o que me apraz e prosperará naquilo para que a designei”.
Quando fico ansioso por ser fraco demais para fazer meu trabalho, luto contra a incredulidade com a promessa de Cristo: “A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza” (2 Coríntios 12.9).
Quando fico ansioso quanto a decisões que preciso tomar a respeito do futuro, luto contra a incredulidade com a promessa: “Instruir-te-ei e te ensinarei o caminho que deves seguir; e, sob as minhas vistas, te darei conselho” (Salmo 32.8).
Quando fico ansioso por enfrentar adversários, luto contra a incredulidade com a promessa: “Se Deus é por nós, quem será contra nós?” (Romanos 8.31).
Quando fico ansioso pelo bem-estar daqueles que amo, luto contra a incredulidade com a promessa de que se eu, sendo mau, sei dar coisas boas aos meus filhos, quanto mais o “Pai, que está nos céus, dará boas coisas aos que lhe pedirem?” (Mateus 7.11).

John Piper.

terça-feira, 14 de novembro de 2017

14 de Novembro.

A maravilha da criação

Deus lhe dá corpo como lhe aprouve dar e a cada uma das sementes, o seu corpo apropriado. 
1 Coríntios 15: 38.

Eu tenho colhido pequenas coisas nas Escrituras que revelam o envolvimento íntimo de Deus na criação.
Por exemplo, em 1 Coríntios 15.38, Paulo está comparando como uma semente é plantada de uma forma e cresce de outra forma com um “corpo” diferente de todos os outros corpos. Ele diz: “Deus lhe dá um corpo exatamente como ele quer, e a cada uma das sementes um corpo apropriado” (tradução do autor).
Essa é uma declaração notável sobre o envolvimento divino na forma como Deus projetou cada semente para produzir sua própria planta única (não apenas espécies, mas cada semente individual!).
Aqui, Paulo não está ensinando sobre a evolução, mas está mostrando como ele considera o envolvimento íntimo de Deus com a criação. Evidentemente, ele não pode imaginar que qualquer processo natural seja concebido sem que Deus o faça.
Novamente, no Salmo 94.9, é dito: “O que fez o ouvido, acaso, não ouvirá? E o que formou os olhos será que não enxerga?”. O salmista afirma que Deus foi o criador do olho e que ele projetou a maneira como o ouvido é disposto na cabeça para cumprir a sua função de audição.
Assim, quando nos encantamos com as maravilhas do olho humano e com a estrutura impressionante do ouvido, não devemos nos maravilhar com processos do acaso, mas com a mente e criatividade de Deus.
De modo semelhante, no Salmo 95.5: “Dele é o mar, pois ele o fez; obra de suas mãos, os continentes”. O envolvimento de Deus em criar a terra e o mar é tal que de fato o mar é dele.
Não é como se ele, de alguma maneira impessoal, tivesse posto isso tudo em ação há bilhões de anos. Pelo contrário, ele é o único dono porque ele o fez. Hoje, isso é obra das suas mãos e traz as marcas do seu Criador reivindicando sobre si, como uma obra de arte pertence àquele que a pintou até que ele a vende ou dá.
Eu sinalizo essas coisas não para resolver todos os problemas que envolvem as questões das origens, mas para chamar você a ser centrado em Deus enquanto admira as maravilhas do mundo.

John Piper.

segunda-feira, 13 de novembro de 2017

13 de Novembro.

Não endureça o seu coração

Então vemos que eles não puderam entrar por causa da incredulidade. 
Hebreus 3: 19.

Ainda que o povo de Israel tenha visto as águas do Mar Vermelho se abrirem e eles tenham andado sobre a terra seca, no momento em que tiveram sede, o coração deles foi duro contra Deus e eles não confiaram no cuidado de Deus por eles. Clamaram contra Deus e disseram que a vida no Egito era melhor.
Este versículo está escrito para prevenir isso. Oh, quantos cristãos professos começam bem com Deus. Eles ouvem que os seus pecados podem ser perdoados e que podem escapar do inferno e ir para o céu. E eles dizem: “O que eu tenho a perder? Vou crer”.
Mas, então, dentro de uma semana, um mês, um ano ou dez anos, a provação vem — uma temporada de nenhuma água no deserto. Há um fastio do maná e de modo sutil um desejo crescente pelos prazeres passageiros do Egito, como Números 11.5-6 diz: “Lembramo-nos dos peixes que, no Egito, comíamos de graça; dos pepinos, dos melões, dos alhos silvestres, das cebolas e dos alhos. Agora, porém, seca-se a nossa alma, e nenhuma coisa vemos senão este maná”.
Essa é uma condição terrível para se estar — não estar mais interessado em Cristo, em sua palavra, na oração, no culto, nas missões e em viver para a glória de Deus, e considerar todos os prazeres fugazes deste mundo como mais atraentes do que as coisas do Espírito.
Se essa é a sua situação, eu rogo que você ouça o Espírito Santo falando neste texto. Preste atenção à palavra de Deus. Não endureça o seu coração. Conscientize-se do engano do pecado. Considere a Jesus, o apóstolo e sumo sacerdote da nossa grande confissão, e mantenha firme a sua confiança e esperança nele.
E se você nunca começou bem com Deus, então ponha a sua esperança nele. Converta-se do pecado e da autossuficiência e coloque a sua confiança em um grande Salvador. Essas coisas estão escritas para que você possa crer, perseverar e ter vida.

John Piper.

sábado, 11 de novembro de 2017

11 de Novembro.

Nós somos a casa de Cristo

Cristo, porém, como Filho, em sua casa; a qual casa somos nós, se guardarmos firme, até ao fim, a ousadia e a exultação da esperança.
Hebreus 3: 6.

A igreja de Jesus Cristo é a casa de Deus hoje. Isso significa que Jesus, nessa manhã — não apenas nos dias de Moisés ou durante os seus dias na terra — mas nessa manhã, é nosso Criador, nosso Proprietário, nosso Rei e nosso Provedor.
Ele é o Filho; nós somos os servos. Nós somos a casa de Deus. Moisés é um conosco nessa casa, e ele é nosso conservo por meio do seu ministério profético. Mas Jesus é nosso Criador, nosso Proprietário, nosso Rei e nosso Provedor.
E o texto conclui dizendo que somos a casa de Cristo — somos o seu povo, somos participantes de um chamado celestial — “se guardarmos firme, até ao fim, a ousadia e a exultação da esperança”. A evidência de que somos parte da família de Deus é que não abandonamos a nossa esperança — Hebreus 10.35 diz: “Não abandoneis, portanto, a vossa confiança; ela tem grande galardão” — nós não nos desviamos para a indiferença e incredulidade.
Tornar-se cristão e ser cristão acontecem da mesma maneira: esperando em Jesus — um tipo de esperança que produz ousadia e exultação em Jesus.
O que você está esperando hoje? Onde você está buscando ousadia? Em você? Em investimentos inteligentes? Em programas de exercício físico? Em trabalho árduo? Na sorte?
A palavra de Deus para você hoje é: “Considere Jesus”. E espere nele. Assim, você será parte da sua casa e ele será seu Criador, seu Proprietário, seu Rei e seu Provedor.

John Piper.

sexta-feira, 10 de novembro de 2017

10 de Novembro.

Remova os seus medos

Em me vindo o temor, hei de confiar em ti. 
Salmo 56: 3.

Uma resposta possível à verdade de que nossa ansiedade está enraizada na incredulidade é a seguinte: “Eu lido com sentimentos de ansiedade quase todos os dias; e assim sinto que minha fé na graça de Deus deve ser totalmente inadequada. Então, eu me pergunto se posso ter qualquer garantia de ser salvo”.
Minha resposta a essa preocupação é: Suponha que você está em uma corrida de carros e seu inimigo, que não deseja que você termine a corrida, jogue lama em seu para-brisa. O fato de você temporariamente perder de vista o seu objetivo e começar a desviar não significa que sairá da corrida.
E, certamente, não significa que você está na pista errada. Caso contrário, o seu opositor — o seu adversário — não o incomodaria de modo algum. Isso significa que você deve ligar os limpadores de para-brisa.
Quando a ansiedade nos atinge e distorce a nossa visão da glória de Deus e da grandiosidade do futuro que ele planeja para nós, isso não significa que somos incrédulos, ou que não chegaremos ao céu. Isso significa que nossa fé está sendo atacada.
No primeiro golpe, nossa crença nas promessas de Deus pode titubear e se desviar. Mas se continuaremos na pista e chegaremos à linha de chegada depende de, pela graça, colocarmos em ação um processo de resistência — lutarmos contra a incredulidade da ansiedade. Nós ligaremos os limpadores do para-brisa?
O Salmo 56.3 diz: “Em me vindo o temor, hei de confiar em ti”.
Observe que não é dito: “Eu nunca luto contra o temor”. O medo ataca e o combate começa. Assim, a Bíblia não afirma que os verdadeiros crentes não terão nenhuma ansiedade. Em vez disso, a Bíblia nos diz como lutar quando as ansiedades atacarem. Diz como devemos acionar os limpadores do para-brisa.

John Piper.

quinta-feira, 9 de novembro de 2017

09 de Novembro.

O fim da história

Estes sofrerão penalidade de eterna destruição, banidos da face do Senhor e da glória do seu poder, quando vier para ser glorificado nos seus santos e ser admirado em todos os que creram, naquele dia (porquanto foi crido entre vós o nosso testemunho). 
2 Tessalonicenses 1: 9-10.

Paulo descreve a segunda vinda de Cristo como esperança e terror.
Jesus Cristo está voltando não somente para realizar a salvação final do seu povo, mas para que através da sua salvação seja “glorificado nos seus santos e admirado em todos os que creram”.
Um comentário decisivo sobre o clímax da história, enquanto João descreve a Nova Jerusalém, a igreja glorificada, está em Apocalipse 21.23: “A cidade não precisa nem do sol, nem da lua, para lhe darem claridade, pois a glória de Deus a iluminou, e o Cordeiro é a sua lâmpada”.
Deus Pai e Deus Filho são a luz em que os cristãos viverão a sua eternidade.
Esta é a consumação do objetivo de Deus em toda a história: revelar a sua glória para que todos a possam ver e louvar. A oração do Filho confirma o propósito final do Pai: “Pai, a minha vontade é que onde eu estou, estejam também comigo os que me deste, para que vejam a minha glória que me conferiste, porque me amaste antes da fundação do mundo” (João 17.24).
Podemos concluir que o fim principal de Deus é glorificar a Deus e fruir de si mesmo para sempre. Ele é supremo no centro das suas próprias afeições. Por isso mesmo, ele é uma fonte autossuficiente e inesgotável de graça.

John Piper.

terça-feira, 7 de novembro de 2017

07 de Novembro.

O amor de Deus é condicional?

Chegai-vos a Deus, e ele se chegará a vós outros. 
Tiago 4: 8.

Esse versículo significa que há uma experiência preciosa de paz, segurança, harmonia e intimidade que não é incondicional. Ela depende de não entristecermos o Espírito.
Depende de abandonarmos os maus hábitos. Depende de deixarmos as pequenas inconsistências das nossas vidas cristãs. Depende de caminharmos perto de Deus e desejarmos o mais alto grau de santidade.
Se isso é verdade, eu temo que as atuais garantias vulneráveis de que o amor de Deus é incondicional possam impedir as pessoas de fazerem as próprias coisas que a Bíblia diz que elas precisam fazer para que tenham a paz que tanto desejam. Ao tentar dar paz através da “incondicionalidade”, podemos estar afastando as pessoas do remédio que a Bíblia prescreve.
Declaremos incansavelmente a boa nova de que nossa justificação se baseia no valor da obediência e do sacrifício de Cristo, e não no nosso (Romanos 5.19, “como, pela desobediência de um só homem, muitos se tornaram pecadores, assim também, por meio da obediência de um só, muitos se tornarão justos”).
Mas também declaremos a verdade bíblica de que a apreciação dessa justificação em seu efeito sobre a nossa alegria, confiança e poder de crescer em semelhança a Jesus está condicionada a abandonarmos ativamente os pecados, deixarmos os maus hábitos e luxúrias mortificantes, buscarmos intimidade com Cristo, e não entristecermos o Espírito.

John Piper.

segunda-feira, 6 de novembro de 2017

06 de Novembro.

Amem uns aos outros com alegria

Ele te declarou, ó homem, o que é bom e que é o que o SENHOR pede de ti: que pratiques a justiça, e ames a misericórdia, e andes humildemente com o teu Deus.
Miquéias 6: 8.

Ninguém jamais se sentiu não amado porque lhe disseram que a sua alegria faria outra pessoa feliz. Nunca fui acusado de egoísmo ao justificar uma gentileza baseado em que isso me dava prazer. Ao contrário, os atos amorosos são verdadeiros na medida em que não são feitos de má vontade.
E a boa alternativa à má vontade não é neutralidade ou obrigação, mas alegria. O autêntico coração amorosoama a misericórdia (Miquéias 6.8); não apenas age com misericórdia. O Hedonismo Cristão nos compele a considerar essa verdade.
Nisto conhecemos que amamos os filhos de Deus: quando amamos a Deus e praticamos os seus mandamentos. Porque este é o amor de Deus: que guardemos os seus mandamentos; ora, os seus mandamentos não são penosos, porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo (1 João 5.2-4).
Leia essas frases na ordem inversa e observe a lógica. Primeiro, ser nascido de Deus dá poder para vencer o mundo. Isso é dito ser o fundamento ou base (“porque”) da afirmação de que os mandamentos de Deus não são penosos.
Portanto, ser nascido de Deus dá um poder que vence a nossa aversão mundana à vontade de Deus. Ora, os seus mandamentos não são “penosos”, mas sim o desejo e o deleite do nosso coração. Este é o amor de Deus: não apenas que pratiquemos os seus mandamentos, como também que eles não sejam pesados.
Depois, no versículo 2, é afirmado que a prova da veracidade do nosso amor pelos filhos de Deus é o amor a Deus. O que isso nos ensina sobre nosso amor pelos filhos de Deus?
Já que o amor a Deus é fazer a sua vontade com alegria, e não com um sentimento de peso, e já que o amor a Deus é a medida da veracidade do nosso amor pelos filhos de Deus, tal amor também deve ser praticado com alegria e não com má vontade.
Hedonismo Cristão está diretamente associado a servir em amor, porque nos impulsiona para a obediência alegre.

John Piper

05 de Novembro.

Você negligencia a sua salvação?

Como escaparemos nós, se negligenciarmos tão grande salvação? 
Hebreus 2: 3.

Existe um senso de grandiosidade em sua mente a respeito da sua salvação? Ou você a negligencia?
Você responde à grandiosidade da sua salvação? Ou você a considera da maneira que trata a sua vontade, ou o documento de posse do seu carro, ou a escritura da sua casa? Você a “assinou” uma vez e ela está em uma gaveta de documentos em algum lugar, mas não é realmente grandiosa. Ela não tem nenhum efeito diário em você. Basicamente, você a negligencia.
Mas o que essa grande salvação realmente é? O que, de fato, está sendo dito é:
Não negligencie ser amado por Deus.Não negligencie ser perdoado, aceito, protegido, fortalecido e guiado pelo Deus Todo-Poderoso.Não negligencie o sacrifício da vida de Cristo na cruz.Não negligencie o dom gratuito da justiça imputada pela fé.Não negligencie a remoção da ira de Deus e o sorriso reconciliado de Deus.Não negligencie a habitação do Espírito Santo e a comunhão e amizade do Cristo vivo.Não negligencie o esplendor da glória de Deus na face de Jesus.Não negligencie o livre acesso ao trono da graça.Não negligencie o tesouro inesgotável das promessas de Deus.
Essa é uma grande salvação. Negligenciá-la é muito ímpio. Não negligencie tão grande salvação. Porque se o fizer, você certamente perecerá.
Portanto, ser cristão é algo muito sério — não é amargo, mas é sério. Nós somos simplesmente fervorosos quanto a sermos felizes em nossa grande salvação.
Não seremos desviados por esse mundo para os prazeres passageiros e suicidas do pecado. Não negligenciaremos nossa alegria eterna em Deus — que é a salvação. Nós preferiremos arrancar os nossos olhos em vez de sermos atraídos para longe da vida eterna.

John Piper

sábado, 4 de novembro de 2017

04 de Novembro.

O real problema com a ansiedade

Ora, se Deus veste assim a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada no forno, quanto mais a vós outros, homens de pequena fé? 
Mateus 6: 30.

Jesus afirma que a raiz da ansiedade é fé inadequada na graça futura do nosso Pai.
Uma reação a tal afirmação pode ser: “Essa não é uma boa notícia! Na verdade, é muito desencorajador aprender que aquilo que eu pensava ser uma simples luta contra uma disposição ansiosa é, antes, uma luta muito mais profunda relativa a se confio em Deus”.
Minha resposta é concordar, mas depois discordar.
Suponha que você estivesse sentindo dor no estômago e a tratasse com remédios e dietas de todos os tipos, sem êxito. E, depois, suponha que seu médico lhe diga, após uma visita de rotina, que você tem câncer em seu intestino delgado. Seria uma boa notícia? Você diz: “com certeza não!”. E eu concordo.
Mas permita-me fazer a pergunta de outra maneira: Você está feliz pelo médico ter descoberto o câncer enquanto ele ainda é tratável e pelo fato de que, na verdade, pode ser tratado com muito sucesso? Você diz: “sim, estou muito feliz que o médico tenha diagnosticado o problema real”. Novamente, eu concordo.
Logo, a notícia de que você tem câncer não é uma boa notícia. Mas, em outro sentido, é uma boa notícia, porque saber o que está realmente errado é bom, especialmente quando seu problema pode ser tratado com sucesso.
Isso é semelhante a aprender que o verdadeiro problema por trás da ansiedade é a incredulidade nas promessas da graça futura de Deus. E Deus é capaz de trabalhar de forma maravilhosamente curativa quando clamamos: “Eu creio! Ajuda-me na minha falta de fé!” (Marcos 9.24).

John Piper.

sexta-feira, 3 de novembro de 2017

03 de Novembro.

O sentido do sofrimento

[Moisés] considerou o opróbrio de Cristo por maiores riquezas do que os tesouros do Egito, porque contemplava o galardão.
Hebreus 11: 26.

Não escolhemos o sofrimento simplesmente porque somos ordenados, mas porque aquele que nos ordena o apresenta como o caminho para a alegria eterna.
Ele nos indica a obediência do sofrimento não para demonstrar a força da nossa devoção ao dever, ou para revelar o vigor da nossa determinação moral, ou para verificar os limites da nossa tolerância à dor, mas para manifestar, na fé semelhante à de uma criança, a infinita preciosidade das suas promessas que nos satisfazem completamente.
Moisés preferiu “ser maltratado junto com o povo de Deus a usufruir prazeres transitórios do pecado… porque contemplava o galardão” (Hebreus 11.25-26). Logo, a sua obediência glorificou o Deus da graça, não a decisão de sofrer.
Essa é a essência do Hedonismo Cristão. Na busca da alegria através do sofrimento, engrandecemos o valor da Fonte totalmente satisfatória da nossa alegria. O próprio Deus brilha ainda mais no fim do nosso túnel de dor.
Se não manifestamos que ele é o objetivo e o fundamento da nossa alegria no sofrimento, então o próprio sentido do nosso sofrimento será perdido.
O sentido é esse: Deus é lucro. Deus é lucro. Deus é lucro.
O fim principal do homem é glorificar a Deus. E é mais verdadeiro no sofrimento do que em qualquer outra circunstância que Deus é mais glorificado em nós quando estamos mais satisfeitos nele.

John Piper

quinta-feira, 2 de novembro de 2017

02 de Novembro.

Alegria na dor

Bem-aventurados sois quando, por minha causa, vos injuriarem, e vos perseguirem, e, mentindo, disserem todo mal contra vós. Regozijai-vos e exultai, porque é grande o vosso galardão nos céus. 
Mateus 5: 11-12.

Hedonismo Cristão afirma que há diferentes formas de se alegrar no sofrimento como um cristão. Todas devem ser buscadas como uma expressão da todo-suficiente e todo-satisfatória graça de Deus.
Uma forma de se regozijar no sofrimento vem de fixar nossa mente firmemente na grandeza da recompensa que virá a nós na ressurreição. O efeito desse tipo de foco é fazer com que a dor presente pareça pequena em comparação com o que está por vir: “Para mim tenho por certo que os sofrimentos do tempo presente não podem ser comparados com a glória a ser revelada em nós” (Romanos 8.18, veja 2 Coríntios 4.16-18). Ao tornar o sofrimento tolerável, a alegria por nossa recompensa também tornará o amor possível.
“Amai, porém, os vossos inimigos, fazei o bem e emprestai, sem esperar nenhuma paga; será grande o vosso galardão” (Lucas 6.35). Seja generoso com os pobres “e serás bem-aventurado, pelo fato de não terem eles com que recompensar-te; a tua recompensa, porém, tu a receberás na ressurreição dos justos” (Lucas 14.14).
Outra forma de se regozijar no sofrimento decorre dos efeitos do sofrimento em nossa segurança da esperança. A alegria na aflição está enraizada na esperança da ressurreição, mas nossa experiência do sofrimento também aprofunda a raiz dessa esperança.
Por exemplo, Paulo diz: “nos gloriamos nas próprias tribulações, sabendo que a tribulação produz perseverança; e a perseverança, experiência; e a experiência, esperança” (Romanos 5.3-4).
Aqui, a alegria de Paulo não está apenas enraizada em sua grande recompensa, mas no efeito do sofrimento para solidificar a sua esperança naquela recompensa. As aflições produzem perseverança, a perseverança produz um senso de que nossa fé é real e genuína, e isso fortalece nossa esperança de que realmente teremos a Cristo.

John Piper.

quarta-feira, 1 de novembro de 2017

01 de Novembro.

O objeto totalmente satisfatório

Agrada-te do SENHOR, e ele satisfará os desejos do teu coração. 
Salmo 37: 4.

A busca pelo prazer não é opcional, mas ordenada (nos Salmos): “Agrada-te do SENHOR, e ele satisfará os desejos do teu coração” (Salmo 37.4).
Os salmistas buscaram fazer exatamente isso: “Como suspira a corça pelas correntes das águas, assim, por ti, ó Deus, suspira a minha alma. A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo” (Salmo 42.1-2). “A minha alma tem sede de ti; meu corpo te almeja, como terra árida, exausta, sem água” (Salmo 63.1).
O motivo da sede tem sua contrapartida satisfatória quando o salmista diz que os homens “fartam-se da abundância da tua casa, e na torrente das tuas delícias lhes dás de beber” (Salmo 36.8).
Eu descobri que a bondade de Deus, sendo o próprio fundamento da adoração, não é algo a que você demonstra respeito por meio de algum tipo de reverência desinteressada. Não, ela é algo a ser apreciado: “Oh! Provai e vede que o SENHOR é bom” (Salmo 34.8).
“Quão doces são as tuas palavras ao meu paladar! Mais que o mel à minha boca” (Salmo 119.103).
Como diz C.S. Lewis, Deus nos Salmos é o “objeto todo-satisfatório”. Seu povo o adora sem se envergonhar pela “grande alegria” que encontra nele (Salmo 43.4). Ele é a fonte do prazer completo e inesgotável: “Na tua presença há plenitude de alegria, na tua destra, delícias perpetuamente” (Salmo 16.11).

John Piper.